• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

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Aumento da prosperidade pode aumentar taxas de dependência do álcool em países em desenvolvimento

Aumento da prosperidade pode aumentar taxas de dependência do álcool em países em desenvolvimento
O uso do álcool deve diminuir nas maiores economias do mundo e aumentar nos países em desenvolvimento durante a próxima década, o que representa riscos para a economia global, um novo relatório adverte.

Países da Europa Ocidental, que se mantém como os maiores consumidores mundiais de álcool, provavelmente irão moderar seus níveis de consumo até 2025, de acordo com as projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) desta semana. Durante o mesmo período, o uso do álcool tenderá a aumentar na China e em outras economias asiáticas.

Isso significa que, a menos que mais países desenvolvam programas para lidar com o uso nocivo do álcool, o número de mortes relacionadas vai subir, de acordo com o Relatório da Situação Global da OMS sobre Álcool e Saúde. Os autores do relatório, que abrange 194 países membros da OMS, enfatizam os “enormes problemas de saúde pública atribuíveis ao consumo de álcool”. Eles citam o excesso de álcool entre as causas de mais de 200 doenças ou lesões, como a cirrose do fígado, bem como doenças infecciosas, incluindo tuberculose e o HIV/AIDS.

Em 2012, houve 3,3 milhões de mortes em todo o mundo por causa do uso nocivo do álcool. Um aumento significativo a partir das 2,3 milhões que a OMS relatou há alguns anos, com base em dados de 2005. Os dois números não podem ser comparados diretamente, de acordo com Vladimir Poznyak, editor executivo do estudo mais recente, por causa de mudanças na metodologia, bem como o crescimento da população. (A população mundial cresceu mais de 8% e chegou a 7,02 bilhões em 2012, em comparação com 6,47 milhões em 2005, segundo o censo dos Estados Unidos).

As conclusões do estudo ratificam a conexão entre riqueza econômica de um país e o quanto seu povo bebe. Além disso, beber em um país mais rico também tende a ser menos perigoso do que em um pobre, porque as nações mais ricas tendem a ter programas para lidar com o abuso de álcool, bem como melhores cuidados de saúde e infraestrutura, tais como estradas mais seguras – que ajudam a mitigar os riscos. Políticas públicas para conter possíveis danos do álcool incluem limite de idade para beber, restrições à publicidade do álcool, tratamento da toxicodependência e medidas contra dirigir embriagado.

A Europa lidera o mundo em consumo per capita de álcool. O uso de álcool no continente diminuiu para 10,9 litros per capita em 2010, contra 12,2 em 2005. Durante o mesmo período, o consumo nas Américas caiu para 8,4 litros; também diminuiu na África, para 6 litros. O uso do álcool aumentou para 3,4 litros em países do Sudeste Asiático e para 6,8 litros nos do Pacífico Ocidental.

Globalmente, menos de metade da população – 38,3 % – bebe álcool, consumindo cerca de 17 litros por ano per capita, de acordo com o relatório. (Em 2010, os destilados respondiam por cerca de metade do consumo de álcool em todo o mundo; a cerveja, por 34,8%; o vinho, por 8%; e outros tipos de bebidas, por 7%).

As economias em rápido desenvolvimento do Sudeste Asiático, a região do Pacífico Ocidental e a África Subsaariana provavelmente verão o uso do álcool aumentar à medida que os indivíduos tornam-se mais prósperos, e mais jovens e, particularmente, mulheres comecem a beber. Isso “pode definitivamente ter implicações para a saúde, a menos que medidas efetivas [para salvaguardar contra o uso nocivo do álcool] sejam implementadas”, disse Pozynak.

À medida que a renda disponível aumentar nesses países, pode-se começar a gastar em bens não-essenciais, como o álcool, disse ele. Isso significa que, se as políticas e a infra-estrutura dos países país não mantiverem o mesmo ritmo do aumento do consumo, sérios problemas de saúde e econômicos podem surgir.

Fonte: Traduzido e adaptado de The Wall Street Journal

Me dê motivos... para não usar

Em se tratando de prevenção às drogas e ao uso delas, existem "mil" sugestões e possibilidades. Todos tem seu ponto de vista: Reprimir, não reprimir, tratar, liberar, legalizar, educar, até matar (e já ouvi este absurdo muitas vezes...), dentre outros tantos.

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Vê-se nos últimos tempos na mídia, economistas falando do assunto, filósofos, cientistas políticos...Algumas possibilidades, com fundamento e razoáveis até, outras não, e outras ainda um absurdo completo claro. É de se espantar as soluções dadas por alguns. Porque ? Bem, é a velha história, do "marceneiro" querer opinar no trabalho do "alfaiate", ou imaginar que conhece a função deste.

Bem como existem profissionais sérios, médicos-psiquiatras, cientistas, pesquisadores, assistentes sociais, psicólogos, com boa vontade, muitas vezes mal remunerados, que travam também muitas vezes lutas solitárias na tentativa de resgatar vidas.

Também existe o lado dos usuários, no caso da maconha por exemplo. É fato, que estão advogando em causa própria, por isto óbvio que não merece consideração alguma. Primeiro, porque não há o menor embasamento científico que justifique, e segundo porque trata-se de defender a droga recreativa, não importando qual, e aí não há o menor cabimento. Justificar, o injustificável..."Liberar porque o crime irá diminuir...., porque é saudável, porque faz menos mal, porque isto e aquilo". Todo usuário, em "início de carreira" (no uso e abuso de drogas) tem um sonho: Poder usar sem consequências !

Talvez a questão, acerca das drogas, seria: Porque não usar drogas ?


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Porque usar: A insatisfação pessoal, ou a busca pela aceitação do grupo de amigos, fatores casuais, ou desestruturação familiar, enfim, "n" razões podem contribuir e levar a experimentação, e ao uso. Mas porque continuar, após a experimentação, se esta aconteceu ? O usuário continuará em minha opinião se: 1 - Alguns dos fatores citados acima estejam presentes (usuário abusivo) e/ou 2 - Possui predisposição para a dependência química.

Então vem um fato inegável...e chocante: Oras, a droga é boa ! Claro que é, a primeira dose, a sensação de euforia no momento em que a dopamina em grande escala é liberada, o "alívio"...são coisas que são interpretadas pelo cérebro, como "boas"...E o cérebro, pede mais, porque isto ficou registrado na mente. O cérebro, é uma máquina, não age por si só, mas possui algumas "fórmulas" pré-determinadas, como instintos....tal qual programações, se estamos com fome, temos de comer, se estamos com sede, temos de beber. E o prazer, ou a busca deste, é uma destas "fórmulas". Mas nós, temos o controle sobre esta máquina, dosando e administrando as reações, como por exemplo: o medo de uma cobra, nada mais é do que uma reação instintiva, porque pre-determinadamente, sabemos que as cobras (a mente generaliza) são venenosas e podem matar. Portanto o cérebro sabe, que ao ver uma cobra, devemos ficar em estado de alerta, onde acontecem uma série de reações químicas liberando adrenalina, etc.

Assim, existem duas situações:

1ª Situação

Voltando às questões ou circunstâncias que podem levar a experimentação, por exemplo, a frustração pessoal: É uma condição ruim estar frustrado, que pode gerar uma depressão, ou uma condição ruim para nós, portanto o cérebro interpreta como algo negativo. Aí a pessoa experimenta uma droga, inclusive o álcool (a experimentação fica ligada ao fato da frustração), imediatamente a frustração passa. O cérebro interpreta, como algo bom, isto é algo que grava-se em nossa mente, portanto a princípio "ele" irá pedir novamente a droga porque criou-se em nossa mente, que a solução do problema (frustração) é a droga. Neste caso, também é liberada nas sinapses uma substância especial chamada dopamina, por meio de reações químicas artificiais provocadas pela substância. E daí por diante....É uma explicação simples, de pessoa não formada na área, mas que fala por experiência pessoal, e com base em busca de conhecimento.

Cérebro e mente:
O cérebro é uma estrutura física, um órgão, considerado por muitos como o mais importante, que controla tudo o que um indivíduo faz. A mente é um sistema integrador de processos dinâmicos em interacção: processos conativos, cognitivos e emocionais. Um pouco confuso não? De uma forma mais simples, a mente constitui o lugar da actividade psíquica, considerada na sua totalidade, englobando operações conscientes e não conscientes, entre elas as emoções e os sentimentos. Assim, a mente é algo imaterial, invisível e, portanto, não palpável. (...) O cérebro e a mente estão então inter-relacionados: um influencia o outro de forma mútua. Pode assim afirmar-se que apresentam uma relação de interdependência que poderá ser melhor entendida usando a famosa metáfora do hardware (cérebro) e do software (mente). Tal como sem o hardware o software de um computador não pode existir, sem o cérebro, a mente não pode existir, sem a manifestação comportamental, a mente não pode ser expressada.
Fonte - cerebroemente
2ª Situação

Casualidade

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Ou, por uma casualidade houve a experimentação, e o resultado foi o prazer. A "conta" é basicamente simples e o processo mental praticamente o mesmo. Registra-se na mente que, o uso de determinada droga trouxe prazer, portanto, a mente solicitará novamente a droga, para que haja a reação orgânica e química no cérebro, e o ciclo forma-se.

Perde-se as vezes de vista o fato de que, a vida, fundalmentalmente, foi feita para ser vivida sem o uso de substâncias por mera recreação, da mesma forma como exemplo,  diversas pesquisas já demonstraram que não temos o "desenho" natural para sermos carnívoros, mas de qualquer modo, comemos carne, e muita as vezes.

Porque não usar drogas ?

Em primeira mão, a princípio, as pessoas tem todas as informações factuais e concretas, sobre as mais variadas consequências do uso das drogas (ou deveriam ter). Pinta-se as vezes até o irreal, com o intuito mais "assustar" ou "aterrorizar" do que informar. Oras, se seguir esta linha, esquece-se do seguinte: 1 - A maioria dos jovens (inclusive eu fui assim) pensam que sabem de tudo, e podem controlar tudo, e 2 - Vem a pergunta: - Porque se é tão ruim, tem tanta gente que usa ?

Apesar de tudo o que passa nos jornais, a respeito do crack, apesar de podermos ver nas ruas de praticamente todas as cidades brasileiras usuários de crack...apesar e contudo, ainda assim é necessário apontar outras direções, o "terror" sobre as drogas, as vezes não convence.

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Muito também, soma-se ainda tem o fato de se ter toda esta exploração na mídia e nos meios por parte de legalizar ou não a maconha...onde o direito e liberdade de opinião (necessários até), leva porém muitas vezes conhecimento parcial e distorcido, que chega aos lares e as jovens, onde então muitos esperavam somente por estes motivos irreais (mas plausíveis porque vem de "alguma mente brilhante"), para poder usar sem muitas cobranças. 


Opiniões de especialistas não faltam:

Debates - Acreditar que hoje é possível legalizar a maconha no Brasil é uma grave miopia!

Pesquisa nega que maconha tenha benefício contra esclerose múltipla progressiva 

Alguns efeitos ou consequências físicas, psíquicas, e clínicas do uso de maconha

Há todo um "clima" em torno do assunto, que é tratado de maneira leviana, e sem responsabilidade por alguns. Afora isto, ainda temos álcool, ecstasy, lsd, mma, etc. em festas e baladas, em grande oferta e em escalas sem precedentes. É extremamente fácil, se adquirir estas drogas em uma destas festas, e outras drogas também. Algo em torno de 5% a 10% dos frequentadores destas festas consomem drogas ilegais, cerca de 60% a 70% consomem algum tipo de álcool, os restantes 10% a 20% realmente só estão nestes locais e festas para divertir-se com a dança. Portanto a "mecanismos" e "caminhos" sociais extremamente fáceis de oportunizar a experimentação de algum tipo de droga ilegal, e/ou abusar das legalizadas.

Não usar... Descobre-se com a estagnação do uso, algumas diretrizes sem as quais, todo o processo que perdura enquanto se vive, não funcionará, destacando:

Aprender a viver realmente a vida, com consciência do que acontece, sem máscaras, sem entorpecimentos;
Aceitar a si mesmo e gostar de si mesmo;
Aceitar sua própria condição social, ou buscar meios para melhorá-la;
Aceitar o grupo social a que pertence;
Saber para onde se vai: caso contrário qualquer lugar serve;
Ter objetivos concretos;

E outras tantas motivações...

É necessário ofertar motivos, mesmo que a curto prazo estes não sejam tão atraentes quanto a superficialidade de festas, e imediatamente prazerosos como a droga. Acredito que a droga, por si só, não seja o problema principal. Família, educação de qualidade, emprego, infraestrutura, bem como mudança de cultura social...

Algumas coisas, são óbvias porém radicais....se a cultura geral apela para o consumo de álcool, isto é algo que não mudará do dia para noite, visto estar enraizado muito profundamente, então é bem simples, leis mais rígidas, absolutamente rígidas sobre o consumo, venda e propaganda de bebidas alcoólicas...Mas, claro que tal medida vai contra não só a grandes empresas que lucram alto, vai contra até o próprio governo, que lucra também alto com impostos...

Creio que resume-se em uma só palavra, e um bom motivo, para não se usar drogas...VIDA. Haverá o dia em que todos terão em mente a seguinte equação: DROGA=MORTE, aí talvez...as coisas possam tomar um rumo diferente.


Autor  - Emerson
Mais 24 Hrs de Paz e Serenidade 



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Recaída ao uso de drogas é alvo de pesquisa de neurocientistas

Em busca de tratamentos mais eficazes contra a dependência, cientistas do National Institute on Drug Abuse (Nida/NIH), dos Estados Unidos, têm se dedicado a criar métodos para identificar e estudar pequenos grupos de neurônios relacionados com a sensação de fissura por drogas.


Recaída ao uso de drogas é alvo de pesquisa de neurocientistas
O grupo coordenado por Bruce Hope conta com o brasileiro Fábio Cardoso Cruz, ex-bolsista de mestrado e de pós-doutorado da FAPESP que acaba de publicar um artigo sobre o tema na revista Nature Reviews Neuroscience.

“Nossa linha de pesquisa se baseia no pressuposto de que a dependência é um comportamento de aprendizado associativo. Quando um indivíduo começa a usar uma determinada substância, seu encéfalo associa o efeito da droga com o local em que ela está sendo consumida, as pessoas em volta e a parafernália envolvida, como seringas, por exemplo. Com o uso repetido, essa associação fica cada vez mais forte, até que a simples exposição ao ambiente, às pessoas ou aos objetos já desperta no dependente a fissura pela droga”, afirmou Cruz.

Evidências da literatura científica sugerem que essa memória associativa relacionada ao uso da droga com os elementos ambientais seria armazenada em pequenos grupos de neurônios localizados em diferentes regiões do encéfalo e interligados entre si – conhecidos em inglês como neuronal ensembles.

“Quando o dependente depara com algo que o faz lembrar da droga, esses pequenos grupos neuronais são ativados simultaneamente e, dessa forma, a memória do efeito da droga no organismo vem à tona, fazendo com que o indivíduo sinta um desejo compulsivo pela droga que é capaz de controlar o comportamento e fazer com que o dependente em abstinência tenha uma recaída mesmo estando ciente de possíveis consequências negativas, como perda do emprego, da família ou problemas de saúde”, disse Cruz.

Por meio de experimentos feitos com animais, os pesquisadores do Nida mostraram que apenas 4% dos neurônios do sistema mesocorticolímbico são ativados nesses casos de recaída induzida pelo ambiente. “São vários pequenos grupos localizados em regiões do cérebro relacionadas com as sensações de prazer, como córtex pré-frontal, núcleo accumbens, hipocampo, amígdala e tálamo”, contou.

Segundo Cruz, a maioria dos trabalhos que buscam entender a neurobiologia da dependência e descobrir possíveis alterações moleculares relacionadas com comportamentos que levam à recaídaavalia todo o conjunto de neurônios presente em amostras de tecidos cerebrais em vez de focar apenas nesses pequenos grupos.

“Acreditamos que uma alteração realmente significativa pode ser mascarada por mudanças nesses outros 96% dos neurônios não relacionados com a recaída. Por isso buscamos metodologias para estudar especificamente esses 4%”, explicou.

Uma das estratégias descritas no artigo publicado na Nature Reviews Neuroscience faz uso de uma linhagem de ratos transgênicos conhecida como lacZ. Os animais são modificados para expressar a enzima β-galactosidase apenas nos neurônios ativos.

“Nós colocamos o animal em uma caixa e o ensinamos a bater em uma barra para receber cocaína. Depois de um tempo, movemos o animal para uma caixa diferente, na qual ele não recebe a droga quando bate na barra. Chega uma hora em que o animal para de bater na barra. É como se estivesse em abstinência. Mas quando o colocamos de volta na primeira caixa, ou seja, no ambiente que ele foi treinado a receber a droga, ele imediatamente volta a bater na barra à procura da droga”, contou Cruz.

Nesse momento, os pequenos grupos neuronais são ativados no rato pelos elementos do ambiente. Os pesquisadores administram então uma substância chamada Daun02, que interage com a enzima β-galactosidase e se transforma em um fármaco ativo chamado daunorubicina, que provoca a morte desses neurônios ativos.

“Esperamos cerca de dois dias para o fármaco concluir seu efeito e, quando colocamos novamente o animal no ambiente associado à administração da droga, ele não apresenta mais o mesmo comportamento de busca da substância. É como se a fissura tivesse sido apagada após a morte desse pequeno grupo de neurônios relacionado com esse comportamento de recaída”, contou Cruz.

Outra técnica descrita no artigo também faz uso de animais transgênicos capazes de expressar uma proteína fluorescente apenas nas células ativadas. “Com auxílio da citometria de fluxo, conseguimos isolar apenas essas células que ficam fluorescentes e então procuramos por possíveis alterações moleculares. Podem ser alterações estruturais, como aumento no número de espinhos dendríticos, o que aumenta a interação sináptica e deixa o neurônio mais sensível. Podem ser proteínas intracelulares que também aumentam a atividade desses neurônios”, explicou.

Uma vez identificadas essas alterações, acrescentou Cruz, elas vão se tornar alvos para o desenvolvimento de fármacos capazes de tratar de forma mais eficiente a dependência. “Não existe hoje um medicamento realmente eficaz, tanto que cerca de 70% dos usuários de cocaína sofrem recaída após um período de abstinência. No caso do álcool, o número é maior que 80%”, afirmou.

O grupo do Nida conta ainda com outros pesquisadores brasileiros, entre eles Rodrigo Molini Leão, que acabou de concluir o doutorado com Bolsa da FAPESP na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista (FCFAr-Unesp) em Araraquara. Também participa o doutorando Paulo Eduardo Carneiro de Oliveira, da FCFAr-Unesp.

Fonte - Agência FAPESP 

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Afastamentos por dependência química quase triplicam no Estado

Afastamentos por dependência química quase triplicam no Estado




Afastamentos por dependência química quase triplicam no Estado
Porto Alegre – Ao conquistar uma vaga como funcionário dos Correios, Carlos Adenir Holz pensava ter encontrado o caminho para uma vida confortável. Já fazia planos para virar supervisor quando teve de deixar o trabalho devido à dependência das drogas e passou a fazer parte de um contingente que cresce a ritmo galopante no Rio Grande do Sul.


O número de gaúchos afastados do serviço em razão do uso de entorpecentes quase triplicou nos últimos seis anos, apresentando um acréscimo de 179% na concessão de auxílios-doença pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O drama de Holz, que recebe o benefício por não ter condições de retomar as atividades, foi vivido por outros 1.343 trabalhadores em 2006. No ano passado, a multidão de homens e mulheres que trocaram o cartão-ponto pela boca de fumo chegou a 3.748 – 2,8 vezes mais.

Essa epidemia tóxica que se alastra nos escritórios e fábricas repete um fenômeno nacional. Em todo o país, no mesmo período, esse número praticamente triplicou e chegou a mais de 31 mil dependentes químicos que penduraram o crachá e recorreram ao INSS no ano passado.

Isso é considerado por especialistas em saúde pública e direito previdenciário um flagelo social por diferentes razões. Além de colocar a vida do usuário em risco, compromete seu desenvolvimento profissional e sobrecarrega as contas já combalidas da previdência – que soma déficit de R$ 21 bilhões de janeiro a abril.

O INSS não calcula o peso financeiro que esses afastamentos representam, mas, levando-se em consideração que o valor médio do benefício pago por doença é de R$ 965, só um mês de pagamento de todos os beneficiados no ano passado somaria mais de R$ 3,6 milhões.

– Além do crack, que tem um impacto brutal, há outras drogas em tendência de alta, como cocaína e os tranquilizantes, que também são muito incapacitantes – analisa o psiquiatra e membro do conselho consultivo da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) Carlos Salgado.
Fonte - Pioneiro - Cick RBS

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Onde tudo começa: Delegado afirma: 90% dos usuários de crack iniciaram com a maconha

Onde tudo começa

Delegado afirma: 90% dos usuários de crack iniciaram com a maconha 

Uma recente pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo apontou que o Brasil é o segundo maior consumidor de Cocaína do mundo. Considerada uma das drogas mais caras e destrutivas, a cocaína tem como subproduto o Crack, muito mais barato e mortal. Estima-se que o Crack já esteja presente em quase todas as cidades do País, principalmente nas que estão em desenvolvimento, como Passo Fundo. 

Conforme o delegado titular da Delegacia Especializada de Furto, Roubos e Capturas(DEFREC), Delegado Adroaldo Schenkel, Passo Fundo tem registrado aumento no consumo e tráfico de cocaína nos últimos anos. Ele explica que isso é esperado em cidades pólo, por agregar pessoas das mais diferentes regiões e também classes sociais. 

O Delegado afirmou que 90% dos usuários do Crack ou Cocaína começaram no vício com a Maconha. Mesmo nesse cenário de crescimento no consumo de drogas, especialmente derivados da cocaína, o Delegado lembra que as prisões de traficantes e quadrilhas também vem crescendo. Isso é resultado de um intenso trabalho realizado em parceria com outros órgãos de segurança. 

Fonte - Rádio Uirapuru Am - Passo Fundo/RS

Segue outra publicação relacionando a sequência de consumo de drogas por usuários, e as fases

Seqüência de drogas consumidas por usuários de crack e fatores interferentes

Progression on drug use and its intervening factors among crack users
Zila van der Meer Sanchez e Solange Aparecida Nappo
Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil
 
 

DESCRITORES
Transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas. Drogas ilícitas. Tabagismo. Cocaína crack. Progressão de drogas. Estudo qualitativo. Interferentes de uma escalada.
RESUMO

OBJETIVO:
Identificar, entre usuários de crack, uma progressão no uso de drogas e seus fatores interferentes.

MÉTODOS:
Utilizou-se metodologia qualitativa para uma investigação mais profunda, considerando o ponto de vista que o entrevistado tem do fenômeno. Foram aplicados entrevistas de longa duração e questionários semi-estruturados. Foi delineada uma amostra intencional, e uma amostragem com critérios foi conseguida. Para atingir a saturação teórica, foram entrevistados 31 usuários ou ex-usuários de crack.

RESULTADOS:
Foram detectadas duas fases distintas de uso de drogas. A primeira, com drogas lícitas, sendo o cigarro e o álcool as mais citadas pela amostra. Parentes e amigos dos entrevistados foram os incentivadores do consumo, e o motivo alegado para o uso dessas substâncias foi a necessidade de autoconfiança. A idade precoce do consumo e o uso pesado de uma ou ambas as drogas foram determinantes para o início de uma escalada de drogas ilícitas. A maconha foi a primeira droga dessa segunda fase. Uma postura mais ativa na busca da droga como fonte de prazer passou a ser o motivo do consumo.

CONCLUSÕES:
O estudo revela que a identificação de uma seqüência de drogas parece estar mais associada a fatores externos (pressões de grupo, influência do tráfico etc.) do que à preferência do usuário. Foram identificadas duas progressões diferentes: entre os mais jovens (=30 anos), cuja a escalada começou com o cigarro e/ou álcool e passou pela maconha e cocaína aspirada até o uso de crack; e os mais velhos (>30 anos), que iniciaram o uso de drogas pelo cigarro e/ou álcool, seguido de maconha, medicamentos endovenosos, cocaína aspirada, cocaína endovenosa e, por fim, crack. 
Fonte - Scielo - Revista Saúde Pública

É muito simples

Onde tudo começa: Delegado afirma: 90% dos usuários de crack iniciaram com a maconha - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
Esta matéria é de setembro de 2012 (a primeira do topo da página), mas vale citar, devido ao possível peso da fonte; um delegado de polícia. Um delegado de polícia, ou policiais em geral, são fontes raras e únicas. Não possuem estudo ou formação direcionada na área de psicologia ou dependência química, mas são das poucas pessoas, que estão em contato direto e diário, com o usuário, com todo tipo de usuário. Estatísticamente falando, os dados fornecidos pela polícia, são precisos. Mesmo que a pessoa presa, minta em seu depoimento, ou se negue a falar, um delegado, ou policiais, sabem só de olhar, só pela observação de características comportamentais, se a pessoa  é ou não, um usuário de drogas, e se cometeu o crime seja ele qual for, tendo a droga como um motivador ou percussor, sendo que nada é claro, torna o crime justificável, mas de certo ponto de vista, ele é explicável, digamos assim. Os crimes mais comuns cometidos por usuários de drogas, são o furto, e o tráfico. 
Crimes violentos, em uma boa parcela estão também muitas vezes associados ao consumo de drogas ilegais/álcool, porém, em virtude da violência (agressões graves, homicídios etc) é certo que existe outra doença, ou psicopatia instalada, consequente ou não da dependência química. 
Leia também: Prisão ou tratamento ?

Não bastar o fato de que a maconha é uma droga, que causa dependência, que faz mal, que altera nossa mente e percepção, e que nos torna incrivelmente "piores, lentos, e apáticos" mentalmente falando, não resta a menor dúvida, que seguramente algo em torno de 90% dos usuários de crack ou cocaína, passaram pelo uso da maconha, não importando ou não, ou fato de terem usado esta apenas uma, ou duas vezes. O simples fato de usar a substância, cria de certa forma em nossa mente, uma "carta branca" ou "passe livre", para outras substâncias. O cérebro, define que: se usamos uma droga, lícita ou ilícita (e isto não faz muita diferença, mas a diferença está que a usamos), e que se: ela altera nosso humor, nossa percepção, causando das mais variadas e boas sensações no primeiro uso, há um sistema de recompensa, então não existem mais "limitações" morais ou práticas por assim dizer. Ora, começa pelo simples fato da pessoa ter a "necessidade" de usar algo, para "sentir-se bem". Só aí já indica, que a pessoa não está bem, não é um ser humano seguro, e se ainda por cima tiver a predisposição para a doença (dependência química), o resto é uma consequência, mais tempo, menos tempo. -Mais 24 Hrs

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Mulheres têm mais dificuldade para se tratar contra drogas, diz pesquisa


Mulheres têm mais dificuldade para se tratar contra drogas, diz pesquisa - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
Estudo foi desenvolvido por pesquisadora da USP de Ribeirão Preto (SP). Usuárias disseram se sentir envergonhadas ao procurar tratamento.
 
Pesquisa desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto revela que mulheres usuárias de cocaína e crack têm mais dificuldade para procurar tratamento contra o vício. A tese de doutorado da enfermeira psiquiátrica Josélia Carneiro Domingos foi realizada com 95 dependentes químicos atendidos pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-AD) de Ribeirão Preto - 42 de cocaína e 53 de crack. Entre as usuárias de cocaína, 71,4% procuraram tratamento por iniciativa própria. No caso das viciadas em crack, o índice diminiu, com 62% de procura voluntária.

"A mulher sofre um estigma social muito grande. O que a leva a buscar tratamento pode ser um situação de busca de vínculo perdido com os filhos ou pais, por exemplo. Muitas delas relataram que tinham vergonha por estar fazendo tratamento em local específico para dependentes químicos. Isso às vezes as constrangia", afirma Josélia.
O psicólogo do Caps-AD, Eber de Matos, explica que a resistência pela procura do tratamento deve-se à forma como a sociedade reage diante da mulher usuária de drogas. "A sociedade parece tolerar mais homens que bebam muito, que usem muitas drogas. Isso cria um problema para as mulheres, porque elas se envergonham mais desse uso do que o homem. Elas deixam de procurar ajuda porque supoem que serão estigmatizadas", diz.

Pensando no auxílio às mulheres dependentes, o Caps-AD criou há cinco anos espaços de tratamento destinados exclusivamente ao público feminino, como salas de discussão e oficinas. "As mulheres que chegavam ao Caps começavam a conversar entre si e passaram a se sentir mais acolhidas e mais à vontade para falar sobre família, filhos e o próprio problema da dependência", afirma Matos. Segundo o psicólogo, após a criação dos espaços, o número de mulheres que procura pelo serviço aumentou em cinco vezes.

Faixa etária
Além do direcionamento às mulheres dependentes, a pesquisa revelou que, entre os entrevistados, a incidência maior de crack está em pessoas entre 30 a 49 anos de idade. Já a cocaína atinge os mais jovens, na faixa etária entre 18 e 29 anos. Na maioria das vezes, segundo a pesquisa, os usuários sofrem com a falta de apoio da família para buscar tratamento.
Fonte - G1

Pontos de vista: internações compulsórias

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Pontos de vista: internações compulsórias


As internações compulsórias, vieram, como medida urgente, no plano de enfrentamento do crack, tentar minimizar, ou fazer frente a uma situação, que na prática, está incontrolável, do ponto de vista humano, talvez não social (as vezes chega bem perto). 

Pois que foi principalmente nos grandes centros, feito grande alarde, com inúmeras personalidades, e autoridades envolvidas. Muitos, até de muito boa vontade. Na última semana, foi divulgada nacionalmente, uma reportagem sobre uma mãe, que procurava seu filho, viciado em crack (dependente químico), e que havia sido, internado nos termos deste plano, compulsóriamente, no Pinel (...) O rapaz, de 22 anos, foi encaminhado ao hospital psiquiátrico Pinel, em Pirituba (zona norte), em 24 de janeiro.(...). Não está claro, se foi involuntaria, mas está claro, que foi a "máquina" montada para estas ações, que encaminhou, e internou o rapaz. Veja o artigo na íntegra (FABIANA CAMBRICOLI DO "AGORA" Folha de São Paulo).

Segundo a matéria, o rapaz ficou por 30 dias internado, (...) Na última quinta-feira, ele foi liberado. Segundo Sonia, o hospital já havia tentado liberar o filho outras duas vezes, dizendo que ele já havia passado pela desintoxicação. "Na primeira vez, o médico chegou a assinar a alta, mas meu filho disse que não tinha condições de sair, que sonhava que estava usando a droga e acordava com o gosto dela na boca", conta.(...), claramente, o hospital, ansiava por ve-lo com alta, alegando que o mesmo poderia dar continuidade ao tratamento, no CAPS. Por 2 vezes tentou, e finalmente ele foi liberado pelo médico, mesmo alegando ele próprio, que não estava em condições, de sair pra rua.

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Várias lições, podem ser aprendidas, com o fato, e não é necessário ser um especialista para tanto. Aliás, quero abrir um parenteses: O conhecimento acumulado, por um DQ, no que se refere às características comportamentais da doença, ultrapassa muitas vezes e muito, o de profissionais com diplomas, sejam médicos, ou psicólogos. Óbvio, que, não se fala aqui do conhecimento científico, ou prático da medicina, mas sim, o conhecimento de causa própria, ou seja, um DQ conhece, e sabe o que o outro está sentido, porque já passou pelo mesmo problema, ou de uma forma parecida, além do que, conhece por força da circustância, todas as sensações no uso, do uso, e consequências dele.

1º: Os hospitais, em sua maioria e principalmante nos grandes centros, simplificando, trabalham com a alta objetiva do paciente, ou seja, se o quadro clínico e físico, está estável, ele tem de receber alta, para desocupar a vaga. Não está, de todo equivocado, visto haverem doentes graves na fila. Acontece que, a dependência química, não está somente ligada à alta objetiva, mas sim e muito mais, à alta subjetiva, ou seja, o estado emocional por assim dizer, do paciente. Óbvio, que um dependente de crack, vindo das ruas, não está em 30 dias, apto a conduzir por si só, um tratamento ambulatorial, seja este qual for, indo e vindo ao CAPS, todos os dias, ou duas vezes por semana.

O claro despreparo no tratamento. Profissionais desqualificados para dependência química, e total falta de abordagem terapêutica para com o paciente. Desintoxicação, é apenas a primeira parte, o primeiro passo, no âmbito físico e clínico. O "iceberg", é muito maior, e está "debaixo d'água". A DQ, é uma doença multifacetada, de múltiplas características, são estas: FÍSICA, EMOCIONAL, SOCIAL, E ESPIRITUAL.

A abordagem, e tratamento, relizado em moldes de Comunidades Terapêuticas, ou Clínicas, que proporcionem um AFASTAMENTO temporário do paciente, do meio em que vivia, ou sobrevivia, é muitas vezes, fundamental em um primeiro instante. 

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O processo inicia-se com a desintoxicação, passando pela recuperação física em todos os sentidos; alimentação, sono, higiene pessoal, etc. Juntamente, quando necessario, com a medicação adequada (antidepressivos, estabilizadores de humor, etc), receitada adequadamente, por um psiquiatra.

Nisto, a convivência, em um ambiente favorável, e sadio, livre de drogas, permitirá ao paciente, reeducar-se, em suas funções básicas, reorganizar pensamentos, e ser estimulado por este mesmo ambiente, para a busca principal, o auto-conhecimento, com acompanhamento psicológico adequado. 

Podemos utilizar a definição de CT de Maxwell Jones: ”... grupo de pessoas que se unem com um objetivo comum e que possui uma forte motivação para provocar mudanças”. Este objetivo comum, na maioria das vezes, surge em um momento de crise onde o individuo apresenta uma desestruturação na sua vida em todas as áreas: física, mental, espiritual, social, familiar e profissional. É nesse momento que as pessoas diminuem as defesas, resistências e demonstram maior disponibilidade e abertura a mudanças porque não tem nada a perder. O objetivo da CT é o crescimento das pessoas através de um processo individual e social; é o papel da equipe é ajudar o indivíduo a desenvolver seu potencial. Obid - Senad

Programa terapêutico enfim, que inclua lazer, e trabalho (terapia ocupacional). Aplicação de um programa de recuperação: Na grande maioria, e com bons resultados, os 12 Passos de AA ou NA, por exemplo, mas pode ser qualquer outro programa que se volte para uma mudança de vida do indivíduo, interiorizando esta necessidade, e construindo objetivos concretos, outro exemplo prático, seria por meio da prática espiritual acentuada, como é o caso das Comunidades Terapêuticas de cunho espiritual (Evangélicas, Católicas, etc).

Mas com certeza, a ação das internações compulsórias, ou involuntárias, é ainda, uma ação que pretende salvar vidas, e muito importante. Ainda que não estruturada para a recuperação efetiva e dentro de parâmetros terapêuticos e técnicos, mas é a medida que pode evitar a morte do DQ, que está nas ruas. 

Por Mais 24 Hrs
Autor - Emerson 


Como agem as drogas no cérebro - SNC

Como as drogas atuam no sistema nervoso central da pessoa?

Como agem as drogas no cérebro - SNC
Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, uma vez introduzida no organismo, modifica suas funções.
As drogas que atuam sobre o sistema nervoso central são as chamadas "psicotrópicas". Este termo é composto de duas partes: psico - que significa o nosso psiquismo (o que sentimos, pensamos e fazemos) e trópico - que relaciona-se ao termo tropismo, ou seja, "ter atração por".

Drogas psicotrópicas são, portanto, aquelas que atuam sobre o nosso cérebro, alterando nossa maneira de pensar, sentir ou agir. A princípio podemos entender que todas as drogas recreativas conhecidas incluindo o álcool, tem por essência esta definição.

As alterações provocadas pelas drogas no nosso psiquismo não são sempre no mesmo sentido e direção, mas dependem do tipo de substância consumida.

Dependendo da ação no cérebro, as drogas psicotrópicas podem ser divididas em três grandes grupos: as depressoras, as estimulantes e as perturbadoras.

As depressoras diminuem a atividade cerebral, ou seja, deprimem seu funcionamento e, por essa razão, são chamadas de "depressoras da atividade do sistema nervoso central" (SNC). A pessoa que faz uso desse tipo de droga fica "desligada", "devagar", "flutuando". São exemplos delas o álcool, os soníferos ou hipnóticos, os ansiolíticos, os opiáceos ou narcóticos e os inalantes ou solventes.

As drogas estimulantes aumentam a atividade do cérebro e recebem o nome técnico de "estimulantes da atividade do SNC". O usuário fica "ligado", "elétrico". Entre as drogas deste tipo encontram-se a cocaína, o crack, a nicotina (presente no cigarro), a cafeína e as anfetaminas.

As drogas perturbadoras não produzem mudanças do tipo quantitativo, como aumentar ou diminuir a atividade do cérebro. Elas fazem com que esse órgão passe a funcionar fora de seu normal, ou seja, a pessoa fica com a mente perturbada. São também chamadas de alucinógenas. Por essa razão, esse terceiro grupo de drogas recebe o nome técnico de "perturbadoras da atividade do SNC". Algumas drogas deste tipo são de origem vegetal como o THC (contido na maconha), a mescalina, certos tipos de cogumelos, lírio, trombeteira, e outras são de origem sintética como o LSD-25, o Êxtase (ecstasy) e os anticolinérgicos.


Como agem as drogas no cérebro - SNC
O cérebro possui bilhões de células (neurônios) se interligando das mais variadas formas, promovendo a passagem de "informação" entre as diferentes regiões do sistema. Quem possibilita que esses sinais sejam enviados de um neurônio para outro são moléculas químicas, chamadas neurotransmissores

As drogas psicotrópicas, por serem também moléculas químicas, chegando ao cérebro, atuam interferindo na engrenagem da química cerebral, aumentando, diminuindo ou alterando a forma de atuação dos neurotransmissores.

Segundo Jandira Masur*: "Euforia, sentir-se "apagado", mudança do humor, intensificação dos sentidos, percepção de sons e visões são a tradução comportamental da desorganização da química cerebral."

Mas, acrescenta esta autora, "essas sensações são consideradas boas por alguns, desagradáveis ou indiferentes por outros. O que dita esta diferença? Forma de ser, fatores culturais, características de personalidade, circunstâncias específicas? A magia química não responde a estas questões. Estão fora do seu limite. Entra-se aí no universo não menos mágico da diversidade humana."
* Jandira Masur. 1985. O que é toxicomania. São Paulo: Editora Brasiliense.
Fonte - Drogas sem distorção - A. Einstein

Como agem no SNC

Como agem as drogas. Efeitos sobre o Sistema Nervoso Central
Seria válida a conclusão de que a motivação para o uso de drogas seria a busca do prazer, mesmo que espúrio, mas um prazer. Recentemente essa ideia tem sido contestada através de estudos com um tipo de tomografia computadorizada com marcadores nucleares chamada PET, e que fornece dados sobre a atividade funcional de áreas, no nosso caso, cerebrais.
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Ação normal da sinapse

A figura esquematiza a comunicação sináptica entre dois neurônios. Acima, o neurônio pré-sináptico produz e armazena em vesículas(1) neurotransmissores(2), neste caso dopamina (DA). Mediante o estímulo apropriado a DA é liberada no espaço sináptico e se liga aos receptores (3) no neurônio pós-sináptico, desencadeando diversas repostas metabólicas. Após exercer sua ação, parte da DA  volta para o neurônio pré-sináptico mediante o sistema de recaptação (4).
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Cocaína "bloqueando" os recaptadores prejudicando a sinapse normal
 Na presença de cocaína, esta bloqueia o sistema de recaptação (1) o que leva a um aumento na quantidade de DA no espaço sináptico potencializando os efeitos metabólicos no neurônio pós-sináptico.
Em Julho de 2007 a Dra. Nora Volkow, diretora do NIDA (National Institute on Drug Abuse), proferiu uma palestra no Encontro Anual da APA (Associação Psiquiátrica Americana), dando conta de que o neurotransmissor dopamina constitui o elo comum entre todas as Dependências químicas, tornando-se hiperativa por ação das drogas. Nesse caso, a elevação pode chegar chegar a níveis suprafisiológicos, danificando e destruindo neurônios. 

A dopamina é o principal neurotransmissor do Sistema Límbico onde se localiza o Sistema de Recompensa, mas ela sinaliza também, além dos estímulos prazerosos, como os alimentos, sexo e dinheiro, os estímulos aversivos, como a percepção do perigo e o medo, e então a dopamina é a sinalizadora do ambiente para a pessoa, fazendo-a atentar para as ocorrências mais significativas, e esta função cerebral localiza-se no cortex pré-frontal, onde os estudos pelo PET localizaram receptores de dopamina até então desconhecidos, responsabilizado-se esse neurotransmissor à regulação de atividades frontais como a motivação e funções executivas e outras, como veremos adiante, além das já conhecidas atividades não pré-frontais, como as de recompensa ou previsão de recompensa, aprendizado e memória de longo prazo. 

Mas a memória de curto prazo, chamada mais apropriadamente de memória operacional, é estabelecida pelo cortex pré-frontal, e as suas variadas modalidades estarão comprometidas, tanto pelos efeitos agudos como pelos efeitos crônicos das dependências químicas, prejudicando principalmente o comportamento do dependente relacionado à suas funções executivas, no que se referem ao engajamento (capacidade de engajamento) em comportamento orientado a objetivos, realizando ações voluntárias e auto-organizadas.
Disse a Dra. Nora que os níveis de dopamina, muito elevados pela ação das drogas, prejudicam, ou mesmo destroem as seguintes áreas cerebrais: o Giro Anterior Cingulado, que governa a atenção e regula a impulsividade, o Cortex Pré-frontal Orbital, mediador da tarefa de avaliar o estímulo ambiental e o Cortex Pré-frontal Lateral Dorsal, que governa as funções executivas e decisórias.

O comprometimento dessas regiões cerebrais corresponde aos sintomas clínicos progressivos das Dependências Químicas, cada uma delas compensando outra, de tal forma que nos estágios iniciais da dependência, quando os danos causados pelo aumento da dopamina ainda são pequenos, o indivíduo ainda possui algum controle sobre as suas ações. 

Entretanto, com a continuidade do uso, todos esses sistemas acabam progressivamente por se destruir, de tal forma que em estágios mais avançados, o indivíduo não apresenta mais o poder de escolha, perdendo o seu livre arbítrio.
Enfim, disse a Dra. Nora Volkow: a pessoa não usa a droga porque ela lhe dá maior prazer, mas usa a droga porque a droga é suficientemente poderosa para ativar o seu sistema de recompensa que não está respondendo adequadamente aos estímulos naturais. 


Alguns exemplos

Veremos a seguir os mecanismos de ação das principais drogas, os seus efeitos imediatos e as consequências decorrentes da continuidade do uso, sempre relacionadas ao sistema nervoso central. 

Álcool

O álcool difere da maioria das outras drogas psicoativas por não possuir receptores específicos. Ele inibe os receptores NMDA do glutamato, consequentemente reduzindo a sua ação excitadora. Ao mesmo tempo ele ativa os receptores GABA(O ácido gama-aminobutírico (GABA) é o principal neurotransmissor inibitório do nosso cérebro e um dos mais afetados com a ingestão de álcool.) os quais,abrindo os canais de cloro, diminuem o ritmo dos pulsos elétricos chamados potenciais de ação, deprimindo o funcionamento do neurônio e causando, desde um efeito sedativo, até um estado de embriaguez, com redução do nível de consciência. O álcool também bloqueia a ação dos íons cálcio na liberação de neurotransmissores estimulantes. O seu efeito sedativo manifesta-se, inicialmente, por relaxamento e desinibição, diminuindo também a sensação de medo e punição.A sensação de euforia proporcionada pelo álcool provém da sua ação ativadora sobre os receptores dopamínicos existentes no nucleus accumbens. 

O etanol, principal agente dessa droga, é capaz de afetar todas as células do organismo, mas grande parte de suas ações ocorrem em neurônios. Muitos estudos contemplam a influência do álcool na liberação de neurotransmissores como dopamina, serotonina, noradrenalina e peptídeos opióides. Uma das propriedades do álcool é de interagir com os lipídios da membrana neuronal, alterando sua permeabilidade, sua fluidez e a função de suas proteínas. Essas alterações podem prejudicar o funcionamento das bombas de Na⁺/K⁺ e das ATPases, o que compromete a condução elétrica.

Essa ação já tinha sido evidenciada anteriormente em roedores, mas só recentemente pode ser provada com evidências no homem, com o advento de técnicas avançadas (Boileau). Age também sobre os receptores dopamínicos pré-frontais alterando, a curto e longo prazo, as seguintes funções dessa região cerebral:

a) Formação de conceitos (abstração)b) Fluência verbal (flexibilidade mental)c) Programação motora (relacionada ao comportamento)
d) Sucetibilidade à interferência (tendência à distração)e) Controle inibitório (auto-crítica, inibição de impulsos, comportamento apropriado às situações)f) Funções executivas (iniciar ações, planejamento, resolução de problemas, antecipação de conseqüências, mudança de estratégias)g) Memória operacional (memória de curto prazo, arquivamento temporário de informações para o desempenho de várias tarefas)
h) Autonomia (livre-arbítrio, independência de suporte alheio)

O uso abusivo de álcool também pode reduzir os níveis de serotonina no SNC, e esta redução tem dado margem a numerosos trabalhos relacionados às depressões clínicas e também a atos de violência ocasionalmente verificados sob seu efeito. 

Como agem as drogas no cérebro - SNC
Com a continuidade do uso começarão a surgir mudanças na emotividade e personalidade do alcoolista, tanto quanto prejuízos na percepção, aprendizado e memória. O alcoólico terá necessidade de uma observação visual mais prolongada para a compreensão do que se passa ao seu derredor, tendo também diminuída a sua capacidade de percepção espacial, isto é, da sua própria dimensão no espaço que ocupa, esbarrando com frequência em objetos ou outras pessoas. Tem dificuldade de abstração e resolução de problemas. O estado de dependência leva a uma desmotivação para atividades relacionadas ao sexo que, somada a alterações hormonais e nervosas, afeta de forma importante o relacionamento sexual, tanto nos homens quanto nas mulheres. Essa é provavelmente uma das causas do ciúme patológico. O alcoólico sente que o seu desempenho sexual fica aquém do desejável pela sua parceira, considerando-a vulnerável a uma infidelidade ocasional. 
Um alcoólico também pode apresentar um episódio de alucinações, principalmente auditivas, como o badalar de sinos, alguns ruídos familiares, vozes, etc., que cedem com pouco tempo de abstinência. 

Chamam-se alucinoses alcoólicas, e servem de alerta para problemas ainda mais graves que possam acontecer, se o hábito não for cortado a tempo. A causa mais frequente dos problemas com a marcha, entre alcoólicos, reside no sistema nervoso periférico, quando os nervos distais são atingidos pela polineurite alcoólica, mas o cerebelo, o órgão central da coordenação motora, quando afetado pelo uso continuado de álcool, também produz os mesmos problemas, e se estes ocorrerem junto a surtos de pequenos movimentos repetitivos dos olhos (nistagmos) e alguma confusão mental, já estará indicando uma encefalopatia de Wernick, doença que pode ser resolvida com a abstinência, mas se o uso do álcool não for interrompido, o alcoólico será atingido pela psicose de Korsakoff, uma devastadora doença psiquiátrica irreversivel, onde a pessoa esquece as coisas corriqueiras da sua vida diária assim que elas acontecem, reduzindo drasticamente os limites do seu campo de ação. Enquanto a memória remota ainda estiver preservada, as pessoas vivem literalmente do passado.



Como agem as drogas no cérebro - SNC
Estado normal

Como agem as drogas no cérebro - SNC
Alterações ao ingerir 1 copo de cerveja

Como agem as drogas no cérebro - SNC
Alterações ao ingerir 2 copo de cerveja

Como agem as drogas no cérebro - SNC
Alterações ao ingerir 3 copo de cerveja

Como agem as drogas no cérebro - SNC
Alterações ao ingerir 4 copo de cerveja

Como agem as drogas no cérebro - SNC
Alterações ao ingerir 5 copo de cerveja

Essas doenças têm a haver com a deficiência de tiamina, ou vitamina B1, cujo metabolismo é prejudicado pelo álcool. Assim, o alcoólico pode até comer bem e apresentar essa deficiência vitamínica, numa verdadeira fome oculta. Quando a engrenagem da dependência está ativada num alcoólico, ele procura um meio de abastecer-se freqüentemente para não sofrer os sintomas de abstinência, entre os quais destacamos:

Tremores: constituem um flagelo para os alcoólicos porque, além de denunciá-los flagrantemente da sua condição, limitam o uso das suas mãos, às vezes até mesmo para segurar o copo da bebida que lhe quebrará o jejum, aliviando também os outros sinais de abstinência. Não só as mãos tremem, pode tremer o corpo todo.

Náuseas: estas se apresentam logo ao despertar e impedem uma higiene bucal conveniente. Talvez o alcoolista não chegue a vomitar porque aprende contornar certas situações perigosas, como um desjejum adequado, isto é, muito reduzido ou ausente.
Sudorese: a transpiração excessiva dá ao alcoolista uma sensação de pele úmida, como se diz, um "suor frio", que vai melhorando na medida em que ele vai entrando na sua rotina habitual.

Como agem as drogas no cérebro - SNC
 Irritabilidade: em sua residência, o alcoolista pode demonstrar-se irritado com seus familiares ou simplesmente com o ambiente doméstico. Um leve toque de campainha será suficiente para abalá-lo. Em um grau mais acentuado de dependência a sua perturbação de humor poderá atingir patamares mais elevados, apresentando transtorno de ansiedade e depressão. Na esfera psíquica esses sintomas contribuem de forma muito significativa para aumentar o consumo de álcool.

Convulsões: o limiar para convulsões fica rebaixado nos casos de uso abusivo tanto de álcool como de cocaina, tornando os seus usuários vulneráveis a episódios convulsivos, principalmente nos períodos de abstinência ou de diminuição dos níveis orgânicos de álcool ou da freqüência do uso da substância.
Delirium tremens: é um quadro grave que pode assumir aspectos dramáticos, afetando os bebedores com longa história de uso que por qualquer motivo interrompam ou diminuam significativamente a ingestão de álcool. O DT costuma acometer os alcoolistas após uns poucos dias (média de 3 a 6 dias) de abstinência. Ele se manifesta por rebaixamento da consciência, confusão mental, alucinações principalmente sensoriais como a visão, e mesmo a sensação de contato com aranhas ou outros animais (sempre miniaturizados), tremores, transpiração e muitas vezes, febre.



Essa sintomatologia leva o paciente a uma desorientação no tempo e no espaço. É comum uma interação do paciente com a sua alucinação, conferindo-lhe uma sensação de pavor que aumenta ainda mais os seus tremores.
O paciente precisa ser contido na cama para evitar que se debata ou saia correndo, transtornado pelas suas alucinações.

Benzodiazepínicos

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Drogas Lícitas
Os benzodiazepínicos (medicamentos ansiolíticos) possuem local próprio nos receptores GABAA onde agem e produzem um efeito sedativo. O álcool aproveita estes mesmos receptores benzodiazepínicos do GABA, por não dispor de receptores próprios. Esta condição de similaridade faz com que os benzodiazepínicos sejam usados para minorar o sofrimento da abstinência quando se interrompe o hábito de beber. Os vários benzodiazepínicos existentes no comércio são classificados quanto ao seu tempo de ação em longo, médio e curto prazo. Os benzodiazepínicos de curto prazo possuem uma ação sobre a estrutura do sono e são comercializados como medicamentos hipnóticos ou soníferos, sendo freqüente o seu uso por alcoolistas, cujo sono é prejudicado pela ação inibidora do álcool sobre a serotonina.

A ação dos benzodiazepínicos sobre o sono se faz pelo reforço nos estágios chamados REM, que correspondem aos períodos de sonhos, mas reduzem os estágios não REM, sem sonhos, que são justamente os estágios restauradores dos neurônios em suas atividades. Esta ação parece contribuir para um prejuízo na memória, já afetada pela ação do benzodiazepínico sobre o hipocampo.

Esses sedativos bloqueiam a entrada dos inibidores do nucleus accumbens, aumentando a liberação de dopamina e promovendo uma sensação de euforia. Os benzodiazepínicos reforçam a ação depressora do álcool, constituindo uma associação merecedora de maior atenção por suas conseqüências clínicas e comportamentais.

A dependência aos benzodiazepínicos processa-se por períodos variados de tempo de uso, podendo ser muito rápida, por ex. sete dias, como num caso apresentado, até cerca de um ano, mas de modo geral nós podemos situar o seu início entre dois ou três meses de tratamento findos os quais, já se deve pensar seriamente na sua interrupção.
Além da dependência, o seu uso abusivo pode ocasionar problemas como o da memória, já referido, problemas psicomotores, problemas quanto ao tempo de reação aos estímulos, velocidade e processamento de informações, estado de vigilância e muitos outros, comuns às outras drogas depressivas do SNC.

Inalantes 
Consumo de cola
Agentes anestésicos, lança-perfumes, solventes, cola de sapateiro, combustíveis e outras substâncias voláteis de uso industrial. Ativam os receptores GABAA e desativam os receptores NMDA do glutamato, donde o seu efeito depressor. Possuem efeitos indiretos que ativam a dopamina. Produzem inicialmente euforia com rebaixamento das inibições, seguindo-se de excitação e perda da coordenação motora, desorientação, visão turva com alterações na percepção de cores, distorção no sentido de espaço-tempo, vertigens, enjoos, inquietação, apagamentos. Os inalantes possuem potencial de dependência, gerando tolerância e sofrimentos de abstinência. 


Opiácios

Ópio, morfina, semi-sintéticos (heroína, Dolantina). Produzem uma sensação oceânica de prazer e bem-estar, além de ter um poderoso efeito analgésico.
Os seus efeitos resultam da interação da substância com os receptores opiácios que existem em várias áreas do SNC, incluindo a área tegmentar ventral, no Circuito de Recompensa. O organismo sintetiza os seus próprios opiácios, como as encefalinas e as endorfinas.
Os neurotransmissores podem ter mensageiros intermediários para o desempenho das suas funções, e os opiácios interferem no desempenho de alguns desses mensageiros. Assim como o álcool, eles limitam bastante a entrada de cálcio nos neurônios, impedindo uma transmissão satisfatória de sinais pelos neurotransmissores.
Os opiácios possuem elevado poder de dependência, com dois ou três meses de uso. A tolerância desenvolvida pode alcançar níveis de até cinqüenta ou cem vezes a dosagem inicial do uso. O uso continuado torna o seu usuário passivo e apático, até mesmo letárgico, com seus membros pesados, de difícil movimentação.


Anfetaminas e derivados

Como agem as drogas no cérebro - SNC
Anfetaminas
Estas drogas estimulantes do SNC são sintéticas e constituem o elemento básico dos medicamentos chamados "moderadores do apetite" mas, além do seu uso pelas pessoas que desejam perder peso, têm sido procuradas, com o nome de "bolinha" ou "rebite", por motoristas de caminhão, vigilantes noturnos, universitários, etc., por apresentar também efeitos como redução do sono e da fadiga, bem como aumento da capacidade de trabalho. A pessoa fala mais depressa, e como dizem, fica "ligada", com sentimentos de confiança e presunção. As anfetaminas estão relacionadas entre as substâncias de "doping" esportivo. 

Nos Estados Unidos encontra-se no mercado ilícito uma metanfetamina que chamam de "Ice", derivada da anfetamina, para ser usada em cachimbos. O "Extase", atual droga da moda nas noitadas de "embalo", é outro derivado da anfetamina, chamado MDMA, que provoca euforia e um bem-estar intenso, juntamente a um desejo de intimidade, de conversar e de manter proximidade física (não sexual) com as pessoas. Pode elevar a pressão arterial e produzir hipertermia com muita transpiração e conseqüente desidratação.

As anfetaminas bloqueiam a recaptação da dopamina proporcionando, como a cocaina, um aumento da concentração desses neurotransmissor na fenda sinática. Uma dosagem maior pode levar ao bloqueio dos receptores, produzindo distúrbios da locomoção.
Também ativam os receptores da serotonina aumentando a sua liberação, da mesma forma em que fazem aumentar a liberação de noradrenalina, causadora da sintomatologia clínica referida.
Com o uso continuado, as anfetaminas podem causar problemas com a locomoção, visão turva e movimentos involuntários com os olhos (nistagmo), inapetência, náuseas, insônia, mudanças de humor, irritabilidade e alucinações. Nesse estágio atua como um alucinógeno, produzindo ataques de pânico, psicose tóxica, episódios paranóicos e depressão pós-anfetamínica. As dificuldades sexuais agravam os estados paranóicos e as depressões.

Cocaína 

Cocaína
É uma das drogas de maior sustento para o tráfico ilícito, em virtude do grande número de consumidores e da avidez com que estes buscam a droga. O cloreto de cocaína é um pó branco ("farinha"), usado por aspiração nasal. Ele também pode ser diluído em água e injetado na veia. Quando a cocaina é tratada por reativos alcalinos ela se empedra produzindo o crack, que é fumado. A cocaína possui um elevado poder de dependência porque disponibiliza diretamente a dopamina na fenda sináptica por impedir o retorno desse neurotransmissor à sua célula de origem. Após o neurotransmissor ter cumprido a sua missão junto ao receptor do neurônio pós sináptico e, impedido de retornar à sua célula mãe, ele fica na fenda repetindo a neuro transmissão, dando ao usuário o efeito imediato da droga. Nós dizemos que a cocaína impede a recaptação da dopamina.
A recaptação é um mecanismo extremamente importante para o funcionamento equilibrado do SNC, porque o neurotransmissor tem que ser reciclado a cada uso para reagir eficientemente a novas exigências.

Para agravar mais ainda os malefícios produzidos pela cocaína, esta droga ainda impede, da mesma forma, as recaptações de mais outros dois neurotransmissores: a noradrenalina e a serotonina.
Em virtude dessa ação farmacológica a cocaína produz as sensações psicológicas de magnificência, euforia, prazer e excitação sexual.


Quando usada de forma intermitente e em doses altas, como por exemplo, em noitadas de "agito" ela pode sensibilizar os neurônios, ocasionando irritabilidade com agressividade, inquietação e paranóia. A engrenagem da dependência, no uso continuado de cocaina, estabelece-se com a desativação de um número de receptores pós-sináticos da dopamina, estendendo-se a outros receptores, como os da noradrenalina e serotonina.
Essa adaptação traz sérias consequências para o funcionamento cerebral, como o surgimento de estados paranoicos que podem atingir níveis psicóticos bem como depressões graves que podem levar ao suicídio.
A ação da cocaina sobre vários neurotransmissores pode gerar conseqüências simultâneas em vários sistemas orgânicos, entre as quais destacamos a mais comum, a falta de apetite, e a mais grave, o derrame cerebral ou insuficiência cardio-respiratória, ao lado de respiração ofegante, aumento da pressão e até aumento da temperatura.

Nicotina

A nicotina é uma substância constituinte do tabaco e que lhe confere o poder de estabelecer dependência, estado pelo qual denominamos tabagismo. A nicotina é, portanto uma droga, muito embora o FDA, Food and Drug Administration, a organização americana que estabelece as regras para a sua comercialização, não a reconheça.
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Cigarro - Nicotina

A nicotina possui receptores próprios junto aos receptores de acetilcolina, ativando estes neurotransmissores os quais, como já vimos, age no hipocampo estimulando funções cognitivas, entre as quais a memória, e também proporcionando um efeito de relaxamento muscular através da sua ação sobre o sistema neuromuscular.
A nicotina proporciona a liberação de noradrenalina no locus coeruleus, aumentando a vivacidade, diminuindo as reações ao estresse e melhorando a concentração. A nicotina estimula os receptores de dopamina aumentando a atividade do Circuito de Recompensa, atividade essa que, por sua vez é reforçada pela liberação de opióides endógenos.
A nicotina também interfere na ação da enzima acetilcolinesterase que desnatura a acetilcolina após o seu uso, fazendo com que este neurotransmissor permaneça por mais tempo disponível na fenda sináptica.
É muito poderosa a força da dependência à nicotina, tornando difícil a interrupção do uso. Até meados do século passado quase não se dispunha de trabalhos científicos evidenciando os enormes prejuízos à saúde causados pelo uso do fumo e então, valendo-se disso, a sua poderosa indústria já havia ativado uma propaganda muita bem elaborada, que atraiu milhões de pessoas ao seu uso.


Atualmente, a grande quantidade de evidências sobre a nocividade do uso do tabaco tem conseguido a necessária sensibilização política dos governos para combater aquilo que nós podemos qualificar de pandemia tabágica. 

A nicotina, é considerada uma substância estimulante (droga), causando como visto acima, grave dependência física, porém, vale salientar que não é considerada uma droga alteradora do SNC (alterações na percepção de tempo, espaço, e visão por exemplo, como cocaína, maconha, álcool, e outras drogas)

Maconha

A maconha é uma erva usada como substância psicoativa perturbadora do SNC, geralmente de forma fumada. O seu princípio ativo é o THC, tetrahidrocanabinol. O teor de THC depende da variedade da planta, forma de cultivo e preparação do produto, variando desde 0,5 a 2,0% até 60%, como é o caso do haxixe, preparado da resina de folhas e flores dessa erva. A produção ilícita da maconha (ou marijuana) tem se preocupado em apresentar variedades com maior concentração de substância ativa como o "skunk", que conta com até 22% de THC.

O início da ação e a duração dos seus efeitos dependem da concentração do seu princípio ativo e da forma de administração da droga (quando fumada o efeito é mais rápido mas menos duradouro do que na forma ingerida), sendo que esses efeitos podem ser muito relacionados com a disposição prévia do humor do usuário e do ambiente de uso.
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Cigarro de maconha
Os efeitos de um "baseado" (cigarro de maconha) constituem-se de uma alteração da consciência, diminuição da atenção, estado sonhador com ideação livre e desconexa. Lentificação e dificuldades da coordenação motora, voz pastosa, sendo importante o sentido de lentificação do tempo e distorção do espaço, tornando a direção de veículos perigosa até 10 horas após o uso. Pode aparecer uma sensação de grande bem-estar, euforia e riso, acentuação na percepção de cores, mas também pode surgir depressão do estado de ânimo ("baixo", na gíria), despersonalização e desrealização.
Um cigarro com teor maior de THC pode levar a alucinações visuais coloridas. Pode aparecer medo e pânico, distorção da imagem corporal e sensação de peso nas extremidades.
Os canabinóides possuem receptores próprios (CB1) distribuídos pelo córtex cerebral (notadamente pré-frontal) e cerebelo, bem como no sistema límbico, sobretudo no hipocampo e nucleus accumbens, por onde liberam dopamina.

Como agem as drogas no cérebro - SNC
O seu uso habitual pode gerar afrouxamento das associações com fragmentação do pensamento e comprometimento da capacidade mental, alterações do pensamento abstrato, confusão, alterações da memória de fixação, isto é, na transferência de material da memória imediata para a memória de longo prazo. Prejuizo nas habilidades de falar corretamente, formar conceitos, concentração, atenção, lentificação e dificuldades da coordenação motora, ansiedade e depressão, oferecendo possibilidades para alterações da personalidade tais como passividade, ausência de objetivos, apatia, isolamento e falta de ambição e abrindo guardas para o uso de outras drogas.
A longa vida do THC no corpo humano (ocasionada por sua afinidade às gorduras onde se fixam) faz com que os usuários possam, de fato, permanecer cronicamente intoxicados e exibir prejuizos comportamentais e motivacionais, mesmo fora do período do uso ativo.

Trabalhos recentes correlacionam com evidência a precipitação de surtos esquizofrênicos (psicose canábica) em jovens predispostos, e levando inclusive a possíveis quadros esquizofrênicos, ou desenvolvimento gradual destes.
Os usuários de maconha não costumam se aperceber que grande parte dos seus problemas foi gerada pela droga, e ainda mais, do quanto ela agravou os problemas já tidos.

Em virtude de comprometer fundamentalmente a memória e a atenção, acaba por comprometer a atividade intelectual, o aprendizado e as habilidades sociais.
A maconha leva à dependência, com os seus componentes – tolerância e sofrimentos de abstinência. Esta se apresenta com pouca intensidade, pela propriedade do THC de ligar-se bem às gorduras onde podem estocar-se por maior tempo como dissemos acima, mas mesmo assim ocorrem problemas com o sono, irritabilidade e agressividade. Há que diga, com certo alívio, que a maconha "só" causa dependência psíquica. Isso não faz sentido, pois o que importa é que ela dá ao usuário a mesma impulsividade para obtenção e uso como quaisquer das outras drogas que chamam de "pesadas".

Alucinógenos

Reunimos com esse título um grupo de substâncias que induzem a percepções irreais e que são muito diversificadas quanto às suas estruturas químicas, o seu modo de ação e quanto aos seus efeitos sobre o SNC.
Dividiremos os alucinógenos em dois grupos, quanto à sua origem vegetal ou sintética.

A) Alucinógenos vegetais:

Mescalina:

Substância extraída do cacto mexicano chamado "peiote", usada em práticas religiosas regionais no norte mexicano e sudoeste americano pela população nativa dos Navajos tendo, para tanto, o seu uso legalmente permitido. Fora dessa situação, o uso da mescalina foi difundido popularmente por Carlos Castañeda e Aldous Huxley, sendo produzida até sinteticamente com o nome de STP, uma droga que imita os seus efeitos, semelhantes aos do LSD.
A mescalina provoca alucinações auditivas e visuais oníricas com efeitos psicodélicos. Há uma excitação do SNC seguida de depressão.

Muscarina:

Extraída de cogumelos do gênero "aminita", muito difundidos por todo o mundo e conhecidos como "chapéu de anão"
A muscarina provoca inicialmente sono com certa desorientação, para depois aparecerem euforia, distorção da noção do tempo e alucinações.
A sua ação decorre da união aos receptores muscarínicos da acetilcolina que têm efeitos inibidores, mas essa ação se estende com a atuação sobre os receptores GABA.

Psilocibina ou psilocina:
Como agem as drogas no cérebro - SNC
Cogumelo
É extraída de cogumelos do gênero "psilocybe", conhecidos como "cogumelos mágicos" comuns no México e sudoeste americano e América Central. É usado em práticas religiosas no México, sendo de uso recreativo nos Estados Unidos e em vários países da Europa. 

Um inquérito da Agência da União Européia que identifica as tendências das drogas na Europa, incluiu pela primeira vez o consumo de "cogumelos mágicos" em 2003. A estimativa de prevalência deste consumo entre estudantes de 15 e 16 anos é igual ou superior às de LSD ou outras drogas alucinogênicas na maioria dos países participantes.
As psilocybinas possuem estrutura química semelhante à do neurotransmissor serotonina e do LSD, com efeitos indistinguíveis desta droga.

Ayahuasca:

É um preparado composto pela casca da árvore do mesmo nome e de folhas de "chacruna", dois exemplares da flora amazônica.
É usada em cultos religiosos (Santo Dime) com permissão do Conselho Nacional Anti-Drogas (CONAD).
O seu efeito é resultante da mistura entre uma substância da casca da ayahuasca com outra substância das folhas da chacruna. Cada uma dessas substâncias isoladas, não tem ação, mas, estando as duas juntas, ocorre uma interação com o sistema da serotonina, produzindo um estado de emoção transcendente e alucinações psicodélicas.

B) Alucinógenos sintéticos

LSD


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"Selos" de LSD Sublinguais
Dietilamida do ácido lisérgico. É uma droga sintética que faz efeito com doses minúsculas, fato que dá margem à sua comercialização dissimulada em cartões, selos etc. Pode ser servida até na forma de gotas.
A ação alucinógena do LSD se faz principalmente pela sua atuação nos receptores pré-sináticos 5HT2, diminuindo a liberação de serotonina e aumentando, indiretamente, a liberação de dopamina, dando a sensação de euforia com conseqüente reforço psicológico.
Descreveremos a sua ação como protótipo de outros alucinógenos sintéticos.
As alterações sensoriais causadas por essas drogas variam desde simples aberrações da percepção até a degradação da personalidade. Os seus efeitos têm dado margem a interpretações fantasiosas dos seus experimentadores que, em geral os descrevem como viagens, de bom ou de mau curso.

Em meados do século passado o grande pensador americano Aldous Huxley, entusiasmado com os efeitos do LSD, e acreditando na possibilidade de aproveitá-los para promover uma ascese espiritual, chegou a constituir uma associação de experimentadores da droga. Essa associação, entretanto, logo se desvaneceu em virtude de terem surgido efeitos neurológicos negativos da droga em alguns dos seus membros.
Durante uma experiência o usuário pode permanecer calmo, lúcido e bem orientado, assim como pode apresentar ansiedade, desorientação e pânico, mas sempre estará consciente de que a irrealidade vivida corre por conta da droga. Têm sido relatados casos de violências relacionadas ao uso de LSD.
Um efeito retardado e indesejado do uso desses alucinógenos é o aparecimento de "flashbacks", que são súbitas e incontroláveis recorrências de distorções da percepção, posteriores ao uso, como as que se apresentaram nos seus efeitos imediatos.

Anticolinérgicos

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Lírio
As drogas anticolinérgicas encontram-se em algumas flores como o lírio, saia branca, trombeta ou trombeteira, e outras, e costumam ser usadas na forma de chás ou infusões. Essas plantas produzem duas substâncias psicoativas, a atropina e a escopulamina, que são responsáveis pelos seus efeitos, mas tais substâncias também podem ser sintetizadas, fazendo parte de alguns medicamentos usados contra o mal de Parkinson ( Artane ®, Akineton ®), também empregados para minorar efeitos colaterais de alguns anti-psicóticos, além de alguns colírios dilatadores de pupila e também medicamentos de uso em gastroenterologia.

As drogas anticolinérgicas atuam impedindo que o neurotransmissor acetilcolina passe a sua mensagem para o receptor do neurônio que deveria recebê-la (diz-se de uma ação antagonista), e por esse motivo produzem alterações que no Sistema Nervoso Central manifestam-se por: desorientação, incoerência, delírio, alucinações, agitação, comportamento violento, sonolência e até coma.
Temos observado casos de uso concomitante de anticolinérgicos sintéticos e álcool, com graves conseqüências de ordem psiquiátrica.
No Sistema Nervoso Periférico (corpo) ocorrem: elevação da temperatura, dilatação das pupilas, secura na boca, rubor facial, aceleração dos batimentos cardíacos, prisão de ventre e retenção urinária.
Nota: Antes da invenção de rouge cosmético era comum o uso de folhas ou pétalas das flores de beladona pelas mulheres, que as friccionavam na face para efeitos estéticos. A beladona faz parte daquelas plantas que possuem substâncias anticolinérgicas citadas acima e leva esse nome justamente por esse antigo costume feminino.



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