• Maconha faz mal?

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Análise de onze genes prevê risco de alcoolismo e dá novos insights sobre biologia da doença


Análise de onze genes prevê risco de alcoolismo e dá novos insights sobre biologia da doença

“Este grupo poderoso de apenas 11 genes pode identificar com sucesso quem pode vir a desenvolver problemas de abuso de álcool e quem não, em testes com três populações de pacientes em dois continentes, duas etnias e de ambos os sexos”, disse Alexander B. Niculescu III, Ph.D., pesquisador principal e professor associado de psiquiatria e neurociência médica na Escola de Medicina da Universidade de Indiana.

A análise dos genes é altamente precisa na identificação de alcoólicos a partir de grupos de controle populacionais, e não é tão precisa no nível individual, provavelmente devido ao grande e variável papel que o ambiente desempenha no desenvolvimento da doença em cada indivíduo, os autores observaram. No entanto, tal teste poderia identificar as pessoas que correm maior ou menor risco para desenvolver a doença.

"Já que o alcoolismo é uma doença que não existe se o agente exógeno (álcool) não é consumido, o uso de informação genética para informar as escolhas de estilo de vida pode ser muito poderosa", escreveram os autores do estudo, publicado online na revista Translational Psychiatry.

"Acreditamos que este é o resultado mais interessante até agora no campo do alcoolismo e oferece uma abrangente – embora não exaustiva – janela para a genética e a biologia do alcoolismo", disse o Dr. Niculescu.

O Dr. Niculescu, atual psiquiatra e pesquisador de desenvolvimento do Centro Médico Richard L. Roudebush para Assuntos de Veteranos de Indianópolis, advertiu que os testes genéticos indicam risco, não certeza, e que "os genes agem no contexto do ambiente”.

O álcool é legal, amplamente disponível e sujeito a publicidade e a pressões sociais, observou ele; mas sabendo que a pessoa tem uma predisposição genética para o abuso de álcool, a pesquisa pode incentivar mudanças de comportamento e de estilo de vida.
Os pesquisadores incorporaram dados de um estudo do genoma alemão do alcoolismo com dados de uma variedade de outros tipos de pesquisa sobre ligações genéticas ao alcoolismo, utilizando um sistema chamado Genômica Funcional Convergente. O trabalho reuniu um grupo de 135 genes candidatos.

Os pesquisadores, então, olharam para a sobreposição entre esses 135 genes e genes cuja atividade de expressão foi alterada em um modelo de ratos com estresse relativo ao alcoolismo – os ratos da pesquisa respondem ao estresse consumindo álcool. O modelo de ratos permite aos pesquisadores zerar genes-chave que impulsionam o comportamento sem a miríade de efeitos ambientais que estão presentes nos seres humanos.

A análise do modelo de ratos diminuiu o número de genes-candidatos para 11 de 66 variações dos genes chamadas polimorfismos de nucleotídeo único.

Os pesquisadores, então, determinaram que o grupo de 11 genes poderia ser usado para diferenciar alcoolistas de não-alcoolistas (controle) em três populações diferentes de pesquisa para o qual os dados genéticos e informações sobre o consumo de álcool estavam disponíveis: um grupo de indivíduos caucasianos e um grupo de afro-americanos dos Estados Unidos, e um terceiro grupo da Alemanha.
Análise de onze genes prevê risco de alcoolismo e dá novos insights sobre biologia da doença

Muitos dos 11 genes também têm sido associados a outros distúrbios neuropsiquiátricos, incluindo dependência de cocaína, doença de Parkinson, doença bipolar, esquizofrenia e ansiedade – o que não é tão surpreendente, dado que a biologia básica do cérebro está envolvida, e as ligações entre doenças tais como o alcoolismo e distúrbio bipolar são clinicamente conhecidas há muitos anos, disse o Dr. Niculescu.

Alguns dos genes também apontam para possíveis caminhos futuros para tratamento e prevenção do problema, incluindo genes que desempenham papel importante nas atividades do ômega-3, os ácidos de gordura, para os quais há alguma evidência de controle de consumo de álcool em testes de laboratório anteriormente conduzidos pelo Dr. Niculescu e colaboradores.

Fonte - Traduzido e adaptado de Medical News Today

Ecstasy e novas drogas preocupam autoridades na Europa

Ecstasy e novas drogas preocupam autoridades na Europa
Com uma queda ou estagnação do consumo de drogas mais conhecidas, como maconha, cocaína e heroína (no caso da Europa), o retorno do ecstasy e a aparição de novas drogas sintéticas centram a preocupação das autoridades europeias.

Segundo o último relatório anual do Observatório Europeu das Drogas e Toxicomanias (OEDT) - que analisa os 28 países da UE mais Noruega e Turquia -, publicado nesta terça-feira em Lisboa, o consumo de ecstasy (MDMA) e metanfetamina, historicamente marginalizadas no continente, está em ascensão.

A reaparição do ecstasy de alta qualidade, seja em pó ou em pastilhas, está associada à produção de drogas extremamente potentes, muitas delas produzidas em grandes laboratórios, como o que foi desmantelado na Bélgica no ano passado.

A metanfetamina, tradicionalmente restrita ao sudeste asiático e aos Estados Unidos, se propagou na sudeste da Europa (Grécia, Chipre e Turquia), embora de forma limitada.

Relacionada com as festas de "sexo e drogas", esta substância pode ser fumada ou injetada e representa um grande desafio sanitário e social.

"A metanfetamina não tem uma só cara e será necessário se adaptar e desenvolver as respostas apropriadas segundo as pautas locais de consumo e aos problemas observados", assinala o relatório.

Durando o ano de 2013, 81 novas drogas foram detectadas, fato que elevou o número de catalogadas para mais de 350 no continente.

Entre elas, o comitê científico do OEDT identificou "quatro potentes e perigosas substâncias": 25I-NBOMe, AH-7921, MDPV e metoxetamina, que podem ser mais nocivas que o LSD (alucinógeno), morfina (opiáceo), cocaína (estimulante) e ketamina (remédio com propriedades analgésicas e anestésicas).

Drogas amplamente conhecidas, como a cocaína, heroína e a maconha, atravessam uma tendência de estabilização ou de regressão na Europa, apontou o OEDT.

No entanto, a cocaína segue como umas das drogas mais consumidas na Europa, principalmente em países da Europa ocidental, onde, apesar de registrar uma pequena diminuição, ainda apresenta uma alta prevalência.

No total, cerca de 14 milhões de adultos europeus (de 15 a 64 anos) já consumiram esta droga ao menos uma vez.

Já a maconha, "estável ou em descenso, especialmente entre os jovens", segundo o observatório, lidera o parágrafo relacionado ao consumo: cerca de 73,5 milhões de europeus já fumaram essa substância alguma vez.

Fonte - Exame

Males psicológicos e físicos acompanham dependentes de álcool

Males psicológicos e físicos acompanham dependentes de álcool
O uso, o abuso ou a dependência do álcool estão associados a cerca de 60 tipos de doenças e lesões. Vão desde cirrose hepática, câncer de boca e de mama e aborto espontâneo a quedas, afogamentos e homicídios. Abandonar o vício é um desafio para dependentes e familiares. Somente de 10% a 30% dos que buscam ajuda conseguem ficar sóbrios. O tempo de recuperação varia bastante. Enquanto uns conseguem ficar sóbrios na primeira tentativa, outros sofrem com as constantes recaídas e precisam recorrer à reabilitação.

Especialistas explicam que não existe cura para a dependência química, apenas tratamento. A gerente do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (Caps-Ad III) da Rodoviária do Plano Piloto, Maria Garrido, revela que a abordagem mais eficaz é a biopsicossocial, que leva em conta o indivíduo como um todo — família, trabalho, atividades de interesse e meio social no qual está inserido. “A crença de que a internação resolve é uma ilusão. O primeiro passo é o paciente reconhecer que está adoecido e procurar ajuda. Começa, aí, um longo caminho a percorrer”, explica.

Nos Caps, o atendimento é multidisciplinar. O doente é avaliado por clínicos, psicólogos e psiquiatras, que identificam a necessidade de uso de medicação para tratar as consequências pelos exageros da bebida. “Às vezes, a pessoa chega desidratada ou com pressão alta, por exemplo. O primeiro passo é a desintoxicação, feita em um hospital quando o caso é mais grave ou nos Caps-Ad III para intoxicações leves. Após esse processo, a pessoa passa a ser acompanhada por uma equipe interdisciplinar”, detalha a especialista.

Mo Distrito Federal, das 100,5 mil pessoas atendidas nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) no ano passado, 80,4 mil (80%) têm problemas exclusivamente com a bebida. Além disso, fatores genéticos explicam quase metade das vulnerabilidades que levam ao consumo abusivo. Segundo Arthur Guerra de Andrade, psiquiatra, especialista em dependência química e presidente executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), os filhos de alcoolistas têm quatro vezes mais risco de desenvolver o alcoolismo mesmo se forem criados por famílias sem dependentes.


Autor - Adriana Bernardes
Fonte - Adaptado do Correio Braziliense

Fumar maconha antes de dirigir pode ser tão perigoso quanto beber, alertam pesquisadores

Fumar maconha antes de dirigir pode ser tão perigoso quanto beber, alertam pesquisadores
Dirigir sob o efeito da maconha é tão arriscado quanto dirigir embriagado, pois prejudica os reflexos e o tempo de reação do motorista, segundo  estudo, realizado por uma equipe da Universidade de Massachusetts Amherst. Cada vez mais pesquisas têm chamado atenção para isso, especialmente agora que o uso da droga foi legalizado em alguns estados americanos. 
Uma pesquisa realizada com 315 calouros universitários detectou que um em cada cinco estudantes usou maconha no mês anterior à pesquisa. Mais da metade dos jovens do sexo masculino e mais de um terço das mulheres declarou ter pego carona com alguém que tinha fumado maconha. E mais: quase 44% dos homens e 9% das mulheres entrevistadas afirmaram terem dirigido depois de usar maconha.

Os pesquisadores alertam para a necessidade de se conscientizar os jovens de que dirigir depois de usar maconha é arriscado. Eles também chamam atenção para a necessidade de se investir em algum dispositivo para detectar uso da droga em motoristas, assim como o bafômetro identifica o consumo de álcool. Cientistas têm testado formas de se detectar níveis de THC, o princípio ativo da maconha, na saliva ou no ar expelido em poucos minutos, porém, vai demorar alguns anos até que isso vire realidade.
Uma outra pesquisa, feita pela Faculdade de Medicina da Universidade do Colorado, revelou que, em 2011, 10% dos acidentes de trânsito que resultaram em morte envolviam pelo menos um motorista cujos testes deram positivo para maconha. Em 1994, o índice registrado havia sido de 4,5%. Apesar de não ter provado que a droga era responsável pelos acidentes, o estudo levanta a questão do impacto da maconha no trânsito. Em geral, dizem os pesquisadores, é preciso aguardar pelo menos 24 horas para pegar o carro depois de consumir a droga.

Diário da Manhã - DIÁRIO DA MANHàDANIELLY SODRÉ

Relatório da Organização das Nações Unidas revela que há 348 novas "drogas legais"

Relatório da Organização das Nações Unidas revela que há 348 novas "drogas legais"
Um relatório divulgado pela ONU mostra que cresceu o número de drogas sintéticas ‘legais’ no mundo e o consumo delas já atinge mais de 90 países em todas as regiões.


O escritório da Organização para drogas e crimes disse que a maioria das substâncias psicoativas apareceu no mercado nos últimos cinco anos. Ainda segundo o relatório, cerca de 100 drogas chegaram ao mercado somente em 2013, o que pode evidenciar o estabelecimento de um novo mercado internacional. A ONU mostra que o preocupante desenvolvimento de tais substâncias deve-se, principalmente, ao consumo de jovens.

O relatório da ONU mostrou que as drogas sintéticas que imitam os efeitos da maconha são as mais populares.

Em regiões da América Central e Latina, por exemplo, o uso de anfetamina já é mais popular do que maconha e cocaína entre alguns grupos de usuários. Já na Europa e na América do Norte, certas substâncias foram muito mais usadas entre adolescentes do que as drogas ilícitas tradicionais.

Os estudos mostram que 4,8% dos jovens de todo o planeta – aproximadamente 3 milhões de pessoas – já experimentaram algum tipo de substância que imitam os efeitos das drogas ilegais. Os maiores níveis de usuários se encontram na Irlanda, Polônia, Letônia e no Reino Unido.

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Segundo o relatório, o mercado global destas substâncias é bastante dinâmico e o número de substâncias encontradas no mercado tende a crescer. “Porém, apesar do fato de algumas substâncias psicoativas existirem, nem todas tem um mercado estabelecido”, informa o documento.

De acordo com a publicação, os dados sobre o uso de drogas mostram que a proibição britânica da mefedrona, comercializada como "miau miau", levou a um pequeno declínio de sua utilização – caindo de 1,4% para 1,1 % entre as pessoas de 16 e 59 anos. No entanto, a substância ainda permanece popular em clubes na cidade de Londres.

Fonte - Terra

Dependência de heroína cresce 75% em quatro anos nos Estados Unidos

Dependência de heroína cresce 75% em quatro anos nos Estados Unidos
O coordenador da Agência de Repressão Internacional a Narcóticos do Departamento de Estado dos Estados Unidos, subsecretário William Brownfield, afirmou, diante de uma comissão parlamentar, que o país enfrenta "uma crise nacional de heroína". Brownfield ressaltou que, nos últimos quatro anos, aumentou em 75% o número de dependentes e duplicou a quantidade da droga que entra no país.

Enquanto o fluxo de cocaína e metanfetamina vindas da América Latina foi reduzido, Brownfield sublinhou que, com relação à heroína, o problema é diferente: o que já foi uma droga dos centros urbanos, hoje se estendeu a subúrbios de classe média e à zona rural.

Em Nova York, o tráfico de heroína atingiu os níveis mais altos das últimas duas décadas, alarmando agentes de narcóticos. Eles dizem que a droga alimenta também uma crescente demanda na Costa Leste dos Estados Unidos. A quantidade de heroína apreendida neste ano já ultrapassou o total de 2013, e atingiu o maior nível desde 1991. Cerca de 35% do que foi confiscado em todo o país, desde outubro, foi apreendido no estado de Nova York, que, no ano passado, foi responsável por cerca de um quinto das apreensões nos EUA.

A droga chega em caminhões que partem do Norte do México. À medida em que se aproxima de Nova York, a carga é transferida para carros, que se dirigem ao Bronx ou a Manhattan e, eventualmente, é entregue a usuários ao longo da Costa Leste. Os preços variam de US$ 6 a US$ 10 por envelopes de glassine, uma espécie de papel impermeável e translúcido.

"Estão inundando o mercado"

Em Staten Island, um dos 62 condados de Nova York, detetives de narcóticos têm registrado um aumento acentuado na quantidade de heroína apreendida neste ano - 61% superior ao registrado em 2013.

- É barato, é potente e há demanda dos usuários. Agora, estão inundando o mercado - disse James J. Hunt, diretor do Departamento Antinarcóticos (DEA) de Nova York. - No meu tempo, nunca tínhamos visto apreensões de heroína tão grandes como essas.

Hunt disse que os distribuidores de drogas preferem Nova York pela mesma razão das empresas que se instalaram na cidade há séculos: um grande mercado consumidor e acesso fácil a outras áreas da Costa Leste.

O crescente consumo de heroína tem provocado a morte de figuras conhecidas, como a do ator Philip Seymour Hoffman, e de dezenas de jovens de famílias de classe média, por todos os Estados Unidos.

Fonte - Agência O Globo

Haddad agora vai demitir viciado em crack que não trabalhar. É mesmo, é? Não me digam!!!

Haddad agora vai demitir viciado em crack que não trabalhar. É mesmo, é? Não me digam!!!
E não é que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do PT, decidiu que os viciados em crack contratados pela Prefeitura que não comparecerem ao trabalho serão desligados do programa “Braços Abertos”!? Se bem se lembram, trata-se daquela literalmente estupefaciente iniciativa que garante a um grupo de viciados emprego, salário, casa e comida. E sem exigir deles nada em troca! Não são obrigados a se submeter a tratamento. E, creiam, não se cobrava nem mesmo a frequência ao trabalho. Como a remuneração é feita por dia — R$ 15 por quatro horas —, pagam-se as jornadas “trabalhadas” e fim de papo.

Ora, aconteceu o óbvio: boa parte dos beneficiários não dá as caras e só se aproveita de uma parte do programa: a que garante casa e comida. A renda que conseguem, para financiar o vício, deriva de alguns bicos que fazem e de pequenos delitos. Trabalhar pra quê?

Leitores, prestem atenção: governantes existem não apenas para corrigir problemas, mas também e sobretudo para se antecipar a eles. Ou por que precisaríamos manter a pesada máquina estatal? E eis, então, que se revela um dos principais defeitos da gestão de Haddad: ele está sempre atrasado em relação ao óbvio. Ou por outra: o óbvio chega antes, e ele vem depois.

Quando o petista lançou o tal “Braços Abertos”, escrevi aqui aqui um longo texto apontando suas sete grandes imposturas:

1: O programa de emprego para viciados atingia quase 400 viciados, e se estima em 2 mil o número de frequentadores da Cracolândia;
2: o programa “Braços Abertos” atendia (?) apenas os viciados que resolveram criar uma favela no meio da rua;
3: decidiu-se premiar com trabalho, salário, casa e comida quem ocupou o espaço público na marra para manter o seu vício; os benefícios são superiores aos pagos pelo Bolsa Família;
4: os viciados receberiam benefícios, mas não seriam obrigados a se tratar nem a trabalhar;
5: os viciados têm renda, oriunda ou do trabalho informal ou de práticas criminosas; o dinheiro da Prefeitura seria um suplemento que estimularia o consumo de drogas;
6: se a Prefeitura fornece casa e comida a drogados que criam favelas no passeio público, por que não fazer o mesmo com quem não é viciado?;
7: o Prefeito escolheu o caminho mais fácil e mais barato: financiar o vício em vez de combatê-lo.

Digam-me: era ou não evidente que a iniciativa daria com os burros n’água? Como é que um programa que remunera viciados, sem exigir deles nada em troca, que os sitia numa área em que a polícia não entra, garantindo-lhes casa e comida, pode ambicionar ser de “combate ao crack”? Ao contrário: trata-se de um programa que estimula o consumo.

A última trapalhada do Prefeito na região se deu com as tais grades. A Prefeitura decidiu instalá-las para tentar delimitar o espaço ocupado pelos viciados e pelos traficantes, abrindo caminho, tanto quanto possível, para o cidadão comum poder transitar por lá, já que existem moradores naquela área da região central. Não adiantou! Os ongueiros viciados em viciados protestaram; os líderes — Santo Deus! — dos frequentadores da Cracolândia não gostaram, e as tais grades foram retiradas pelos próprios consumidores de crack, que se transformaram no verdadeiro poder público por ali.

Na campanha eleitoral, Haddad prometeu que daria à Cracolândia uma resposta inovadora. Não se pode acusá-lo de ter traído esse propósito, não é mesmo?

Por Reinaldo Azevedo

Aumento da prosperidade pode aumentar taxas de dependência do álcool em países em desenvolvimento

Aumento da prosperidade pode aumentar taxas de dependência do álcool em países em desenvolvimento
O uso do álcool deve diminuir nas maiores economias do mundo e aumentar nos países em desenvolvimento durante a próxima década, o que representa riscos para a economia global, um novo relatório adverte.

Países da Europa Ocidental, que se mantém como os maiores consumidores mundiais de álcool, provavelmente irão moderar seus níveis de consumo até 2025, de acordo com as projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) desta semana. Durante o mesmo período, o uso do álcool tenderá a aumentar na China e em outras economias asiáticas.

Isso significa que, a menos que mais países desenvolvam programas para lidar com o uso nocivo do álcool, o número de mortes relacionadas vai subir, de acordo com o Relatório da Situação Global da OMS sobre Álcool e Saúde. Os autores do relatório, que abrange 194 países membros da OMS, enfatizam os “enormes problemas de saúde pública atribuíveis ao consumo de álcool”. Eles citam o excesso de álcool entre as causas de mais de 200 doenças ou lesões, como a cirrose do fígado, bem como doenças infecciosas, incluindo tuberculose e o HIV/AIDS.

Em 2012, houve 3,3 milhões de mortes em todo o mundo por causa do uso nocivo do álcool. Um aumento significativo a partir das 2,3 milhões que a OMS relatou há alguns anos, com base em dados de 2005. Os dois números não podem ser comparados diretamente, de acordo com Vladimir Poznyak, editor executivo do estudo mais recente, por causa de mudanças na metodologia, bem como o crescimento da população. (A população mundial cresceu mais de 8% e chegou a 7,02 bilhões em 2012, em comparação com 6,47 milhões em 2005, segundo o censo dos Estados Unidos).

As conclusões do estudo ratificam a conexão entre riqueza econômica de um país e o quanto seu povo bebe. Além disso, beber em um país mais rico também tende a ser menos perigoso do que em um pobre, porque as nações mais ricas tendem a ter programas para lidar com o abuso de álcool, bem como melhores cuidados de saúde e infraestrutura, tais como estradas mais seguras – que ajudam a mitigar os riscos. Políticas públicas para conter possíveis danos do álcool incluem limite de idade para beber, restrições à publicidade do álcool, tratamento da toxicodependência e medidas contra dirigir embriagado.

A Europa lidera o mundo em consumo per capita de álcool. O uso de álcool no continente diminuiu para 10,9 litros per capita em 2010, contra 12,2 em 2005. Durante o mesmo período, o consumo nas Américas caiu para 8,4 litros; também diminuiu na África, para 6 litros. O uso do álcool aumentou para 3,4 litros em países do Sudeste Asiático e para 6,8 litros nos do Pacífico Ocidental.

Globalmente, menos de metade da população – 38,3 % – bebe álcool, consumindo cerca de 17 litros por ano per capita, de acordo com o relatório. (Em 2010, os destilados respondiam por cerca de metade do consumo de álcool em todo o mundo; a cerveja, por 34,8%; o vinho, por 8%; e outros tipos de bebidas, por 7%).

As economias em rápido desenvolvimento do Sudeste Asiático, a região do Pacífico Ocidental e a África Subsaariana provavelmente verão o uso do álcool aumentar à medida que os indivíduos tornam-se mais prósperos, e mais jovens e, particularmente, mulheres comecem a beber. Isso “pode definitivamente ter implicações para a saúde, a menos que medidas efetivas [para salvaguardar contra o uso nocivo do álcool] sejam implementadas”, disse Pozynak.

À medida que a renda disponível aumentar nesses países, pode-se começar a gastar em bens não-essenciais, como o álcool, disse ele. Isso significa que, se as políticas e a infra-estrutura dos países país não mantiverem o mesmo ritmo do aumento do consumo, sérios problemas de saúde e econômicos podem surgir.

Fonte: Traduzido e adaptado de The Wall Street Journal

Primeiro contato com o álcool se dá aos 13 anos e, em grande parte das vezes, acontece dentro de casa

Primeiro contato com o álcool se dá aos 13 anos e, em grande parte das vezes, acontece dentro de casa
Pesquisa na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP aponta que garotos têm 2,2 vezes mais chances de cometer exageros relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas se comparados com meninas. Participar de atividades de cunho religioso reduz consideravelmente as chances de consumo.

"A vontade de provar algo novo, sejam drogas lícitas ou ilícitas, é comum no universo dos jovens", afirma a pesquisadora Efigenia Aparecida Maciel de Freitas, lembrando que o consumo de álcool apresenta consequências que vão desde episódios de exposição pessoal a tragédias como a morte.

Para o doutorado "Consumo de bebidas alcoólicas e outras substâncias psicoativas entre estudantes do ensino médio de Uberlândia-MG", a pesquisadora entrevistou, por meio de questionário, 1.995 jovens do ensino médio de diversas escolas públicas e de uma escola privada do município de Uberlândia, Minas Gerais.

"O estudo traz não só a realidade dos jovens, mas também corrobora outras pesquisas realizadas ao redor do mundo", salienta a pesquisadora.

No país, as principais causas de morte de adolescentes estão atreladas ao consumo prévio de álcool ou outras substâncias psicoativas. A pesquisadora lembra que brigas seguidas de agressões físicas, relações sexuais sem proteção e graves acidentes de trânsito estão relacionadas ao consumo dessas bebidas.

Perfil

A pesquisa, com 94,3% de estudantes de escolas públicas, revelou que eles têm o primeiro contato com a bebida aos 13 anos. "Álcool e tabaco são com essa idade, porém, drogas mais pesadas como crack, cocaína e maconha é por volta dos 14, 15 anos".

Entre os 1.613 jovens que declararam já ter consumido álcool, a maioria, 35,3%, diz que o primeiro contato com a substância foi na casa de amigos. Segundo a pesquisadora algumas motivações relatadas para o contato com a bebida foram critérios de aceitação, como a entrada em um grupo ou facilitador de relações interpessoais.

Boa parte desses jovens, 28,7%, relataram ter o primeiro contato em sua casa, com pessoas do seu convívio diário. Para a pesquisadora o dado é explicado com dois aspectos: alguns pais acreditam que se seus filhos bebem perto deles, estão protegidos, porém, outros fazem isso para estimular a conduta, que pode trazer riscos, mesmo com a consciência dos pais.

Sobre o Padrão Binge (ferramenta para conceituar um padrão de consumo), adolescentes do sexo masculino (70,2%) bebem mais do que as garotas (28,2%).

A comparação não foi feita apenas entre os sexos, mas também nas escolas: a prática de cometer exageros com maior frequência foi maior em escolas particulares.

Fonte - Adaptado de Agência USP

Número de fumantes cai 28% nos últimos oito anos no Brasil

Número de fumantes cai 28% nos últimos oito anos no Brasil
A pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) revelou que 28% dos fumantes largaram o cigarro nos últimos oito anos.
O levantamento registrou, ainda, que 11,3% da população brasileira fuma, enquanto que em 2006 o índice era de 15,7%. A frequência maior é entre os homens (14,4%), que fumam mais que as mulheres (8,6%).

Menos de 20 cigarros por dia

Além da queda no número de fumantes, outro motivo para comemorar é a redução no número de pessoas que fumam 20 ou mais cigarros por dia. Eram 4,6% dos brasileiros em 2006 e passou para 3,4% em 2013. O Vigitel 2013 também revelou a redução de fumantes passivos no domicílio, que passou de 12,7% em 2009 para 10,2% em 2013.

No local de trabalho, embora não seja uma redução expressiva, o índice de fumantes passivos saiu de 12,1% e foi para 9,8%.

Ações de combate

Atualmente, há 23 mil equipes de saúde do Sistema Único de Saúde em 4 mil municípios, no âmbito da atenção básica, preparadas para ofertar o tratamento para largar o vício de fumar no SUS. São oferecidas consultas de avaliação individual ou em grupo de apoio, além de medicamentos em forma de adesivos e gomas de mascar com nicotina.

Fonte - Adaptado do Portal Brasil

Consumo de cocaína chega a contaminar água no Reino Unido


O consumo de cocaína no Reino Unido se tornou comum a ponto de resíduos da droga estarem contaminando á água potável distribuída à população. A conclusão é de um estudo que tinha como objetivo medir e analisar os níveis de substâncias químicas derivadas de remédios da água mesmo após as etapas de purificação.


De acordo com o jornal The Independent, os pesquisadores observaram amostras que continham benzoilecgonina, composto que é a forma metabolizada da droga após seu consumo e absorção pelo corpo humano e é identificado na urina em testes para consumo da droga.

De acordo com a organização DrugScope, a Inglaterra têm cerca de 180 mil usuários dependentes de cocaína e formas derivadas. Estima-se também que haja 700 mil pessoas na faixa etária entre 16 e 59 anos que consumem cocaína diariamente no país.

No mesmo estudo, os pesquisadores também encontraram resíduos de ibuprofeno, um analgésico; carbamazepina, uma droga utilizada em tratamento de epilepsia; e grande quantidade de cafeína.

Um relatório recente do departamento de saúde pública do governo inglês descobriu que os traços de cocaína encontrados na água representava um quarto do aferido antes da sua purificação; uma vez tratada, a água potável teria uma dose de vestígios químicos de apenas 4 nanogramas por litro, o que não representa riscos à saúde.

Fonte - Terra

Consumo de álcool matou 3,3 milhões de pessoas em 2012, diz Organização Mundial da Saúde

Consumo de álcool matou 3,3 milhões de pessoas em 2012, diz Organização Mundial da Saúde
Mais de 3 milhões de pessoas morreram em decorrência do consumo de álcool em 2012, por causas que variaram desde câncer até a violência, informou nesta segunda-feira, 12, a Organização Mundial da Saúde (OMS), fazendo um pedido para que governos façam mais esforços para limitar esses danos.


"Mais precisa ser feito para proteger populações das consequências negativas à saúde por conta do consumo de álcool", disse Oleg Chestnov, um especialista da OMS em doenças crônicas e saúde mental. Para ele "não há espaço para complacência".

Chestnov alertou que beber demais mata mais homens do que mulheres, eleva o risco de desenvolver mais de 200 doenças, e ocasionou a morte de 3,3 milhões de pessoas em 2012.

Em média, segundo relatório da OMS, cada pessoa no mundo com 15 anos ou mais bebe 6,2 litros de álcool puro por ano. Mas menos de metade da população - 38,3 por cento - bebe, ou seja, aqueles que de fato bebem consomem uma média de 17 litros de álcool puro por ano.

"Descobrimos que, mundialmente, 16 por cento daqueles que bebem participam de episódios de consumo pesado, que são o mais danosos à saúde", afirmou Shekhar Saxena, diretor de saúde mental e abuso de substâncias da OMS.

Pessoas mais pobres são geralmente as mais afetadas pelas consequências sociais e à saúde ocasionadas pelo uso do álcool, disse ele. "Elas frequentemente carecem de cuidados à saúde de qualidade e são menos protegidas por redes funcionais de família e comunidade".

O relatório global sobre álcool e saúde cobriu 194 países e observou o consumo de álcool, seus impactos na saúde pública e repostas de políticas de combate.

O estudo descobriu que alguns países estão reforçando suas medidas para proteger as pessoas do consumo exagerado. Elas incluem o aumento de impostos sobre o álcool, a limitação da disponibilidade do produto por meio da imposição de limites de idade e a regulamentação da divulgação.

Globalmente, a Europa tem o maior consumo de álcool por pessoa. A OMS disse que a análises de tendências globais mostra que o consumo tem sido estável nos últimos cinco anos na Europa, na África e nas Américas. Mas tem crescido no Sudeste Asiático e na região ocidental do Pacífico.

Fonte - Folha

Estudantes que usam álcool ou maconha na escola estão sob maior risco de sofrer por problemas de saúde mental

Estudantes que usam álcool ou maconha na escola estão sob maior risco de sofrer por problemas de saúde mental
Quando adolescentes são pegos bebendo ou usando maconha na escola, uma visita ao gabinete do diretor pode não ser suficiente. Estes alunos também devem ser examinados para verificar se tiveram exposição a trauma, problemas de saúde mental e outros riscos graves para a saúde, de acordo com um estudo apresentado na Pediatric Academic Societies (PAS), reunião anual em Vancouver, British Columbia, Canadá.

Os pesquisadores descobriram que o uso de substâncias na escola foi associado a maiores chances de desenvolver problemas graves, como depressão, violência por parceiro íntimo e tentativa de suicídio.

“Na escola, o uso de substâncias não é apenas um evento isolado, que exige uma ação disciplinar simples, mas um sinal importante para identificar adolescentes que necessitam de avaliação psicossocial urgente e de apoio”, disse a principal autora do estudo, Rebecca N. Dudovitz, professora assistente de pediatria no Hospital UCLA da Mattel Children.

A Dra. Dudovitz e seus colegas analisaram dados da pesquisa Youth Risk Behavior de 2011, um estudo representativo de mais de 15 mil estudantes do ensino médio nos Estados Unidos. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças conduziram a pesquisa a cada dois anos para monitorar as condições e comportamentos que afetam a saúde dos adolescentes.

Os pesquisadores analisaram se o uso de álcool e de maconha por estudantes do ensino médio foi associado com nove outros riscos graves para a saúde, incluindo dirigir embriagado ou andar em um carro com um motorista que estava embriagado; se envolver em brigas; carregar arma de fogo na escola; beber álcool ou usar drogas durante a última vez que teve relações sexuais; ser vítima de violência por parceiro íntimo; ser forçado a ter relações sexuais; ter sintomas de depressão; pensar em suicídio; e cometer tentativa de suicídio.

Os resultados mostraram que nove por cento de todos os alunos relataram ter feito uso de álcool ou de maconha na escola. Para meninos e para meninas, usar álcool ou maconha no campus esteve associado a chances dramaticamente mais elevadas de expor-se a nove riscos sérios para a saúde, em comparação com o uso de substâncias apenas fora da escola.

Por exemplo, os estudantes que relataram usar álcool ou maconha na escola tinham chance de 64 por cento de terem estado em um carro com um motorista embriagado; chance de 46 por cento de terem tido sintomas de depressão; chance de 25 por cento de ter experimentado violência por parceiro íntimo; e chance de 25 por cento de ter tentado suicidar-se.

“Esses números mostram um histórico considerável de risco de dano imediato que talvez não tivesse chegado ao conhecimento de um dos pais ou de um funcionário da escola”, disse a Dra. Dudovitz.

“Quando um estudante é encontrado usando substâncias na escola, devemos pensar nisso como um sinal de que uma criança precisa de ajuda”, disse ela. “Dada a forte associação do uso de substâncias na escola com alguns riscos de saúde muito graves e perigosos, como experimentar trauma sexual e cometer tentativa de suicídio, não devemos entender o uso de substâncias na escola como apenas mais uma infração escolar. Ao invés disso, ele pode ser uma chamada verdadeiramente urgente para que adultos responsáveis se envolvam e ajudem para que o estudante tenha acesso a serviços adequados”.

Fonte - Traduzido e adaptado de Medical News Today

Adultos de meia-idade usuários de maconha podem estar sob maior risco de desenvolver complicações cardíacas

Adultos de meia-idade usuários de maconha podem estar sob maior risco de desenvolver complicações cardíacas
O uso da maconha pode resultar em complicações cardiovasculares – e até mesmo em morte – entre jovens adultos de meia idade, de acordo com um estudo francês publicado no Journal of the American Heart Association.
“Em pesquisas anteriores, descobriu-se que vários casos notáveis de complicações cardiovasculares causaram a internação de jovens usuários de maconha”, disse Émilie Jouanjus, Ph.D., autora principal do estudo e membro da faculdade de medicina do Centro Hospitalar Universitário de Toulouse, em Toulouse, na França. "Esta descoberta inesperada merece ser melhor analisada no futuro, especialmente se levarmos em conta que o uso medicinal da maconha tornou-se mais prevalente, e alguns governos estão a legalizando o uso.”

Os pesquisadores analisaram as complicações cardiovasculares graves relacionadas ao uso da maconha que foram relatadas à rede francesa Addictovigilance entre 2006 e 2010. Eles identificaram 35 casos de doenças cardiovasculares e vasculares relacionadas ao coração, ao cérebro e aos braços e pernas.

Entre as suas conclusões estão:
• A maioria dos pacientes era do sexo masculino, com idade média de 34,3 anos,

• Cerca de 2 por cento (35) das 1.979 complicações relacionadas à maconha eram complicações cardiovasculares.

• Dos 35 casos, 22 estavam relacionados ao coração, incluindo 20 ataques cardíacos; 10 eram periféricos, com doenças relacionadas a artérias nos membros; e três estavam relacionados a artérias cerebrais.

• A percentagem de complicações cardiovasculares relatadas mais do que triplicou entre 2006 e 2010.

• Nove pacientes, ou 25,6 por cento, morreram.
Os pesquisadores observaram que o uso da maconha e quaisquer complicações de saúde resultantes são provavelmente subnotificados. Há 1,2 milhões de usuários regulares na França, portanto há potencialmente uma grande quantidade de complicações que não são detectados pelo Sistema Addictovigilance.

"O público em geral pensa a maconha é inofensiva, mas a informação revelando os perigos potenciais à saúde do uso de maconha deve ser divulgada ao público, aos tomadores de decisão e aos profissionais de saúde”, disse Jouanjus.


Pessoas com deficiências cardiovasculares pré -existentes parecem estar mais propensas aos efeitos nocivos da maconha.

“Atualmente, há evidências convincentes sobre o risco crescente de efeitos cardiovasculares adversos associados à maconha, especialmente em pessoas jovens”, disse Jouanjus. “Portanto, é importante que os médicos, incluindo cardiologistas, estejam cientes disso e considerem o uso da maconha como uma das possíveis causas de doenças cardiovasculares”.

A observação de relatórios relacionados à maconha e de doenças cardiovasculares deve continuar, e mais estudos precisam ser feitos para entender como o uso da maconha pode desencadear eventos cardiovasculares, disse Jouanjus.

Fonte - Traduzido e adaptado de Medical News Today

Jovens das melhores universidades dos Estados Unidos não acham que tomar remédio para déficit de atenção é trapacear

Jovens das melhores universidades dos Estados Unidos não acham que tomar remédio para déficit de atenção é trapacear
Cerca de um em cada cinco estudantes da Ivy League (grupo que reúne as melhores universidades dos Estados Unidos) admitiram terem utilizado receitas para drogas contra o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) enquanto estudavam, e um terço dos estudantes universitários não acha que isso estariam trapaceando por fazerem isso, de acordo com uma nova pesquisa. Medicamentos para TDAH, como adderall ou ritalina, são comumente utilizados de maneira errada entre pessoas que não têm um diagnóstico para a doença, como uma maneira d se concentrar melhor e ter uma melhor performance. Um artigo de 2011 do COllege Board relatou que ainda que os números disponíveis sejam poucos, os estudantes conseguem obter e usar drogas para TDAH e para diagnósticos de distúrbios cognitivos para tirar vantagens acadêmicas, diz o The New York Times. É claro, existem pessoas que sofrem desses distúrbios genuinamente, mas o novo estudo focou nos estudantes que não sofrem com o TDAH.

Os pesquisadores, que apresentarão suas descobertas na reunião anual Sociedade Acadêmica de Pediatria (SAP) dos Estados Unidos, entrevistaram 616 estudantes em universidades “altamente seletivas” (os pesquisadores não disseram quais) e descobriram que 18% deles usaram as drogas por razões acadêmicas, e 24% já o tinham feito oito ou mais vezes. Calouros universitários estavam mais propensos a abusar da medicação, e estudantes que praticavam esportes ou estavam envolvidos em irmandades acadêmicos também abusaram com mais frequência das drogas. Já que os pesquisadores excluíram todos com um diagnóstico de TDAH, todos os estudantes estavam, portanto, usando as drogas ilegalmente. Os pesquisadores não perguntaram sobre a fonte dos medicamentos, mas disseram em um e-mail que geralmente estes provinham de outros estudantes.

Quando perguntados se esse tipo de comportamento poderia ser qualificado como trapaça, um terço dos estudantes disseram que não, 41% disseram que era, e 25% disseram não ter certeza. Pessoas que usaram medicamentos para TDAH também estavam mais propensas a pensar que esse era um fenômeno comum no campus.

Mais e mais pessoas estão sendo diagnosticadas com TDAH, incluindo adultos. O número de adultos tomando drogas para TDAH aumentou 50% entre 2008 e 2012 nos Estados Unidos, de acordo com um relatório. Uma das partes mais difíceis de investigar o distúrbio é que os médicos precisam determinar quem tem o distúrbio legitimamente e quem está procurando-o por razões de melhora de performance. Os pesquisadores disseram que o estudo levantou questões sérias para os fornecedores: “Na medida em que alguns estudantes de ensino médio e de universidades relataram ter fingido sintomas de TDAH para obter medicamentos estimulantes, os médicos deveriam tomar mais cuidado ou tomar medidas mais conservadoreas quando fossem diagnosticar TDAH em adolescentes pela primeira vez?”, o autor do estudo, Dr. Andrew Andesman, chefe de pediatria do desenvolvimento e do comportamento no Centro Médico para Crianças Steven & Alexandra Cohen de Nova Iorque, disse em uma declaração.

Fonte - Traduzido e adaptado da Time

Fumar maconha pode causar danos letais ao coração de adultos

Fumar maconha pode causar danos letais ao coração de adultos
Fumar maconha pode causar danos letais ao coração e às artérias de adultos de meia idade, segundo estudo realizado na França. Foram avaliados quase 2 mil pacientes com problemas de saúde relacionados ao uso de cannabis e os pesquisadores identificaram 35 casos graves de complicações cardiovasculares.

Vinte ataques cardíacos foram registrados, assim como 10 casos envolvendo problemas com as artérias, sendo três com efeitos nos vasos sanguíneos do cérebro. Um quarto dos pacientes com problemas cardiovasculares morreu. A maioria era do sexo masculino e tinha idade média de 34,3 anos.

A cientista-chefe da Universidade de Toulouse, Emilie Jouanjus, disse que "o público em geral pensa que a maconha é inofensiva, mas o estudo mostrou riscos potenciais à saúde”. Ela alertou ainda para os cuidados com o uso medicinal da maconha.

Os pesquisadores analisaram os casos de problemas de saúde graves que envolviam cannabis entre 2006 e 2010, reunidos por uma rede francesa que monitora o uso de drogas. Pessoas com deficiências cardiovasculares pré-existentes se mostraram mais propensas aos efeitos nocivos da droga.

Fonte - Terra

Uso de álcool na adolescência está ligado a comportamento de risco na idade adulta

Uso de álcool na adolescência está ligado a comportamento de risco na idade adulta
Um novo estudo realizado em ratos fornece indícios sobre como o uso de álcool na adolescência altera a química do cérebro, sugerindo que o uso precoce de álcool tem efeitos a longo prazo na tomada de decisões.

”Experiências de vida precoces podem alterar o cérebro no longo prazo, com profundas implicações para o comportamento na idade adulta”, disse Abigail Schindler, Ph.D., pós-doutoranda na Universidade de Washington, que conduziu a pesquisa. "Este estudo aponta para os potenciais efeitos do álcool no desenvolvimento do cérebro na adolescência, um período de exploração, quando os jovens são muitas vezes levados a experimentar álcool pela primeira vez”.

Os pesquisadores serviram doses de álcool a um grupo de ratos de 30 a 50 dias de idade, o equivalente à adolescência em humanos. Durante esse período, os ratos tiveram acesso aos às doses 24 por dia. Quando os ratos atingiram a idade adulta, eles passaram por testes que ofereciam a oportunidade de assumir baixos riscos para obter recompensas menores ou assumir riscos muito maiores para obter recompensaas muito maiores.

Os ratos expostos ao álcool durante a adolescência ficaram consistentemente mais inclinados a optar pelo alto risco/recompensa elevada, mesmo quando a opção mais segura teria dado mais recompensas no geral. “Este aumento adaptativo na tomada de risco sugere que a exposição ao álcool mudou a maneira como os animais tomam decisões”, disse Schindler.

Para explicar o fenômeno, a equipe de pesquisa observou mais atentamente a química do cérebro dos ratos. Eles rastrearam o efeito de alterações na dopamina, uma substância química do cérebro que contribui para a experiência de recompensa, e possíveis alterações nos receptores de GABA, que pode atuar como um sistema de freios para manter a dopamina em cheque.

Os ratos expostos ao álcool apresentaram maiores picos de dopamina e mudanças em certos tipos de receptores GABA, o que sugere que a exposição precoce ao álcool pode tirar os freios do sistema de dopamina.

As descobertas podem lançar luz sobre o desenvolvimento da dependência do álcool e das drogas. “Nos seres humanos, quanto mais jovem você é quando você experimenta álcool pela primeira vez, mais provável é que você venha a ter problemas com o álcool na vida adulta. Mas é um tipo de problema da galinha e do ovo, porque não tem ficado claro se algumas pessoas têm uma tendência natural para o abuso de álcool, ou se o próprio álcool tem um efeito sobre o cérebro”, disse Schindler .

O estudo reforça a evidência de que a exposição ao álcool no início da vida pode ter efeitos a longo prazo sobre a tomada de riscos e a tomada de decisão, o que pode aumentar o risco de uma pessoa a desenvolver problemas de abuso de substâncias.

O abuso de álcool representa um problema de saúde social, econômica e pública. Cerca de 18 milhões de pessoas nos Estados Unidos têm um transtorno por uso de álcool.

O álcool é a droga mais abusada entre os adolescentes. Setenta por cento dos adolescentes do 12 º ano de escolaridade norte-americano e um terço dos da oitava série do ensino fundamental sofreram alguma exposição ao álcool durante suas vidas, de acordo com um estudo de 2011.

Fonte - Traduzido e adaptado de Science Daily