• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

Campanha alerta para riscos do consumo de álcool entre jovens

Campanha alerta para riscos do consumo de álcool entre jovens
O Ministério da Justiça lançou, nesta segunda-feira (24), a campanha de carnaval Bebeu Perdeu, com foco no enfrentamento ao consumo de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes.


Cinco vídeos já estão disponíveis no canal do YouTube JusticaGovBr. Além de circularem nas redes sociais, eles serão exibidos nas salas de cinema da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. Também foram preparados outdoors e painéis para os aeroportos nas principais cidades com carnaval nesses estados.

A campanha foi feita com base em uma pesquisa encomendada pela Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad/MJ) ao Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Segundo o secretário da Senad, Vitore Maximiano, o estudo mostrou, em 2010, que 60,5% dos jovens estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental 2 e 1º ao 3º ano do ensino médio, de escolas públicas e particulares, já consumiram álcool.

Desse total, 41,5% são do sexo masculino e 43,5% feminino; 15,4% estão na faixa etária de 10 a 12 anos, 43,6% entre 13 a 15 anos; 65,3% de 16 a 18 anos e 63,3% com 19 anos ou mais.

O 6º Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas foi realizado em 2010 entre estudantes do ensino fundamental e médio das redes pública e privada de ensino nas 27 capitais brasileiras. A amostra final em cada capital variou entre 348 e 2.310 estudantes de escolas públicas, e 115 e 1.763 estudantes de escolas particulares, totalizando 50.890 alunos distribuídos em cerca de 900 escolas de todo o país.

Durante o lançamento da campanha, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o uso do álcool na adolescência é um ponto extremamente delicado, e fez um apelo aos comerciantes que vendem bebidas alcoólicas durante as festas. "Fazemos um apelo social aos comerciantes, aos órgãos de controle social e aos adolescentes, que acreditem que o carnaval e a vida podem ser curtidas sem o uso do álcool”.

O Ligue 132, antigo VivaVoz 132, oferece atendimento gratuito de orientação e informações sobre os riscos do uso de drogas e seus efeitos no organismo. O serviço faz parte do programa “Crack, é possível vencer”, iniciativa do governo federal para o enfrentamento de drogas.

Para acessar o 6º Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas, clique aqui.


Fonte - Ministério da Justiça

Beber álcool durante a gravidez pode tornar-se crime no Reino Unido

Beber álcool durante a gravidez pode tornar-se crime no Reino Unido

O Tribunal de Apelação, no Reino Unido, está julgando um caso no qual uma mãe é acusada de ser responsável por danos cerebrais da filha de seis anos, por ter ingerido grandes quantidades de álcool durante a gravidez, embora estivesse ciente de que isso não era saudável.

Nos últimos três anos, foi registrado um aumento da Síndrome do Alcoolismo Fetal, em um estudo realizado em 313 crianças afetadas pela exposição ao álcool ainda no útero da mãe. O departamento de saúde do Reino Unido verificou também que um em cada 100 bebês nasce com desordens relacionadas à exposição ao álcool. Perante esses dados, o país pondera passar a classificar como crime beber álcool durante a gravidez.

O psiquiatra Raja Mukherjee alerta para o fato de não haver uma noção exata da quantidade de álcool que pode interferir com o bem-estar do feto, portanto o melhor é as mulheres manterem-se afastadas de bebidas alcoólicas.

Glen, uma jovem de 15 anos, é outro dos exemplos das consequências que a ingestão de álcool pode originar. A jovem foi identificada com problemas físicos que lhe afetaram a visão e a mobilidade depois de a mãe ter consumido álcool durante a gravidez.

Susan Fleisher, fundadora da associação de solidariedade NOFAS-UK, acredita que devem ser tomadas mais medidas para alertar as mães, mas que acusá-las de crime não é solução. Em vez disse deviam ser-lhes cedidas mais informações


Fonte - Adaptado de Notícias ao Minuto

Após os 30, uso de álcool e trabalho noturno aumentam risco de aborto natural

Mais de um quarto dos abortos espontâneos ocorridos pela primeira vez poderia ser prevenido por uma combinação de mudanças no estilo de vida, sugere uma pesquisa realizada na Dinamarca.


Após os 30, uso de álcool e trabalho noturno aumentam risco de aborto natural

Os cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, constataram que mulheres a partir de 30 anos que consumiam álcool com frequência e trabalhavam à noite durante a gravidez tinham maiores chances de sofrer abortos espontâneos.


O estudo, que analisou 91.247 mulheres, disse ainda que levantar mais de 20 kg por dia durante a gestação e estar abaixo ou acima do peso ideal também aumenta o risco de aborto espontâneo.

O aborto espontâneo atinge milhares de mulheres ao redor do mundo. No Brasil, estima-se que uma a cada dez grávidas perca o bebê nos primeiros meses de gravidez.

Prevenção

Os pesquisadores concluíram que somente uma redução dos fatores de risco poderia prevenir os abortos espontâneos.

O estudo foi publicado na revista científica International Journal of Obstetrics and Gynaecology. "A principal mensagem de nossa pesquisa é que os abortos naturais podem ser prevenidos", diz Anne-Marie Nybo Andersen, pesquisadora-sênior da Universidade de Copenhague.

Segundo ela, a pesquisa mostra a relativa importância do estilo de vida na incidência de aborto natural, em detrimento de fatores específicos, como a ingestão de determinados medicamentos.

Andersen afirma que, como as descobertas vieram da análise de uma população, elas podem ser aproveitadas por grupos diversos – desde casais a pessoas responsáveis por políticas de maternidade, regulações trabalhistas e apoio a gravidez precoce.

"Todo mundo, jovens homens e mulheres, assim como aqueles que têm responsabilidades políticas, devem ter em mente que a gravidez acima dos 30 anos implica um risco elevado de aborto natural", acrescenta.

Recomendação médica

O estudo analisou gravidezes ocorridas na Dinamarca entre 1996 e 2002. Os pesquisadores constataram que 3,5% das mulheres sofreram aborto espontâneo.

Os pesquisadores analisaram possíveis conexões entre os abortos naturais e o estilo de vida das grávidas ao coletar dados por meio de entrevistas telefônicas feitas pelo computador.

"Esse estudo é muito interessante em termos de abrangência da população", afirmou Caroline Overton, porta-voz da Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, associação britânica que reúne profissionais da ginecologia e obstetrícia.

Segundo ela, mulheres que queiram engravidar devem ter uma dieta balanceada, assegurar que não estão "muito magras" ou "com sobrepeso", parar de fumar e pedirem a seus parceiros para fazerem o mesmo.

Fonte - Cenário MT

Site auxilia usuários a diminuir consumo de álcool

Site auxilia usuários a diminuir consumo de álcool
Usuários que queiram reduzir seu consumo excessivo de álcool têm uma nova ferramenta para alcançar este objetivo. É o programa "Beber Menos" do site Informálcool que concluiu sua fase de testes e está disponível ao público.

O sistema permite que o usuário se cadastre de forma anônima e, a partir de informações individualizadas, oferece auto-avaliações e orientações para reduzir o consumo ou para parar de beber. A ferramenta utiliza técnicas da psicoterapia cognitiva e da entrevista motivacional, que já demonstraram efetividade em aplicações presenciais.

Desde o final de 2012 no ar, em sua fase de testes, o programa é resultado de uma parceria entre a UFPR, a Organização Mundial da Saúde (OMS), pesquisadores do México, Índia e Bielorússia e docentes da UNIFESP e UFJF.

Um estudo com site semelhante demonstrou um aumento de 3,6 vezes nas chances de sucesso em comparação com quem não utilizou este tipo de ferramenta.

Orientações e simulações de situações de risco

O sistema é capaz de gerar um alerta ao usuário sobre suas situações de maior risco de consumo excessivo, a partir de informações que ele forneceu sobre os períodos, locais e companhias em que bebe com maior frequência e quantidade, levando também em consideração seus sentimentos nestas ocasiões e tipos de bebidas consumidas. O sistema gera gráficos ilustrativos de cada uma destas situações e ajuda a criar estratégias para evitá-las e não beber. Também são geradas metas realistas para a redução do consumo, baseado nas informações individualizadas.

Um exemplo dessas avaliações é uma lista que o usuário faz depois de uma situação em que ele considere que bebeu excessivamente, indicando que pensamentos levaram ele a perder o controle e que pensamentos teriam ajudado a evitar aquela situação. O objetivo é oferecer saídas que possam ajudar o usuário a se fortalecer frente às situações que envolvem a bebida.

A principal vantagem da ferramenta é ajudar aqueles indivíduos em locais mais isolados, com pouco acesso a profissionais especializados ou que possuem vergonha de expor seus problemas.

Além do "Beber Menos" o site Informálcool possui seções especificas para atender cada tipo de público como familiares, usuários, profissionais da saúde e pesquisadores.

A proximidade do carnaval, quando há aumento na quantidade de uso de álcool, também é um momento de aumento de recaídas de usuários que estavam abstinentes. Isso indica que este é o momento ideal para aderir ao programa.


Fonte - Bonde

Alcoolismo é a principal causa de afastamento do trabalho por uso de drogas

Alcoolismo é a principal causa de afastamento do trabalho por uso de drogas
Entre os segurados do INSS o uso abusivo do álcool teve aumento de 19% nos últimos quatro anos Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apontam que o alcoolismo é o principal motivo de pedidos de auxílio-doença por transtornos mentais e comportamentais por uso de substância psicoativa. O número de pessoas que precisaram parar de trabalhar e pediram o auxílio devido ao uso abusivo do álcool teve um aumento de 19% nos últimos quatro anos, ao passar de 12.055, em 2009, para 14.420, em 2013.

Os dados mostram que os auxílios-doença concedidos as pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas passaram de 143,4 mil. Cocaína é a segunda droga responsável pelos auxílios concedidos (8.541), seguido de uso de maconha e haxixe (312) e alucinógenos (165).

São Paulo teve o maior número de pedidos em 2013 por uso abusivo do álcool, com 4.375 auxílios-doença concedidos, seguido de Minas Gerais, com 2.333. Integrante do Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo (Cress-SP), o assistente social Fábio Alexandre Gomes ressalta que o aumento é extremamente superficial, visto que boa parte da população não contribui para o INSS e por isso não tem direito a esse benefício.

“O impacto do álcool hoje na vida das pessoas é muito maior. Muitos casos inclusive de uso abusivo do álcool estão associados com a situação de desemprego. E a juventude tem iniciado experiências cada vez mais cedo”, explica ele. “Tenho casos frequentes de crianças fazendo uso abusivo de álcool a partir dos oito anos. Estou acompanhando um menino que hoje, com dez anos de idade, usa crack, mas a porta de entrada foi o álcool”, conta o assistente social ao relatar que por ser uma substância socialmente permitida em casa, acaba sendo de fácil acesso.

Ele também relata aumento sensível de mulheres que não aderem ao tratamento, fruto de preconceito social. “Na minha experiência como assistente, este consumo abusivo está ligado principalmente a relações de violência, sobretudo, amorosas. E geralmente o consumo é de cachaça”, ressaltou. Ele criticou a concentração de políticas públicas dirigidas a substâncias ilícitas, quando o álcool é uma das substâncias lícitas cada vez mais usadas por adolescentes e mulheres, independentes da classe social. Gomes ressalta que faltam campanhas que falem do impacto do álcool na gravidez.

“O consumo do álcool durante a gestação é algo que não se discute muito. Muitas gestantes pensam 'ah está muito calor vou tomar só um copinho', sem saberem o impacto que isso tem na formação das crianças”, alertou Alexandre Gomes.

Há 24 anos sem beber uma gota de álcool, o vendedor autônomo João Souza, 54 anos, morador do Rio de Janeiro, acredita que largar o vício sem ajuda profissional é “praticamente impossível” e afirma que não existe cura para a doença. “A família é muito importante, mas sozinha não dá conta se não houver apoio profissional. A questão não é moral, é bioquímica, de estrutura e só com muito tratamento”, pondera ele. “Procurei os Alcoólicos Anônimos (AA) e vou lá até hoje, faço a manutenção, porque preciso” conta ele.

O auxílio-doença é um direito de todo trabalhador segurado pelo INSS, que não perde o emprego ao se ausentar. Para pedir o auxílio-doença por uso abusivo de droga, o solicitante deve ter pelo menos 12 meses de contribuição e comprovar, por meio de perícia médica, a dependência da droga que o incapacita de exercer o trabalho. A valor do benefício varia de acordo com o valor recolhido pela Previdência Social.

Segundo a assistente social Andresa Lopes dos Santos, também integrante do Cress-SP, o benefício é um grande avanço para o trabalhador brasileiro, pois assegura a manutenção financeira da família, mantém o vínculo do trabalhador no emprego, que pode se tratar enquanto estiver de licença. “É importante um trabalho para dar o suporte à família e ao dependente do álcool, que muitas vezes sustenta a família poderá fazer um tratamento”, salientou ela.

Fonte - Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar 
 

Pernambuco: Grávidas usuárias de crack terão atenção especial do governo do estado

Grávidas usuárias de crack terão atenção especial do governo do estado
A barriga de sete meses de gravidez é um incentivo. Não impede, porém, que B.B, 19 anos, acenda um cachimbo de crack quando a abstinência chega ao limite. “Comecei a usar grávida de dois meses da minha primeira filha. Tinha me separado. Eu estava passando debaixo de uma ponte, vi uma roda de gente e fui saber o que era. Foi a primeira vez que usei o crack”, contou.

Hoje, ela luta para se livrar do vício. Entre idas e vindas está numa casa de apoio há três meses mas passou um mês fora e só retornou há três dias. No Recife e Jaboatão, são pelo menos 68 gestantes e usuárias de crack e outras drogas vivendo nas ruas, estima a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.

Devido ao número relevante, a pasta passará a oferecer, na segunda quinzena de março, atendimento especializado a estas mulheres, através do Programa Atitude, que trabalha com dependentes químicos. As gestantes ficarão lá por até um ano, separadas das usuárias que não grávidas, no novo Centro de Acolhimento Intensivo, de localização sigilosa.

De acordo com o secretário Bernardo D’Almeida, o núcleo funcionará 24 horas e a meta é atender pelo menos 90 gestantes da RMR.

Fonte - Diário de Pernambuco

Estudo aponta malefícios do uso de drogas durante a gestação

Estudo aponta malefícios do uso de drogas durante a gestação
Lesões má formação fetal por abuso de drogas

Há 13 anos, o professor Erikson Furtado, coordenador do PAI-PAD (Programa de Ações Integradas para Prevenção e Atenção ao Uso de Álcool e Drogas na Comunidade) da Faculdade de Medicina da USP, pesquisa os riscos do uso de álcool e outras drogas durante a gestação.

No ano 2000, ele e sua equipe cadastraram 449 grávidas que faziam uso de álcool e outras drogas, sendo que 100 delas tinham um consumo de risco. O grupo acompanhou a gestação, analisando o uso feito por essas mulheres. A partir de 2006, os pesquisadores começaram a resgatar essas crianças, para avaliar quais as consequências do uso feito na gravidez.


O número de crianças com problemas físicos ou comportamentais era tão grande que o professor criou um ambulatório no Hospital das Clínicas, onde presta atendimento multidisciplinar a crianças e adolescentes com dependência química ou problemas decorrentes da dependência na gestação. Hoje, atende 86 adolescentes que foram acompanhados na barriga das mães, além de outros pacientes.


Erikson explica que a maioria das usuárias de risco usam o álcool atrelado a outras drogas, o que potencializa os danos para o bebê. O uso de drogas, principalmente do álcool, pode causar ao bebê más formações físicas, possíveis de serem diagnosticadas já no parto. “O bebê pode apresentar lesões na face, problemas renais, más formações ósseas”.

A “Síndrome de Abstinência Neonatal” é comum em bebês que foram expostos ao uso contínuo de álcool e outras drogas durante a gestação, principalmente o crack. “A criança já nasce muito inquieta, pois não está mais ingerindo a substância. Precisa de cuidados intensivos nas primeiras horas de vida”.

Os distúrbios de comportamento são as principais consequências do uso. “Geralmente são crianças inquietas, com dificuldade de interação, de comportamento agressivo, com dificuldades de aprendizado e que, quando adolescentes, podem ter uma iniciação precoce no uso de álcool e outras drogas”.


Fonte - Adaptado de Jornal A Cidade

Anvisa proíbe a comercialização de 21 novas drogas

Anvisa proíbe a comercialização de 21 novas drogas
Outras duas substâncias serão controladas:Tapentadol e a Teriflunomida. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta terça-feira (18) a proibição do consumo e da comercialização de 21 novas drogas no país, incluindo substâncias alucinógenas que são proibidas em outros países, como os Estados Unidos. A decisão ainda será publicada no "Diário Oficial da União". Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, "a comercialização, o porte ou a utilização são considerados crime".


Além disso, duas substâncias entraram para a lista de produtos controlados: o Tapentadol e a Teriflunomida. As mudanças estão na atualização da Portaria 344/98, que define as regras para substâncias de controle especial e substâncias proscritas (proibidas) no Brasil. Desde 1999 a Anvisa já realizou 37 atualização da portaria de medicamentos controlados.

Segundo a Anvisa, "as 21 substâncias são drogas criadas para burlar as listas de drogas ilícitas publicadas no mundo. Nenhuma delas tem utilidade com medicamento, são produtos que simulam efeitos semelhantes ao de outras drogas ilícitas já conhecidas". Uma das substâncias é a metilona, um alucinógeno sintético estimulante semelhante ao ecstasy. Outra substância que teve o uso proibido foi a metoxetamina, droga recreativa com efeitos estimulantes. Leia - Alerta: Brecha na lei impede que Polícia Federal apreenda novas drogas

De acordo com o diretor de Regulação Sanitária da Anvisa, Renato Porto, as análises começaram a ser feitas no ano passado e apontaram outras proibições necessárias. “Tivemos dois pedidos feitos pela polícia e após o trabalho da Agência esse número foi aumentado para garantir que formas semelhantes destas drogas também fossem incluídas”, explicou Porto.

A Anvisa também aprovou a inclusão de duas substâncias na lista de produtos controlados, o Tapentadol e a Teriflunomida. São medicamentos que ainda não existem no Brasil, mas caso venham a ser registrados seguirão as regras de controle especial, já existentes para outros medicamentos.
No domingo (16), reportagem do Fantástico mostrou que brecha na lei impede que Polícia Federal apreenda novas drogas (veja no vídeo ao aldo).

A atualização da lista partiu de solicitações da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), ligada à ONU, do Ministério Público e da Polícia Federal. Veja a lista das novas substâncias proscritas relacionadas:

Drogas proibidas

25I-NBOMe
25C-NBOMe
25D-NBOMe
25B-NBOMe
25E-NBOMe
25N-NBOMe
25P-NBOMe
25T2-NBOMe
25T2-NBOMe
25T7-NBOM
25H-NBOMe
Metilona
4-cloro-2,5-dimetoxifeniletilamina (2C-C)
4-metil-2,5-dimetoxifeniletilamina (2C-D)
4-etil-2,5-dimetoxifeniletilamina (2C-E)
4-fluor-2,5-dimetoxifeniletilamina (2C-F)
4-iodo-2,5-dimetoxifeniletilamina (2C-I)
4-etil-tio-2,5-dimetoxifeniletilamina (2C-T-2)
2,5-dimetoxi-4-propiltiofeniletilamina (2C-T-7)
MXE (metoxetamina)
5IAI (5-iodo-2-aminoindano)

Drogas controladas

Tapentadol
Teriflunomida
Suplementos

Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Nesta segunda-feira (17) a Anvisa também proibiu a comercialização de quatro alimentos para atletas com fórmulas não autorizadas no Brasil: Isofast- MHP, Alert 8-hour-MHP, Carnivor e Probolic –SR-MHP. Todos eles são distribuídos pela Nutrition Import Comercio Atacadista de Suplementos

O Isofast- MHP e o Alert 8-hour-MHP, ambos fabricados pela empresa Maximum Human Performance, foram proibidos por conter BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada) e Taurina.

Já o Carnivor, da MuscleMeds, foi proibido por apresentar vitamina B12 e B6 em teores acima do recomendado para a ingestão diária, além Glutamina (alfa-cetoglutarato) e a Ornitina (alfa-cetoglutarato e alfa-cetoisocaproato), que são substâncias sem comprovação de segurança para uso em alimentos.

E o Probolic –SR-MHP, fabricado pela Maximum, foi suspenso porque contém ácido linoleico conjugado, substancia não considerada segura para uso em alimento. Sua rotulagem original também indica que o poduto possui aminoácidos de cadeia ramificada, que não devem ser indicados para atletas.

Segundo a agência, a fiscalização da venda deste produtos será feita pelas Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais.

Fonte - G1 Bem Estar

Adolescentes que consomem bebidas energéticas têm mais tendência a usar álcool e drogas

Adolescentes que consomem bebidas energéticas têm mais tendência a usar álcool e drogas
Quase um terço dos adolescentes norte-americanos consome bebidas energéticas com alto teor de cafeína, e esses adolescentes apresentam taxas mais elevadas de uso de álcool, cigarro, ou do uso de drogas, relata um estudo publicado no Journal of Addiction Medicine, o jornal oficial da Sociedade Americana de Medicina da Dependência. O jornal é publicado pela Lippincott Williams & Wilkins, uma parte da Wolters Kluwer Health.


As mesmas características que levam jovens a consumir bebidas energéticas, tais como sentir-se “em busca de sensações ou procurando riscos”, pode torná-los mais propensos a usar outras substâncias, sugere a nova pesquisa feita por Yvonne M. Terry-McElrath e seus colegas do Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Michigan.

Os pesquisadores analisaram dados nacionalmente representativos de quase 22 mil alunos do ensino secundário dos Estados Unidos. Os adolescentes eram participantes do estudo da Universidade de Michigan "Monitorando o Futuro", financiado pelo Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas norte-americano.

Em resposta a questionários, cerca de 30 por cento dos adolescentes relataram o uso de bebidas energéticas que continham cafeína. Mais de 40 por cento disseram que beberam refrigerantes normais todos os dias, enquanto 20 por cento bebiam refrigerantes diet todos os dias.

Os meninos têm mais tendência a usar bebidas energéticas do que as meninas. O uso também foi maior para adolescentes sem os dois pais em casa e aqueles cujos pais tiveram menos educação. Talvez surpreendentemente, os adolescentes mais jovens (oitava série) tinham mais tendência a usar bebidas energéticas.

Os alunos que usaram bebidas energéticas também estavam mais propensos a relatar o uso recente de álcool, cigarros e drogas ilícitas. Entre os vários grupos etários, com ajuste para outros fatores, adolescentes que usaram bebidas energéticas estavam duas ou três vezes mais propensos a relatar outros tipos de uso de drogas em comparação com aqueles que não usam bebidas energéticas.

O consumo de refrigerantes também foi relacionado ao uso de drogas. No entanto, as associações foram muito mais fortes para bebidas energéticas.

Bebidas energéticas são produtos que contêm altas doses de cafeína, comercializados como mecanismos auxiliares para aumentar a energia, a concentração ou a vigília. Estudos em adultos jovens sugerem que o consumo de bebidas energéticas está associado ao aumento do uso de álcool, maconha e tabaco.


As bebidas energéticas são muitas vezes utilizadas juntamente com o álcool, o que pode “mascarar” os efeitos intoxicantes do álcool. O novo estudo é um dos primeiros a observar o consumo de bebidas energéticas por adolescentes norte-americanos e como ele pode estar relacionado a outros tipos de uso de drogas.

“O presente estudo indica que o consumo de bebidas energéticas por adolescentes é generalizado e que os usuários de bebidas energéticas também têm maior risco de abusar das drogas”, escreve Terry-McElrath. Eles enfatizam que o estudo não fornece dados de causa-e-efeito que mostrassem que as bebidas energéticas levam ao abuso de substâncias em adolescentes.

No entanto, os pesquisadores acreditam que as descobertas ligando bebidas energéticas ao uso de drogas em jovens adultos são possivelmente relevantes para os adolescentes também. Eles escrevem: “a educação dos pais e os esforços de prevenção a serem difundidos entre adolescentes devem incluir educação sobre os efeitos da cafeína em bebidas energéticas e no álcool – e outros distúrbios relacionados a drogas, e o reconhecimento de que alguns grupos (como jovens que buscam experiências sensoriais) podem estar particularmente propensos a consumir bebidas energéticas e a serem usuários de drogas”.

Mesmo sem a possível conexão com o uso de drogas, Terry-McElrath nota que, com o alto nível de cafeína e de açúcar, bebidas energéticas não são uma boa opção para adolescentes. Eles citam o recente relatório da Academia Americana de Pediatria afirmando que “a cafeína e outras substâncias estimulantes contidas em bebidas energéticas não devem fazer parte da dieta de crianças e adolescentes”.

Fonte - OBID - Traduzido e adaptado de EurekAlert

Alerta: Brecha na lei impede que Polícia Federal apreenda novas drogas

Brecha na lei impede que Polícia Federal apreenda novas drogas
Nova droga - 25I
Substâncias parecem LSD e ecstasy, mas são ainda mais potentes. Segundo a PF, drogas já foram encontradas em cinco estados do país. Toxicologista alerta para efeitos extremamente agressivos.


Novas drogas, muito perigosas, fabricadas em laboratório, estão chegando ao Brasil. Parecem LSD e ecstasy, mas são ainda mais potentes. E o pior: por uma brecha na lei, a venda é livre no país.

As drogas foram apreendidas em São Paulo. À primeira vista, parecem ser velhas conhecidas da polícia: LSD e ecstasy. Mas são muito mais perigosas. Drogas novas, que chegam ao país à margem da lei.

“São drogas extremamente potentes, extremamente agressivas, são causas de morte e também de despersonalização. Ou seja, a pessoa fica de uma forma tão alterada, que, muitas vezes, não consegue mais voltar à realidade”, diz Anthony Wong, toxicologista.


São duas substâncias diferentes. A primeira é parecida com o LSD, tanto no aspecto quanto nos efeitos: causa alucinações intensas.

“Um correu e bateu contra um carro, pensou que ele era mais forte que o carro. Outro pulou de um prédio porque pensou que podia voar”, lembra Anthony Wong, toxicologista.

A outra droga lembra o ecstasy, só que muito mais perigosa. “Se provocado ou submetido a algum trauma, ele reage violentamente. Essa violência não tem controle. A pessoa é dotada de uma força sobre-humana. Ele fica com tanta força que dez pessoas não conseguem segurar”, alerta o toxicologista.

A apreensão aconteceu em São Paulo, em novembro de 2013.

Segundo a polícia, em uma abordagem de rotina, a PM parou o carro de um universitário, acompanhado de uma mulher. Os policiais encontraram 500 comprimidos. Pensaram que era ecstasy.

Ainda na versão policial, o homem foi pressionado e os levou até a casa do traficante - um dentista, que estava acompanhado de um terceiro homem. No local, a polícia apreendeu mais comprimidos, além de micropontos que pareciam LSD, maconha e R$ 21 mil em dinheiro.

Diante de um possível crime de tráfico de drogas, os policiais levaram os suspeitos para a delegacia. Os três alegaram que a droga foi colocada na casa para incriminá-los.

A polícia precisava de uma prova técnica. As drogas foram levadas para análise no instituto de criminalística. O resultado do exame provocou uma reviravolta no caso: aquelas drogas apreendidas não eram LSD nem ecstasy, e os três teriam que ser soltos. O promotor que investigava essa história não aceitou o primeiro laudo e exigiu que um outro mais completo fosse feito.

Cassio Roberto Conserino, promotor público: Foi feito o pedido de contraperícia. Nessa contraperícia, o resultado se repetiu.
Fantástico: Esses traficantes que trouxeram essa droga para São Paulo, compraram aqui, ficaram impunes?
Cassio Roberto Conserino, promotor público: Exatamente.

Só depois, com novos exames, os peritos entenderam o que estavam acontecendo.

“A gente conseguiu ver que as substâncias não eram, em primeiro lugar, ecstasy e LSD, e eram sim, outras drogas ainda novas no Brasil”, explica Leonardo Marabezzi, perito. A droga que os policiais imaginavam ser ecstasy, na verdade, se chama metilona. E aquela que parecia ser LSD é conhecida como 25I-NBOMe, também chamada de 25I.

Fantástico: É a primeira vez que o senhor apreende esse tipo de droga aqui em São Paulo que você tem conhecimento?
Perito: Não, não é a primeira vez.

Segundo a Polícia Federal, a metilona já foi encontrada em São Paulo e também no Rio Grande do Norte. A 25I, em São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso.

“As drogas são sintetizadas na Índia e na China. Mas o caminho obrigatório para vir para o Brasil é Europa. Elas vêm pela Europa e chegam aqui”, afirma Renato Pagotto Carnaz, delegado da Polícia Federal.

No Brasil, elas são vendidas livremente na internet. Os usuários fazem até avaliações das drogas.

“O público-alvo são jovens de classe média alta que utilizam esse tipo de droga. Ela tem um efeito duradouro. E é uma droga cara, não é uma droga barata”, destaca o delegado

Nos Estados Unidos as duas drogas mataram pelo menos 19 pessoas. A metilona foi proibida nos Estados Unidos em abril do ano passado. A 25I, há apenas três meses. Reino Unido e Dinamarca também baniram as duas. Outros países, como Rússia, Israel e Canadá, proibiram pelo menos uma delas.


Aqui no Brasil, no entanto, nenhuma das duas é considerada ilegal. “Se uma pessoa acaba sendo flagrada portando essa substância sem que essa substância esteja incluída no rol das substâncias proscritas, ela não é enquadrada no crime de tráfico de drogas”, diz Renato Pagotto Carnaz, delegado da Polícia Federal.

“O Ministério Público, fica de mãos atadas”, alerta o promotor.

A lista de drogas proibidas é de responsabilidade da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A última atualização foi em 2012.

Em nota, a agência diz que, no ano passado, recebeu pedidos de inclusão da metilona e da 25I na lista de drogas proibidas. Foi uma iniciativa da Polícia Federal.

Segundo a Anvisa, é necessária uma 'análise profunda' antes que uma droga entre na relação de substâncias banidas. Somente em 2014, mais de 30 drogas desconhecidas foram levadas para análise no Instituto Nacional de Criminalística, no Distrito Federal

“É aquela velha analogia do cachorro correndo atrás do rabo: mesmo que a Anvisa hoje proíba uma substância, na semana seguinte já tem uma nova pronta pra ser lançada no mercado”, avalia João Carlos Ambrosio, perito federal.

O representante dos peritos criminais faz uma sugestão para acelerar o processo.

“Todas as novas drogas sintéticas e semisintéticas que chegam no território nacional devam ser inseridas imediatamente, após a apreensão em situação de crime naturalmente, em uma lista que vai caracterizá-las como drogas proscritas, proibidas”, avalia Carlos Antônio de Oliveira, da Associação Nacional dos Peritos Criminais.

Segundo a Anvisa, uma reunião sobre o assunto vai acontecer nesta terça-feira (18).

“O poder de ficar dependente ou viciado nessa classe nova de medicamentos é muito grande. Enquanto a Anvisa não determinar que essas substâncias são ilícitas, são ilegais e devem ser classificadas, A Polícia Federal estará de mãos atadas sem poder punir ou apreender essas substâncias”, destaca Anthony Wong, toxicologista.

Fonte - G1Fantástico

Parar de fumar deixa mais feliz, diz estudo

Parar de fumar deixa mais feliz, diz estudo
Deixar o cigarro contribui para o bem-estar mental, tendo o mesmo efeito que o uso de antidepressivos, aponta um estudo publicado no periódico médico British Medical Journal (BMJ), na edição disponível a partir desta sexta-feira (14).


De acordo com os pesquisadores britânicos, que revisaram 26 estudos sobre o tema, o efeito de parar de fumar pode ser "equivalente, ou superior, ao de antidepressivos utilizados no tratamento da ansiedade, ou de transtornos de humor".
Os fumantes incluídos nos trabalhos eram "medianamente dependentes", com idade média de 44 anos, e fumavam de 10 a 40 cigarros por dia. Do total, 48% eram homens.

Eles foram entrevistados antes de sua tentativa de parar de fumar e, novamente, depois de conseguirem largar o hábito, em uma janela que variou de seis semanas a seis meses.
Os que conseguiram deixar o cigarro estavam menos deprimidos, menos ansiosos, menos estressados e com uma visão positiva da vida do que os que não conseguiram abandonar o vício. A melhora foi perceptível nas pessoas afetadas por transtornos mentais logo que pararam de fumar.

Nenhuma avaliação de acompanhamento do estado mental voltou a ser feita, porém, em especial nos casos dos ex-fumantes que tiveram recaídas.
A coordenadora do estudo, Genma Taylor, da Universidade de Birmingham, disse esperar que os resultados permitam dissipar falsas ideias, como a que atribui ao cigarro qualidades antiestressantes, ou relaxantes.

"Comparando não fumantes e fumantes, encontramos uma associação entre uma pior saúde mental nos fumantes", acrescentou.

Segundo números divulgados em julho passado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o cigarro seria responsável pela morte de pelo menos 6 milhões a cada ano, número que pode atingir 8 milhões até 2030.

Fonte - AFP

Cocaína pode aumentar risco de AVC nas 24 horas após o uso

Cocaína pode aumentar risco de AVC nas 24 horas após o uso
A cocaína aumenta muito o risco de acidente vascular cerebral isquêmico em adultos jovens nas 24 horas transcorridas após o uso, de acordo com a pesquisa apresentada na Conferência da Associação Internacional do AVC de 2014.


Acidentes vasculares cerebrais isquêmicos ocorrem quando um vaso sanguíneo que fornece sangue ao cérebro fica bloqueado, impedindo um fornecimento contínuo de sangue.

“Queríamos entender quais os fatores que contribuem para o risco de AVC em adultos jovens”, disse Yu- Ching Cheng, Ph.D., cientista pesquisador do Centro Médico dos Assuntos sobre os Veteranos de Baltimore e professor assistente de medicina na Escola de Medicina da Universidade de Maryland. "Esses fatores podem ser comportamentos pessoais, fatores médicos ou ambientais, ou fatores genéticos”.

“O uso de cocaína é um dos fatores de risco investigados e ficamos surpresos com quão forte é a associação entre cocaína e risco de AVC em jovens adultos. Descobrimos que o risco de derrame associado ao uso intenso de cocaína é muito maior do que alguns outros fatores de risco de AVC, como diabetes, hipertensão arterial e tabagismo”.

Os pesquisadores compararam 1.101 pessoas de 15 a 49 anos da área de Baltimore-Washington, que sofreram derrame entre 1991 e 2008, com 1.154 pessoas de idades similares da população em geral. Mais de um quarto das pessoas em ambos os grupos disseram que tinham uma história de uso de cocaína, sendo que os homens tinham duas vezes mais chances do que as mulheres de relatar o uso da droga.

Os pesquisadores descobriram que:

- Ter uma história de uso de cocaína não foi associado a acidente vascular cerebral isquêmico, independentemente do sexo ou etnia de uma pessoa, no entanto, o uso intenso de cocaína nas 24 horas anteriores ao acidente vascular cerebral foi fortemente associado ao aumento do risco de acidente vascular cerebral em diferentes etnias.

- Participantes tinham seis a sete vezes mais chances de sofrer um acidente vascular cerebral isquêmico em até 24 horas depois do uso de cocaína.

- Este risco elevado de derrame parece ser semelhante em caucasianos e em afro-americanos.

“A cocaína não apenas causa dependência, ela também pode levar a invalidez ou morte por acidente vascular cerebral”, disse Cheng. “Não há muitas exceções para a nossa crença de que cada jovem paciente de AVC deve ser avaliado para saber se houve abuso de drogas no momento da admissão hospitalar.

“Apesar do alto risco de acidente vascular cerebral associado ao uso intenso de cocaína, em nosso estudo, apenas cerca de um terço dos pacientes jovens com AVC fizeram exames toxicológicos durante a internação. Achamos que o percentual de uso de cocaína pode ser maior do que o já relatado”.

Fonte - Traduzido e adaptado de Medical News Today

Risco do tipo mais comum de câncer de mama elevado pelo cigarro

Risco do tipo mais comum de câncer de mama elevado pelo cigarro
O tabagismo é um conhecido fator de risco para o câncer de pulmão e também pode desencadear outros tumores, como os de boca, de estômago, de laringe e de pâncreas. Agora, uma nova pesquisa concluiu que o cigarro pode elevar as chances do tipo mais comum de câncer de mama em mulheres de até 44 anos.


Segundo o estudo, pacientes que fumam mais do que um maço de cigarro por dia há pelo menos dez anos têm um risco 60% maior de desenvolver a doença em comparação com aquelas quem fumam menos ou que não são fumantes.

Subtipos — O câncer de mama associado ao cigarro pela pesquisa é do tipo receptor de estrogênio positivo, cujo crescimento depende desse hormônio. O estudo não encontrou, porém, relação entre o tabagismo e um maior risco de câncer de mama triplo negativo, que é uma forma menos comum, porém mais agressiva da doença.

“Há cada vez mais evidências de que o câncer de mama é outro perigo associado ao cigarro”, diz Christopher Li, pesquisador do Centro para Pesquisa em Câncer Fred Hutchinson em Seattle, Estados Unidos, e coordenador do estudo. Segundo Li, porém, muitos trabalhos feitos com mulheres mais jovens tiveram resultados conflitantes ou então não especificaram quais tipos de tumores podem ser causados pelo tabagismo.

A pesquisa foi divulgada na edição deste mês do periódico Cancer, uma publicação da Sociedade Americana do Cancer. Os autores avaliaram dados de mulheres de 20 a 44 anos que haviam sido diagnosticadas com câncer de mama entre 2004 e 2010. Entre elas, 778 apresentaram tumores do tipo receptor de estrogênio positivo e 182 tiveram o câncer triplo negativo. A equipe comparou essas participantes com outras 938 livres da doença.

Os resultados também mostraram que as mulheres que fumavam há pelo menos 15 anos tiveram um risco 50% maior de desenvolver o câncer de mama do tipo receptor de estrogênio positivo em comparação com as que fumavam há menos tempo. “Há muitos compostos químicos no cigarro, e eles podem provocar diferentes efeitos capazes de levar à doença”, diz Christopher Li.

Fonte - Veja

Tráfico de drogas está perto de 35% das escolas públicas brasileiras

Pesquisa baseada em respostas de diretores de instituições mostra que problema é maior no Distrito Federal


Tráfico de drogas está perto de 35% das escolas públicas brasileiras
Pouco mais de um terço (35%) das escolas públicas brasileiras tem tráfico de drogas nas proximidades, segundo dados levantados pelo QEdu: Aprendizado em Foco , uma parceria entre a Meritt e a Fundação Lemann., organização sem fins lucrativos voltada para educação.

Entre os Estados, o Distrito Federal (DF) é o com maior inciência: 53,2%, e a menor ocorrência é registrada no Piauí, com 15,3% das escolas, mas nenhum lugar está livre da realidade.

A pesquisa se baseou nas respostas dos questionários socioeconômicos da Prova Brasil 2011, aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgada em agosto do ano passado. A questão sobre o tráfico nas proximidades das escolas foi respondida por 54,5 mil diretores das escolas públicas. Deles, 18,9 mil apontaram a existência da atividade. A situação, de acordo com especialistas, é preocupante e está associada diretamente à violência e à precariedade que cercam muitos centros de ensino do país, além de contribuir para que os alunos deixem de estudar.

O responsável pelo estudo, o coordenador de Projetos da Fundação Lemann, Ernesto Martins, diz que não dá para isolar escola no contexto em que está inserida. “Ela faz parte de um todo maior, se há violência fora, poderá chegar também aos centros de ensino. Basta observar que o Distrito Federal [53,2%] e São Paulo [47,1%], [regiões] com altos índices de violência, são [as áreas] com o maior percentual.”

Outro problema que advém da situação é a evasão escolar. Para a diretora executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, a evasão deve ser uma das grandes preocupações dos governos. “Muitos jovens acabam deixando os estudos pela proximidade com as drogas. Isso gera um problema ainda maior que não pode ser ignorado”, diz. A porcentagem (de 35%) constatada pelo estudo, segundo ela, seria alta mesmo que fossem 10% ou menos. Para ela, a escola deve ser um local de cuidado e aprendizado.

Morador do Distrito Federal, o coordenador intermediário de Direitos Humanos e Diversidade na Regional de Ensino do Recanto das Emas (região administrativa do DF), o professor Celso Leitão Freitas, confirma os dados e diz que o tráfico próximo às escolas é mais comum do que se imagina.

“As ocorrências são diárias. Pensamos que é um problema só do aluno, mas, quando se vai atrás, a família toda está envolvida com drogas e ele traz esse hábito de dentro de casa”. Freitas é prova de que o tráfico está associado à violência, tanto entre pessoas, quanto a que chamou de estrutural: a falta de serviços básicos. "Aqui presenciamos a falta de moradia, de educação, a falta de benefícios econômicos como um todo."

Os programas para combater o uso de drogas são vários, tanto governamentais quanto iniciativas privadas, e é consenso que para mudar a realidade nas proximidades da escola é preciso modificar a realidade da comunidade, por meio de assistência social e acesso a políticas públicas e a itens básicos como saúde, saneamento, alimentação, além de uma educação de qualidade.

Para combater o tráfico e ajudar os alunos, ainda enquanto era professor, Freitas resolveu tomar uma iniciativa ele mesmo: criou o projeto Estudar em Paz, para resgatar o interesse pelos estudos. “A comunidade perdeu o encanto pela escola, precisamos resgatar isso. Ao mesmo tempo, as ruas estão cada vez mais 'encantadoras', cada vez mais estamos perdendo nossos alunos para o trafico”, acrescenta.

O estudante Natanael Neves, de 18 anos, fez parte do grupo Estudar em Paz. Dos tempos de escola, ele conta que não tinha a menor paciência, bastava “não ir com a cara” da pessoa para já começar a bater. E a violência estava lado a lado com o tráfico. Apesar de não ter feito o uso de drogas, ele viu colegas consumirem tanto nas ruas, quando dentro da escola, em São Sebastião (região administrativa do DF).

“O local tinha policiamento, mas os guardas ficam com medo. O pessoal sabe e [usar drogas] já é algo quase normal”. A agressividade foi algo que herdou de casa. Ele diz que queria chamar a atenção dos pais. A vida pessoal acabava chegando às salas de aula: “Na escola você só aperfeiçoa o que aprende em casa.”

Hoje, Natanael se diz uma nova pessoa, foi aprovado para o curso de gestão pública pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e pretende voltar ao ambiente escolar depois de formado para mudar a realidade. Ele diz que perdeu as contas dos amigos que deixaram as salas de aula por problemas com tráfico e violência.

*Com informações da Agência Brasil

Fonte - Último Segundo

Motoristas vítimas do trânsito apresentam cada vez mais resultado positivo para drogas nos Estados Unidos

Motoristas vítimas do trânsito apresentam cada vez mais resultado positivo para drogas nos Estados Unidos
A prevalência de drogas que não o álcool detectadas em motoristas fatalmente feridos nos Estados Unidos tem aumentado constantemente e triplicou de 1999 a 2010 para motoristas que tiveram resultado positivo para uso de maconha – excluindo-se o álcool, a droga mais comumente detectada –, o que sugere que dirigir drogado pode estar desempenhando um papel cada vez maior em acidentes fatais de trânsito.


Para avaliar essas tendências, pesquisadores da Escola Mailman de Saúde Pública da Universidade de Columbia examinaram dados de testes toxicológicos do Sistema de Registros de Análise de Fatalidades da Administração da Segurança do Tráfego nas Estradas Nacionais e constatou que dos 23.591 motoristas que foram mortos dentro de uma hora depois de um acidente, 39,7 % tiveram resultado positivo para álcool e 24,8 % para outras drogas. Enquanto os resultados positivos para o álcool se mantiveram estáveis, a prevalência de drogas que não o álcool aumentou significativamente de 16,6% em 1999 para 28,3% em 2010; com relação à maconha, as taxas subiram de 4,2% para 12,2%. Os resultados estão online no American Journal of Epidemiology.

Esse estudo é baseado em dados de seis estados norte-americanos que rotineiramente realizam testes toxicológicos em condutores envolvidos em acidentes de carro fatais – Califórnia, Havaí, Illinois, New Hampshire, Rhode Island, e West Virginia.

Os resultados mostraram que o envolvimento de álcool foi mais prevalente em homens (43,6%) do que nas mulheres (26,1%), mas as tendências mantiveram-se estáveis ​​para ambos os sexos. Por outro lado, foi relatado o aumento substancial na prevalência de maconha para todas as faixas etárias e para ambos os sexos.

“Embora pesquisas anteriores tenham mostrado que o uso de drogas está associado a pior desempenho ao dirigir alcoolizado e a aumento do risco de acidente, as tendências de envolvimento de narcóticos em mortes de condutores têm sido muito pouco estudadas”, disse Guohua Li, professor de Epidemiologia e Anestesiologia e diretor do Centro de Epidemiologia da Lesão e de Prevenção. "Dada a crescente disponibilidade de maconha e a epidemia de overdose de opióides em curso, compreender o papel das substâncias regulamentadas em acidentes de trânsito é de significativa importância para a saúde pública".

Joanne Brady, doutoranda em epidemiologia e principal autora do estudo, observa que pesquisas de 2007 a 2013 mostram um aumento de motoristas com resultado positivo para maconha em pesquisas de beira de estrada, bem como em motoristas envolvidos em acidentes fatais na Califórnia e aumento do uso por pacientes atendidos nos serviços de saúde do Colorado. “O aumento significativo em sua prevalência, como relatado no presente estudo, está provavelmente relacionado à crescente descriminalização da maconha”, observou Brady. Ao longo dos últimos 17 anos, 20 estados e o distrito de Washington promulgaram legislação e mais quatro estados têm legislação pendente para descriminalizar a maconha para uso médico. “Embora cada um desses estados tenha leis que proíbam a condução sob a influência da maconha, ainda é possível que a sua descriminalização possa resultar em aumentos de acidentes relacionados ao uso da maconha”.

Embora o estudo forneça evidências de que o uso de drogas que não o álcool em motoristas fatalmente feridos tenha aumentado de forma significativa, os autores observam que também existem algumas limitações a considerar. Em primeiro lugar, o estudo é baseado em dados de apenas seis estados onde essas informações são captadas; em segundo lugar, os efeitos das drogas sobre o desempenho e o risco de acidentes dirigindo variam de acordo com o tipo de droga, a dosagem e a resposta fisiológica do motorista e seu nível de tolerância. Além disso, é possível que um motorista tenha resultado positivo para maconha no sangue até uma semana após o uso.

Portanto, de acordo com o Dr. Li, "isso é importante para interpretar a prevalência de drogas que não o álcool relatadas neste estudo como um indicador do uso de drogas, mas não necessariamente como uma medida do comprometimento que as drogas causam à direção. Para controlar a epidemia de dirigir drogado, é imperativo fortalecer e expandir o teste de drogas e os programas de intervenção para os motoristas”.

Uso de álcool e outras drogas por motoristas vítimas de acidentes fatais no Brasil


A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas publicou, em 2010, o estudo “Uso de bebidas alcoólicas e outras drogas nas rodovias brasileiras”. Segundo a pesquisa, nos acidentes de trânsito com vítimas fatais necropsiadas no Departamento Médico Legal e Porto Alegre, houve prevalência de alcoolemia em 32,1% dos casos em que foi realizado o exame.

Na análise de alcoolemia por sexo, verifica-se que a prevalência de alcoolemia em homens é praticamente o dobro do que em mulheres. Quando se consideram as faixas etárias, observou-se que, para idade entre 35 e 50 anos, a prevalência é maior, chegando a 47,50%.

Do total da amostra, foram realizados exames toxicológicos para outras substâncias psicoativas em 231 do total de 337 vítimas. Dentre elas, a prevalência de substâncias psicoativas foi de 11,02%. A maconha foi a substância mais freqüentemente encontrada (5%), seguida por cocaína e benzodiazepínicos (3,33% e 2,08% dos casos respectivamente). A prevalência de outras substâncias psicoativas foi maior na faixa etária de 18 a 24 anos.

O estudo propõe também uma comparação com resultados encontrados pela literatura internacional: a prevalência de uso de outras substâncias psicoativas por motorista vítimas de acidentes fatais foi de 9% na Suíça, 9,3% no Canadá e 2,5% na Espanha.

Para acessar o estudo “Uso de bebidas alcoólicas e outras drogas nas rodovias brasileiras”, clique aqui.
Para receber informações sobre drogas e orientações acerca de locais para tratamento, ligue 132 e entre em contato com o VivaVoz, serviço de atendimento telefônico gratuito, exclusivo e especializado. Para mais informações, clique aqui.

Para encontrar instituições governamentais e não-governamentais relacionadas ao consumo de álcool e outras drogas no Brasil, acesse o mapeamento desenvolvido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), com o apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Comissão Interamericana do Controle de Abuso de Drogas, da Organização dos Estados Americanos (Cicad/OEA), clicando aqui.


Fonte: Traduzido e adaptado de Medical News Today - Fonte - OBID

Estudo aponta que usar maconha aumenta as chances de ter filhos viciados

Especialistas, contudo, ressaltam a importância de mais pesquisas



Estudo aponta que usar maconha aumenta as chances de ter filhos viciados
“Estudos evidenciam que o uso de drogas, incluindo maconha, por parte dos pais, traz prejuízos aos filhos. Mas essas pesquisas levam em consideração o consumo durante a gestação e na época da concepção. Queríamos saber se o uso de drogas antes disso poderia trazer implicações negativas à descendência”, explica Hurd. O resultado da pesquisa indicou que ratinhos cujos pais tiveram contato com a principal substância psicotrópica da maconha, o THC, durante a adolescência tinham mais riscos de exibir comportamentos compulsivos e de buscar a autoadministração de heroína.

Isso acontece, explica Hurd, por causa da epigenética. Esse conceito se refere a características transmitidas à geração seguinte sem que tenha havido uma modificação no DNA. Alguns estudos têm fornecido evidências fortes de que o vício pode ser hereditário. Nesses casos, os pais com genes que os tornam mais propensos a serem dependentes passam essas variantes aos filhos. A epigenética, diferentemente, está associada à exposição ambiental.

Pesquisas com gêmeos, que têm DNA praticamente idêntico, mostram como as experiências exercem uma influência tão grande sobre o indivíduo quanto a sequência de genes. Substâncias como tabaco, álcool e outras drogas imprimem suas marcas no material genético do indivíduo. Sem provocar mutações — alterações na ordem das letras —, elas promovem mudanças químicas nas moléculas do DNA. Essas características adquiridas pelos genes podem ser transmitidas aos filhos.

No experimento do Mount Sinai, os pesquisadores expuseram ratos adolescentes a doses de THC. Quando os animais estavam adultos e já não tinham contato com a substância psicoativa, eles foram colocados para cruzar. Os fetos não foram expostos no útero, já que, na gestação, as fêmeas viviam em um ambiente livre de cannabis. Ao atingir a adolescência, os ratinhos demonstraram um comportamento típico de dependentes químicos.

Além de exibir alterações motoras associadas à compulsão, eles se esforçavam e se arriscavam mais que outros animais para acessar uma infusão de heroína deixada no recinto pelos pesquisadores. Análises do sangue dos animais indicaram que eles tinham impressos nos genes alterações químicas que, no cérebro, estão associadas aos sistemas de recompensa, os mesmos implicados no vício. “Não tenho dúvidas de que evidenciamos que a cannabis afeta não apenas quem se expõe a ela, mas as futuras gerações também. Isso deveria ser considerado pelos legisladores que consideram legalizar o consumo da maconha.”

Segundo a Organização Mundial de Saúde, em todo o mundo, mais de 20 milhões de pessoas são dependentes da cannabis, sendo que seu consumo é particularmente alto (30%) entre indivíduos de 16 a 24 anos. “É a população mais suscetível aos efeitos danosos da maconha”, observa Hurd. O principal ingrediente ativo, o THC, age no cérebro ao se ligar a receptores localizados nos neurônios. Essa união desencadeia uma série de reações químicas, regulando o metabolismo, a sensação de prazer, os processos cognitivos e a ingestão de alimentos. Quando o THC superestimula os receptores canabinoides, há uma redução das habilidades de memória, da motivação e, gradualmente, ocorre a dependência.

Busca por comprovação

Estudioso da relação entre epigenética e uso de drogas, o psiquiatra David A. Nielsen, do Bayler College of Medicine, na Inglaterra, diz que as pesquisas que investigam essa associação ainda estão muito embrionárias, o que requer um aprofundamento do resultado alcançado pelos colegas de Mount Sinai. “A epigenética evolui rapidamente. Mas o vício ainda é um campo órfão comparado a outras áreas de pesquisa, como a oncologia”, diz.

Uma revisão sistemática dos poucos estudos a respeito da epigenética e da dependência em ópio, álcool e cocaína, contudo, permitiram a Nielsen avaliar que alterações na expressão do gene influenciam as respostas iniciais e continuadas à droga, ao desenvolvimento da tolerância que leva ao vício, ao afastamento e ao relapso. “Aparentemente, as mudanças epigenéticas estão associadas ao vício mais em consequência da exposição direta à substância do que a uma predisposição biológica”, observa. Mas ele não descarta que essas alterações influenciem, futuramente, a descendência. “Pesquisas sobre mudanças na metilação do DNA provocadas pelo uso de drogas sugerem a possibilidade de a epigenética predispor um indivíduo a uma vulnerabilidade maior à dependência química.”

Para Thomas Kosten, também pesquisador do Bayler College of Medicine, estudos futuros terão de confirmar os resultados de Hurd e verificar se a predisposição ao vício é passada para mais de uma geração. Mas ele diz que esse e outros trabalhos oferecem indícios fortes. “Ainda não temos uma associação causal definitiva entre o abuso de drogas e as mudanças epigenéticas, e as relações estatísticas estão apenas começando a ser replicadas. Contudo, todas as evidências mostram que a dependência e as mudanças epigenéticas não são apenas uma coincidência. Aparentemente, o efeito das drogas sobre a regulação dos genes ocorre em duas direções: a epigenética é um fator de risco, aumentando a predisposição, ao mesmo tempo em que o uso da droga provoca mudanças epigenéticas”, diz.

Venda legal

Em 1º de janeiro, a indústria da maconha recreativa abriu suas portas em oito cidades do estado americano de Colorado, até agora o único a legalizar a produção e o comércio do entorpecente. Até então, esses estabelecimentos só existiam na Holanda, país que permite a compra e a venda de cannabis, mas onde cultivá-la e processá-la são atos ilegais. Nos próximos meses, Washington se juntará ao Colorado. O senado uruguaio aprovou, em dezembro, a produção e a venda da maconha para cidadãos cadastrados, mas a medida ainda não vigora.

Fonte - Paloma Oliveto - Correio Brasilienze

Debate sobre descriminalização da maconha não cabe no STF, diz ministro

Debate sobre descriminalização da maconha não cabe no STF, diz ministro
Debate sobre descriminalização da maconha não cabe no STF, diz ministro Após a revogação de sentença de juiz do DF que absolveu traficante, o magistrado Marco Aurélio Melo, do STF, afirma caber só ao Legislativo deliberar a respeito do tema. Ministro Luís Roberto Barroso defende debate sobre descriminalização do entorpecente 

"A minha constatação pior é que jovens, negros e pobres entram nos presídios por possuírem quantidades não tão significativas de maconha e saem de presídios escolados no crime" - Luís Roberto Barroso, ministro do STF

Na semana em que a legalização da maconha voltou a ser debatida após a divulgação de uma polêmica decisão de um juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), alertou que cabe somente ao Poder Legislativo deliberar sobre o tema. Em dezembro, Luís Roberto Barroso, outro ministro da Suprema Corte, havia defendido a realização de um debate público sobre a descriminalização do uso do entorpecente.

A decisão que fez o tema voltar ao centro das discussões foi tomada pelo juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel. Ele absolveu um homem que tentou entrar no Complexo Penitenciário da Papuda com 52 porções da droga no estômago. Na quinta-feira, depois de analisar um recurso do Ministério Público, a 3ª Turma Criminal do TJDFT revogou a sentença e anulou a absolvição do traficante.

Na avaliação do ministro Marco Aurélio Mello, “a introdução em uma penitenciária de quantidade substancial de maconha configura tráfico”. De acordo com o magistrado, o debate em torno da descriminalização do entorpecente não será realizado na Suprema Corte. “Isso é tarefa das duas casas legislativas. Precisamos, no Supremo, atentar para a autocontenção. Não podemos invadir nada que é atribuição de outro poder, no caso, o Legislativo. Temos que ficar dentro de nossos limites”, disse Marco Aurélio ao Correio.

Em dezembro, durante julgamento conjunto de recursos apresentados por condenados por tráfico de drogas, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que a maconha “não torna as pessoas antissociais”. Ao votar, ele sugeriu penas menores para acusados de portar pequenas quantias, desde que tenham bons antecedentes criminais.

Fonte - Correio Braziliense

Por Diego Abreu

Vem confusão no combate ao crack – Futuro ministro da Saúde é adversário ferrenho das comunidades terapêuticas, apoiadas por Dilma

Vem confusão no combate ao crack – Futuro ministro da Saúde é adversário ferrenho das comunidades terapêuticas, apoiadas por Dilma

O famoso plano da presidente Dilma de combate ao crack nunca saiu do papel. E as coisas vão piorar um pouco. Podem apostar. Arthur Chioro, futuro ministro da Saúde, é um conhecido militante, digamos, “antimanicomial” e adversário ferrenho das comunidades terapêuticas, que a própria Dilma chegou a considerar aliadas preferenciais no combate ao crack. A militância antimanicomial, como se sabe, resultou, entre outros desastres, na quase ausência de leitos psiquiátricos no Brasil — que tem 0,15 leito por mil habitantes. Os ricos têm onde internar seus dependentes e seus doentes mentais. Os pobres que se danem.

No vídeo que segue, aos 2min49s, Chioro não só diz que não adotará as comunidades terapêuticas como se orgulha de ter fechado algumas. Ele gosta de uma coisa chamada “República Terapêutica”. 



Aos 6min38s, ele anuncia o seu “compromisso com a reforma psiquiátrica”, emendando o discurso bem arranjadinho da militância antimanicomial: “Acreditando, antes de tudo, que a liberdade é terapêutica, é possível construir uma rede que prescinda das comunidades terapêuticas, prescinda dos hospitais psiquiátricos, do manicômio, e possa cuidar em liberdade, cuidar com dignidade, cuidar respeitando os direitos humanos, cuidar trazendo o problema do álcool e das drogas como um problema da comunidade, e não um problema que se resolve com exclusão, com repressão e sem perspectiva de vida”.

Foi assim, com esse raciocínio, que tem muita ideologia e pouca técnica, que os pobres ficaram sem ter onde colocar seus doentes e seus viciados

O que disse Dilma
Esse é o ministro que Dilma nomeou por ordem de Lula e vontade de Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo. Agora vamos ver o que disse a própria presidente ao lançar o seu programa anticrack. Ela se refere às comunidades terapêuticas a partir dos 11min40s.


Transcrevo:
“Ao mesmo tempo, nós temos de reconhecer que, ao longo dos tempos, as comunidades, as chamadas comunidades terapêuticas, as outras instituições da sociedade, o chamado terceiro setor investiu dedicação, carinho, generosidade, tentativa e erro nesse processo de acolhimento. Acredito que nós vamos ter de tratar de forma diferenciada os diferentes processos de acolhimento. E isso é muito importante.

Encerro
Vem coisa por aí. O tom de Chioro é o de alguém treinado no proselitismo político. A política de combate ao crack da presidente Dilma encontra, na verdade, a sua mais completa tradução na Cracolândia, que apelidei de Haddadolândia. E isso tendo um ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que não é um militante contrário às comunidades. Chioro é. Dá para imaginar para onde caminha a coisa.

Seguindo apenas a lógica, o que se pode antever é a multiplicação, Brasil afora, das “haddadolândias”…

Por Reinaldo Azevedo - Blog Reinaldo Azevedo