• Maconha faz mal?

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Álcool - Qual o prazer?

Prazer do Álcool

Álcool - Qual o prazer?

Se considerarmos que: 
Os adultos brasileiros bebem, em média, 8,7 litros de álcool puro por ano - quantidade que já foi maior, mas continua sendo uma das mais altas nas Américas e supera a média mundial, segundo um recente informe da Organização Mundial da Saúde (OMS)." (Dados de 2015 - BBC,2015) tem-se a ideia do quanto o álcool é comum, nas sociedades ocidentais, e na cultura brasileira de um modo geral. Você entra em um supermercado por exemplo, e pessoas bebem latas de cerveja, enquanto fazem suas compras. Festas de todo tipo, desde familiares até festas frequentadas pela juventude, reuniões, conversas, celebrações, comemorações, enfim, em quase tudo está ligado o consumo do álcool, e nas "rodas" onde não é tão usual o consumo, basta ter um ou dois usuários, pra que seja feita a introdução.

O álcool, sob todos os aspectos, do vinho aos destilados, pode causar dependência física e psíquica, sendo a dependência física uma das mais fortes que existem, entre as dependências. (Como agem as drogas no SNC - Álcool Saiba Mais)

Mas, quem sabe beber? Quem bebe socialmente? Quem bebe errado? Quem é alcoólatra?

Em alguns casos, são perguntas de difícil resposta, pois existem bebedores de todos os tipos e níveis. Após o alcoolismo estar "instalado" como doença, pode levar muitos anos, até que consequências mais visíveis e notórias apareçam, e muito disto se deve justamente ao fato da "cultura alcoólica" na sociedade. O fato real, é bem simples, ao mesmo tempo que nós não necessitamos de álcool para viver, ele faz parte da nossa vida, desde os primórdios bíblicos. Outro fato real, é de que tudo em excesso, faz mal. Portanto aí temos dois parâmetros: 1-Álcool, nós somos sabedores hoje das consequências e possibilidade de desenvolver dependência, 2-Excesso, conhecedores dos malefícios.

Vamos tentar analisar os tipos de bebedores, nomeando-os da seguinte maneira:

Gourmet
Vamos chamar deste nome, que não é oficial lógico. Mas se deve ao fato de que, algumas pessoas, fazem uso do álcool, apenas em ocasiões específicas. Ex: Um jantar acompanhado de 1 ou 2 taças de vinho. No Natal, na ceia, um cálice de alguma bebida. Enfim, usos esporádicos, com intervalos de meses até. Porque usuário gourmet? Porque a bebida não é um acompanhamento, muito menos uma rotina, a bebida é um adicional específico a um momento, a um determinado momento específico e não corriqueiro, em sua grande maioria, a bebida torna-se um "ingrediente" da ocasião, no caso, à mesa de um jantar, a bebida então faz parte do jantar e complementa o prato servido. Portanto, ela é sim uma rara opção, quer para dar um tom social, quer para conferir sabor em conjunto com o alimento.

Social
Seria aquele que faz uso, tanto quanto no modelo anterior, quanto em outras ocasiões. Não é um bebedor diário, mas tem o uso mais constante. Reuniões rápidas, um copo ou outro, uma dose ou outra aqui e ali, nada exagerado, mas sim, constante. Não há data específica, mas também não há data necessária. Faz uso quando convém, ou quando o "momento social" pede.

Habitual
O bebedor habitual, faz uso do álcool em várias ocasiões, sem dias definidos ou datas ou rodas sociais. Faz uso tanto em grupo, quanto sozinho em sua casa. Pode se definir como um uso quase que diário.

Abusivo
Já passamos agora a outro nível. Um bebedor abusivo, ainda não é um alcoólatra por definição. A própria palavra o denota, "abusivo", ou seja, faz o uso, e faz o abuso do álcool. É um usuário que passa da cota normal de uso, dos usuários anteriores, e faz uso exagerado, sem ter para isso justificativa ou data definida. Não existe nesse usuário, a característica da tolerância, porém existe o consumo exagerado, fora dos padrões sociais. Os danos e consequências podem ser iguais às de um usuário alcoólatra.


Alcoólatra
Se existir a predisposição para dependência do álcool, o usuário vai passar a consumir a bebida por necessidade, não mais por vontade. Uma das características é a tolerância, que todo alcoólatra tem. O que é a tolerância? Enquanto consumidores normais, se satisfazem com 2 doses, ou 2 a 3 cervejas, o alcoólatra vai precisar, de doses cada vez maiores para sua satisfação, ou seja, se um bebedor normal consome 2 cervejas, o alcoólatra consome 4 ou 5, o "estado de torpor" que a bebida provoca, demora mais a chegar. Outra característica é a compulsão. Leia mais em: "o que é adicção"?


Prazer do Álcool
Festa alemã no sul do país
Voltando ao aspecto cultural do consumo de bebidas alcoólicas, a sociedade em geral é ensinada e estimulada ao consumo, e tudo muitas vezes, começa em casa no núcleo familiar, onde os familiares fornecem os exemplos. Depois, vem a mídia, apesar dos avanços em legislações que trouxeram restrições. Ainda há os aspectos de festas, como o carnaval, ou festas culturais das diversas regiões onde cada população carrega consigo as suas características, e nestas manifestações culturais, do sul ao norte do país, na maioria esmagadora dos casos óbvio, a bebida alcoólica é um dos "ingredientes" da festa.


Prazer do Álcool
O consumo excessivo de álcool traz sérios prejuízos tanto a nível do indivíduo, como para sociedade, e para o estado. Ao indivíduo prejuízos na saúde e destruição pessoal, na sociedade desde a perda de um membro produtivo, até acidentes envolvendo terceiros muitas vezes resultando em mortes(em consequência do consumo do álcool), e para o estado, gastos astronômicos que vão desde os citados acidentes(em grande parte automobilísticos), até tratamentos hospitalares.

Prazer do Álcool
Então qual o prazer?
Fica evidente, que o consumo de álcool de um modo geral, tem 2 finalidades(com outras raras exceções): 1 - Mero acompanhamento social, ou 2 - como "droga". Porque droga? (Droga é qualquer ingrediente ou substância química, natural ou sintética que provoca alterações físicas e psíquicas numa pessoa.) Então, usar de forma recreativa com o objetivo de "amplificar" ou "facilitar" contatos sociais, é na essência o uso "como droga", e não retira do álcool sua definição, . E é exatamente esse aspecto social que potencializa seus possíveis efeitos nocivos. Porquê? Usar do álcool para se "soltar", e para ficar "alegre", pode acabar com que a pessoa necessite sempre desse artifício para desempenhar-se melhor socialmente, e isso seria uma "faca de dois gumes", pois o álcool é uma substância que provoca profundas alterações no SNC se consumido em excesso, além dos outros fatores de risco, Há prazer então? Inegavelmente há...como qualquer outra droga recreativa proporciona inicialmente. Mas o fato é que, é um prazer artificial, ou seja, ilusão, um prazer momentâneo e frágil. Nisso tudo, existe o aspecto entorpecedor, para "aliviar" depressão, tristeza, nervosismo, etc, igualmente ineficiente, e apenas momentâneo. Álcool não é "remédio" contra tristeza e depressão, de forma alguma. Não vejo como o álcool possa ser algo necessário na vida de um ser humano. 



Aspectos Bíblicos
A grande maioria da população, pertence a alguma religião, seja ela qual for, e a grande maioria crê, por exemplo, na Bíblia como fonte da palavra de Deus. Acho válido dar uma "espiada" nesse aspecto, pois ali podemos encontrar não só subsídios de como se formaram as raízes culturais acerca do consumo do álcool, como inclusive advertências. 

Não sou especialista, e nem pretendo ser de forma alguma, trago apenas alguns trechos para ilustrar o que escrevi anteriormente, e buscar estas raízes culturais mais profundas. 

O álcool como parte da sociedade: Cristo fez seu primeiro milagre, transformando água em vinho, em uma festa de casamento. João 2

O álcool como ingrediente de uma celebração espiritual: Cristo também usou o vinho para simbolizar o sangue na Santa Ceia, possivelmente a celebração mais profunda antes de Sua morte, trata-se de uma simbologia com a bebida vinho. Lucas 22, 20

A bebida alcoólica como droga: Antes disso, no Velho Testamento, o álcool é mencionado em diversas passagens bíblicas, desde o Gênesis. Veja agora o aspecto(droga) que foi citado anteriormente, em Provérbios: "(...)para que bebam e se esqueçam da sua pobreza, e não mais se lembrem da sua infelicidade." Provérbios 31:7. Esse é o uso entorpecente, para esquecer, para aplacar a tristeza, e é sem dúvidas um aspecto ainda presente hoje, claro.

Advertência sobre o consumo em excesso: E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito, Efésios 5:18, e segundo Paulo: "Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada domine. "Os alimentos foram feitos para o estômago e o estômago para os alimentos", mas Deus destruirá ambos.1 Coríntios 6:12,13. Ou seja, a Bíblia, as escrituras para quem assim crê, menciona o uso quase que exatamente como acontece nos dias atuais, e faz as advertências para o uso exagerado, inclusive enfatizando que o "vinho"(álcool) leva a embriaguez, que é de toda forma condenada nas escrituras.

Nenhuma sociedade muda do dia para noite. Erradicar o álcool é na prática impossível, mas educar o indivíduo desde cedo, é vital. Ou seja, isso implica numa mudança cultural nas famílias, e talvez não nas famílias de hoje, mas naquelas do futuro. Hoje vivemos por exemplo, uma tempestade social e política no país, com valores invertidos e corrupção desenfreada, como muda-se isso? Exatamente a mesma situação cultural do álcool, deve-se educar maciçamente, e a mudança futura está nas crianças, desde cedo, pelos exemplos dos pais e educadores, mas principalmente os pais. Tudo pode levar muito tempo, gerações inteiras renovadas culturalmente, para que lá na frente, resultados talvez apareçam.

Autor - Emerson
Mais 24Hrs


IML afirma: álcool está presente no sangue de 21% das vítimas em acidentes


A Gerência de Estatística do Departamento de Trânsito (Detran) divulgou, nesta semana, um levantamento com dados fornecidos pelo Instituto Médico Legal (IML) que apontou que 21% das pessoas vítimas fatais no trânsito do Distrito Federal, no primeiro semestre deste ano, tinham ingerido bebida alcoólica. O exame de sangue realizado pelo IML indicou resultado positivo para álcool em 38 das 180 pessoas.


De acordo com o Detran, nas vias internas das cidades, o segmento que apresentou maior índice de vítimas alcoolizadas foi o de motociclistas. Os dados mostraram que cinco dos 20 motociclistas mortos tinham ingerido bebida alcoólica, um índice de 25%. Já nas rodovias distritais e federais que cortam o DF, a presença de álcool foi constatada no sangue de quatro dos 25 motociclistas mortos (16%).

Com base nesses dados, o Detran informou que já preparou ações educativas e de fiscalização com foco na condução de motocicletas. O órgão esteve presente no evento Brasília Motocapital, ocorrido em julho deste ano, na Granja do Torto, para realizar uma campanha educativa com o slogan “Motociclista: se beber, não pilote”.

A ocorrência de alcoolemia também esteve presente em 16 dos 56 pedestres mortos (28%) e cinco dos 20 ciclistas vitimados (25%). A análise por tipo de via apontou que o número de pedestres mortos sob efeito de álcool foi de 35% nas rodovias (11 de 31) e 25% nas vias urbanas (5 de 20); já os ciclistas alcoolizados representaram 30% das ocorrências nas rodovias (3 de 10) e 20% nas vias urbanas (2 de 10).


Fonte - Jornal de Brasília

Consumo excessivo de álcool atinge mais de 40% dos menores de 15 anos

O uso abusivo de álcool está caindo nos 40 países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e em seus parceiros-chave, mas os jovens impedem que as estatísticas sejam melhores. Nas pesquisas realizadas até agora neste século, 43% dos jovens menores de 15 anos e 41% das jovens já experimentaram o consumo excessivo. Antes, os números eram, respectivamente, 30% e 26%. O primeiro estudo da OCDE sobre o alcoolismo, divulgado na manhã desta terça-feira em Paris, revela também que o álcool se tornou, nos últimos 30 anos, a quinta causa de morte e invalidez. Anteriormente ocupava o oitavo lugar.

A OCDE se junta à Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate ao alcoolismo. Do ponto de vista econômico, afirma o secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, “esse relatório demonstra que mesmo as políticas mais caras de prevenção do alcoolismo compensam no longo prazo”. Os custos do alcoolismo não se medem apenas pelo número de mortos (2,5 milhões por ano no mundo todo), mas também como causa de doenças, violência e acidentes de trânsito. O relatório, intitulado “Combate ao consumo nocivo do álcool”, está disponível no site da organização.

A tendência é, em termos gerais, positiva nos países da OCDE. O alcoolismo caiu 2,5% nos últimos 20 anos. A média se situa em 9,1 litros anuais de álcool puro por pessoa. Acima dessa média estão no topo da lista os países em que mais se bebe: Estônia, Áustria, França, Irlanda e República Tcheca. Os países que consomem menos álcool são Indonésia, Turquia, Índia, Israel e México. Especialmente importantes são os dados sobre o México, onde a cultura muçulmana não influi na abstinência ao álcool. Um amplo leque de medidas políticas conseguiu manter a taxa de consumo em 5,7 litros nos últimos 30 anos.


Fonte - Com informações do El Pais Brasil

Misturar bebidas alcoólicas com energético faz mal, entenda os riscos

Combinação explosiva pode causar arritmias cardíacas, palpitações, crises de hipertensão e até AVC. 


Os energéticos se tornaram uma das opções preferidas de quem quer acabar com o cansaço e ganhar ânimo para curtir uma noite de festa. A bebida, que contêm cafeína e taurina, é estimulante, mas pode se tornar extremamente prejudicial quando misturada de forma excessiva com álcool.
 
Isso acontece porque, segundo a médica Olga Ferreira de Souza, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), os energéticos permitem que a pessoa beba por mais tempo e em maior quantidade. "Eles escondem os sintomas de embriaguez, pois mascaram os efeitos do álcool que ocorrem depois da fase inicial de euforia, como a sonolência e o relaxamento", afirma.

Energético e álcool: por que mistura faz mal?

Ela explica que misturar energético com bebida alcoólica leva à redução de reflexos, riscos de quedas e acidentes, de dependência, crise hipertensiva, arritmias cardíacas, palpitações, e até mesmo AVC ou à morte súbita, mais raramente. "Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), diz que a cafeína presente nos energéticos potencializa o efeito maléfico do álcool, pois acelera a morte de células cerebrais, causada principalmente pelo álcool, que pode levar ao envelhecimento precoce e a doenças como mal de Alzheimer e de Parkinson", diz. 

Tomar energético faz mal para o coração?

Outro grande perigo da mistura de álcool com energético é a pessoa ter algum problema cardíaco ainda não diagnosticado. "O risco é enorme para aqueles que são portadores de doenças do coração, hipertensão arterial e arritmias e também para os que não sabem ter doenças”, explica.

Por isso, se a ingestão de bebida alcoólica for inevitável, ela recomenda manter a hidratação e se alimentar bem, nunca beber em jejum. “Se for beber, que seja de forma moderada, pouca quantidade, evitando bebidas destiladas que possuem maior teor alcoólico", finaliza.

Fonte UOL

Estudo indica que trabalho em excesso aumenta risco de alcoolismo

Pessoas que trabalham mais de 48 horas por semana têm mais chances de consumir bebida com álcool em volume arriscado de acordo com novo estudo publicado no “British Medical Journal”. O estudo mostra que, além de dependência química e depressão, a bebida pode causar demência.


Após analisar 333 mil pessoas, a pesquisa afirma que são considerados grupos de risco mulheres que bebem mais de 14 doses por semana e homens que tomam mais de 21 copos. Acredita-se que esse consumo pode levar a problemas adversos, incluindo doenças do fígado, câncer, acidente vascular cerebral, doença arterial coronariana e transtornos mentais.

A fim de proteger a saúde e segurança dos trabalhadores, a Diretiva de Tempo de Trabalho da União Europeia (EUWT, na sigla em inglês) garante que os trabalhadores dos países da UE têm o direito de trabalhar não mais do que 48 horas por semana, incluindo horas extras. Ainda assim, muitas pessoas, como gestores, trabalham muito mais horas para conseguir promoções mais rápidas, aumentos de salários, e mais controle sobre o trabalho e o emprego.

Outros estudos

Pesquisas anteriores já haviam encontrado uma ligação entre trabalhar mais horas e consumo alcoólico de risco, mas este processo envolveu apenas pequenos e preliminares estudos. Enquanto o álcool pode ajudar a aliviar o estresse de trabalhar longos períodos, o consumo arriscado também está associado a dificuldades no local de trabalho, incluindo o aumento da licença por doença, o mau desempenho, a tomada de decisões prejudicada e acidentes de trabalho.

Em uma análise transversal de 333.693 pessoas em 14 países, a equipe de pesquisadores descobriu que mais horas de trabalho aumentou em 11% a probabilidade de maior uso de álcool. A análise prospectiva encontrou um aumento semelhante no risco de 12% para o início do uso arriscado de álcool em 100.602 pessoas de 9 países.

Dados individuais por participantes de 18 estudos prospectivos mostraram que aqueles que trabalharam 49-54 horas e 55 horas por semana ou mais demonstraram que tinham um risco aumentado de 13% e 12%, respectivamente, do consumo arriscado de álcool em comparação com aqueles que trabalharam 35-40 horas por semana.

Fonte - Medical News Today (adaptado)

Álcool danifica área do cérebro responsável pelo autocontrole, aponta pesquisa

Álcool danifica área do cérebro responsável pelo autocontrole, aponta pesquisa
Cientistas acreditam que descobriram a causa de alcoólatras não conseguirem parar de beber. De acordo com o estudo da Harvard Medical School, dos Estados Unidos, as bebidas alcoólicas danificam a parte do cérebro encarregada do autocontrole e, quanto mais a pessoa a consome, menos autocontrole terá.


De acordo com as informações divulgadas pelo site DailyMail, as varreduras do cérebro realizadas em alcoólatras mostraram que a massa branca dos lobos frontais do cérebro foram altamente danificadas pelo consumo das bebidas.

Para especialistas, os lobos frontais são o centro de integração para todas as outras áreas do cérebro que são encarregadas de características comportamentais, como o autocontrole, julgamento e aprendizagem. Com a deterioração dessa parte do cérebro, o paciente fica sem o controle dos seus impulsos e, sem isso, ele não consegue parar de beber.

O estudo envolveu 31 alcoólatras abstinentes com uma média de 25 anos de uso excessivo do álcool e cerca de cinco anos de sobriedade, e 20 indivíduos do grupo controle não alcoólicos. Constatou-se que o abuso de álcool interrompe os caminhos que permitem que as diferentes partes do cérebro se comuniquem de maneira eficaz.

Fonte - Portal R7

Estudo relata prejuízo do consumo do álcool durante a gravidez

Estudo relata prejuízo do consumo do álcool durante a gravidez
Nova pesquisa norte-americana sugere que uma em cada 20 crianças dos Estados Unidos podem ter problemas de saúde ou comportamentais relacionados à exposição ao álcool antes do nascimento. O estudo revelou, ainda, que entre 2,4 por cento e 4,8 por cento das crianças têm algum tipo de transtorno do espectro do álcool fetal.


Para os pesquisadores, a alta prevalência de crianças afetadas pelo álcool durante a gravidez pode ser devido a pressões sociais ou dificuldade das mulheres em mudar seus hábitos de consumo. De outro lado, a exposição ao álcool é a principal causa evitável de defeitos congênitos e deficiência intelectual e de desenvolvimento neurológico

O estudo explica que os distúrbios do espectro do álcool fetal incluem o transtorno de síndrome alcoólica fetal, que significa o fim mais grave do espectro. As crianças com essa condição têm características anormais faciais, anormalidades cerebrais estruturais, problemas de crescimento e problemas de comportamento. Já as crianças na extremidade menos graves do espectro podem ter deficiências na capacidade de executar as tarefas necessárias para fazer bem na escola, ou ter problemas de comportamento.

Este estudo também identificou fatores que produzem um risco maior de que uma criança ser prejudicada pelo consumo de álcool materno. Por exemplo, o tempo que levou a mãe ao saber que ela estava grávida e a frequência com que ela bebeu três meses antes da gravidez.

Fonte - HealthDay News (com adaptações)

Pesquisadores comparam consumo do álcool a distúrbios do sono

Pesquisadores comparam consumo do álcool a distúrbios do sono
Um artigo publicado no jornal eletrônico “Behavioral Brain Research” indica mudanças que acontecem no cérebro resultantes de exposição crônica ao álcool. A pesquisa constatou que o consumo elevado pode levar a perturbações no ciclo de sono.


As avaliações realizadas mostram que os indivíduos com transtornos por uso de álcool sofrem grave distúrbio no sono. Isso pode ocorrer quando as pessoas estão bebendo ativamente, quando elas estão passando por retirada ou, até mesmo, quando estão em abstenção.

Um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo afirma que os distúrbios do sono-vigília podem durar meses ou mesmo anos depois de parar de beber. Esse dado indica que o abuso crônico de álcool pode causar efeitos negativos a longo prazo sobre o sono.

Alterações cerebrais

Os pesquisadores acreditam que a utilização crônica de álcool conduz a uma disfunção de células colinérgicas (células que sintetizam o neurotransmissor acetilcolina), em uma zona do tronco cerebral, chamada tegmento pedúnculo. Essa área está envolvida na regulação de diversos aspectos do sono.

Como um resultado da exposição prolongada de álcool, a atividade de produtos químicos que estimulam os neurônios no cérebro aumenta enquanto diminui simultaneamente a atividade de um composto químico que inibe essa atividade neuronal. Essa alteração resulta no excesso de atividade de produtos químicos no cérebro, provocando uma ruptura no ciclo normal do sono.
 
Fonte - Medical News Today (com adaptações)

Consumo de álcool associado à direção reduz 45%

Em sete anos, a frequência de adultos que dirigem após o consumo abusivo de álcool foi reduzida em 45%, segundo dados de um estudo do Ministério da Saúde, divulgado nessa segunda-feira (6). O índice passou de 2% em 2007, para 1,1% em 2013.

A redução mostra uma mudança significativa nos hábitos da população após a aprovação das duas edições da lei seca (2008-2012), tornando mais rígida a proibição do consumo de álcool associado à direção. Os dados são da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde, que entrevistou 52,9 mil pessoas maiores de 18 anos durante o ano de 2013.

A coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, explica que a redução significativa pode ser atribuída ao rigor da legislação, implantada pelo governo federal. “Uma lei mais rígida mexe com o comportamento da população de todo o país”, destaca a coordenadora.

De acordo com o estudo, houve uma queda de 47% no consumo de bebidas alcoólicas entre os homens associado à direção. De 4,0% em 2007 para 2,1% em 2013. Já entre as mulheres, este percentual se manteve estável 0,3 no mesmo período. A pesquisa identificou também queda de 62% no consumo de álcool relacionado ao volante na faixa etária de 35 a 44 anos, passando de 2,1% para 0,8%.

Houve ainda uma redução no consumo de álcool quando se trata do número de anos de escolaridade. Entre pessoas com mais de 12 de escolaridade, a redução passou de 2.8% para 1.7%.

Os dados apontam ainda diminuição no consumo de álcool associado à direção entre os homens nos estados: Salvador, Maceió, Macapá, Porto Velho, Palmas e Belo Horizonte. E um aumento significativo entre as mulheres, de 0,1 para 0,4%; entre 2007 e 2013; em São Paulo. Já entre os homens, o consumo em São Paulo registrou 2.9%.

Foram encontradas também diferenças entre as regiões entre homens e mulheres. Na região Norte, a redução foi de 54% - passando de 2,2% para 1,0% - e no Nordeste de 50% - de 2,4% para 1,2%. Na região sul, a queda de consumo de álcool associado ao volante foi de 47% - de 2,1% para 1,1%; na região Centro-Oeste a diminuição foi de 40% - passando de 3,0% para 1,8% - e no Sudeste também foi 40%, de 1.5% para 0.9%.

Acidentes

Em 2012, 44.812 mil pessoas perderam a vida no trânsito. Essa violência reflete diretamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2013, foram registradas 169.869 mil internações no SUS relacionadas a acidentes de trânsito, o que representou um custo de mais de 229 milhões de reais.

Com o objetivo de reduzir as mortes e número de pessoas feridos em decorrência de acidentes no trânsito, em junho de 2010, o Ministério da Saúde implantou o Projeto Vida no Trânsito. Entre suas ações está a realização de campanhas educativas e a qualificação dos sistemas de informação sobre acidentes, feridos e vítimas fatais.

Com o banco de dados atualizado, os gestores de saúde podem identificar os fatores de risco e as vítimas mais vulneráveis nos respectivos municípios, assim como os locais onde o risco de acidente é maior. Desde a implantação do Vida no Trânsito, já foram liberados cerca de R$ 41,3 milhões para as atividades do projeto.

Lei Seca


Para inibir o consumo de bebidas alcoólicas antes de dirigir, em dezembro de 2012, o governo federal sancionou e tornou mais rígida a Lei 12.760, conhecida como Lei Seca. A medida autoriza o uso de testemunhos, exame clínico, imagens e vídeos como meios de provas para confirmar a embriaguez de motoristas.

Quem for pego dirigindo sob influência de álcool ou outra substância psicoativa terá a carteira de habilitação recolhida e o veículo retido. O motorista está sujeito à multa, no valor de R$ 1.915,40, e à suspensão do direito de dirigir por 12 meses. O valor da multa dobrará em caso de reincidência.

Fonte - Portal da Saúde

Consumo elevado de álcool encolhe determinadas áreas do cérebro

Consumo elevado de álcool encolhe determinadas áreas do cérebro
Estudo desenvolvido por um neurocientista norte-americano revela que o consumo elevado de álcool pode encolher algumas regiões do cérebro. Divulgado no jornal Alcoholism: Clinical and Experimental Research, o trabalho se apoiou em imagens de ressonância magnética de camundongos para melhor entender o papel da variabilidade genética nos danos cerebrais provocados pelo alcoolismo e apontar caminhos e estratégias mais eficazes de prevenção e tratamento, já que esse padrão de dano cerebral imita um aspecto único da patologia observada em alcoólatras humanos.


A ressonância magnética tem condições de diagnosticar vários tipos de lesões causadas pelo álcool no cérebro dos indivíduos, sendo algumas reversíveis e outras permanentes. O consumo crônico de álcool resulta na redução e atrofia de partes específicas do cérebro que podem levar à alteração do equilíbrio e marcha, dificuldade de raciocínio, cálculo e memória, muitas vezes progressivos e irreversíveis, além de quadros graves que evoluem para coma e morte se não forem tratados com rapidez e eficiência.

Alguns desses sintomas são encontrados na Síndrome de Wernicke-Korsakoff (neuropatia relacionada à carência de vitamina B1), com achados específicos na ressonância magnética que permitem o diagnóstico e tratamento rápido e eficaz. As regiões do cérebro mais afetadas pelo consumo excessivo de álcool são responsáveis por alterações na memória, comportamento, déficit cognitivo, dificuldade para articular palavras e movimentos.

As imagens de ressonância magnética obtidas no estudo norte-americano mostram que os camundongos submetidos ao consumo diário de uma solução com 20% de álcool durante seis meses sofreram atrofia do cérebro, de modo geral, e um encolhimento específico do córtex cerebral naqueles indivíduos com falta de receptor de dopamina D2.

Fonte - SEGS

Pesquisa mostra que mais de 40% dos jovens bebem álcool antes de eventos noturnos

Pesquisa mostra que mais de 40% dos jovens bebem álcool antes de eventos noturnos
Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) confirma que, para 41,3% dos jovens, ingerir álcool antes de entrar na boate é um hábito. O gesto não é sinônimo de economia: adeptos da prática bebem ainda mais dentro das casas noturnas.De acordo com o estudo, aqueles que beberam previamente já entraram na boate com 0,23mg/L de álcool no sangue e saíram de lá com taxa de 0,34mg/L, o dobro do encontrado entre os que chegaram sóbrios.


Além disso, 22,8% beberam em ‘binge’ (cinco ou mais doses de bebida em poucas horas) antes dos eventos.Entre os principais motivos da prática estão reduzir a ansiedade social na boate (39%) e economizar com bebidas dentro da casa noturna (37,7%). Segundo a publicação, existe uma falsa impressão que ao beber anteriormente aos eventos estes jovens beberão menos, porém não existe economia, dado que tais jovens bebem mais dentro de estabelecimentos.

O levantamento foi feito com 2.422 clientes de 31 casas noturnas. Eles foram entrevistados e se submeteram ao teste do bafômetro antes e depois de entrarem em boates e festas.O comportamento de beber antes de ir a boates e eventos foi mais frequente entre homens de 18 a 25 anos, fumantes, solteiros e empregados. Deles, 33% beberam em casa, 30% na rua e 26% no bar. Cerveja, seguido de vodka foram os produtos mais consumidos, sobretudo depois das 19h.

Os pesquisadores ainda concluem que o excesso de álcool aumenta as chances de acidentes, de brigas em boates e dos comportamentos sexuais de riscos (sexo sem proteção com parceiro casual ou até mesmo sem consentimento). Algumas boates impediram a entrada de pessoas alcoolizadas, mas o fato foi muito raro.

Fonte - ig.com.br

Estudo divulgado nos EUA informa que um a cada dez adultos morre por abuso em excesso de álcool

Álcool
De acordo com um estudo realizado pelo Centro de Doenças, Controle e Prevenção realizado dos Estados Unidos, um dos maiores causadores de morte no mundo é o abuso excessivo de álcool. O estudo em tela indica: um em cada dez adultos morre por este consumo em excesso.

Para aqueles que bebem a cada happy hour ou em todas as festas que comparece, é melhor estar informado que 10% das mortes em adultos, dos 20 aos 64 anos, são provocadas pelo uso abusivo de álcool, segundo um relatório.Esse valor foi encontrado de acordo com uma investigação dos relatórios de 2006 a 2010, do "Alcohol-Related Disease Impact", que estimou quantos anos de vida nos são retirados quando ingerimos álcool.

No período dos quatro anos avaliados, foram registradas 88 mil mortes. Algumas foram provocadas pelo consumo excessivo de álcool. Outras ocorreram em decorrência de episódios de violência ou de acidentes, ocasionado pelo estado de embriaguez das vítimas. Esse dado torna-se ainda mais alarmante, quando se sabe que, a nível mundial, o álcool é responsável por 3,3 milhões de mortes.
 
Fonte - Noticias ao minuto

Análise de onze genes prevê risco de alcoolismo e dá novos insights sobre biologia da doença


Análise de onze genes prevê risco de alcoolismo e dá novos insights sobre biologia da doença

“Este grupo poderoso de apenas 11 genes pode identificar com sucesso quem pode vir a desenvolver problemas de abuso de álcool e quem não, em testes com três populações de pacientes em dois continentes, duas etnias e de ambos os sexos”, disse Alexander B. Niculescu III, Ph.D., pesquisador principal e professor associado de psiquiatria e neurociência médica na Escola de Medicina da Universidade de Indiana.

A análise dos genes é altamente precisa na identificação de alcoólicos a partir de grupos de controle populacionais, e não é tão precisa no nível individual, provavelmente devido ao grande e variável papel que o ambiente desempenha no desenvolvimento da doença em cada indivíduo, os autores observaram. No entanto, tal teste poderia identificar as pessoas que correm maior ou menor risco para desenvolver a doença.

"Já que o alcoolismo é uma doença que não existe se o agente exógeno (álcool) não é consumido, o uso de informação genética para informar as escolhas de estilo de vida pode ser muito poderosa", escreveram os autores do estudo, publicado online na revista Translational Psychiatry.

"Acreditamos que este é o resultado mais interessante até agora no campo do alcoolismo e oferece uma abrangente – embora não exaustiva – janela para a genética e a biologia do alcoolismo", disse o Dr. Niculescu.

O Dr. Niculescu, atual psiquiatra e pesquisador de desenvolvimento do Centro Médico Richard L. Roudebush para Assuntos de Veteranos de Indianópolis, advertiu que os testes genéticos indicam risco, não certeza, e que "os genes agem no contexto do ambiente”.

O álcool é legal, amplamente disponível e sujeito a publicidade e a pressões sociais, observou ele; mas sabendo que a pessoa tem uma predisposição genética para o abuso de álcool, a pesquisa pode incentivar mudanças de comportamento e de estilo de vida.
Os pesquisadores incorporaram dados de um estudo do genoma alemão do alcoolismo com dados de uma variedade de outros tipos de pesquisa sobre ligações genéticas ao alcoolismo, utilizando um sistema chamado Genômica Funcional Convergente. O trabalho reuniu um grupo de 135 genes candidatos.

Os pesquisadores, então, olharam para a sobreposição entre esses 135 genes e genes cuja atividade de expressão foi alterada em um modelo de ratos com estresse relativo ao alcoolismo – os ratos da pesquisa respondem ao estresse consumindo álcool. O modelo de ratos permite aos pesquisadores zerar genes-chave que impulsionam o comportamento sem a miríade de efeitos ambientais que estão presentes nos seres humanos.

A análise do modelo de ratos diminuiu o número de genes-candidatos para 11 de 66 variações dos genes chamadas polimorfismos de nucleotídeo único.

Os pesquisadores, então, determinaram que o grupo de 11 genes poderia ser usado para diferenciar alcoolistas de não-alcoolistas (controle) em três populações diferentes de pesquisa para o qual os dados genéticos e informações sobre o consumo de álcool estavam disponíveis: um grupo de indivíduos caucasianos e um grupo de afro-americanos dos Estados Unidos, e um terceiro grupo da Alemanha.
Análise de onze genes prevê risco de alcoolismo e dá novos insights sobre biologia da doença

Muitos dos 11 genes também têm sido associados a outros distúrbios neuropsiquiátricos, incluindo dependência de cocaína, doença de Parkinson, doença bipolar, esquizofrenia e ansiedade – o que não é tão surpreendente, dado que a biologia básica do cérebro está envolvida, e as ligações entre doenças tais como o alcoolismo e distúrbio bipolar são clinicamente conhecidas há muitos anos, disse o Dr. Niculescu.

Alguns dos genes também apontam para possíveis caminhos futuros para tratamento e prevenção do problema, incluindo genes que desempenham papel importante nas atividades do ômega-3, os ácidos de gordura, para os quais há alguma evidência de controle de consumo de álcool em testes de laboratório anteriormente conduzidos pelo Dr. Niculescu e colaboradores.

Fonte - Traduzido e adaptado de Medical News Today

Males psicológicos e físicos acompanham dependentes de álcool

Males psicológicos e físicos acompanham dependentes de álcool
O uso, o abuso ou a dependência do álcool estão associados a cerca de 60 tipos de doenças e lesões. Vão desde cirrose hepática, câncer de boca e de mama e aborto espontâneo a quedas, afogamentos e homicídios. Abandonar o vício é um desafio para dependentes e familiares. Somente de 10% a 30% dos que buscam ajuda conseguem ficar sóbrios. O tempo de recuperação varia bastante. Enquanto uns conseguem ficar sóbrios na primeira tentativa, outros sofrem com as constantes recaídas e precisam recorrer à reabilitação.

Especialistas explicam que não existe cura para a dependência química, apenas tratamento. A gerente do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (Caps-Ad III) da Rodoviária do Plano Piloto, Maria Garrido, revela que a abordagem mais eficaz é a biopsicossocial, que leva em conta o indivíduo como um todo — família, trabalho, atividades de interesse e meio social no qual está inserido. “A crença de que a internação resolve é uma ilusão. O primeiro passo é o paciente reconhecer que está adoecido e procurar ajuda. Começa, aí, um longo caminho a percorrer”, explica.

Nos Caps, o atendimento é multidisciplinar. O doente é avaliado por clínicos, psicólogos e psiquiatras, que identificam a necessidade de uso de medicação para tratar as consequências pelos exageros da bebida. “Às vezes, a pessoa chega desidratada ou com pressão alta, por exemplo. O primeiro passo é a desintoxicação, feita em um hospital quando o caso é mais grave ou nos Caps-Ad III para intoxicações leves. Após esse processo, a pessoa passa a ser acompanhada por uma equipe interdisciplinar”, detalha a especialista.

Mo Distrito Federal, das 100,5 mil pessoas atendidas nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) no ano passado, 80,4 mil (80%) têm problemas exclusivamente com a bebida. Além disso, fatores genéticos explicam quase metade das vulnerabilidades que levam ao consumo abusivo. Segundo Arthur Guerra de Andrade, psiquiatra, especialista em dependência química e presidente executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), os filhos de alcoolistas têm quatro vezes mais risco de desenvolver o alcoolismo mesmo se forem criados por famílias sem dependentes.


Autor - Adriana Bernardes
Fonte - Adaptado do Correio Braziliense

Aumento da prosperidade pode aumentar taxas de dependência do álcool em países em desenvolvimento

Aumento da prosperidade pode aumentar taxas de dependência do álcool em países em desenvolvimento
O uso do álcool deve diminuir nas maiores economias do mundo e aumentar nos países em desenvolvimento durante a próxima década, o que representa riscos para a economia global, um novo relatório adverte.

Países da Europa Ocidental, que se mantém como os maiores consumidores mundiais de álcool, provavelmente irão moderar seus níveis de consumo até 2025, de acordo com as projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) desta semana. Durante o mesmo período, o uso do álcool tenderá a aumentar na China e em outras economias asiáticas.

Isso significa que, a menos que mais países desenvolvam programas para lidar com o uso nocivo do álcool, o número de mortes relacionadas vai subir, de acordo com o Relatório da Situação Global da OMS sobre Álcool e Saúde. Os autores do relatório, que abrange 194 países membros da OMS, enfatizam os “enormes problemas de saúde pública atribuíveis ao consumo de álcool”. Eles citam o excesso de álcool entre as causas de mais de 200 doenças ou lesões, como a cirrose do fígado, bem como doenças infecciosas, incluindo tuberculose e o HIV/AIDS.

Em 2012, houve 3,3 milhões de mortes em todo o mundo por causa do uso nocivo do álcool. Um aumento significativo a partir das 2,3 milhões que a OMS relatou há alguns anos, com base em dados de 2005. Os dois números não podem ser comparados diretamente, de acordo com Vladimir Poznyak, editor executivo do estudo mais recente, por causa de mudanças na metodologia, bem como o crescimento da população. (A população mundial cresceu mais de 8% e chegou a 7,02 bilhões em 2012, em comparação com 6,47 milhões em 2005, segundo o censo dos Estados Unidos).

As conclusões do estudo ratificam a conexão entre riqueza econômica de um país e o quanto seu povo bebe. Além disso, beber em um país mais rico também tende a ser menos perigoso do que em um pobre, porque as nações mais ricas tendem a ter programas para lidar com o abuso de álcool, bem como melhores cuidados de saúde e infraestrutura, tais como estradas mais seguras – que ajudam a mitigar os riscos. Políticas públicas para conter possíveis danos do álcool incluem limite de idade para beber, restrições à publicidade do álcool, tratamento da toxicodependência e medidas contra dirigir embriagado.

A Europa lidera o mundo em consumo per capita de álcool. O uso de álcool no continente diminuiu para 10,9 litros per capita em 2010, contra 12,2 em 2005. Durante o mesmo período, o consumo nas Américas caiu para 8,4 litros; também diminuiu na África, para 6 litros. O uso do álcool aumentou para 3,4 litros em países do Sudeste Asiático e para 6,8 litros nos do Pacífico Ocidental.

Globalmente, menos de metade da população – 38,3 % – bebe álcool, consumindo cerca de 17 litros por ano per capita, de acordo com o relatório. (Em 2010, os destilados respondiam por cerca de metade do consumo de álcool em todo o mundo; a cerveja, por 34,8%; o vinho, por 8%; e outros tipos de bebidas, por 7%).

As economias em rápido desenvolvimento do Sudeste Asiático, a região do Pacífico Ocidental e a África Subsaariana provavelmente verão o uso do álcool aumentar à medida que os indivíduos tornam-se mais prósperos, e mais jovens e, particularmente, mulheres comecem a beber. Isso “pode definitivamente ter implicações para a saúde, a menos que medidas efetivas [para salvaguardar contra o uso nocivo do álcool] sejam implementadas”, disse Pozynak.

À medida que a renda disponível aumentar nesses países, pode-se começar a gastar em bens não-essenciais, como o álcool, disse ele. Isso significa que, se as políticas e a infra-estrutura dos países país não mantiverem o mesmo ritmo do aumento do consumo, sérios problemas de saúde e econômicos podem surgir.

Fonte: Traduzido e adaptado de The Wall Street Journal

Primeiro contato com o álcool se dá aos 13 anos e, em grande parte das vezes, acontece dentro de casa

Primeiro contato com o álcool se dá aos 13 anos e, em grande parte das vezes, acontece dentro de casa
Pesquisa na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP aponta que garotos têm 2,2 vezes mais chances de cometer exageros relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas se comparados com meninas. Participar de atividades de cunho religioso reduz consideravelmente as chances de consumo.

"A vontade de provar algo novo, sejam drogas lícitas ou ilícitas, é comum no universo dos jovens", afirma a pesquisadora Efigenia Aparecida Maciel de Freitas, lembrando que o consumo de álcool apresenta consequências que vão desde episódios de exposição pessoal a tragédias como a morte.

Para o doutorado "Consumo de bebidas alcoólicas e outras substâncias psicoativas entre estudantes do ensino médio de Uberlândia-MG", a pesquisadora entrevistou, por meio de questionário, 1.995 jovens do ensino médio de diversas escolas públicas e de uma escola privada do município de Uberlândia, Minas Gerais.

"O estudo traz não só a realidade dos jovens, mas também corrobora outras pesquisas realizadas ao redor do mundo", salienta a pesquisadora.

No país, as principais causas de morte de adolescentes estão atreladas ao consumo prévio de álcool ou outras substâncias psicoativas. A pesquisadora lembra que brigas seguidas de agressões físicas, relações sexuais sem proteção e graves acidentes de trânsito estão relacionadas ao consumo dessas bebidas.

Perfil

A pesquisa, com 94,3% de estudantes de escolas públicas, revelou que eles têm o primeiro contato com a bebida aos 13 anos. "Álcool e tabaco são com essa idade, porém, drogas mais pesadas como crack, cocaína e maconha é por volta dos 14, 15 anos".

Entre os 1.613 jovens que declararam já ter consumido álcool, a maioria, 35,3%, diz que o primeiro contato com a substância foi na casa de amigos. Segundo a pesquisadora algumas motivações relatadas para o contato com a bebida foram critérios de aceitação, como a entrada em um grupo ou facilitador de relações interpessoais.

Boa parte desses jovens, 28,7%, relataram ter o primeiro contato em sua casa, com pessoas do seu convívio diário. Para a pesquisadora o dado é explicado com dois aspectos: alguns pais acreditam que se seus filhos bebem perto deles, estão protegidos, porém, outros fazem isso para estimular a conduta, que pode trazer riscos, mesmo com a consciência dos pais.

Sobre o Padrão Binge (ferramenta para conceituar um padrão de consumo), adolescentes do sexo masculino (70,2%) bebem mais do que as garotas (28,2%).

A comparação não foi feita apenas entre os sexos, mas também nas escolas: a prática de cometer exageros com maior frequência foi maior em escolas particulares.

Fonte - Adaptado de Agência USP

Consumo de álcool matou 3,3 milhões de pessoas em 2012, diz Organização Mundial da Saúde

Consumo de álcool matou 3,3 milhões de pessoas em 2012, diz Organização Mundial da Saúde
Mais de 3 milhões de pessoas morreram em decorrência do consumo de álcool em 2012, por causas que variaram desde câncer até a violência, informou nesta segunda-feira, 12, a Organização Mundial da Saúde (OMS), fazendo um pedido para que governos façam mais esforços para limitar esses danos.


"Mais precisa ser feito para proteger populações das consequências negativas à saúde por conta do consumo de álcool", disse Oleg Chestnov, um especialista da OMS em doenças crônicas e saúde mental. Para ele "não há espaço para complacência".

Chestnov alertou que beber demais mata mais homens do que mulheres, eleva o risco de desenvolver mais de 200 doenças, e ocasionou a morte de 3,3 milhões de pessoas em 2012.

Em média, segundo relatório da OMS, cada pessoa no mundo com 15 anos ou mais bebe 6,2 litros de álcool puro por ano. Mas menos de metade da população - 38,3 por cento - bebe, ou seja, aqueles que de fato bebem consomem uma média de 17 litros de álcool puro por ano.

"Descobrimos que, mundialmente, 16 por cento daqueles que bebem participam de episódios de consumo pesado, que são o mais danosos à saúde", afirmou Shekhar Saxena, diretor de saúde mental e abuso de substâncias da OMS.

Pessoas mais pobres são geralmente as mais afetadas pelas consequências sociais e à saúde ocasionadas pelo uso do álcool, disse ele. "Elas frequentemente carecem de cuidados à saúde de qualidade e são menos protegidas por redes funcionais de família e comunidade".

O relatório global sobre álcool e saúde cobriu 194 países e observou o consumo de álcool, seus impactos na saúde pública e repostas de políticas de combate.

O estudo descobriu que alguns países estão reforçando suas medidas para proteger as pessoas do consumo exagerado. Elas incluem o aumento de impostos sobre o álcool, a limitação da disponibilidade do produto por meio da imposição de limites de idade e a regulamentação da divulgação.

Globalmente, a Europa tem o maior consumo de álcool por pessoa. A OMS disse que a análises de tendências globais mostra que o consumo tem sido estável nos últimos cinco anos na Europa, na África e nas Américas. Mas tem crescido no Sudeste Asiático e na região ocidental do Pacífico.

Fonte - Folha

Uso de álcool na adolescência está ligado a comportamento de risco na idade adulta

Uso de álcool na adolescência está ligado a comportamento de risco na idade adulta
Um novo estudo realizado em ratos fornece indícios sobre como o uso de álcool na adolescência altera a química do cérebro, sugerindo que o uso precoce de álcool tem efeitos a longo prazo na tomada de decisões.

”Experiências de vida precoces podem alterar o cérebro no longo prazo, com profundas implicações para o comportamento na idade adulta”, disse Abigail Schindler, Ph.D., pós-doutoranda na Universidade de Washington, que conduziu a pesquisa. "Este estudo aponta para os potenciais efeitos do álcool no desenvolvimento do cérebro na adolescência, um período de exploração, quando os jovens são muitas vezes levados a experimentar álcool pela primeira vez”.

Os pesquisadores serviram doses de álcool a um grupo de ratos de 30 a 50 dias de idade, o equivalente à adolescência em humanos. Durante esse período, os ratos tiveram acesso aos às doses 24 por dia. Quando os ratos atingiram a idade adulta, eles passaram por testes que ofereciam a oportunidade de assumir baixos riscos para obter recompensas menores ou assumir riscos muito maiores para obter recompensaas muito maiores.

Os ratos expostos ao álcool durante a adolescência ficaram consistentemente mais inclinados a optar pelo alto risco/recompensa elevada, mesmo quando a opção mais segura teria dado mais recompensas no geral. “Este aumento adaptativo na tomada de risco sugere que a exposição ao álcool mudou a maneira como os animais tomam decisões”, disse Schindler.

Para explicar o fenômeno, a equipe de pesquisa observou mais atentamente a química do cérebro dos ratos. Eles rastrearam o efeito de alterações na dopamina, uma substância química do cérebro que contribui para a experiência de recompensa, e possíveis alterações nos receptores de GABA, que pode atuar como um sistema de freios para manter a dopamina em cheque.

Os ratos expostos ao álcool apresentaram maiores picos de dopamina e mudanças em certos tipos de receptores GABA, o que sugere que a exposição precoce ao álcool pode tirar os freios do sistema de dopamina.

As descobertas podem lançar luz sobre o desenvolvimento da dependência do álcool e das drogas. “Nos seres humanos, quanto mais jovem você é quando você experimenta álcool pela primeira vez, mais provável é que você venha a ter problemas com o álcool na vida adulta. Mas é um tipo de problema da galinha e do ovo, porque não tem ficado claro se algumas pessoas têm uma tendência natural para o abuso de álcool, ou se o próprio álcool tem um efeito sobre o cérebro”, disse Schindler .

O estudo reforça a evidência de que a exposição ao álcool no início da vida pode ter efeitos a longo prazo sobre a tomada de riscos e a tomada de decisão, o que pode aumentar o risco de uma pessoa a desenvolver problemas de abuso de substâncias.

O abuso de álcool representa um problema de saúde social, econômica e pública. Cerca de 18 milhões de pessoas nos Estados Unidos têm um transtorno por uso de álcool.

O álcool é a droga mais abusada entre os adolescentes. Setenta por cento dos adolescentes do 12 º ano de escolaridade norte-americano e um terço dos da oitava série do ensino fundamental sofreram alguma exposição ao álcool durante suas vidas, de acordo com um estudo de 2011.

Fonte - Traduzido e adaptado de Science Daily

Pesquisa releva motivos por que alcoolismo enfraquece os músculos

Pesquisa releva motivos por que alcoolismo enfraquece os músculos
O impacto do alcoolismo na fusão das mitocôndrias das células contribui para o enfraquecimento dos músculos, segundo um estudo liderado pela bioquímica chilena Verónica Eisner e publicado nesta semana.


A fraqueza muscular é um sintoma comum tanto em pessoas que foram alcoólatras durante muito tempo quanto em pacientes com doença das mitocôndrias, os órganismos celulares que fornecem a maior parte da energia necessária para a atividade celular.

Em artigo publicado na revista Journal of Cell Biology, Eisner – da Universidade Thomas Jefferson – e seus colegas descrevem um elo comum em ambas condições: mitocôndrias que não podem ser reparadas.

As mitocôndrias reparam seus componentes partidos fundindo-se com outras mitocôndrias e trocando seus conteúdos. Nesse processo, as partes danificadas se separam para um reprocessamento e são substituídas por proteínas da mitocôndria saudável, funcionando normalmente.

O tecido muscular depende constantemente da energia que fornecem as mitocôndrias, o que faz com que o trabalho de reparação seja uma necessidade frequente.

Mas como as mitocôndrias estão muito acirradas entre as fibras de células musculares, a maioria dos cientistas achava que a fusão de mitocôndrias era impossível nestes tecidos.

Eisner criou um sistema para "etiquetar" as mitocôndrias nos músculos de esqueletos dos ratos de laboratório com duas cores diferentes. Depois, observou se se combinavam.

Segundo o artigo, Eisner primeiro criou um modelo de estudo com ratos cujas mitocôndrias manifestavam a cor vermelha o tempo todo, e também mediante engenharia genética fez com que as mitocôndrias nas células se tornassem verdes quando eram atingidas por raio laser.

Assim, criou quadrados de mitocôndrias verdes brilhantes sobre um fundo vermelho.

Surpreendentemente, as mitocôndrias verdes se combinaram com as vermelhas, trocando seus conteúdos, e também foram capazes de ir a outras áreas onde antes só havia mitocôndrias de cor vermelha. "Os resultados mostraram pela primeira vez que a fusão de mitocôndrias ocorre nas células musculares", disse Eisner.

Depois, o grupo de pesquisa liderado por Gyorgy Hajnoczky, diretor do Centro MitoCare em Jefferson, demonstrou que das proteínas na fusão de mitocôndrias, a denominada Mfn1 era a mais importante nas células dos músculos do esqueleto.

Os cientistas observaram que a abundância de Mfn1 diminuía até 50% nos ratos com uma dieta de conteúdo alcoólico regular, enquanto que as outras proteínas na fusão não se alteravam.

A diminuição apareceu acompanhada de uma redução substancial da fusão de mitocôndrias, e os investigadores relacionaram a míngua da Mfn1 e da fusão de mitocôndrias com o aumento da fadiga muscular.

Fonte - Terra

Baixo desenvolvimento de oxitocina pode desencadear uso abusivo de álcool e de drogas mais tarde

Baixo desenvolvimento de oxitocina pode desencadear uso abusivo de álcool e de drogas mais tarde

Uma nova pesquisa da Universidade de Adelaide, na Austrália, sugere que o desenvolvimento abaixo do normal de oxitocina na primeira infância pode explicar por que alguns indivíduos sucumbem a um comportamento dependente com relação a álcool ou drogas.


A oxitocina, mais comumente referida como o “hormônio do amor”, é conhecida por desempenhar um papel importante nos relacionamentos, interações sociais e comportamentos maternais.

A equipe de pesquisa, liderada pela Dra. Femke Buisman – Pijlman, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade, publicou recentemente suas descobertas na revista Pharmacology, Biochemistry and Behavior.

A Dra. Buisman - Pijlman diz que a pesquisa anterior mostrou que as pessoas têm níveis significativamente diferentes de oxitocina em seus corpos.


“Estamos interessados em saber como e por que as pessoas têm tais diferenças de oxitocina, e o que podemos fazer sobre isso para ter um impacto benéfico sobre a saúde das pessoas e o seu bem-estar”, acrescenta ela .

Todos nós nascemos com a oxitocina em nossos corpos. O hormônio desempenha um papel importante no desenvolvimento do vínculo entre mãe e filho.

Mas a Dr. Buisman - Pijlman diz que nossos sistemas de oxitocina só terminam de se desenvolver com a idade de três anos, “o que significa que os nossos sistemas são potencialmente sujeitos a uma série de influências, tanto externas como internas”.

Ela diz que os principais fatores que influenciam a forma como os nossos sistemas de oxitocina se desenvolvem são genética, gênero e ambiente.


É claro que os genes com os quais nascemos não podem ser mudados. Mas a Dr. Buisman - Pijlman diz que fatores ambientais podem desempenhar um papel no desenvolvimento dos nossos sistemas de oxitocina até que eles estejam totalmente desenvolvidos.

Esses fatores podem incluir a exposição precoce a medicamentos, estresse, trauma ou infecção grave.


Prejuízos ao sistema de oxitocina “torna os hormônios menos capazes de reagir”


Para o seu estudo, os pesquisadores realizaram uma revisão de pesquisas já existentes que analisou a associação entre a oxitocina e a dependência.

A equipe descobriu que alguns estudos revelaram alguns fatores de risco para dependência de drogas em crianças a partir dos quatro anos de idade. A Dra. Buisman - Pijlman diz que desde que o momento em que o sistema de oxitocina está totalmente desenvolvido, por volta dos três anos, “deveria haver uma janela crítica para o estudo”.


Se o sistema de oxitocina se desenvolve corretamente, o prazer advindo de drogas e o sentimento de estresse podem ser menores. Mas se o sistema não se desenvolve corretamente, isso poderia significar que algumas pessoas têm predisposição para o comportamento aditivo?

“Um sistema de oxitocina bem desenvolvido está apto a aumentar a resiliência, direta e indiretamente, por exemplo, reduzindo a recompensa da droga, aumentando a recompensa social, a redução da ansiedade, a redução da resposta ao estresse e a estimulação imunológica”, explicam os pesquisadores.
“Se adversidades surgem, o sistema de oxitocina ainda se desenvolve, mas os níveis basais podem ser menores e menos sensíveis. A conectividade com outros sistemas pode ser diferente. Resumindo, diferenças individuais no sistema endógeno de oxitocina podem surgir, com base em experiências ocorridas no início da vida”.


De acordo com uma Pesquisa Nacional sobre Uso de Drogas e Saúde da Administração dos Serviços de Abuso de Substância e Saúde Mental dos Estados Unidos, 8,7% da população deste país, com idade entre 12 ou mais anos, foi tratado por uso de droga ilícita ou álcool em 2010.


A Dra. Buisman - Pijlman diz que a compreensão acerca do que ocorre durante o desenvolvimento do sistema de oxitocina nos primeiros anos de vida pode ajudar a determinar o que leva a um comportamento dependente, e até mesmo levar a novas estratégias para o tratamento e a prevenção de tal comportamento.


Autor - Honor Whiteman
Fonte - Traduzido e adaptado de Medical News Today