• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

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80% dos usuários de outras drogas começam pela maconha

'80% começam pela maconha', diz psicólogo que atende viciados no AM


80% dos usuários de outras drogas começam pela maconha
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta que cerca de 1,5 milhão de brasileiros consomem maconha diariamente no Brasil. No Amazonas, não há números exatos sobre o problema, mas as instiutições que cuidam de dependentes vivem cheias. Só em 2011, cerca de 1.100 pessoas pessoas passaram pelo Serviço de Atendimento Psicossocial às Famílias (Sapif) voltado para problemas envolvendo o consumo de drogas.


A pesquisa da Unifesp, publicada nesta quarta-feira (1) pelo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), indica também que oito milhões de pessoas no Brasil já experimentaram a droga pelo menos uma vez na vida, e cerca de dois milhões a consomem diariamente.

  • Tida como a substância ilícita mais consumida no mundo, a maconha também é considerada, segundo psicólogos, o meio de acesso aos entorpecentes mais pesados, como cocaína, crack, heroína, entre outros. De acordo com informações da Secretaria de Assistência Social e Cidadania do Amazonas (Seas), mais de 1.100 pessoas passaram pelo Serviço de Atendimento Psicossocial às Famílias (Sapif) no ano de 2011, que atende em média 15 com quadro de dependência química por dia na capital amazonense.


    Com investimento de R$ 1,6 milhão ao ano, o serviço oferece aos dependentes atendimentos clínicos, ambulatoriais e, dependendo da situação, internações em uma das unidades conveniadas, como a Fazenda da Esperança, o Desafio Jovem, o Serviço Missionário do Amazonas (Recanto da Paz e Sítio Feminino de Apoio Ester), o Núcleo de Tratamento Ambulatorial e Atenção às Famílias (NAF Brasil), o Instituto Novo Mundo e a Sociedade Beneficente Cristã do Amazonas.

    Localizada no Km 14 da BR-174, a Fazenda da Esperança, dirigida por religiosos, abriga em média cem jovens do sexo masculino. “Infelizmente sempre estamos com a casa cheia”, afirmou o psicólogo da instituição, Péricles de Miranda Ribeiro. Ainda segundo ele, cerca de 80% dos jovens internados na Fazenda da Esperança iniciaram no mundo das drogas através da maconha.

  • De acordo com a pesquisa publicada pelo Lenad, mais de 60% dos usuários de maconha experimentaram a droga pela primeira vez antes do 18 anos. Desses 62%, cerca de 35% dos usuários usaram pela primeira vez aos 16 anos. “A grande maioria dos usuários internados aqui são jovens na faixa dos 18 aos 25 anos. No caso dos mais velhos, a partir dos 35 anos, o problema se torna o álcool”, completou Péricles.


    Além dos serviços de internação e ambulatorial, o Sapif promove encontros trimestrais com as famílias e mesa redonda com as entidades conveniadas. Já o Projeto Ame a Vida, que funciona nos Distritos Integrados de Polícia (DIPs), também realiza reuniões com as famílias nos bairros e promove rodadas de discussões sobre o combate e prevenção às drogas. O projeto Ame a Vida foi criado em 2008 e até hoje já atendeu mais de 600 mil pessoas em Manaus.

    Ainda de acordo com o estudo da Unifesp, 75% dos entrevistados (cerca de 111 milhões de pessoas) é contra a legalização da maconha no país; 11% (cerca de 16,3 milhões) é a favor da legalização; enquanto 14% (cerca de 20,9 milhões) não tem uma opinião formada sobre a questão.

    Fonte - G1

    Pesquisa americana revela aumento do uso ilícito de maconha em estados onde a maconha foi legalizada

    Aumento de uso ilícito em estados onde a maconha foi legalizada


    Estados Unidos
    Uma análise dos dados de inquéritos nacionais indica que as leis que legalizam o consumo de maconha medicinal estão associadas a aumentos no consumo ilícito de cannabis e nos distúrbios do consumo de cannabis entre os adultos. A pesquisa foi financiada pelo Instituto Nacional sobre o Abuso de Drogas (NIDA) eo Instituto Nacional sobre Abuso de Álcool e Alcoolismo (NIAAA), ambos parte dos Institutos Nacionais de Saúde.

    Pesquisa americana revela aumento do uso ilícito de maconha em estados onde a maconha foi legalizada

    Comparando tendências globais em estados com leis de maconha medicinal para estados sem essas leis, os autores examinaram dados de três pesquisas apoiadas pelo NIAAA realizadas em 1991-1992, 2001-2002 e 2012-2013. Além disso, a definição de desordem de uso de cannabis foi baseada na definição do DSM-IV de abuso de cannabis ou dependência nos últimos 12 meses. Os autores estimam que um adicional de 1,1 milhões de adultos usuários de cannabis ilícitos e um adicional de 500.000 adultos com um transtorno de cannabis DSM-IV pode ser atribuível a passagem de lei de maconha medicinal. No entanto, os investigadores também nota que poderia haver outros fatores contribuintes.

    Esses achados enfatizam a importância de examinar como as leis mais permissivas sobre a maconha estadual podem aumentar o risco de consequências para a saúde relacionadas à cannabis. Um comentário acompanhante sobre o artigo por NIDA cientistas destaca os potenciais efeitos negativos da cannabis sobre a saúde mental.

    Tradução Mais 24Hrs

    Artigo original 

    Fonte - NIDA

    Maconha X Direção


    Maconha X Direção

    O nosso artigo anterior, olhou para o Nacional Avanced Driving Simulator, que o NIDA, o Gabinete de Política Nacional de Controle de Drogas (ONDCP), e a Administração Nacional Highway Traffic Safety (NHTSA), usou para um estudo de três anos sobre os efeitos da maconha, com e sem uma dose baixa de álcool na condução das pessoas. O que o estudo descobriu?

    A realização do estudo

    Primeiro, vamos olhar para a forma como o estudo trabalhou. Aqui estão alguns dos princípios básicos: 
    (1) Os pesquisadores selecionaram 18 participantes entre as idades de 21 e 55 anos que preencheram os critérios específicos.  

    Os participantes:
    • relataram beber álcool e usar maconha não mais do que três vezes por semana;
    • haviam sido motoristas licenciados por não menos de dois anos, e tinham uma licença irrestrita válido; e
    • tinham percorrido pelo menos 1.300 milhas no ano anterior.

    Os participantes também:
    • não tinham nenhuma doença médica significativa passado ou atual (ou seja, uma doença médica com um genuíno, efeito perceptível na vida diária);
    • não tinha história de uma experiência negativa significativa com a cannabis ou intoxicação alcoólica, ou com a doença de movimento;
    • não estavam grávidas ou amamentando; e
    • não estavam tomando medicamentos que possam causar danos se eles fossem combinados com cannabis ou álcool, ou que são conhecidos por afetar a condução.

    (2) Os participantes receberam quantidades específicas de maconha, álcool, e,  ambos, ou um placebo (algo que não iria ter efeito algum) antes de cada simulação e teste. Uma vez que a Universidade de Iowa é um campus de não fumantes, os participantes receberam maconha vaporizado em vez do tipo que você fuma. 

    (3) Depois de passar a noite no Hospital da Universidade de Iowa, para garantir que eles estivessem sóbrios quando o teste começou, os participantes chegaram a NADS, consumiram a cannabis e / ou álcool ou placebo, e então foram ao simulador durante 45 minutos. Cada um deles fez isso seis vezes, separados por pelo menos uma semana entre os testes.

    Como dissemos no post anterior, o National Avanced Driving Simulator (NADS) mede muitas coisas sobre o comportamento, e movimentos de olho de motorista, tempos de reação, e a direção nas situações de condução.Os primeiros resultados do estudo focou em três aspectos:
    •     quanto alguém fazia "zigue-zague" dentro da pista;
    •     o número de vezes que o carro saiu da pista; e
    •     o quão rápido o "zigue-zague" era.

    Lembre-se, a principal questão de pesquisa era, qual o nível de Δ9-tetra-hidrocanabinol (THC) no sangue do motorista, era necessário para prejudicar seu desempenho de condução, semelhante ao álcool, dentro de um limite de US 0,08%? THC é o principal ingrediente da maconha.


    A resposta: A concentração sanguínea de 13,1 ug / L (microgramas por litro de sangue) de THC aumentou o zigue-zague do carro dentro da pista com a mesma intensidade dos motoristas com uma concentração de álcool de 0,08%. 


    Tradução: Fumar um único cigarro de cannabis tem mesmo nível de comprometimento desta concentração mínima de álcool.

    É importante notar que esta foi a "concentração de maconha no sangue", registrada durante a condução, não no momento em que sangue de uma pessoa seria coletado após um acidente ou a polícia o parar. Por que isso é importante? A concentração de THC no sangue, começa a diminuir paulatinamente, após o uso. No momento em que um motorista recebe um exame de sangue, o seu nível de THC estará abaixo de 13,1 ug / L, mas isso não significa que eles estavam bem quando eles estavam dirigindo.

    A Maconha é frequentemente consumida em combinação com álcool. O estudo constatou que os motoristas que usavam álcool e maconha tecida dentro pistas, mesmo que os seus THC e álcool concentrações sanguíneas foram abaixo das concentrações de imparidade de um ou outro quando usado sozinho.


    Isto significa basicamente que quando o álcool ea maconha são usados ​​juntos, você precisa de menos de cada um para prejudicar suas habilidades de condução. Se isso soa complicado, é. É muito arriscado para beber e dirigir, ou erva daninha do fumo e de unidade. 

    Perdeu a Parte 1? Leia-o aqui!(em inglês)

    Traduzido e adaptado por Mais24Hrs
    Autor - NIDA for Teens - NIDA

    Biologia da Toxicodependência

    Drogas e álcool podem sequestrar seu cérebro - Biologia da Toxicodependência


    As pessoas com dependência, perdem o controle sobre suas ações.
    Elas anseiam em procurar drogas, álcool ou outras substâncias, não importa o que o custo, mesmo correndo o risco de amizades prejudiciais, prejuízos a família, ou a perder postos de trabalho. O que há, sobre esse ciclo vicioso, que faz com que as pessoas se comportem de maneira tão destrutiva?
    E por que é tão difícil parar?
    Cientistas NIH estão a trabalhar para aprender mais sobre a biologia do vício. Eles mostraram que a dependência é uma doença cerebral duradoura e complexa, e que os tratamentos atuais podem ajudar as pessoas a controlar(estagnar) seus vícios. Mas, mesmo para aqueles que já tiveram sucesso, há sempre o risco de retornar, o que é chamado de recaída.
     

    A base biológica da dependência de ajuda a explicar por que as pessoas precisam de muito mais do que boas intenções ou vontade de quebrar seus vícios.
    "Um equívoco comum é que a dependência é uma escolha ou problema moral, e tudo que você tem a fazer é parar. Mas nada poderia estar mais longe da verdade ", diz o Dr. George Koob, diretor do Instituto Nacional do NIH sobre Abuso de Álcool e Alcoolismo. "O cérebro realmente muda com o vício, e é preciso uma boa dose de trabalho para obtê-lo de volta ao seu estado normal. Quanto mais drogas ou álcool que você use, mais perturbador é para o cérebro ".
    Os pesquisadores descobriram que muito do poder de vício reside na sua capacidade de sequestrar e até mesmo destruir regiões importantes do cérebro que se destinam a ajudar a sobreviver.
     

    Um cérebro saudável, tem um sistema de recompensa, através de comportamentos saudáveis, como exercícios, comer, ou ligação afetiva com os entes queridos. Ele faz isso por ligar os circuitos cerebrais que fazem você se sentir melhor, que então te motiva a repetir esses comportamentos. Em contraste, quando você está em perigo, um cérebro saudável empurra o seu corpo a reagir rapidamente com medo ou alarme, para assim que você sair da situação adversa e perigosa. Se você é tentado por algo questionável, como comer sorvete antes do jantar, ou comprar coisas que você não pode pagar, regiões frontais do cérebro podem ajudar a decidir se as consequências valem as ações.
     

    Mas quando você torna-se viciado em uma substância, os processos cerebrais podem começar a trabalhar contra você. Drogas ou álcool podem sequestrar os circuitos de prazer / recompensa em seu cérebro e ligá-lo a querer mais e mais. A adicção, também pode enviar aos seus circuitos emocionais estímulos, fazendo você se sentir ansioso e estressado quando você não está usando as drogas ou álcool. Nesta fase, as pessoas costumam usar drogas ou álcool para não sentir-se mal, em vez de por seus efeitos prazerosos.
    Para acrescentar a isto, o uso repetido de drogas pode danificar o centro de decisão essencial na parte frontal do cérebro. Esta área, conhecida como o córtex pré-frontal, é a região que deve ajudá-lo a reconhecer os malefícios do uso de substâncias que causam dependência.
    "Estudos de imagem cerebral de pessoas viciadas em drogas ou álcool mostram diminuição da atividade neste córtex frontal", diz Nora Volkow, diretora do Instituto Nacional do NIH sobre Abuso de Drogas. "Quando o córtex frontal não está funcionando corretamente, as pessoas não podem(ou conseguem) tomar a decisão de parar de usar ou tomar, a droga, mesmo que eles percebam que o preço de tomar essa droga pode ser extremamente alto, como perder a custódia de seus filhos ou acabar na cadeia. No entanto, eles usam. "
     

    Os cientistas ainda não entendem por que algumas pessoas se tornam dependentes, enquanto outros não. A doença da adicção(dependência química) tem certos tipos de genes, e estes têm sido associados a diferentes formas de dependência. Mas nem todos os membros de uma família afetada, por exemplo, são necessariamente propensas ao vício. "Tal como acontece com doença cardíaca ou diabetes, não há um gene que torna vulnerável", diz Koob.
    Outros fatores também podem aumentar suas chances de vício. "Crescer com um alcoólico; sendo abusado quando criança; sendo expostos a estresse extraordinário, todos esses fatores sociais podem contribuir para o risco de dependência de álcool ou drogas ", diz Koob. "E com drogas ou álcool, quanto mais cedo começar, maior a probabilidade de ter o transtorno de uso de álcool ou dependência mais tarde na vida."
     

    Adolescentes são especialmente vulneráveis ​​ao vício possível, porque seus cérebros ainda não estão completamente desenvolvidos, nas regiões frontais que ajudam com controle de impulso e avaliação de riscos. Circuitos de prazer no cérebro de adolescentes também operam em uma forma de "prazer maior", fazendo uso de drogas e álcool ainda mais gratificante e atraente.
    NIH está lançando um novo estudo de âmbito nacional para saber mais sobre como o cérebro adolescente são alterados pelo álcool, tabaco, maconha e outras drogas. Pesquisadores usarão exames cerebrais e outras ferramentas para avaliar mais de 10 mil jovens em um período de 10 anos. O estudo vai rastrear as ligações entre o uso de substâncias e as alterações cerebrais, desempenho acadêmico, o QI, habilidades de pensamento e de saúde mental ao longo do tempo.
    Embora há muito ainda a aprender, nós sabemos que a prevenção é fundamental para reduzir os malefícios do vício. "A infância e a adolescência são momentos em que os pais podem se envolver e ensinar seus filhos sobre um estilo de vida saudável e atividades que podem proteger contra o uso de drogas", diz Volkow. "A atividade física é importante, bem como o trabalho, projetos de ciência, arte, ou redes sociais que não promovem o uso de drogas."
     

    Para tratar o vício, os cientistas identificaram vários medicamentos e terapias comportamentais, especialmente quando usados ​​em combinação, isto pode ajudar as pessoas a parar de usar substâncias específicas e prevenir recaídas. Infelizmente, não há medicamentos disponíveis para tratar a dependência de estimulantes, como a cocaína ou metanfetamina, mas as terapias comportamentais podem ajudar.
    "O tratamento depende, em grande medida, da gravidade do vício e da pessoa individual," adiciona Koob. "Algumas pessoas podem parar de fumar cigarro e transtornos por uso de álcool por conta própria. Casos mais graves podem exigir meses ou mesmo anos de tratamento e acompanhamento, com esforços reais pela abstinência individual e geralmente completa da substância depois. "
     

    Pesquisadores NIH também estão avaliando terapias experimentais que possam melhorar a eficácia dos tratamentos estabelecidos. A meditação e a estimulação magnética do cérebro estão a ser avaliados por sua capacidade de fortalecer os circuitos cerebrais que tenham sido prejudicados pelo vício. Os cientistas também estão a estudar o potencial de vacinas contra a nicotina, cocaína e outras drogas, que podem impedir o fármaco de entrar no cérebro.
    "O vício é uma doença devastadora, com uma taxa de mortalidade relativamente elevada e graves consequências sociais", diz Volkow. "Estamos explorando várias estratégias para que as pessoas acabarão por ter mais opções de tratamento, o que irá aumentar suas chances de sucesso para ajudá-los a parar de usar drogas."

    Fonte - NIDA
    Traduzido por Google Tradutor (com adaptações e correções por Mais24hrs)

    A internação para usuários de drogas: diálogos com a reforma psiquiátrica

    A biblioteca eletrônica SciELO abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros. Com o intuito de disponibilizar informações sobre o uso de drogas visando o cuidado, com foco no tratamento, o Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas veicula o artigo "A internação para usuários de drogas: diálogos com a reforma psiquiátrica", publicado, em 2013, na biblioteca eletrônica SciELO.

    Resumo

    O artigo tem como objetivo analisar as variantes do cuidado para pessoas em sofrimento decorrente do uso de drogas, tecendo um paralelo com o percurso da reforma psiquiátrica brasileira. Para isso, apresenta-se um breve panorama das conquistas da reforma psiquiátrica para o processo de cuidado no campo da saúde mental, levantando questionamentos sobre a implantação dessa forma de cuidado no tratamento do usuário de drogas. Aponta-se para os perigos advindos do rumo atual que o campo tem tomado devido à utilização indistinta de paradigmas contraditórios que defendem práticas de internação de longo prazo.

    Clique aqui e tenha acesso ao artigo na íntegra

    Fonte - Biblioteca SciELO

    Austrália conclui que dois em cada três fumantes podem morrer devido ao tabagismo

    Austrália conclui que dois em cada três fumantes podem morrer devido ao tabagismo
    Um estudo australiano com mais de 200 mil pessoas mostrou que até dois em cada três fumantes morrerão por causa da dependência, caso continuem fumando. A pesquisa, publicada em fevereiro na revista “BMC Medicine”, é a primeira realizada com uma grande amostragem a mostrar que o número de mortes relacionadas com o tabagismo pode chegar a dois terços do total de fumantes.

    A coordenadora do estudo e pesquisadora da universidade australiana, Emily Banks, disse que os dados mostram que os fumantes têm um risco três vezes maior de morte prematura e que eles morrerão aproximadamente 10 anos antes dos não fumantes.

    O estudo apontou que quem fuma apenas 10 cigarros por dia, em comparação aos não fumantes, tem o dobro do risco de morte, enquanto as pessoas que fumam um maço por dia tem um aumento de quatro a cinco vezes nesse risco. A pesquisa, desenvolvida por uma equipe internacional, teve apoio da Fundação Nacional do Coração, da Austrália, em colaboração com o Conselho do Câncer de New South Wales.

    As conclusões foram resultados de uma análise de quatro anos de informações sobre a saúde de mais de 200 mil homens e mulheres que fizeram parte do estudo "45 and Up", do Instituto Sax, da Austrália - considerada a maior pesquisa sobre saúde e envelhecimento realizada no Hemisfério Sul.

    Fonte - CONICQ

    Pesquisa indica que usuários abusivos de cocaína não podem reconhecer a perda emocional

    Um estudo publicado no Jornal of Neurosciene revelou que um viciado em cocaína não pode reconhecer a perda ou o ganho emocional. Com o forte efeito destrutivo da droga sobre o cérebro os pesquisadores afirmaram ser impossível para um usuário de cocaína sentir tristeza como, por exemplo, por um término de relacionamento ou a perda de um familiar ou, alegria, no caso do nascimento de um parente próximo. O que acontece, de acordo com os estudiosos, é que a droga afeta diretamente as vias de percepção de sinalização do cérebro.


    Para chegar às conclusões, os especialistas estudaram a atividade cerebral de 75 pessoas, 50 viciados em cocaína e 25 saudáveis, enquanto jogavam um jogo de azar. Cada convidado deveria prever se iria ganhar ou perder dinheiro em cada rodada.

    Os resultados mostraram que o grupo dos viciados na droga tinha dificuldade em fazer previsões durante o jogo. Ou seja, eles não conseguiram emitir as emoções esperadas durante o jogo (positiva ou negativa), em comparação com as 25 pessoas saudáveis.

    De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo estudo, a descoberta pode ser usada para desenvolver novos tratamentos contra o vício de drogas.

    Fonte - Medical News Today (com adaptações)

    Misturar bebidas alcoólicas com energético faz mal, entenda os riscos

    Combinação explosiva pode causar arritmias cardíacas, palpitações, crises de hipertensão e até AVC. 


    Os energéticos se tornaram uma das opções preferidas de quem quer acabar com o cansaço e ganhar ânimo para curtir uma noite de festa. A bebida, que contêm cafeína e taurina, é estimulante, mas pode se tornar extremamente prejudicial quando misturada de forma excessiva com álcool.
     
    Isso acontece porque, segundo a médica Olga Ferreira de Souza, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), os energéticos permitem que a pessoa beba por mais tempo e em maior quantidade. "Eles escondem os sintomas de embriaguez, pois mascaram os efeitos do álcool que ocorrem depois da fase inicial de euforia, como a sonolência e o relaxamento", afirma.

    Energético e álcool: por que mistura faz mal?

    Ela explica que misturar energético com bebida alcoólica leva à redução de reflexos, riscos de quedas e acidentes, de dependência, crise hipertensiva, arritmias cardíacas, palpitações, e até mesmo AVC ou à morte súbita, mais raramente. "Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), diz que a cafeína presente nos energéticos potencializa o efeito maléfico do álcool, pois acelera a morte de células cerebrais, causada principalmente pelo álcool, que pode levar ao envelhecimento precoce e a doenças como mal de Alzheimer e de Parkinson", diz. 

    Tomar energético faz mal para o coração?

    Outro grande perigo da mistura de álcool com energético é a pessoa ter algum problema cardíaco ainda não diagnosticado. "O risco é enorme para aqueles que são portadores de doenças do coração, hipertensão arterial e arritmias e também para os que não sabem ter doenças”, explica.

    Por isso, se a ingestão de bebida alcoólica for inevitável, ela recomenda manter a hidratação e se alimentar bem, nunca beber em jejum. “Se for beber, que seja de forma moderada, pouca quantidade, evitando bebidas destiladas que possuem maior teor alcoólico", finaliza.

    Fonte UOL

    Cigarro eletrônico pode ser até 15 vezes mais cancerígeno, revela pesquisa

    Cigarro eletrônico pode ser até 15 vezes mais cancerígeno, revela pesquisa
    Aquecido ao máximo e aspirado profundamente, o vapor com nicotina dos cigarros eletrônicos pode produzir formaldeído, uma substância que o torna de cinco a quinze vezes mais cancerígeno que o cigarro comum. A informação é um estudo publicado nessa semana pela Universidade de Portland, no estado de Oregon, no New England Journal of Medicine (NEJM).


    Os pesquisadores utilizaram uma máquina para "inalar" o vapor dos cigarros eletrônicos de baixa e alta tensão a fim determinar como se forma o formaldeído, uma conhecida substância cancerígena, a partir do líquido utilizado pelo dispositivo.

    Durante a experiência, os pesquisadores constataram que, quando o cigarro eletrônico aquece o líquido, a alta tensão (5 volts) produz uma taxa de formaldeído mais elevada que a do cigarro comum.

    Desta maneira, o usuário de cigarro eletrônico que inala diariamente o equivalente a três mililitros deste líquido vaporizado e aquecido ao máximo absorve cerca de 14 mg de formaldeído, contra 3 mg para quem fuma um maço de cigarro comum.

    A longo prazo, a inalação de 14 mg desta substância nociva por dia pode aumentar de 5 a 15 vezes o risco de câncer, destaca o estudo.


    Fonte - O Globo.com

    Estudo indica que trabalho em excesso aumenta risco de alcoolismo

    Pessoas que trabalham mais de 48 horas por semana têm mais chances de consumir bebida com álcool em volume arriscado de acordo com novo estudo publicado no “British Medical Journal”. O estudo mostra que, além de dependência química e depressão, a bebida pode causar demência.


    Após analisar 333 mil pessoas, a pesquisa afirma que são considerados grupos de risco mulheres que bebem mais de 14 doses por semana e homens que tomam mais de 21 copos. Acredita-se que esse consumo pode levar a problemas adversos, incluindo doenças do fígado, câncer, acidente vascular cerebral, doença arterial coronariana e transtornos mentais.

    A fim de proteger a saúde e segurança dos trabalhadores, a Diretiva de Tempo de Trabalho da União Europeia (EUWT, na sigla em inglês) garante que os trabalhadores dos países da UE têm o direito de trabalhar não mais do que 48 horas por semana, incluindo horas extras. Ainda assim, muitas pessoas, como gestores, trabalham muito mais horas para conseguir promoções mais rápidas, aumentos de salários, e mais controle sobre o trabalho e o emprego.

    Outros estudos

    Pesquisas anteriores já haviam encontrado uma ligação entre trabalhar mais horas e consumo alcoólico de risco, mas este processo envolveu apenas pequenos e preliminares estudos. Enquanto o álcool pode ajudar a aliviar o estresse de trabalhar longos períodos, o consumo arriscado também está associado a dificuldades no local de trabalho, incluindo o aumento da licença por doença, o mau desempenho, a tomada de decisões prejudicada e acidentes de trabalho.

    Em uma análise transversal de 333.693 pessoas em 14 países, a equipe de pesquisadores descobriu que mais horas de trabalho aumentou em 11% a probabilidade de maior uso de álcool. A análise prospectiva encontrou um aumento semelhante no risco de 12% para o início do uso arriscado de álcool em 100.602 pessoas de 9 países.

    Dados individuais por participantes de 18 estudos prospectivos mostraram que aqueles que trabalharam 49-54 horas e 55 horas por semana ou mais demonstraram que tinham um risco aumentado de 13% e 12%, respectivamente, do consumo arriscado de álcool em comparação com aqueles que trabalharam 35-40 horas por semana.

    Fonte - Medical News Today (adaptado)

    Fumar mata 35% das bactérias da boca, aponta estudo

    Fumar mata 35% das bactérias da boca, aponta estudo
    O consumo regular de álcool e tabaco pode levar a uma ampla gama de problemas de saúde bastante conhecidos, como câncer e cirrose, mas pesquisadores brasileiros mostraram que essas drogas também vitimam centenas de espécies de bactérias da boca. Quem é fumante perde cerca de 35% da biodiversidade bacteriana bucal (que pode chegar a 700 espécies diferentes de micróbios).


    Já quem consome bebidas alcoólicas e fuma fica sem 20% das espécies da "flora" da boca, mostra a análise feita por especialistas do A.C. Camargo Cancer Center e da USP. (A análise não incluiu pessoas que apenas bebem, mas não fumam.)

    Esse cenário pode se revelar preocupante porque, assim como ocorre no intestino, a presença de uma comunidade saudável de bactérias na boca provavelmente ajuda a proteger essa parte do corpo.

    Bactérias "do bem", por exemplo, ajudariam a manter sob controle micróbios daninhos ou produziriam substâncias benéficas para a boca. Com o desequilíbrio causado pelo consumo constante de álcool e tabaco, a biodiversidade alterada de bactérias poderia acelerar os problemas de saúde ligados a essas drogas, favorecendo o aparecimento de tumores bucais, por exemplo.

    Para chegar aos resultados, a equipe obteve amostras da boca e da língua de 22 voluntários, com a ajuda de uma espécie de cotonete. A partir das amostras, os cientistas usaram uma técnica que "pesca" pequenos trechos de DNA bacteriano, que são úteis para identificar a espécie de micróbio à qual esses pedaços de DNA pertencem. O estudo foi publicado na revista científica "BMC Microbiology".


    Fonte - Folha de S. Paulo

    Álcool danifica área do cérebro responsável pelo autocontrole, aponta pesquisa

    Álcool danifica área do cérebro responsável pelo autocontrole, aponta pesquisa
    Cientistas acreditam que descobriram a causa de alcoólatras não conseguirem parar de beber. De acordo com o estudo da Harvard Medical School, dos Estados Unidos, as bebidas alcoólicas danificam a parte do cérebro encarregada do autocontrole e, quanto mais a pessoa a consome, menos autocontrole terá.


    De acordo com as informações divulgadas pelo site DailyMail, as varreduras do cérebro realizadas em alcoólatras mostraram que a massa branca dos lobos frontais do cérebro foram altamente danificadas pelo consumo das bebidas.

    Para especialistas, os lobos frontais são o centro de integração para todas as outras áreas do cérebro que são encarregadas de características comportamentais, como o autocontrole, julgamento e aprendizagem. Com a deterioração dessa parte do cérebro, o paciente fica sem o controle dos seus impulsos e, sem isso, ele não consegue parar de beber.

    O estudo envolveu 31 alcoólatras abstinentes com uma média de 25 anos de uso excessivo do álcool e cerca de cinco anos de sobriedade, e 20 indivíduos do grupo controle não alcoólicos. Constatou-se que o abuso de álcool interrompe os caminhos que permitem que as diferentes partes do cérebro se comuniquem de maneira eficaz.

    Fonte - Portal R7

    Pesquisa: maioria dos usuários de cocaína tem problema cardíaco sem sintomas

    Pesquisa: maioria dos usuários de cocaína tem problema cardíaco sem sintomas
    Ao todo, 71% das pessoas que consomem cocaína possuem algum tipo de afetação leve no coração, embora não apresentem sintomas, uma anomalia que caso se agrave pode provocar infarto ou morte súbita e que poderia ser revertida deixando de consumir a droga.


    Essas conclusões fazem parte de um estudo apresentado nessa quinta-feira em Valência, que conseguiu quantificar a magnitude do efeito que o consumo de cocaína produz no sistema cardiovascular e detectá-lo em pacientes assintomáticos por meio de técnicas de imagem. A pesquisa foi feita em 94 pessoas, sendo 81 homens, com a participação do Eresa Grupo Médico, três hospitais valencianos e um de Londres.

    O resultado foi publicado na revista científica "Journal of Cardiovascular Magnetic Resonance", e é a primeira pesquisa destas características que analisa de forma global todas as cavidades do coração e a aorta em pacientes assintomáticos.

    Após utilizar uma técnica de imagem de cardio-ressonância magnética, se estudou o tamanho e a função do coração das pessoas que participaram da pesquisa e se pôde detectar danos leves localizados no miocárdio de 71% delas.

    Uma segunda fase do estudo tentará determinar quais são os fatores que condicionam a afetação cardíaca nos usuários de cocaína, que fatores de consumo (via, dose ou anos de ingestão) influem em sua aparição ou se a doença é reversível quando deixam de consumir a droga e têm um manejo cardiológico adequado.

    Em uma terceira fase, o objetivo é estudar por meio de coronariografia não-invasiva (CTC) o efeito do consumo de cocaína nas coronárias de pessoas viciadas não fumantes, viciadas fumantes e fumantes não consumidores de cocaína.

    O perfil do paciente estudado é o de pessoas que foram a alguma Unidade de Conduta Adictiva (UCA) de Valência buscando acabar com sua dependência à cocaína. Segundo Alicia Maceira, o objetivo do estudo é alertar às pessoas que querem deixar de consumir cocaína a que procurem um cardiologista, embora estejam assintomáticas.

    Fonte - Agência EFE

    Consumo de maconha por adolescentes pode causar danos ao sistema imunológico

    Consumo de maconha por adolescentes pode causar danos ao sistema imunológico
    Uma nova pesquisa publicada no “Journal of Leukocyte Biology” sugere que a exposição precoce à maconha pode afetar o desenvolvimento do sistema imunológico. Composta por cientistas italianos, a equipe constatou que o uso de maconha na adolescência pode causar sérios danos a longo prazo. Tais danos podem resultar em doenças autoimunes e doenças inflamatórias crônicas, como a esclerose múltipla; doença inflamatória do intestino e artrite

    reumatoide na fase adulta.

    Para chegar a essa descoberta, os cientistas injetaram em um grupo de ratos "adolescentes" THC, o principal componente ativo da maconha, por 10 dias. Este período no ciclo de vida do rato corresponde ao período da adolescência em humanos. Um segundo grupo de animais testados recebeu apenas um placebo. No final do tratamento, ambos os grupos foram deixados em repouso durante aproximadamente dois meses, até atingirem a idade adulta completa.

    Em seguida, a atividade do sistema imunitário foi avaliada considerando diversas medidas importantes, tais como a capacidade dos leucócitos de produzir citocinas para montar uma resposta de anticorpos à vacinação ou a capacidade do macrófago para partículas de fagócitos. O grupo de ratinhos tratados com THC na adolescência tinha alterações graves nas respostas imunitárias na idade adulta.

    Para os cientistas, esses estudos não só apontam a adolescência como uma fase-chave da sensibilidade do sistema imunológico, mas também como dramáticos e duradouros os efeitos negativos que o abuso da droga por adolescentes pode ter sobre a função imunológica. Os estudiosos esperam que o risco de adoecimento na fase adulta seja um fator de impedimento do abuso de maconha entre os jovens.

    Fonte - Medical News Today (com adaptações)

    Pesquisadores comparam consumo do álcool a distúrbios do sono

    Pesquisadores comparam consumo do álcool a distúrbios do sono
    Um artigo publicado no jornal eletrônico “Behavioral Brain Research” indica mudanças que acontecem no cérebro resultantes de exposição crônica ao álcool. A pesquisa constatou que o consumo elevado pode levar a perturbações no ciclo de sono.


    As avaliações realizadas mostram que os indivíduos com transtornos por uso de álcool sofrem grave distúrbio no sono. Isso pode ocorrer quando as pessoas estão bebendo ativamente, quando elas estão passando por retirada ou, até mesmo, quando estão em abstenção.

    Um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo afirma que os distúrbios do sono-vigília podem durar meses ou mesmo anos depois de parar de beber. Esse dado indica que o abuso crônico de álcool pode causar efeitos negativos a longo prazo sobre o sono.

    Alterações cerebrais

    Os pesquisadores acreditam que a utilização crônica de álcool conduz a uma disfunção de células colinérgicas (células que sintetizam o neurotransmissor acetilcolina), em uma zona do tronco cerebral, chamada tegmento pedúnculo. Essa área está envolvida na regulação de diversos aspectos do sono.

    Como um resultado da exposição prolongada de álcool, a atividade de produtos químicos que estimulam os neurônios no cérebro aumenta enquanto diminui simultaneamente a atividade de um composto químico que inibe essa atividade neuronal. Essa alteração resulta no excesso de atividade de produtos químicos no cérebro, provocando uma ruptura no ciclo normal do sono.
     
    Fonte - Medical News Today (com adaptações)

    Criatividade não é melhorada através do uso de maconha, diz pesquisa

    Criatividade não é melhorada através do uso de maconha, diz pesquisa
    Algumas pessoas acreditam que fumar maconha aumenta a criatividade. Mas um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Leiden, na Holanda, afirma que este não é o caso; fumar maconha pode até prejudicar a criatividade. A equipe de pesquisa publicou recentemente suas descobertas na revista Psychopharmacology.


    Efeitos como descontração e aumento da criatividade têm sido atribuídos ao principal ingrediente psicoativo da maconha – o tetrahidrocanabinol (THC). Os pesquisadores queriam testar como a maconha - com diferentes doses de THC - influencia o pensamento criativo. Foram observados 59 usuários regulares de maconha para o estudo que os dividiu em três grupos.

    Um grupo recebeu a cannabis com teor elevado de THC (22 mg, equivalente a três articulações). A outro grupo foi dado cannabis com uma dose baixa de THC (5,5 mg, equivalente a uma articulação), enquanto ao grupo restante foi dado um placebo. Duas formas de pensamento criativo foram medidas: o pensamento divergente (chegando com ideias, explorando o máximo de soluções possíveis) e o pensamento convergente (encontrar a única resposta correta a uma pergunta).

    Resultados

    Os pesquisadores descobriram que a maconha com THC com altas doses prejudicava o pensamento divergente entre os participantes em comparação com uma dose baixa de THC e um placebo. Em participantes expostos a altas doses, houve diminuição na fluência, flexibilidade e originalidade das respostas dos participantes.


    Além disso, o estudo constatou que os participantes que fumavam maconha com baixa dose de THC não superam significativamente os outros grupos. Desse modo, baixas e altas doses da substância parecem não ter efeito sobre o pensamento convergente dos participantes.

    O estudo conclui que a melhoria da criatividade é uma ilusão. Para superar um bloqueio ou qualquer outra lacuna criativa, fumar maconha não é a melhor opção. E aumentar as doses pode até ser contraproducente para o pensamento criativo.

    Fonte - Medical News Today (com adaptações)

    Anvisa aprova 113 pedidos excepcionais de uso de canabidiol

    Anvisa aprova 113 pedidos excepcionais de uso de canabidiol

    Pesquisadores têm apontado efeitos positivos do uso do derivado da maconha em pacientes com mal de Parkinson
     
    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu desde abril deste ano 167 pedidos excepcionais de importação do canabidiol (CDB), substância derivada da maconha, para uso pessoal. Segundo a agência, o prazo para a liberação tem sido em média de uma semana.

    Segundo a Anvisa, 113 pedidos foram aprovados, dez aguardam o cumprimento de exigência pelos interessados e 39 estão sob análise na área técnica. Outros quatro pedidos foram arquivados por interesse da família ou por falecimento do paciente.

    Pesquisadores têm apontado efeitos positivos no uso do canabidiol em pacientes com mal de Parkinson, ansiedade, esquizofrenia e alguns transtornos de sono, entre outras doenças. No entanto, segundo a Anvisa, a substância nunca vem pura. Normalmente ela vem com uma pequena porcentagem de THC, substância proibida no Brasil, pois está na a Lista F2 da Portaria 344/1998, do Ministério da Saúde, que trata de psicotrópicos.

    Além disso, o canabidiol não tem eficácia e segurança registrados na Anvisa, o que é necessário para a comercialização de medicamentos no país. Por esses motivos, os pacientes que querem usar a substância precisam fazer esse pedido excepcional.

    O uso medicinal do CDB passou a ser discutido nacionalmente depois que Katiele Fischer foi a justiça pedindo autorização para usar o medicamento na filha Anny, de 6 anos. Segundo a mãe, Anny tinha até 80 crises convulsivas por semana, e depois que passou a usar o canabidiol esses eventos pararam de acontecer.

    A diretoria colegiada da Anvisa chegou a discutir a possibilidade de permitir o uso controlado do CDB no Brasil, porém, ainda não houve decisão a respeito.

    Para se solicitar a autorização excepcional para a importação de produto à base de canabidiol, o solicitante deve preencher um formulário específico, encontrado no site da Anvisa, e juntá-lo ao laudo médico, à prescrição e ao termo de responsabilidade/esclarecimento.

    Fonte - O Dia

    Outras informações

    Segundo a Agência Brasil, a Anvisa reforçou que, no país, a importação de medicamentos sujeitos a controle especial sem registro no Brasil, por pessoa física, é possível por meio de pedido excepcional de importação para uso pessoal. “Havendo esse pedido formal, acompanhado de prescrição médica, laudo médico e termo de responsabilidade, a Anvisa analisará a possibilidade de autorizar a aquisição”.

    O pedido de excepcionalidade é necessário porque medicamentos sem regulamentação no país não contam com dados de eficácia e segurança registrados. Nesse caso, cabe ao profissional médico a responsabilidade pela indicação do produto, especialmente na definição da dose e das formas de uso.

    Para dar início ao pedido excepcional de importação para uso pessoal, é necessário enviar uma solicitação ao gabinete do diretor-presidente da agência e apresentar documentos como o laudo e a prescrição médica.

    Repercussão 


    Conforme mostrou O TEMPO no último domingo, um caso de sucesso do uso de canabidiol é da menina Anny Fischer, 6, primeira a conseguir a autorização da Anvisa para importar o remédio, em abril.

    “A Anny nasceu com uma síndrome rara, a CDKL5 (causadora de epilepsia grave). Aos 45 dias de vida, teve sua primeira convulsão, e aí começou nossa luta. Tentamos tudo o que nos foi recomendado pelos médicos, mas nada adiantava. Ela tinha de 60 a 80 crises por semana, pesava menos de 12 kg e era uma boneca em cima de uma cama. Agora (depois de dez meses tomando o remédio), ela está ótima, com 17 kg, alegre, não teve mais crises”, contou Norberto Fischer, pai de Anny.

    Pesquisas com a substância não são permitidas no país, mas os próprios pacientes relatam as melhoras.

    Audiências - Na última segunda-feira, a Comissão de Direitos Humanos do Senado realizou uma audiência pública para discutir o marco legal do uso da maconha. O projeto é fruto de uma proposta popular e está sendo debatido com a sociedade desde o dia 2 de junho.

    Na edição da última terça-feira, O TEMPO adiantou que o destino da proposta pode ser um plebiscito, segundo relatou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), após a segunda de quatro audiências públicas que o Senado promoverá para decidir o futuro do assunto. 


    Uso legal

    Discussão - A proposta de origem popular que prevê a descriminalização da maconha pode tornar-se um projeto de lei ou um plebiscito. O arquivamento da discussão foi descartado. 


    Documentação

    Para dar início a pedidos de medicamentos, é preciso:

    Prescrição médica com o nome do paciente e do medicamento
    Laudo e justificativa para uso de medicamento sem registro no país
    Termo de responsabilidade do médico e paciente
    Formulário de solicitação de importação


    Fonte - O Tempo

    Exercitar memória de curto prazo diminui contato de adolescentes com drogas


    Adolescentes com forte memória de trabalho, ou seja, de curto prazo, têm mais probabilidades de prevenir o contato precoce com drogas, mesmo que tenham sido expostos a estas anteriormente. A conclusão é de um estudo feito por investigadores da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos.


    A equipe, coordenada por Atika Khurana, avaliou quase 400 meninos e meninas de 11 a 13 anos em situação de risco. Eles foram acompanhados até ao final da adolescência.

    Estudos anteriores já indicaram que, quando jovens experimentam drogas muito cedo, o risco de se tornarem dependentes no futuro é muito alto. Apesar disso, há os que deixam de usar a substância conforme envelhecem. Para os cientistas, a memória de curto prazo pode ser um fator que colabora para isso.


    Para comprovar a tese, a equipe aplicou quatro diferentes testes de memória nas crianças e acompanhou a evolução dos participantes em relação ao uso de drogas. No fim, ficou claro que os jovens que apresentaram um bom desempenho nos testes foram os menos propensos a progredir no uso das substâncias.

    A explicação, segundo os cientistas, é que regiões pré-frontais do cérebro, ligadas à atenção e à memória de curto prazo, são capazes de exercer controle sobre o comportamento impulsivo e a busca por recompensa imediata.

    A descoberta aponta para novas abordagens para a prevenção do uso de drogas. O trabalho, publicado na revista Development and Psychopathology, sugere que um ambiente familiar com rotinas estruturadas e estimulação cognitiva pode fortalecer a memória de trabalho em crianças já a partir dos três anos. Para as mais velhas, a indicação é de atividade que estimulem a competência social e a resolução de problemas.

    Fonte - University of Oregon

    Família de Criciúma, no Sul, luta pela liberação de uso do canabidiol

    Família de Criciúma, no Sul, luta pela liberação de uso do canabidiol
    Coisas simples como sorrir, balbuciar sons e responder a estímulos visuais ou auditivos são uma conquista para uma menina de quatro anos em Criciúma, no Sul do Estado. Portadora de CDKL5, rara síndrome genética com apenas seis casos no Brasil, a menina luta contra crises convulsivas desde bebê.

    Ela foi capaz de fazer coisas pela primeira vez recentemente, graças ao tratamento com a pasta de canabidiol (CBD). Antes, pouco se movia. Passava os dias deitada, com o olhar inexpressivo, e tinha de 20 a 30 crises convulsivas por semana. Aos dois anos, a menina chegou a sofrer de 15 a 20 crises por dia.

    — Ela ficava como uma bonequinha de pano, com o olhar perdido. Nos primeiros dias que a gente começou a dar o CBD ela apresentou melhora. Vai fazer quatro meses que ela está usando e chegou a ter um período de 30 dias sem crise. No último mês, teve apenas quatro ou cinco — conta o pai, cujo nome foi omitido pela reportagem para preservar a família.

    Menina tem melhora com o tratamento

    Além da visível melhora, ela deixa de depender de medicações que provocavam efeitos colaterais. Foi por meio de uma rede online, que une pais de crianças com CDKL5, que o canabidiol se tornou alternativa para Natália, no final do ano passado. Antes, já haviam tentado todos os anticonvulsivantes disponíveis, sem melhora no quadro.

    Empolgados com a resposta ao tratamento com outras crianças, a família decidiu adquirir o canabidiol. Embora tenha a prescrição do pediatra da menina, falta parte da documentação necessária. O pai decidiu pedir ajuda a um amigo para conseguir a pasta, que nos Estados Unidos é vendida como suplemento alimentar e custa cerca de US$ 500 a unidade.

    — O pediatra até prescreveu o CBD, mas não forneceu o laudo e a responsabilidade técnica, esse é o problema — diz o pai.

    A ideia é comprovar a melhora por meio de exames para conseguir o aval dos médicos, levantar a documentação e importar o canabidiol legalmente.
     
    Fonte - Diáriocatarinense