• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

Parar de fumar é mais fácil do que se imagina

por Nuno Cobra

Parar de fumar é mais fácil do que se imagina
Na minha carreira, sempre me deparei com pessoas que possuíam o hábito de fumar, adquirido durante a fase inexperiente da juventude.
Como o meu trabalho não se aplica aos fumantes. Tive a oportunidade de ver várias pessoas abandonarem o cigarro. Pois para melhorar a circulação sangüínea, é preciso abandonar o cigarro, porque este diminui o calibre das artérias.
Pela minha experiência, posso afirmar que parar de fumar não é algo impossível ou muito difícil como muitos pensam. Depende da programação destrutiva, fixada no inconsciente, durante a formação da personalidade.

De um modo geral, fomos anulados por uma educação castradora. Uns mais e outros menos. A dificuldade em parar de fumar está justamente no tamanho desta agressão, que a sociedade fez nas crianças e nos jovens.
A dificuldade em largar o cigarro, reside na idéia que cada um faz especificamente sobre essa dificuldade e não pela dificuldade em si. Percebi que as pessoas mentalizam e teorizam muito sobre como abandoná-lo.
Como fomos anulados quando crianças, temos dificuldade em acreditar nas nossas reais capacidades. Então é preciso partir para a prática.

É fundamental ressaltar que a prática é um milhão de vezes mais fácil do que a teoria. Justamente devido a essa anulação, possuímos uma enorme dificuldade de nos ver conseguindo ultrapassar obstáculos e alcançar nossos objetivos.
Por isso, se você realmente quer parar de fumar não pense. Pare! Porque se você pensar, estará inconscientemente pensando contra você.
O seu maior adversário não é o cigarro, mas você mesmo em não perceber suas extraordinárias possibilidades.
Se partir para a prática e deixar a teoria de lado, verá que parar de fumar será um mero detalhe em sua vida. Você irá fortalecer seu corpo emocional, preparando-se para novas conquistas bastantes significativas.
Sempre ouvi o seguinte de quem parou de fumar:
"Não entendo porque demorei tanto anos para tomar esta iniciativa"!
Muitos chagaram a dizer que pensavam muito e isso dificultou para tomar a iniciativa.

Cinco dicas para largar o cigarro
1º) Não pense, pare de fumar, a prática é muito mais fácil do que a teoria. Parar de fumar é uma questão mental (emocional) e orgânica. 

2º) A mais recente descoberta para largar o cigarro já está no Brasil: são os comprimidos de vareniclina, vendido por aqui com o nome de Champix. O comprimido atua nos mecanismos cerebrais de dependência, bloqueando a sensação de prazer provocada pela nicotina. 

3º) Quando o seu organismo se dá conta de que não tem essa droga, ele reage violentamente, provocando uma química de desejo incontrolável. Mas fique tranqüilo, essa vontade tão forte é muito rápida, dura mais ou menos um minuto. Este desejo virá novamente, mas com o passar do tempo, o numero dessas solicitações, orgânicas e mentais, irão diminuir.

4º) O hábito do fumar traz consigo outros hábitos, como a necessidade de movimento com a boca e com as mãos em mexer no cigarro, acendê-lo, bater as cinzas... Portanto, tenha alguma coisa para levar à boca, como balas por exemplo. E para manter as mãos em movimento, você poderá manusear uma caneta ou um lápis. 

5º) Os primeiros dez, quinze dias, serão os mais difíceis. Então, evite situações que chamem o cigarro: cafés, bebidas alcoólicas ou qualquer outro fator que você tenha vinculado ao ato de fumar.
Parece estranho, mas percebo que antigos fumantes com o tempo passam a detestar o cigarro. A longa abstinência provoca um processo de reversão no organismo e o cigarro passa a ser agressivo.
As pessoas que conseguem parar de fumar por alguns dias, passam a se sentir tão felizes e recebem estímulos tão gratificantes, que nunca mais levam o cigarro à boca.

Fonte - UOL - Vya Estelar

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Consumo de Álcool na Infância e Adolescência pode Aumentar Risco de Dependência na Vida Adulta

Consumo de Álcool na Infância e Adolescência pode Aumentar Risco de Dependência na Vida Adulta
O consumo de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes pode aumentar as chances de se desenvolver alcoolismo na fase adulta. De acordo com pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), realizada este ano com base em entrevistas com 17 mil adolescentes do ensino médio de 789 escolas públicas e privadas de todo o País, um gole ou experimentação de bebidas antes dos 12 anos podem aumentar em 60% as chances de consumo abusivo de álcool na vida adulta. Segundo especialistas, além de prejudicar o desenvolvimento, a substância causa consequências comportamentais e alterações no sistema imunológico.
Acesse aqui o VI Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública e Privada nas Capitais Brasileiras Realizado em 2010
A pesquisa também constatou que, dentre os estudantes que afirmaram ter consumido algum tipo de bebida alcoólica na vida (82% dos entrevistados), 11% destes experimentaram o álcool antes dos 12 anos de idade. Para a professora do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC) Sorocaba, Rosana Maria Paiva dos Santos, a ingestão precoce de álcool pode contribuir para o desenvolvimento da dependência cada vez mais cedo. "O consumo começa em casa, muitas vezes por influência dos próprios pais, e assim o hábito torna-se dependência, podendo evoluir até para uso de outras drogas", diz. A atitude, que para ela representa a tentativa dos pais de controlarem a ingestão de bebidas, resulta em efeitos contrários. "As crianças e adolescentes passam a associar a substância a momentos agradáveis e o uso torna-se generalizado", ressalta. A professora relata ainda a importância da prevenção nesses casos.


Fonte - Adaptado de Cruzeiro do Sul

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Holanda ‘arrependida’ com a liberação da maconha e da prostituição. 67% da população é, agora, a favor de medidas MENOS liberais.

67% da população é, agora, a favor de medidas MENOS liberais.


Holanda ‘arrependida’ com a liberação da maconha e da prostituição. 67% da população é, agora, a favor de medidas MENOS liberais.
“A Holanda, um dos países mais liberais do mundo, está em crise com seus próprios conceitos. O país que legalizou a eutanásia, o aborto, as drogas, o “casamento” entre homossexuais e a prostituição reconhece que essa posição não melhorou o país. Ao contrário: aumentou seus problemas”
Em matéria publicada na revista Veja de 5 de março, sob o título Mudanças na vitrine, o jornalista Thomaz Favaro ressalta que, desde que a prostituição e as drogas foram legalizadas, tudo mudou em De Wallen, famoso bairro de Amsterdã, capital holandesa, onde a tolerância era aceita. “A região do De Wallen afundou num tal processo de degradação e criminalidade que o governo municipal tomou a decisão de colocar um basta.

Desde o início deste ano, as licenças de alguns dos bordéis mais famosos da cidade foram revogadas. Os cafés já não podem vender bebidas alcoólicas nem cogumelos alucinógenos, e uma lei que tramita no Parlamento pretende proibi-los de funcionar a menos de 200 metros das escolas.

Ao custo de 25 milhões de euros, o governo municipal comprou os imóveis que abrigavam dezoito prostíbulos. Os prédios foram reformados e as vitrines agora acolhem galerias de arte, ateliês de design e lojas de artigos de luxo”. A matéria destaca ainda que a legalização da prostituição na Holanda resultou “na explosão do número de bordéis e no aumento da demanda por prostitutas”. Nos primeiros três anos de legalização da prostituição, aumentou em 260% o tráfico de mulheres no país.

E a legalização da maconha? Fez bem? Também não. “O objetivo da descriminalização da maconha era diminuir o consumo de drogas pesadas. Supunham os holandeses que a compra aberta tornaria desnecessário recorrer ao traficante, que em geral acaba por oferecer outras drogas. (…) O problema é que Amsterdã, com seus cafés, atrai ‘turistas da droga’ dispostos a consumir de tudo, não apenas maconha. Isso fez proliferar o narcotráfico nas ruas do bairro boêmio. O preço da cocaína, da heroína e do ecstasy na capital holandesa está entre os mais baixos da Europa”, afirma a matéria de Veja.

O criminologista holandês Dirk Korf, da Universidade de Amsterdã, afirma: “Hoje, a população está descontente com essas medidas liberais, pois elas criaram uma expectativa ingênua de que a legalização manteria os grupos criminosos longe dessas atividades”. Pesquisas revelam que 67% da população holandesa é, agora, a favor de medidas mais rígidas. E ainda tem gente que defende que o Brasil deve legalizar a maconha, o aborto, a prostituição etc, citando a Holanda e outros países como exemplo de “modernidade”.

Veja o caso da Suíça. Conta Favaro: “A experiência holandesa não é a única na Europa. Zurique, na Suíça, também precisou dar marcha a ré na tolerância com as drogas e a prostituição. O bairro de Langstrasse, onde as autoridades toleravam bordéis e o uso aberto de drogas, tornara-se território sob controle do crime organizado. A prefeitura coibiu o uso público de drogas, impôs regras mais rígidas à prostituição e comprou os prédios dos prostíbulos, transformando-os em imóveis residenciais para estudantes. A reforma atraiu cinemas e bares da moda para o bairro”.

E a Dinamarca? “Em Copenhague, as autoridades fecharam o cerco ao Christiania, o bairro ocupado por uma comunidade alternativa desde 1971. A venda de maconha era feita em feiras ao ar livre e tolerada pelos moradores e autoridades, até que, em 2003, a polícia passou a reprimir o tráfico de drogas no bairro. Em todas essas cidades, a tolerância em relação às drogas e ao crime organizado perdeu a aura de modernidade”.

Fonte - UNIAD

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A embriaguez em serviço e a demissão por justa causa

A embriaguez em serviço e a demissão por justa causa
A embriaguez em serviço e a demissão por justa causa

Está lá na CLT: “Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: (...) f) embriaguez habitual ou em serviço;”.
Embora o texto de lei seja muito claro, sua aplicação tem sido alvo de grandes debates.

Esse assunto voltou a chamar a atenção da sociedade nos últimos dias, quando foi divulgada decisão da 17.ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região (SP), que reverteu a demissão por justa causa de um trabalhador que era dependente químico. Nesse processo, ficou comprovado – por meio de atestados – que o empregado era usuário de crack e bebida alcoólica, o que desencadeava agressividade verbal, e o que inclusive resultou em sua internação, por seis meses.

A empresa defendeu-se dizendo que desconhecia o quadro de dependência química do trabalhador e justificou que a demissão se deu por conta de várias faltas injustificadas, o que não convenceu a Justiça, já que alguns de seus colegas de trabalho comprovaram, em juízo, que já se comentava sobre a situação do empregado e que a empresa tinha conhecimento dos fatos.

O TRT reconheceu, portanto, que o que acometia o trabalhador era uma doença, inclusive classificada como código F19 da CID (Classificação Internacional de Doenças), e que foi injustamente demitido enquanto se encontrava, de fato, doente. O alcoolismo crônico é classificado, pela Organização Mundial de Saúde, como síndrome de dependência do álcool, cuja compulsão pode eliminar a capacidade de discernimento do doente.

A Justiça entendeu que a empresa deveria tê-lo afastado e encaminhado para tratamento médico pelo INSS e, assim, declarou nula a dispensa, determinou sua reintegração e concedeu-lhe, inclusive, estabilidade provisória de um ano, após a reintegração.

Não é de hoje que os tribunais têm pensado dessa forma. Nos últimos tempos, têm aumentado casos de reversão de demissão por justa causa em casos de embriaguez habitual por se entender que o alcoolismo é doença crônica.

Outra decisão, bastante comentada, foi proferida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) no final de 2012, que condenou a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, revertendo a justa causa de um carteiro demitido por ter ofendido os colegas de trabalho. Segundo o que foi apurado, as ofensas foram proferidas quando o trabalhador estava sob o efeito de remédios controlados e álcool, e inclusive estava em licença para tratamento médico.

Em ambos os casos citados – nos quais a Justiça entende não ser possível a demissão por justa causa – há uma semelhança: não se trata de um episódio isolado de embriaguez, mas sim de alcoolismo, de dependência química. E, os casos em que o trabalhador é saudável e comparece bêbado ao serviço ainda são considerados falta grave, o que pode justificar a demissão.

Essa diferença entre as hipóteses é tema de um projeto de lei, que se arrasta no Senado, que pretende excluir a embriaguez habitual da relação de faltas graves, mantendo apenas a embriaguez em serviço e acrescentando que, nos casos de alcoolismo crônico, a demissão só se dê se o empregado se recusar a receber tratamento.

E, no meio da interpretação dessas situações – o que, convenhamos, não é fácil – está o empregador, que fica num dilema: demite o empregado, correndo o risco de ser condenado numa reintegração e em indenização por danos morais, ou mantém o trabalhador, torcendo para que ele não cause – e nem sofra – algum acidente de trabalho (e nem venha a causar outro prejuízo à empresa).

Então, como o empregador deve agir? A resposta não é simples.

De uma maneira geral, a Justiça tem entendido que a empresa deve esgotar os recursos e possibilidades disponíveis para preservar a saúde do trabalhador, deixando como último recurso a demissão. Até lá, recomenda-se encaminhar o trabalhador a algum programa de recuperação ou mesmo ao INSS, para que possa se reabilitar antes de voltar ao trabalho. Devem-se esgotar as medidas de restabelecimento da saúde do empregado antes de qualquer despedida (seja ela com ou sem justa causa).

E, se a questão for parar nos tribunais, caberá à empresa provar que se utilizou de todos os recursos possíveis para a recuperação do trabalhador e para a manutenção do contrato de trabalho.

Fonte - www.administradores.com.br



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Abertas Inscrições para Curso de Educadores 6ª Edição

Abertas Inscrições para Curso de Educadores 6ª Edição (20/11/2013)

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), do Ministério da Justiça em parceria com Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) lançam a 6ª edição do Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas. O Curso é totalmente gratuito e nesta edição será executado por várias universidades públicas, com início no primeiro trimestre de 2014. A primeira universidade a abrir vagas é a Universidade de Brasília – UnB, que nesse momento oferece 50 mil vagas para professores do ensino fundamental e médio de escolas públicas dos seguintes estados da Federação:

São Paulo, Espírito Santo, Distrito Federal, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Bahia e Sergipe.

Os professores de outros estados da Federação serão contemplados com vagas oferecidas por outras universidades parceiras ainda nesse ano de 2013.
Esta oferta é parte integrante do Programa “Crack, é possível vencer”, que no eixo prevenção prevê ampla capacitação para profissionais das redes de educação, segurança pública, saúde e assistência social, além de conselheiros e lideranças comunitárias e religiosas.

A inscrição para o curso pode ser feita através do site http://educadores.senad.gov.br/inscricao.html

Autor - SENAD
Fonte - SENAD



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Unifesp recruta brasileiros para responder a pesquisa sobre drogas

Levantamento mundial ficará disponível online até o dia 20 de dezembro.

Estudo traçará perfil sobre consumo de álcool, tabaco e entorpecentes.

Unifesp recruta brasileiros para responder a pesquisa sobre drogas
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) está convocando brasileiros a participarem de uma pesquisa mundial online sobre uso de drogas, chamada Global Drug Survey. O levantamento, que vai avaliar o perfil dessas pessoas e o padrão de consumo em vários países, estará disponível na internet até o dia 20 de dezembro. Os resultados devem ser divulgados em março de 2014.

Segundo a pesquisadora Clarice Madruga, do Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad), da Unifesp, o objetivo da pesquisa é mapear o uso de drogas em todo o mundo, saber como as pessoas têm acesso às substâncias (pela internet, em lojas, por meio de traficantes) e fazer os indivíduos pensarem sobre o próprio padrão de consumo. 

Brasil é o 2º consumidor mundial de cocaína e derivados, diz estudo Estudo diz que 1,5 milhão de pessoas usam maconha diariamente no país Consumo de álcool entre brasileiros se torna mais frequente, diz estudo

De acordo com Clarice, é possível preencher o questionário de perguntas diretas (com alternativas) em cerca de 20 minutos. Para iniciar, basta clicar na bandeira de Portugal, no canto direito da tela, e depois no ícone "Continue". Até as 18h15 desta quarta-feira (20), mais de 25,8 mil pessoas haviam participado. Só no Brasil, porém, será preciso de pelo menos 5 mil respostas para haver uma representatividade mínima dentro da amostra geral.

Ao se conhecerem melhor os preços praticados para venda de drogas, os locais de compra e outras características, será possível criar políticas de controle e prevenção, destaca Clarice. O trabalho é coordenado por um time independente de cerca de 35 países, e entre as universidades que lideram o estudo está o King's College de Londres.

"Dentro das perguntas, também já estão inseridas estratégias de redução de danos, com questões como: 'Se você toma ecstasy, já tentou dividir a pílula em uma dose menor? Sabia que o 'barato' pode ser o mesmo?'. Ou seja, a pesquisa também é educativa e acaba funcionando como uma campanha", analisa Clarice.

Detalhes do questionário
 
O levantamento inclui perguntas sobre o uso de drogas no último ano, no último mês e na última semana, a idade de início do consumo, como foi feita a aquisição da substância (onde encontrou e de quem comprou) e se usou algo e depois dirigiu.

Além disso, há questionamentos sobre onde a pessoa trabalha, como é sua personalidade, seu bem-estar geral, como ocupa o tempo livre (se faz atividade física) e qual é o prazer, a intensidade e os efeitos negativos que sente em relação às drogas.

Ao todo, o questionário abrange uma série de substâncias psicoativas, que vão desde álcool e tabaco (incluindo cigarro eletrônico) até entorpecentes como maconha, cocaína, crack, LSD, heroína, solventes, morfina, metadona e vários outros produtos sintéticos, mais novos. São citados, ainda, ayahuasca, energéticos, medicamentos para disfunção erétil (como Viagra e Cialis), para transtorno do deficit de atenção e hiperatividade (TDAH), como Ritalina, e para ansiedade ou depressão, como Diazepam, Valium, Xanax e Rivotril.

"Há também estimulantes e anfetaminas potentes que ganham apelidos como noz-moscada e sálvia, para driblar a lei. Usam-se nomes esquisitos como de temperos, adubos de plantas e sais de banho para serem registrados e se tornarem legais por algum tempo", explica a pesquisadora da Unifesp.

Fonte - Bem Estar

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A crise de abstinência de nicotina Drauzio Varella

Tinha até esquecido o quanto sofre o fumante para largar do cigarro. Parei há 23 anos e já não me lembrava das agruras pelas quais passei até ficar livre da dependência de nicotina que me escravizou durante 19 anos. 

 
Ao gravar uma série para a TV com seis personagens que pararam de fumar num mesmo dia, no entanto, revivi meu sofrimento e pude observar as dificuldades dos dependentes diante da crise de abstinência de nicotina.

O cigarro nada mais é do que um dispositivo para administrar droga. A nicotina inalada com a fumaça é rapidamente absorvida pelos alvéolos pulmonares, cai na circulação e chega ao cérebro num intervalo de seis a dez segundos. Inalada, chega mais depressa do que se tivesse sido injetada na veia, porque não perde tempo na circulação venosa. A velocidade com que a droga chega ao sistema nervoso central explica por que a primeira tragada traz alívio imediato ao fumante aflito.

No tecido cerebral, a nicotina se liga a receptores localizados nas membranas dos neurônios localizados em vários centros cerebrais. A integração desses circuitos é responsável pela sensação de prazer que os dependentes referem sentir ao fumar – e que os não-fumantes são incapazes de entender.

A droga é de excreção rápida. Sua meia-vida é curta: duas horas, em média. Isto é, metade da dose fumada é eliminada da circulação em duas horas. Por razões genéticas, essa velocidade de excreção varia de um fumante para outro; os que eliminam a droga mais depressa tendem a fumar mais. Grande parte dos que fumam dois ou três maços por dia é constituída por metabolizadores rápidos de nicotina.

A presença de outras drogas na circulação pode alterar a velocidade de excreção. É o caso do álcool, substância na qual a nicotina se dissolve com muita facilidade. Como o álcool é diurético, ao beber, o fumante excreta rapidamente na urina a nicotina nele dissolvida. A queda da concentração da droga no sangue desencadeia o desejo irresistível de fumar.

Viciados em nicotina, os neurônios do centro que integra as sensações de prazer, ao sentirem seus receptores vazios dela, estimulam outros circuitos de neurônios, que convergem para o chamado centro da busca. Esse centro é responsável por induzir alterações comportamentais com a intenção de nos obrigar a repetir ações que anteriormente nos trouxeram prazer: sexo, comida, temperatura agradável para o corpo, etc.

Uma vez que os centros do prazer ativam o centro da busca, este não pode ser mais desativado. O centro da busca permanecerá ativado mesmo que o prazer responsável por sua ativação deixe de existir. Por isso o fumante se surpreende ao acender um cigarro no toco do outro, o usuário de cocaína continua cheirando apesar do delírio persecutório que experimenta toda vez que usa a droga, e o jogador compulsivo é capaz de perder a casa da família em cima do pano verde.

Informados da falta de nicotina, os neurônios do centro da busca lançam mão de sua mais poderosa arma de persuasão comportamental: a ansiedade crescente. Tomado pela vontade de fumar, o fumante perde a tranqüilidade, fica agitado, nervoso e não consegue se concentrar em mais nada. Para ele, não existe felicidade possível sem o cigarro.

Como a nicotina é droga de excreção rápida, essas crises de ansiedade se repetem muitas vezes por dia. Para evitá-las, o fumante vive com o maço ao alcance da mão para acender um cigarro assim que surgirem os primeiros sinais, porque sabe que a intensidade dos sintomas da crise é crescente, insuportável. O cérebro aprende, então, que ansiedade e nicotina estão indissoluvelmente ligadas. Daí em diante, todo acontecimento que provocar ansiedade será interpretado por ele como resultante da ausência de nicotina. Por isso os fumantes levam imediatamente um cigarro à boca ao menor sinal de ansiedade ou diante da emoção mais rotineira. Por isso dizem que o cigarro os acalma.

O curto-circuito de prazer que a nicotina arma entre os neurônios provoca uma dependência química de forte intensidade, enfermidade cerebral crônica e recidivante. Para tratá-la, é preciso ensinar o cérebro novamente a funcionar como fazia antes de entrar em contato com a droga. Tal empreitada significa enfrentar a abstinência de nicotina, que se manifesta em crises repetitivas, muito mais intensas, desagradáveis e difíceis de suportar do que aquelas provocadas por drogas como cocaína, crack, maconha, ou álcool.

Os primeiros dois dias sem fumar são os piores. As crises se sucedem uma atrás da outra até atingirem freqüência e duração máximas em 48 horas. Nesse período, as manifestações incluem irritação, ansiedade, tremores, sudorese fria nas mãos, fome compulsiva, modificação do hábito intestinal, alterações da arquitetura do sono (insônia ou hipersônia), dificuldade extrema de concentração e alternância de episódios de apatia com outros de agressividade comportamental.

A partir do terceiro dia, a frequência das crises e a intensidade dos sintomas começam a diminuir gradativamente, dia após dia. À medida que as semanas se sucedem, o desejo de fumar continua a manifestar-se, mas vai embora cada vez mais depressa.

Em média, seis meses depois de parar de fumar, a maioria dos ex-fumantes já consegue passar um ou outro dia sem se lembrar da existência do cigarro. Os neurônios começam a ficar livres da dependência que os sucessivos impactos diários de nicotina causaram em seus circuitos. É a liberdade do cérebro, que, para ser mantida, exige o preço da eterna vigilância, porque a doença é traiçoeira, crônica e recidivante.
 
Fonte - Drauzio Varella

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UNODC apresenta Normas Internacionais de Prevenção ao Uso de Drogas no Simpósio Internacional sobre Abuso de Álcool

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) participou do Simpósio Internacional sobre Abuso de Álcoolrealizado esta semana pelo Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID).

UNODC apresenta Normas Internacionais de Prevenção ao Uso de Drogas no Simpósio Internacional sobre Abuso de Álcool
O evento, que aconteceu nos dias 11 e 12 de novembro em São Paulo, tem como objetivo promover discussões sobre programas de prevenção, políticas públicas e intervenções efetivas para lidar com o abuso de álcool. O Representante do Escritório de Ligação e Parceria do UNODC no Brasil, Rafael Franzini, participou da abertura do Simpósio e falou sobre as Normas Internacionais sobre a Prevenção do Uso de Drogas, lançadas em março pelo UNODC.

"As Normas Internacionais sintetizam as evidências científicas atualmente disponíveis, descrevendo as intervenções e políticas que resultaram em medidas de prevenção positivas e suas características", explicou Franzini. Ele acrescentou que as Normas Internacionais identificam os principais componentes e características de um sistema eficiente de prevenção de drogas de um país.

O evento realizado para 330 pessoas - entre elas estudantes, profissionais e representantes do governo - também contou com a presença de renomados pesquisadores brasileiros e estrangeiros, com experiências amplas no estudo de abuso de álcool e das políticas públicas, estratégias de prevenção e intervenção para redução dos danos, associados especialmente ao padrão de consumo de risco de álcool chamado de "binge drinking" em inglês ("beber pesado", em tradução livre).

O UNODC espera que as normas norteiem governantes e entidades de todo o mundo no desenvolvimento de programas, políticas e sistemas que funcionem como um investimento sólido e eficaz no futuro de crianças, jovens, famílias e comunidades. "Este trabalho baseia-se e reconhece o trabalho de muitas outras organizações que já desenvolveram normas e diretrizes sobre vários aspectos na prevenção do uso de drogas", contou Franzini.

De acordo com ele, o principal objetivo de prevenir o uso de drogas é ajudar pessoas, principalmente, mas não exclusivamente, os jovens, a fim de evitar ou retardar o início do uso de drogas, ou, se já iniciaram o uso, evitar que desenvolvam transtornos como a dependência.

Franzini destacou que o sistema de prevenção é eficaz e contribui para que crianças, jovens e adultos participem de forma positiva nas atividades cotidianas. "A ciência da prevenção realizou enormes avanços nos últimos 20 anos. Como resultado, os profissionais da área e os governantes têm agora uma melhor compreensão sobre o que torna os indivíduos vulneráveis a iniciar o uso de drogas, tanto em âmbito individual, quanto social", disse Franzini.

Ele também ressaltou que a ciência de prevenção revela que muitas das intervenções e políticas de prevenção de drogas também previnem outros comportamentos de risco. "Certamente, jovens marginalizados em comunidades pobres com pouco ou nenhum apoio familiar e acesso limitado à escola estão especialmente sob risco, assim como crianças, indivíduos e comunidades devastadas pela guerra ou por desastres naturais".

Informação relacionada
Normas Internacionais sobre a Prevenção do Uso de Drogas (em inglês e português)
 
Fonte - UNODC

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Heróis da resistência na luta contra o crack

CRACK, NEM PENSAR

Conheça a história de três homens que ajudam viciados a se livrarem das drogas


Um é coronel, um é ex-usuário de drogas e o outro, padre. Em comum eles têm a vida dedicada a devolver o caminho a quem perdeu o rumo. Praticamente anônimos, trabalham com paciência, fé e dificuldade de recursos financeiros. São os guardiões da esperança, pessoas responsáveis por clínicas de tratamento e sinônimos de ajuda quando o desespero atinge as famílias.

O choro e os gritos de três meninos de rua numa delegacia de Itajaí, há 38 anos, despertaram o início da mobilização contra a dependência química e pela prevenção às drogas para o então capitão da Polícia Militar e hoje coronel da reserva, Valmor Raimundo Chaves, 71 anos.

Ele é um dos pioneiros na recuperação de dependentes na Grande Florianópolis com as comunidades terapêuticas do Centro de Valorização Humana, Moral e Social (Cevahumos), em Angelina. Também está à frente de um projeto de ocupação com 120 crianças de seis a 14 anos, no Bairro Abraão, região continental da Capital.

“Cabeça”, “Satanás” e “Berruguinha” consumiam drogas, viviam sujos e furtavam. Na delegacia, ao perceber que os três tinham apanhado, Chaves decidiu levá-los para o quartel da PM, onde ganharam ocupação e saíram das drogas.

O coronel está convicto que a ofensiva contra o vício deve ser na prevenção, na educação e na ocupação das crianças antes que elas experimentem maconha, cocaína e crack, a droga responsável por 90% das internações nas três comunidades terapêuticas do Cevahumos.

Dificulade financeira é comum entre os trabalhos

Num dos espaços, no Bairro Abraão, as crianças ganham alimentação e participam de oficinas de educação física, dança, artes e capoeira. A sala de informática e o consultório odontológico estão praticamente montados, mas estão vazios porque o Cevahumos não dispõe de recursos para pagar profissionais.

– Temos convênio com a prefeitura, mas não são suficientes para pagar um dentista ou os professores de informática – lamenta Chaves, que estima a necessidade de uma ajuda de R$ 2 mil mensais para viabilizar as oficinas ás crianças.

A dificuldade financeira também é problema comum entre estes três homens – empecilho que eles igualmente conseguem superar. Cansado de perder amigos presos ou mortos pelo envolvimento com drogas, o ex-dependente químico Jonas Ricardo Pires, 44 anos, da Capital, dedica-se à mesma causa do coronel Valmor. Ele fundou a primeira fazenda de recuperação do Centro de Recuperação de Toxicômanos e Alcoólicos (Creta) em 1995, em Palhoça. Hoje, 14 anos depois, são 14 fazendas em São José, Florianópolis, Palhoça e Paulo Lopes, e 490 dependentes em recuperação – 70% deles com problemas com o crack.

Livre das drogas, Jonas casou e hoje é tratado com um salvador por centenas de ex-usuários. Ele quer ampliar o projeto e calcula a necessidade de mais 60 novas vagas – o problema é a dificuldade financeira comum a essas entidades.

O padre Luiz Prim, 50 anos, ainda reza missas, celebra batizados, mas a razão maior de seu conhecimento e trabalho espiritual está ligada a cinco clínicas de tratamento da Grande Florianópolis. Iniciou na atividade há mais de duas décadas quando participava de movimentos populares. Um dos lugares que atua é o Recanto Silvestre, em Biguaçu – o espaço foi doado por um empresário que perdeu o filho viciado em heroína e que morreu de overdose.

Mais de mil pessoas em tratamento já passaram pelo trabalho de libertação do padre. O jeito brincalhão de falar e o modo de vestir-se, com calça jeans e camisa para fora, nada o associam a um religioso.

– Quem usou crack aqui? – pergunta ele a um grupo de 20 ex-usuários em tratamento, enquanto a maioria levanta o braço.

– Você tem cara que fumava casca de ostra achando que era pedra de crack – brinca com um deles, seguido de gargalhadas dos internos.

Com alegria e otimismo é que o padre de Florianópolis abastece o olhar machucado de quem quer abandonar a maconha, a cocaína, o álcool e, principalmente, o crack – a droga mais pesada e que esgota as vagas nas clínicas de Santa Catarina.

diogo.vargas@diario.com.br
diario.com.br
Fonte - Jornal de Santa Catarina

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O consumo de álcool no contexto profissional

O consumo de álcool no contexto profissional
O consumo de bebidas alcoólicas é bastante comum no ambiente de negócios, quer em Portugal, quer noutros países. É, inclusive, considerado como essencial na construção de relacionamentos, que se estabelecem ou fortalecem a uma mesa de refeição.

Na semana passada, um consultor questionava-me sobre a importância da ingestão de álcool numa refeição com clientes. Num almoço com clientes, onde também estava presente a sua chefia, viu-se confrontado com o facto deste último insistir para que ingerisse um reputado néctar dos deuses, oriundo de uma região demarcada de Portugal. A pessoa em questão viu-se numa situação embaraçosa porque, por um lado não podia dizer qual o motivo pelo qual não podia beber vinho e, por outro, estava à frente da sua hierarquia e do cliente. A forma como contornou o problema foi muito eficaz tendo dado uma justificação relacionada com problemas de saúde.

Muitas pessoas, ao sugerirem a ingestão de bebidas, nem se apercebem de que isso pode constituir um problema. A título de exemplo, refiram-se questões de dependência, temer não se ficar tão alerta e consciente, sofrer de problemas de estômago e evitarem-se efeitos colaterais como uma dor de cabeça; ou não beber por questões de segurança, uma vez que depois se vai conduzir. Desculpar-se com uma alergia a certas bebidas, também pode ser uma alternativa, se for viável. Lembre-se que ao usar alguma doença como desculpa, tem de ser coerente. É estranho alguém não beber vinho porque tem problemas de estômago e depois escolher um menu muito pesado.

Mesmo que se encontre na presença de colegas deve evitar, quanto mais não seja por mero bom senso, insistir para que se ingira álcool. Além das razões indicadas há uma outra muito evidente: a religião. Imagine o constrangimento causado, ao querer ser-se agradável para com o convidado, insistindo no consumo de bebidas, quando a sua religião não o permite?!

Em vários países, por exemplo, na China, Coreia do Sul, Rússia ou Polónia, o consumo de bebidas funciona como uma oportunidade para as pessoas se conhecerem melhor. Nos países maioritariamente muçulmanos, é melhor abster-se de pedir álcool, podendo mesmo ser ofensivo. Informe-se com a devida antecedência sobre o país e os seus costumes.

Se não domina a temática dos vinhos, evite expor-se, peça ajuda a um profissional especializado, ou consulte alguém de confiança presente na mesa. O que nunca pode acontecer é ficar embriagado numa refeição de negócios. Tenha, portanto, atenção ao que bebe e à respetiva quantidade.

Autor - Susana de Salazar Casanova
Fonte - sabado.pt

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Tabaco vai matar mais mulheres, diz especialista

Tabaco vai matar mais mulheres, diz especialista
As mulheres são mais sensíveis ao tabaco e porque aumentou o número de fumantes, os casos de câncer do pulmão também vão subir, alerta o coordenador do Programa Nacional de Doenças Oncológicas.

Nuno Miranda diz também que se nos homens se espera que a mortalidade e ocorrência de câncer do pulmão se mantenha estável, nas mulheres "é uma ilusão" pensar que não vai haver uma subida, pelo que é preciso "tomar medidas".

Numa altura em que se assinala o Dia do Não Fumante (tradicionalmente a 17 de Novembro) em Portugal as notícias não são tão más, dando conta de que há uma tendência para aumentar as pessoas que deixam de fumar, centrada especialmente nos homens, embora tenha aumentado o número de mulheres fumantes e também o número de jovens.

Dentro de três dias o Governo vai apresentar os números mais recentes sobre o tabagismo e está moderadamente satisfeito. É verdade que há um grupo de jovens (15 a 19 anos) com uma elevada taxa de prevalência (rondando os 30 por cento) mas a taxa nacional global está abaixo dos 20 por cento, pelo que diz o Governo, "uma estrondosa maioria dos portugueses não fuma".

No próximo ano será publicada nova legislação, mais restritiva mas que deixa de lado propostas como a proibição de fumar dentro de carros particulares quando transportando crianças, ou de fumar perto de restaurantes ou parques infantis, porque "há que ter bom senso", como disse o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa.

Se os dados indicam que em Portugal se fuma menos do que na média da União Europeia, é também verdade que há estudos que falam que a partir dos 13 anos um terço dos jovens indicou ter fumado nos últimos 30 dias, segundo números citados pela directora do Programa Nacional de Prevenção do Tabagismo, Emília Nunes.

Olhando para os gráficos da última década, há em termos gerais uma diminuição de consumo, mas entre 2006 e 2011 o consumo de tabaco aumentou entre os jovens. Em declarações à Lusa Emília Nunes pede no entanto cautela com as estatísticas, porque são diferentes consoante as variáveis utilizadas.

José Calheiros, do Instituto Ricardo Jorge, também pede "cuidado" com as taxas sobre o consumo de tabaco e prefere salientar as "tendências": nos homens há uma diminuição de fumantes e o número de mulheres que fumam é idêntico ao dos homens (tradicionalmente era menor).

Ana Maria Figueiredo, coordenadora da comissão do tabagismo na Sociedade Portuguesa de Pneumologia, acrescenta, em declarações à Lusa: "o grande problema é a prevenção, porque há muitos jovens a começar a fumar, embora não hajam dados concretos".

Para a responsável "a única hipótese é campanhas de prevenção maciças", porque a idade média de início do hábito é os 14-15 anos e tem de haver campanhas governamentais.

E não são nunca ataques aos fumantes mas sim protecção aos não fumantes, a esmagadora maioria, diz a especialista. Acrescenta Nuno Miranda: o tabaco não pode ser visto como um elemento de moda ou de afirmação social mas considerado aquilo que ele é, uma toxicodependência.

Numa conferência internacional sobre prevenção do tabagismo, que terminou em Lisboa na sexta-feira, o responsável deixou avisos sérios: vai haver um aumento significativo da mortalidade nas mulheres; o peso do câncer no sistema de saúde é crescente e significativo; 11,6 por cento das internações hospitalares são devidas a doenças oncológicas; nos próximos anos a história do câncer do pulmão é assustadora; 87 por cento das mortes por câncer de pulmão são provocadas por tabaco.

Segundo a OMS morrem por dia 10 mil pessoas devido ao tabaco. São 416 por hora, o que equivale a dizer que no tempo que se levou a ler este texto (dois minutos) morreram 14 pessoas por causa do tabaco.

E Portugal tem as suas culpas. No seminário, Nuno Miranda contou aos congressistas que na segunda metade do século XVI, veio a Portugal o embaixador francês Jean Nicot, para negociar o casamento de D. Sebastião. As negociações falharam mas Jean Nicot conheceu o historiador Damião de Góis, que lhe apresentou o tabaco. Fascinado, convencido de que tinha propriedades curativas, Nicot enviou-o à rainha Catarina de Médici.

Mais de 450 anos depois é objectivo do Governo português, a médio prazo, reduzir em dois por cento o uso do tabaco a partir dos 15 anos.

Fonte - Sapo.pt

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Ação do Ministério Público Federal através da Procuradoria Geral da República em face das maiores fabricantes de cerveja do país

Ação Civil Pública 

Ação do Ministério Público Federal através da Procuradoria Geral da República em face das maiores fabricantes de cerveja do país, pelo desrespeito e incentivo ao consumo.

Leia na íntegra

Fonte - UNIAD


 

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Com o tabaco, demoramos um século para poder conter a sede de lucro; e, com a maconha, como será?

Zero Hora - Click RBS - Opinião

SÉRGIO DE PAULA RAMOS*

Na última terça-feira, tive a honra de acompanhar o deputado Osmar Terra e o subprocurador-geral de Justiça do Estado, Dr. Marcelo Dornelles, numa visita ao Congresso uruguaio, cujos senadores quiseram saber o que pensamos sobre a legalização da maconha, que está prestes a ser votada no país vizinho.
 
Como médico, que trabalha há quase 40 anos com dependentes químicos, entendi que minha missão era mostrar dados científicos. Tanto os que demonstram os malefícios do uso de maconha, sobretudo em jovens, quanto os que evidenciam o que aconteceu com os países que de alguma forma afrouxaram as leis sobre o consumo dessa droga.

Sobre os danos: o uso de maconha, já está bem demonstrado, causa declínio da produção escolar e acadêmica, aumento da evasão da escola, está associado com aumento na prevalência de esquizofrenia, depressão e acidentes de trânsito, bem como aumenta a chance, em alguns casos em até 60 vezes, de o usuário envolver-se com outras drogas. Esses dados autorizam-nos a prever que as despesas de Estado aumentarão e que o narcotráfico sairá fortalecido, pois, como acabo de informar, aumentará a chance de envolvimento com outras drogas.

Quanto ao ocorrido nos países que, de alguma forma, liberaram seu consumo, parcial ou totalmente, os dados falam por si: Portugal, Reino Unido e alguns estados dos EUA viram o consumo de maconha dobrar. Em Portugal, aumentou também o das demais drogas. O conjunto desses dados está disponível na internet em relatórios de organismos internacionais independentes. Então, a pergunta que fica é: se o consumo de drogas aumentará e com ele os problemas associados, quem pode estar interessado em sua liberação?
Recentemente, o presidente Mujica entrevistou-se em NYC com os megainvestidores George Soros e Rockefeller. Ambos totalmente a favor de proposta uruguaia. Pelo que li nos periódicos uruguaios, a empresa Monsanto também poderia se interessar pelo negócio, fora a indústria do tabaco, ávida por encontrar mercados alternativos, depois de ver minguar o nicho de fumantes.
A saúde pública sairá perdendo, o país também, mas parece que o interesse desses investidores não se preocupa com isso. Com o tabaco, demoramos um século para poder conter a sede de lucro a qualquer preço; e, com a maconha, como será? Esses investidores, inclusive a indústria do tabaco, lucrarão. Infelizmente, no entanto, eu também, pois aumentará o número de pacientes, mas, como sabem, os médicos são profissionais bastante atípicos: nós queremos sempre que nosso mercado diminua e, para isso, vivemos insistindo em prevenção.
No Uruguai, o mercado da droga se expandirá. Repito, infelizmente, acabarei sendo sócio do senhor George Soros. Como dizem os uruguaios, qué vergüenza.

*Dr Sérgio de Paula Ramos *Médico Psiquiatra e Psicanalista (SPPA), Membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Estudos sobre o Álcool e outras Drogas (Abead)

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Efeitos do cigarro são mais pronunciados na mulher e largar o vício também é mais difícil para elas

Ângela estava perdendo a voz por causa do fumo. Tomou a decisão de parar e comemora as duas semanas sem dar uma tragada. 


Não tocou nem sequer em mais uma unidade das duas dezenas que fumava diariamente. Fica feliz ao contar que recusou a oferta de uma amiga que lhe ofereceu um cigarro sem saber de sua nova meta. Agora, Ângela quer recuperar a saúde, a voz, e sonha em fazer parte do coral da igreja.

 
Efeitos do cigarro são mais pronunciados na mulher e largar o vício também é mais difícil para elas
Teresa ouve a história. Começa a contar a sua. Estava sentindo falta de ar e temeu pela própria vida. Decidiu parar. Os olhos enchem de água ao dizer que fumou um cigarro no período em que começou a deixar de lado o vício. Foi consolada pela filha, que dia desses dormiu feliz na cama da mãe, que deixou de levar na pele e nos cabelos o cheiro incômodo da fumaça. Júlia fumou muito mais que um. Cedeu aos encantos de uns oito durante o processo de largar o tabaco. Justifica o estresse em casa, o peso de cuidar da mãe e da família sozinha. O cigarro é a âncora que a acompanha há anos e, agora, acha difícil deixar totalmente de lado essa má companhia que a acalma.

Outras que buscam o mesmo objetivo já veem o benefício de não fumar na pele e no cabelo. Estão se sentindo mais bonitas e há quem deseje inclusive cuidar dos dentes maltratados por tantos anos em contato com a química amarelada. O que muitas não sabem é que a distância do cigarro pode poupá-las de doenças mais graves, como o câncer e a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), que tira, literalmente, o ar de quem, por anos, respirou fumaça.

Os depoimentos de Ângela, Teresa, Júlia revelam certas especificidades do uso de tabaco pelas mulheres. As motivações para começar não são as mesmas dos homens, assim como a dificuldade enfrentada na hora de parar. Em alguns aspectos, elas estão mais vulneráveis e podem ter a saúde mais seriamente comprometida. As três fazem parte do Programa de Controle do Câncer e Tabagismo da Secretaria de Saúde do DF, que ajuda todos aqueles que querem deixar o vício. O grupo feminino corresponde a cerca de 80% dos frequentadores. “As mulheres são mais presentes, cuidam-se mais que os homens. Além disso, pelo instinto protetor, os filhos e os netos são motivações que as levam a parar de fumar”, afirma a assistente social do programa, Lucivane Nishimura.

Segundo o médico pneumologista e coordenador do programa, Celso Antônio Rodrigues da Silva, as mulheres estão adquirindo o hábito de fumar muito cedo, por volta de 14 anos. A pouca idade para começar é inversamente proporcional à dificuldade de parar. Essa jovem que acredita que as tragadas são sinônimo de ousadia, modernidade e até uma forma de espantar a solidão vai sofrer mais quando quiser abandonar o vício. “A mulher que começa a fumar na adolescência tem mais chance de ter câncer de pulmão e de mama do que aquela que começou a fumar depois dos 20”, alerta o médico. Entre o primeiro grupo, a possibilidade de desenvolver um tumor mamário aumenta de15% a 40%.

A relação entre o uso do cigarro ao longo da vida e a incidência de tumores na mama são cada vez mais evidentes. O oncologista Alessando Leal, médico do hospital Sírio Libanês de Brasília, explica que pacientes fumantes enfrentam diagnósticos de câncer de mama mais agressivos do que aquelas que não fumam. “Uma explicação provável é que haja substâncias carcinogênicas no cigarro que agem no epitélio da glândula mamária, o que geraria maior número de mutações e, consequentemente, um tumor mais agressivo”, explica o médico. Se o cigarro não causa a doença, no mínimo, dificulta tratá-la. Sabe-se, por exemplo, que o tratamento do câncer de colo de útero é menos eficaz entre as fumantes.

Companhia perigosa

O estudo Impacto do tabagismo na saúde feminina — divulgado em 2013 pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) — traz uma compilação de dados do mundo inteiro sobre os prejuízos provocados nas mulheres por causa do hábito de fumar. Entre as constatações, está a de que, na Europa, os casos de câncer de pulmão vão ultrapassar os de câncer de mama até 2015. Uma estimativa que reflete o aumento do número de fumantes do sexo feminino nos anos 1960 e 1970 — uma geração que, só agora, sente as consequências.

Descobriu-se nos últimos três anos que as mulheres são mais sensíveis aos efeitos do tabaco. Na prática, elas metabolizam as substâncias psicoativas do cigarro mais rapidamente. Assim, para sentir os efeitos dessas toxinas, elas precisam fumar quantidades maiores. “Há uma suspeita de que o estrogênio estaria relacionado a essa diferença de resposta metabólica. Estudos que comparam as mulheres que fazem reposição desse hormônio na menopausa mostram que elas fumam mais para ter as mesmas sensações”, explica a ginecologista Edina de Araújo, especialista em promoção da saúde pelo Hospital das Clínicas e consultora da ACT.

Edina afirma que os casos de mulheres que morrem em consequência da DPOC triplicou nas últimas duas décadas, enquanto, entre os homens, a mortalidade aumentou 60% no mesmo período. O pulmão feminino também é menor e, por isso, os sintomas respiratórios são mais agudos. Para as que sonham em ser mãe, não há maior vilão. “Fumar aumenta as chances de abortar, de ter o bebê prematuro ou abaixo do peso. Além disso, a fumante tem mais dificuldade de engravidar e seu filho está mais sujeito à morte súbita”, acrescenta a médica.

Não foi a preocupação com a saúde que fez a professora Mohara Melo, 35 anos, parar de fumar. Ela decidiu abandonar o hábito porque era o maior prazer do qual poderia abrir mão quando pensou em fazer uma promessa para recuperar o carro roubado da irmã, que estava sob os cuidados dela. O veículo foi encontrado e o acordo, cumprido. A bela moça, que começou a fumar aos 17 anos, abandonou de vez o péssimo hábito há cinco anos. “Troquei toda a carga emocional que depositava no cigarro pela natação”, comenta. Virou atleta, nada 10km em águas abertas e coleciona troféus. “Descobri uma outra vida. Meu corpo mudou, economizei dinheiro, fui viajar. Ganhei mais saúde. Foi a melhor escolha que fiz”, diz.

Mohara admite que não foi nada fácil, porém. Tinha medo de engordar e, até três anos depois, sentia vontade de dar uma tragada. Hormônios, tensão pré-menstrual, obrigações familiares e profissionais dificultam essa separação da química tão poderosa. “As mulheres apresentam uma possibilidade maior para quadros de depressão e ansiedade, o que dificulta parar de fumar. Também não se deve dissociar a abordagem do tabagismo feminino da compreensão dos contexto de vida delas, geralmente acumulando funções”, avalia a pesquisadora Márcia Trotta, que em 2008 conduziu um estudo de gênero que investigava o tabagismo entre as mulheres da Maré, do Rio de Janeiro. “Elas representam o cigarro, subjetiva e simbolicamente, como um ‘companheiro’, que as ajuda a suportarem seus difíceis e sobrecarregados cotidianos de vida”, acrescenta. Na verdade, um grande inimigo.

Fonte - Portal UAI

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Governo autoriza venda de ‘garrafão’ de vodca de 5 litros

Governo autoriza venda de ‘garrafão’ de vodca de 5 litros
Mariana Congo - Economia & Negócios

SÃO PAULO - Vodca, wodca, wodka, vodka. As embalagens da bebida destilada estampam vários tipos de grafia, mas têm algo em comum: comportam até um litro, conforme a lei permite. Mas isso até hoje. Uma portaria do Ministério da Fazenda publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 6, autorizou a comercialização no varejo de vodcas em recipientes de até 5 litros.

Setor espera usar vodca de 5 litros em ações de marketing. Apesar da novidade, o 'garrafão' de vodca dificilmente chegará às prateleiras de supermercados ou distribuidoras de bebidas.

Segundo a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), a permissão à vodca de 5 litros era uma demanda do setor, mas o principal interesse é ter maior liberdade para realizar ações de marketing com a bebida, principalmente em casas noturnas. Isso incluirá, por exemplo, a confecção de garrafas de tamanhos especiais para exposição nos pontos de venda, como já acontece com o uísque há mais de dez anos.


Os brasileiros compraram 42 milhões de litros de vodca no ano passado. O faturamento do segmento cresceu 10% na comparação de 2012 com 2011, de acordo com dados de mercado da Nielsen. Ainda assim, o Brasil continua a ser mesmo um bom bebedor de cerveja: foram 13,2 bilhões de litros em 2012, segundo o Sicobe, sistema de medição da Receita Federal.

A portaria do Ministério da Fazenda não altera a tributação da vodca.

Fonte - O Estadão

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Após novo vídeo em que aparece bêbado, o prefeito de Toronto, Rob Ford, está pensando em reabilitação, disse seu advogado.

Após novo vídeo em que aparece bêbado, o prefeito de Toronto, Rob Ford, está pensando em reabilitação, disse seu advogado.
Após novo vídeo em que aparece bêbado, o prefeito de Toronto, Rob Ford, está pensando em reabilitação, disse seu advogado.

Dennis Morris afirmou à Associated Press nesta sexta-feira que Ford está considerando suas opções, incluindo o tratamento, mas que é melhor que a informação seja confirmada com o próprio prefeito.

Na última quinta-feira (7), o prefeito da maior cidade do Canadá disse que estava extremamente embriagado no vídeo e que estava envergonhado por isso.

Ford admitiu em uma confissão surpreendente na terça-feira (5) que fumou crack enquanto estava bêbado cerca de um ano atrás. A polícia disse na semana passada possuir um vídeo que mostra o prefeito consumindo a droga.

Rob Ford, prefeito de Toronto, em coletiva de imprensa, na qual admitiu ter fumado crack em vídeo obtido pela polícia
A mãe do prefeito o defendeu na quinta-feira (7), dizendo que ela o aconselhou tratar seu enorme problema de peso, bem como o seu problema com a bebida, e ter atenção as suas companhias.
No entanto, ela insistiu que seu filho não é um viciado e não tem necessidade de entrar em reabilitação.
Críticos e aliados renovaram suas alegações de que Ford não está apto a liderar a quarta maior cidade da América do Norte, após o novo vídeo mostrá-lo em um ataque de raiva incoerente. O contexto do vídeo, divulgado pelo jornal "Toronto Star", é desconhecido e não está claro quem seria o alvo da ira de Ford.

Os vereadores, por sua vez, seguiram com esforços para tirar Ford da prefeitura, mas não há um caminho legal claro para fazer isso. A legislação municipal não prevê afastamento forçado do prefeito, a não ser que ele seja condenado e preso por uma ofensa criminal. A polícia não incriminou Ford, dizendo que o vídeo não fornece provas suficientes contra ele.
A polêmica em torno Ford começou na semana passada, quando a polícia anunciou que havia obtido um vídeo que já havia sido denunciado pela imprensa, no qual Ford aparece fumando crack.
Após desmentir a acusação, o prefeito assumiu publicamente que havia fumado crack e pediu desculpas em entrevista coletiva. Ford anunciou que não vai renunciar e que irá concorrer a reeleição no ano que vem.

Fonte - O Estado de São Paulo
 
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Governo federal investe em arsenal contra o consumo do crack

União gasta R$ 13 milhões em armas não letais para serem usadas por PMs em cracolândias


Vinicius Sassine - O Globo

BRASÍLIA - O governo da presidente Dilma Rousseff está armando as polícias nos estados com pistolas de eletrochoque e spray de pimenta em espuma e em gel para uso em locais de consumo de crack. Apesar de o programa “Crack, é possível vencer” ter sido lançado por Dilma em seu primeiro ano de mandato com a promessa de uma nova abordagem diante do consumo epidêmico da droga, recursos do Ministério da Justiça são destinados para equipar as Polícias Militares com armas de baixa letalidade, a serem utilizadas nas cracolândias país afora.

O Globo / Marcia Foletto

Em 2012, o Ministério da Justiça começou a gastar os R$ 13,2 milhões previstos para a compra do armamento, fornecido pela Condor S/A Indústria Química, sediada em Nova Iguaçu (RJ). Dois contratos com a Condor, assinados em 2012 com dispensa de licitação, preveem desembolsos de R$ 14,7 milhões com armas de baixa letalidade. Os documentos detalham que R$ 11,7 milhões se referem às pistolas de choque e R$ 1,5 milhão, aos tubos de spray de pimenta. Todo o material deve ser usado nas cracolândias. O restante do dinheiro se refere à aquisição de quatro tipos de bombas de gás lacrimogêneo, seis de granada explosiva, projéteis e cartuchos de efeito moral. Pelo contrato, o material se destina à Força Nacional de Segurança Pública. Não há explicação sobre o uso a ser dado às granadas.
A empresa de armamento — que descreve sua atividade no cadastro da Receita Federal como “fabricação de artigos pirotécnicos” — faz a entrega diretamente nas sedes das secretarias de Segurança Pública das 27 unidades da Federação, conforme previsto em contrato. Todas as pistolas já foram distribuídas, como confirma o Ministério da Justiça.

Armas para ‘policiamento comunitário’

O governo federal já fazia a distribuição de armamento de baixa letalidade aos estados, mas foi a gestão de Dilma que atrelou a compra de pistolas e spray de pimenta ao combate ao crack. Uma análise dos gastos do Ministério da Justiça com esse tipo de equipamento mostra que, a partir de 2012, a maioria das compras feitas se referia ao “Crack, é possível vencer”. Os dois contratos assinados com a Condor especificam a destinação das armas de baixa letalidade: “policiamento ostensivo de proximidade nas regiões de consumo de crack e outras drogas ilícitas”. O contrato anterior, de 2010, não previa tantos equipamentos que passaram a ser distribuídos às PMs. Eram apenas dois tipos de spray de pimenta.

A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Maria Miki, assina pelo Ministério da Justiça os dois contratos com a Condor destinados ao programa de combate ao crack. Em entrevista ao GLOBO, ela afirma que o armamento enviado às polícias nos estados faz parte do “policiamento comunitário” e não deve ser utilizado contra usuários.
— Eles se destinam à organização dos territórios, posterior à retirada dos usuários, que deve ser feita pelos agentes de Saúde. Onde tem usuário tem território degradado, e esses locais precisam ser reurbanizados — destaca Regina.
A “reurbanização” proposta pela secretária nacional de Segurança Pública envolve um arsenal de 3,5 mil pistolas de condutividade elétrica (os chamados tasers) e mais de 10,5 mil tubos de spray de pimenta. Regina Miki afirma ainda que a compra de armamento de baixa letalidade a ser encaminhada aos estados passou a fazer parte exclusivamente do “Crack, é possível vencer” porque o programa inclui ações de policiamento comunitário. Segundo Regina, equipamentos começarão a ser fornecidos aos municípios fora do programa.
— Se pedirem, eles terão. Os editais já foram lançados — diz.

Críticas das áreas de direitos humanos e saúde

Bem antes de armas de baixa letalidade se popularizarem nas ruas do país, como instrumento de repressão à onda de protestos iniciada em junho deste ano, a compra dos equipamentos pela União dentro do programa de combate ao crack sofreu forte resistência dentro do governo. As críticas às discussões conduzidas pela Casa Civil da Presidência partiam principalmente das áreas de Direitos Humanos e Saúde do governo, que diziam ser contra a compra das armas em função de um possível “descontrole” do uso pelas polícias.
A secretária nacional de Segurança Pública afirma que não é atribuição do Ministério da Justiça acompanhar eventuais “desvios de conduta” no uso do armamento:
— Não houve nenhuma notificação de desvio do uso. A análise deve ser feita pelas corregedorias das polícias.
Os exageros no uso de armas de baixa letalidade durante os protestos levaram a uma série de medidas em diferentes instâncias. Em junho, o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), vinculado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, editou duas resoluções com o propósito de restringir o uso desse tipo de armamento. No calor da repressão aos protestos, um grupo de trabalho foi criado para analisar o impacto dos equipamentos na saúde das vítimas e para monitorar o uso, inclusive com o “aperfeiçoamento das políticas públicas voltadas para a utilização de armas de baixa letalidade”. “O uso somente é aceitável quando comprovadamente necessário para resguardar a integridade física do agente do poder público”, diz uma das resoluções.

Os documentos levaram em conta uma manifestação da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), que integra a Procuradoria Geral da República (PGR). O procurador federal, Aurélio Rios, foi o relator da proposta das resoluções. Na manifestação, ele citou um dado da Anistia Internacional, que aponta 500 mortes em dez anos nos Estados Unidos causadas pelo uso de pistolas de eletrochoque. “É necessário implantar a padronização da utilização dos instrumentos de menor potencial ofensivo”, sugeriu o procurador. No Rio, o Ministério Público Federal recomendou a restrição no uso de bombas de gás durante as manifestações.
— O uso de arma de baixa letalidade é considerado um indicativo de tortura. Na questão do crack, definitivamente, nenhum tipo de arma deve ser utilizado. Não se trata usuário com arma nenhuma, e, no caso de pequenos traficantes, a polícia tem outros meios para prender — disse ao GLOBO a representante do Brasil no Subcomitê de Prevenção da Tortura (SPT) da Organização das Nações Unidas (ONU), Margarida Pressburger.
Para o procurador regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, Jefferson Dias, o governo federal precisa rever o financiamento de armas de baixa letalidade dentro do programa de combate ao crack:
— Não se trata essas pessoas com armamento. Essa é uma questão de saúde, e não de segurança.
O delegado Orlando Zaccone, titular no Rio da 15ª Delegacia de Polícia (Gávea), relaciona a compra de armas ao “negócio” que move a segurança:
— Os equipamentos têm prazo de validade e precisam ser usados, para que outros sejam adquiridos. Isso explica a chuva de bombas nas manifestações. Essas armas, em vez de reduzirem o poder letal do Estado, serão usadas onde antes havia apenas cassetetes, ou seja, em espaços públicos com multidões ou usuários de drogas.

A cartilha do “Crack, é possível vencer” faz uma referência genérica ao armamento enviado aos estados, chamado de “tecnologias de menor potencial ofensivo”. Segundo a secretária Regina Miki, o uso das armas segue protocolos da ONU. Uma portaria de 2010, com diretrizes genéricas para o uso da força por agentes de Segurança, e normatizações do ministério orientam o emprego do armamento, segundo afirma a secretária:
— São alternativas às armas de fogo. Tem momentos em que a PM tem de ir além da prevenção. Entregamos as armas, capacitamos, e existe o protocolo de uso. O ministério pode fiscalizar se o equipamento não estiver sendo utilizado no território acordado.

Fonte - O Globo

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