• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

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Como acabar com a cracolândia

Quem quer acabar com a cracolândia



Alguém já deve ter escutado o ditado que diz: "O mundo é perfeito, os seres humanos é que são complicados...". Bom, conforme o tempo passa, eu pessoalmente acredito cada vez mais nessa máxima.
O mundo, na verdade, anda complicado. Uma coisa que aprendi na vida, é que quando se trata de algo que envolve pessoas diferentes entre si, seja uma empresa, uma associação, etc, se nós colocarmos nossas "personalidades" acima dos "princípios", problemas com certeza vão acontecer. Então, hoje vivemos em um mundo polarizado, como algumas pessoas chamam, ou seja, pontos de vista opostos, opiniões opostas, e conflitantes entre si pela intolerância pessoal de cada um, e aí, entra a parte "personalidades acima de princípios". Mas, então não devemos ter uma opinião firme, ou posicionamento sobre os mais variados assuntos? Lógico que sim, a questão é não radicalizar estas opiniões, ou seja, respeitar o contraditório, respeitar os divergentes.

Eu pessoalmente tenho uma posição política, defendo esta posição com os argumentos que entendo serem coerentes, e tenho uma opção por regime econômico. Não se deve confundir regime de governo (presidencialismo, parlamentarismo, ditadura, etc), com regime econômico (basicamente socialismo, e capitalismo), apesar de que, alguns regimes de governo também o são econômicos, mas há outros distintamente separados. 

A Cracolândia
Como acabar com a cracolândia
Cracolândia antes da "remoção"
O que é a cracolândia? É de direita? De esquerda? De centro? Ou liberal? É pois capitalista, ou socialista? Pois é...nenhuma das opções. A cracolândia, também não é um "problema" por assim dizer, mas sim, um RESULTADO, uma consequência, um reflexo.


Cracolândia, terra do crack

Porque é chamado de cracolândia? Bom, não é só porque lá, neste local, tem, ou havia o "crack" a vontade, que é a droga em questão. (Veja: O que é droga?) Chamou-se de cracolândia, pois o local faz uma referência a permissividade, a liberalidade, ou seja, uma espécie de área livre para o uso desta substância, e de outras...Sem lei, sem ordem, sem condições de vida, sem alimentação regular, sem assistência, sem nada. Sob este ponto de vista, o Brasil então, ou algumas áreas do Brasil, poderia ser chamado de uma grande cracolândia, não? Lógico, o único detalhe é que naquela cracolândia de São Paulo, e em outras similares por capitais do país, a CONCENTRAÇÃO é destacada. 

No caso da CRACOLÂNDIA BRASIL, tudo fica mais "espalhado"...A CRACOLÂNDIA BRASIL, é o resultado de, ou igual a: falta de emprego, falta de qualificação, estrutura em saúde e saneamento, segurança, falta de moradias, falta de investimento, falta de opções.

A CRACOLÂNDIA SÃO PAULO, é o resultado de: 

1 - Uma droga muito "eficaz" no que tange a destruição do ser humano;
2 - Negligenciamento público quanto a estruturação de locais adequados para tratamento de dependentes químicos;
3 - E os pontos restantes são inerentes à CRACOLÂNDIA BRASIL.

Nas redes sociais, pode-se acompanhar os mais diversos pontos de vista:


  • Existem os defensores da cracolândia (acredite, existem e não são usuários...);
  • Existem aqueles que simplesmente opinam em "matar" todos e ponto;
  • Outros dão soluções religiosas, médicas, ou policiais;
  • Outros realmente gostariam de fazer algo, mas não sabem o que fazer.

A realidade é que, essa situação, e outras iguais no país e no mundo até, não se resolvem do dia pra noite, elas são um "RESULTADO", não um acontecimento. E resultados vem de ações ou omissões, resultados podem ser POSITIVOS, OU NEGATIVOS, e logicamente no caso da cracolândia, são negativos.

Agora, importa menos a questão: Como chegamos nesse ponto?, do que a questão: O que faremos? Num caso desses, não importa mais, ao menos para estas pessoas que estão "presas" a essa dependência, como é que a cracolândia surgiu, mas sim, qual a solução não só para por fim a cracolândia, mas a solução para as vidas destas pessoas.

Um aparte 
Como acabar com a cracolândia
Usuário de crack
Na época da escravidão, ou melhor, na época em que o fim da escravidão ganhou espaço nos países, um questionamento era feito (e inclusive pelos próprios escravos), na sociedade daquela época: "O que faremos com nossa liberdade". Sim, pois que, um indivíduo que até ontem, era considerado por muitos um mero "animal", não um ser humano, perguntava-se quais perspectivas teria para o futuro. Emprego, casa, condições de vida, alimento, etc...E realmente, é inegável o quanto a sociedade, em boa parte uns mais outros menos, pelejou no que diz respeito ao racismo, e isso até os dias atuais.

Bom, nesse aparte, vale a mesma pergunta para os "escravos" da cracolândia: "O que eles farão com a liberdade?", ou melhor dizendo, "O que farão após serem libertados da cracolândia?". Logicamente, continuam escravos de uma doença, do vício, do crack, e sob este aspecto, qual perspectiva de vida e/ou de sobrevida? Ainda há um porém, diferentemente do aparte apresentado, a escravidão dos tempos antigos, era uma condição mais externa (imposta) do que interna. Já, a escravidão do crack, se impõe basicamente por uma escravidão interna, é essa, é mil vezes pior, nesse sentido já disse Mahatma Gandhi:


"A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência." 
Como acabar com "as cracolândias"

Então, o que fazer? Já sabemos, que acabar simplesmente com a cracolândia, não vai resolver a questão dos indivíduos que estão lá, é o primeiro passo, sim pois, o primeiro passo é a ordem, a presença de "sociedade civilizada", lei, sem isso, nada ocorre. Naquela situação, agora recente em São Paulo, em minha opinião o poder público agiu corretamente em sua postura firme, devolvendo aparentemente ao local, a presença de "sociedade civilizada", com lei, e ordem, mas, infelizmente, não tinha um plano preparado para o "The day after". Volta-se a questão: o que o "escravo" vai fazer, após "libertado" do "local de cativeiro", sim, porque em verdade, CONTINUA ESCRAVO do crack...

É complicado. Certamente, ainda mais do jeito que o nosso país anda (quebrado e corroído pela política em todos os níveis), não vai ser da noite pro dia, que a solução vai ser realizada. Planos, vontade e ideias, tem dezenas, centenas...mas o que falta é o OBJETIVO, o CONCRETO, o real e possível a FAZER. 


NÃO SE RECUPERA NINGUÉM, ainda mais um dependente de crack, com: bolsa crack, pensão paga pra morar, ou até mesmo trabalho (ainda que essencial após o processo de tratamento). Um dependente de uma droga tal qual o crack, "desaprende" a viver, perde a estrutura interna, ou seja, é impraticável querer (salvo 1 em 1 milhão) retirar o indivíduo de uma condição de rua, e total dependência de uma droga, e querer imediatamente REINSERI-LO na sociedade. É um absurdo, porque não dizer, uma perca de tempo. Esse cidadão, deve passar obrigatoriamente por um TRATAMENTO, quer seja, internação, ou ambulatorial, e na maioria dos casos em se tratando de crack, ambulatorial não surte efeito. A pessoa deve ser "afastada" do meio social comum, para REAPRENDER hábitos, receber assistência médica, psicológica, e ter conhecimento de um tratamento psicoterapêutico que vá nortear sua vida no pós internação, além de, acima de tudo, buscar a Deus. Com a devida licença a ateus e etc, a crença em um Poder Superior (da forma e maneira como a pessoa concebe, seja evangélico, católico, luterano, etc) e o auxílio Deste, é FUNDAMENTAL na recuperação, logicamente na vida de cada um de nós, mas daí vai da crença pessoal de cada indivíduo. E porque? A Dependência Química é uma doença, com características: sociais(comportamentos), físicas(tolerância), psicológicas(compulsão e dependência) e espirituais. A questão do lado espiritual da doença DQ, é de que entre outras coisas, somente algo MAIOR que nós mesmos, ou que o próprio dependente, pode suprir, e substituir, e ajudar, e devolver a SANIDADE à ele, pois que, se sugere que seja um Deus, ONIPOTENTE, AMOROSO, E MISERICORDIOSO.
(Veja: Tratamento para DQ, Biologia da Toxicodependencia)
Muito importante, agora sob o aspecto do usuário, é que: é necessário QUERER..não há recuperação possível e eficaz, se a pessoa não quer. Em estando disponíveis os meios, sejam eles quais forem e de que tipo forem, de nada vão adiantar se o indivíduo não quiser.

Discordo que, a internação compulsória, se devidamente organizada, e supervisionada, não seja indicada. Não sou médico, mas ver um médico dizer simplesmente que não deve se internar a força um dependente grave de crack, por questões vazias, e sem sentido, embrulha o estômago. 

Veja, é uma condição quase que essencial, que o indivíduo queira se recuperar. Mas, por outro lado, quando e se, a pessoa chega em um extremo de um condição tal, que não tem mais capacidade de se auto-governar, vivendo exclusivamente para a droga, nesse caso, ainda que a pessoa não queira, é válido a internação "forçada". É uma OPORTUNIDADE, e existe a possibilidade, que mesmo de maneira forçosa, o indivíduo possa desenvolver a vontade pela recuperação. Porque senão, qual a outra opção? Se não vejamos, se a pessoa não quer: Tratar-se, trabalhar, não quer ajuda, então ok, fica nas ruas por conta, mas então formam-se aí, as cracolândias da vida, em São Paulo, no Rio, em Porto Alegre, e por aí vai. E aí? Ficam ali, sustentando parasitas humanos (traficantes) por intermédio de furtos, roubos, e mortes? Qual a opção, criar guetos? Lógico que não.


Nesse sentido então, o país, o nosso país demanda de logicamente o básico para todos os cidadãos, veja, se pessoas que não tem nenhuma dependência, que vivem e trabalham etc, já não tem a estrutura adequada por parte do governo, sejam, escolas de qualidade e inteiras, hospitais públicos, programas de financiamento a moradias(honestos e que funcionem), rede social, rede viária, estrutura de segurança, etc, ainda mais nessa situação, os dependentes de drogas. Ou devem ser construídos centros de recuperação, ou e acredito ser o melhor, aumentar recursos para Comunidades Terapêuticas e Clínicas de Reabilitação. Porque é melhor a segunda opção? Porque no Brasil, já é tradição o governo "não funcionar direito", tudo fica bonito somente no papel, então, terceirizar estas ações, seria mais barato, e teria um serviço de melhor qualidade. Ao governo, caberia simplesmente fiscalizar, só.


Como acabar com a cracolândia
Traficante na cracolândia
O fim da cracolândia em São Paulo, é ótimo, excelente, e necessário...mas faltou um planejamento anterior, e isso não é somente responsabilidade deste governo que lá está, e sim, de todos os governos anteriores, pois a bem da verdade, existem governos, que tem sim é interesse que a cracolândia continue, a cracolândia é "boa" para eles no sentido em que: cria certo caos, cria dependência do governo, desvia a atenção.Essa é a mais pura verdade. Afora é claro, que a "estrutura" definida como cracolândia, é também do interesse e dirigida por criminosos do tráfico, que tem nos usuários, verdadeiros soldados que vão defender "esse território", por apenas uma pedra, matarão em alguns casos, se preciso for.

Não é humanamente possível admitir, que seja aceitável uma situação destas. Não há justificativa. A "força" policial é totalmente justificada porque existia, nesse caso, uma situação de crime, de direito das pessoas circunvizinhas ao local, de segurança, e de saúde pública, então, lógico que os usuários vão "resistir", pois estão apoiados pelos traficantes do local, dessa maneira, não há outro meio senão a intervenção pelo uso da força necessária, para desimpedir a rua, prender os criminosos, e promover a ordem.

Sabemos que, o "problema" é bem maior, o "buraco é bem mais em baixo". O Brasil, de norte a sul, sofre com suas "cracolândias" espalhadas por todas as cidades, dizimando vidas, famílias, e recursos sociais. O país sofre com a miséria humana da corrupção, da indecência humana governamental, milhões de desempregados, ingerências de toda sorte em todos os níveis (hospitais, escolas, habitação, etc), o país, parece que nunca vai "funcionar" de verdade. 

Legalizar, não é solução, como no caso da maconha. Drogas, não são a solução pra nada, já chega as lícitas como o álcool, pra que aumentar este Rool? É preciso educar, informar, fazer por exemplo o meu filho saber (na idade certa e com a informação correta) que ninguém precisa de drogas para viver, para trabalhar, ou estudar, e etc, etc, etc e tal. O foco nessa informação adequada, e evitar primordialmente a experimentação, isso diminui drasticamente os riscos.


A fé em dias melhores, é que mantém muitas pessoas neste mundo, de pé e confiantes.


Mais 24Hrs

Existe recuperação ?


Muitas pessoas, quando falam sobre dependentes químicos, ou em linguajar comum, viciados, drogados, fazem esta pergunta, talvez a si mesmas, ou aos seus interlocutores.
A droga, e falamos do álcool aqui também, acompanha o homem desde os primórdios dos tempos. 

Breve história

O uso de drogas parece ser tão antigo quanto a humanidade. As primeiras referências sobre a papoula, de onde é extraído o ópio, se encontram em tábuas sumerianas, na Mesopotâmia, datando de três a quatro mil anos antes de Cristo (Werebe, 1982). Presume-se que foi a partir do território onde se situa atualmente a Turquia, a Síria, o Iraque e o Irã, que se difundiu o cultivo da papoula para o Ocidente, atingindo o Egito, onde foram descobertos papiros que relatam a larga utilização do ópio, mil e quinhentos anos antes de Cristo. 

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Na China, a papoula já era conhecida e empregada para fins medicinais desde o oitavo século. A reintrodução do ópio no país, através de Formosa, aconteceu no século XVIII. Na América do Sul, desde tempos imemoriais, o homem usa a coca. Mascando suas folhas, os índios adquiriam vigor e energia. O conquistador espanhol reconheceu rapidamente o perigo de tal hábito para os seus soldados. Por esse motivo, houve, em 1569, a proibição da mastigação das folhas de coca pelos colonizadores. 
Desde o norte da Sibéria, passando pelas bacias de Ob, Ienissei e Lena, chegando ao Tibete, Turquestão e Usbequistão, o uso do cogumelo alucinógeno Amanita Muscaria traz uma história antiga. Esse uso está intimamente ligado ao xamanismo, descrito pelos viajantes e antropólogos dos séculos XVIII e XIX. Na América Central, o peyotl é largamente usado em cerimônias religiosas. A maconha, a mais utilizada das drogas, cresce em muitos lugares e climas. Marco Polo observou seu uso nas cortes orientais entre os emires e os sultões. É muito usada no vale do Tigre e Eufrates, nas Indias, na Pérsia, no Turquestão, na Ásia Menor, no Egito e em todo o litoral africano.

A partir dessa "pincelada" histórico-geográfica, fica demonstrada a intimidade dos homens, de todas as partes do mundo, desde os tempos mais longínquos, com os mais variados tipos de drogas. De todas essas curiosidades, o que pode nos interessar nesse momento é refletir sobre o consumo de substâncias químicas que produzem alterações de consciência é sua relação com as necessidades e anseios humanos. 

 

Como nos lembra Huxley, em sua discussão sobre a história do homem com as drogas, "a necessidade é a mãe da invenção". Sendo assim, o homem primitivo explorou o universo farmacológico com perfeição espantosa. Nossos ancestrais não deixaram por descobrir quase nenhum estimulante, alucinógeno ou estupefaciente naturais. Não podemos nos esquecer de que, se a farmacologia moderna nos deu uma série de novos sintéticos, ela não fez grandes descobertas básicas no campo das drogas naturais, ela simplesmente aperfeiçoou os métodos de extração, purificação e combinação. Pelas evidências de que dispomos, podemos supor que o homem primitivo experimentou todas as raízes, galhos, folhas e flores, todas as sementes, frutos e fungos do seu ambiente. 

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Voltando a pergunta: Existe recuperação ? O detalhe, em toda esta "história", é que o uso de drogas, não é uma simples experiência casual. Em virtude da doença, chamada de Dependência Química, esta "experiência" pode com grandes chances, ser mortal, e destruidora. 

Muito antes disto, o uso de drogas, incluindo o álcool em seu uso recreativo, é consequência da incessante busca do homem pelo prazer imediato. Subterfúgio perigoso, para aliviar a dor, a frustração, o medo, a raiva, até a própria alegria. Seria correto afirmar, que o uso, a grosso modo, advém da inabilidade do indivíduo, de lidar com ele mesmo, e com as situações cotidianas. Também e/ou conjuntamente, pode advir como consequência da educação, formação, e/ou do meio ambiente em que o indivíduo vive, cresce. Mas o que é recuperação? Talvez, o que para alguns seria recuperação, para outros, seria um "estado normal". Quando falamos de recuperação aqui, trata-se em última análise, da reversão de uma situação grave, qual seja, o uso descontrolado de substâncias, e as consequências inerentes.

Transformações - "O médico e o monstro"

Mas, em que se transforma o indivíduo que faz uso de drogas ? A princípio, em nada do que ele já não era, antes de usá-las. Mas então poderíamos nos perguntar: Como? Nos deparamos com tantas brutalidades e insanidades que alguns "viciados" cometem? 

Pra início de conversa, inúmeros outros sociopatas, e psicopatas cometem crimes, sem usar drogas. A droga, é primeiramente, um agente potencializador, daquilo que temos dentro de nós mesmos. Então é um fato que, ou somos bons, ou ruins ? Também não. Somos doentes ! Ou melhor: desvios de caráter, falhas na personalidade, desvios de conduta, fraquezas, tudo isto fruto de um processo que pode acontecer ao longo de anos...onde o resultado, é um ser humano doente, com ausência de valores, dentre outras coisas, e principalmente para quem crê, ausência de Deus. Mas, e se eu não acredito em Deus? Bom, não importa, resta provado que uma das buscas do homem, é por algo superior a si mesmo, e que a espiritualidade transcende e modifica o homem, e o seu modo de pensar, ainda que esta crença esteja baseada em diferentes modelos de divindades.

Acreditar, que uns nascem bons, e outros ruins, acreditar que uns nascem com "má índole", outros não, acreditar que, caráter falho não tem cura, é absurdamente medieval, estúpido, e (novamente para aqueles que creem) totalmente contrário a Deus. Seria crer, que Deus estaria brincando em um jogo aleatório, onde hora sim hora não, ele enviasse um "santo" e um "demônio" em forma humana. 

A onisciência divina, segundo a crença cristã, prevê logicamente tudo e sabe o que cada um fará na terra, é atemporal. Eu, pessoalmente, creio ser(muito longe de mim achar o que Deus faz ou não faz) esta, exatamente uma PREVISÃO no sentido literal. Porquê? Porque se fosse o contrário, seria a história anterior, de enviar uma alma boa, outra má aleatoriamente. Todos podem portanto, mudar seu próprio "destino" pelo livre arbítrio, seja individualmente, seja por influência externa. Assim como todos são resultado de uma equação complexa que envolve valores recebidos, estruturas emocionais, fatores externos culturais, influências externas sociais e religiosas, etc, ou seja, uma espécie de "programação", e se há uma programação,então todos podem ser reprogramados, e aí reside a dificuldade, principalmente em adultos. O "grosso" da programação (que nos é relevante) humana (idioma, valores, alfabetização, habilidades sociais, habilidades emocionais, etc) acontece entre 2 e10/12 anos de idade. Resta provado que inclusive, uma criança pode aprender mais de um idioma(além do idioma pátrio) com muito mais facilidade do que um adulto.


Sendo assim, todos nós, todos os seres humanos nascem com a capacidade de fazer tanto o bem, quanto o mal. Então, diversas circunstâncias, fatores e variáveis irão influenciar, o que irá se sobressair. Veja o exemplo de uma máquina, um computador, ou smartphone, que serve a um determinado propósito, nós a programamos para realizar tal tarefa. Assim somos, desde o nascimento, "programados" por meio da família, do meio, da sociedade, somados a fatores genéticos (predisposição para doenças psicológicas e físicas até), religião ou ausência desta, da abundância material ou da penúria, enfim, um complexo conjunto que irá determinar e dar probabilidade ao resultado final daquilo que seremos quando formos adultos, entrando aí também, nossa capacidade individual de escolha. Mas tal qual uma máquina(neste aspecto), somos também passíveis de MUDANÇA, DE "REPROGRAMAÇÃO". E aí, diferentemente de uma máquina (que não sofre no processo da mudança, qual seja uma consequência, a dor), nós sofremos por meio da possível "dor" interior, esta mudança, porque estas mudanças a que nos referimos, não são mudanças do tipo: mudar o horário de acordar(e isso pra alguns já não é fácil), mudar de marca de creme dental, etc. São as mudanças de atitudes e posturas enraizadas em nosso ser, convicções e crenças que possam neste ponto, estar nos prejudicando, mas deixá-los nos seria e é penoso, dada a "profundidade" em que estes "residem" em nós. Sendo que em geral, mudamos(sob diversos aspectos) quando estamos perto do "abismo", quando chegamos ao limite, quando um "choque" nos proporciona abrir os olhos. A história da humanidade nos mostra isto.

Pensando assim, os genes herdados se apresentam como possibilidades variáveis de desenvolvimento em contacto com o meio e não como certeza inexorável de desenvolvimento. Sensatamente, o ser humano não deve ser considerado nem exclusivamente ambiente, nem exclusivamente herança, antes disso, uma combinação destes dois elementos em proporções completamente insuspeitadas.

O ser humano não deve ser considerado um produto exclusivo de seu meio, tal como um aglomerado dos reflexos condicionados pela cultura que o rodeia e despido de qualquer atributo mais nobre de sentimentos e vontade própria. Não pode, tampouco, ser considerado um punhado de genes, resultando numa máquina programada a agir desta ou daquela maneira, conforme teriam agido exatamente os seus ascendentes biológicos.

Seguindo essa ideia a definição de Personalidade poderia ser esboçada da seguinte maneira:

"PERSONALIDADE É A ORGANIZAÇÃO DINÂMICA DOS TRAÇOS NO INTERIOR DO EU, FORMADOS A PARTIR DOS GENES PARTICULARES QUE HERDAMOS, DAS EXISTÊNCIAS SINGULARES QUE EXPERIMENTAMOS E DAS PERCEPÇÕES INDIVIDUAIS QUE TEMOS DO MUNDO, CAPAZES DE TORNAR CADA INDIVÍDUO ÚNICO EM SUA MANEIRA DE SER, DE SENTIR E DE DESEMPENHAR O SEU PAPEL SOCIAL". Fonte - Ballone GJ, Meneguette JP- Teoria da Personalidade - Geral, in. internet PsiqWeb, disponível em www.psiqweb,med.br, atualizado em 2008 
 
PERSONALIDADE:
é a sua identidade, em relação ao que os outros pensam ao seu respeito, mas que muitas vezes, não representa o que você é. (aquilo que você vê na outra pessoa, ou eles vêem em você).

CARÁTER:
é tudo aquilo que você é na sua intimidade e ninguém sabe, são atitudes repetidas diariamente que moldam o seu caráter.

TEMPERAMENTOS:
Temperamentos são qualidades que já nascem com o indivíduo, é genético, ou seja, é aquilo que não é aprendido.

Então, a droga não tem culpa ? 

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Sem dúvida que tem, óbvio. O usuário, não será salvo por Jesus, não será salvo por um psiquiatra, ou por uma Comunidade Terapêutica, ou por Buda, ou pelo Espiritismo, enfim. O usuário, o indivíduo que faz uso de drogas, será salvo de si mesmo, por ele mesmo. Tudo o mais citado, mesmo Jesus Cristo, nada poderá fazer (não porque ELE não quer ou não pode, mas pelo livre arbítrio que ELE nos nos deu), se não houver ao menos um "grão de areia" de motivação para sobreviver, para mudar, por parte daquele que precisa. Claro que todos estes fatores acima e muitos outros, sozinhos ou em conjunto, podem ser "fluídos", ou "indutores" que possibilitarão melhores chances do indivíduo PARAR, PENSAR POR UM INSTANTE, E TALVEZ FAZER UMA NOVA ESCOLHA, ainda que esta escolha não traga todos os resultados imediatos que quer, mas que é o Primeiro Passo, tão coincidentemente, admitir o problema, reconhecer a derrota, aceitar ajuda, querer mudar.

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MUDANÇA INTERIOR! 

Talvez um dos processos mais dolorosos pelo qual poderia passar um ser humano. Transformação, modificação. A dor neste processo, é presente, porque comportamentos, crenças, e idéias erradas, concebidas e aprendidas às vezes por anos a fio, estão "fixadas" em nosso íntimo,como que se fizesse parte de nós mesmos. Talvez, seja fácil imaginarmos a seguinte situação: Se cada ação nossa, tem uma consequência, boa ou ruim, é pela lógica ter a certeza de que, somos resultado daquilo que desejamos, e pensamos. Daquilo que "cultivamos" em nós mesmos...

A parte disso, nós seres humanos, maravilha da criação, também somos ou estamos representados também nesta velha frase: "A maldade humana, não tem limites..." E a história nos prova isto, até os dias atuais. Guerras, fome, miséria, corrupção, violência, morte...

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De sorte que também, nem todos atingem graus de insanidade absoluta no mundo das drogas, mesmo usando-as em grandes proporções...Isto, por si só, já é um alívio. Isto, é a matemática citada acima: Somos resultado daquilo que pensamos, daquilo que aprendemos ao longo da vida, o meio, o ambiente, a família, tudo contribui para este resultado, ainda que o usuário possa fazer coisas impensáveis, muitos destes talvez dificilmente irão ter ações que tragam sérias e violentas consequências. Porém, e paradoxalmente falando, o uso de drogas ainda que ausente de ações graves, por si só é um ato de extrema e brutal violência, contra a própria pessoa que faz o uso. Tal qual uma fogueira que se inicia com uma fagulha, enquanto no processo do uso, a insanidade pode se iniciar com pequenos atos, e terminar acabando com a própria vida.

Existe recuperação ? 

Esta pergunta deve ser feita em todos os sentidos: aos dependentes químicos ou "drogados", aos políticos, às famílias doentes, aos homens de guerra, aos fanáticos religiosos, aos empresários gananciosos, aos destruidores, aos senhores de armas, à sociedade de consumo, à sociedade prostituída de suas decências e virtudes....Existe recuperação dos valores ?

Sim....eu creio. Pra tudo tem um jeito...só para morte não há. Mudança, mudança, mudança. Sem ela, nada vai acontecer, sem mudança não existe recuperação. E a mudança, bem, toda a mudança em geral causa certa "dor"...Mas, nós somos seres extremamente adaptáveis. E ao final do processo inicial, o oposto ocorre, e a dor se transformará em tranquilidade, e em paz de espírito.


Mais 24hrs de Paz e Serenidade

Autor - Emerson 
(artigo original 2012 - atualizado em 30/10/2016)

Álcool - Qual o prazer?

Prazer do Álcool

Álcool - Qual o prazer?

Se considerarmos que: 
Os adultos brasileiros bebem, em média, 8,7 litros de álcool puro por ano - quantidade que já foi maior, mas continua sendo uma das mais altas nas Américas e supera a média mundial, segundo um recente informe da Organização Mundial da Saúde (OMS)." (Dados de 2015 - BBC,2015) tem-se a ideia do quanto o álcool é comum, nas sociedades ocidentais, e na cultura brasileira de um modo geral. Você entra em um supermercado por exemplo, e pessoas bebem latas de cerveja, enquanto fazem suas compras. Festas de todo tipo, desde familiares até festas frequentadas pela juventude, reuniões, conversas, celebrações, comemorações, enfim, em quase tudo está ligado o consumo do álcool, e nas "rodas" onde não é tão usual o consumo, basta ter um ou dois usuários, pra que seja feita a introdução.

O álcool, sob todos os aspectos, do vinho aos destilados, pode causar dependência física e psíquica, sendo a dependência física uma das mais fortes que existem, entre as dependências. (Como agem as drogas no SNC - Álcool Saiba Mais)

Mas, quem sabe beber? Quem bebe socialmente? Quem bebe errado? Quem é alcoólatra?

Em alguns casos, são perguntas de difícil resposta, pois existem bebedores de todos os tipos e níveis. Após o alcoolismo estar "instalado" como doença, pode levar muitos anos, até que consequências mais visíveis e notórias apareçam, e muito disto se deve justamente ao fato da "cultura alcoólica" na sociedade. O fato real, é bem simples, ao mesmo tempo que nós não necessitamos de álcool para viver, ele faz parte da nossa vida, desde os primórdios bíblicos. Outro fato real, é de que tudo em excesso, faz mal. Portanto aí temos dois parâmetros: 1-Álcool, nós somos sabedores hoje das consequências e possibilidade de desenvolver dependência, 2-Excesso, conhecedores dos malefícios.

Vamos tentar analisar os tipos de bebedores, nomeando-os da seguinte maneira:

Gourmet
Vamos chamar deste nome, que não é oficial lógico. Mas se deve ao fato de que, algumas pessoas, fazem uso do álcool, apenas em ocasiões específicas. Ex: Um jantar acompanhado de 1 ou 2 taças de vinho. No Natal, na ceia, um cálice de alguma bebida. Enfim, usos esporádicos, com intervalos de meses até. Porque usuário gourmet? Porque a bebida não é um acompanhamento, muito menos uma rotina, a bebida é um adicional específico a um momento, a um determinado momento específico e não corriqueiro, em sua grande maioria, a bebida torna-se um "ingrediente" da ocasião, no caso, à mesa de um jantar, a bebida então faz parte do jantar e complementa o prato servido. Portanto, ela é sim uma rara opção, quer para dar um tom social, quer para conferir sabor em conjunto com o alimento.

Social
Seria aquele que faz uso, tanto quanto no modelo anterior, quanto em outras ocasiões. Não é um bebedor diário, mas tem o uso mais constante. Reuniões rápidas, um copo ou outro, uma dose ou outra aqui e ali, nada exagerado, mas sim, constante. Não há data específica, mas também não há data necessária. Faz uso quando convém, ou quando o "momento social" pede.

Habitual
O bebedor habitual, faz uso do álcool em várias ocasiões, sem dias definidos ou datas ou rodas sociais. Faz uso tanto em grupo, quanto sozinho em sua casa. Pode se definir como um uso quase que diário.

Abusivo
Já passamos agora a outro nível. Um bebedor abusivo, ainda não é um alcoólatra por definição. A própria palavra o denota, "abusivo", ou seja, faz o uso, e faz o abuso do álcool. É um usuário que passa da cota normal de uso, dos usuários anteriores, e faz uso exagerado, sem ter para isso justificativa ou data definida. Não existe nesse usuário, a característica da tolerância, porém existe o consumo exagerado, fora dos padrões sociais. Os danos e consequências podem ser iguais às de um usuário alcoólatra.


Alcoólatra
Se existir a predisposição para dependência do álcool, o usuário vai passar a consumir a bebida por necessidade, não mais por vontade. Uma das características é a tolerância, que todo alcoólatra tem. O que é a tolerância? Enquanto consumidores normais, se satisfazem com 2 doses, ou 2 a 3 cervejas, o alcoólatra vai precisar, de doses cada vez maiores para sua satisfação, ou seja, se um bebedor normal consome 2 cervejas, o alcoólatra consome 4 ou 5, o "estado de torpor" que a bebida provoca, demora mais a chegar. Outra característica é a compulsão. Leia mais em: "o que é adicção"?


Prazer do Álcool
Festa alemã no sul do país
Voltando ao aspecto cultural do consumo de bebidas alcoólicas, a sociedade em geral é ensinada e estimulada ao consumo, e tudo muitas vezes, começa em casa no núcleo familiar, onde os familiares fornecem os exemplos. Depois, vem a mídia, apesar dos avanços em legislações que trouxeram restrições. Ainda há os aspectos de festas, como o carnaval, ou festas culturais das diversas regiões onde cada população carrega consigo as suas características, e nestas manifestações culturais, do sul ao norte do país, na maioria esmagadora dos casos óbvio, a bebida alcoólica é um dos "ingredientes" da festa.


Prazer do Álcool
O consumo excessivo de álcool traz sérios prejuízos tanto a nível do indivíduo, como para sociedade, e para o estado. Ao indivíduo prejuízos na saúde e destruição pessoal, na sociedade desde a perda de um membro produtivo, até acidentes envolvendo terceiros muitas vezes resultando em mortes(em consequência do consumo do álcool), e para o estado, gastos astronômicos que vão desde os citados acidentes(em grande parte automobilísticos), até tratamentos hospitalares.

Prazer do Álcool
Então qual o prazer?
Fica evidente, que o consumo de álcool de um modo geral, tem 2 finalidades(com outras raras exceções): 1 - Mero acompanhamento social, ou 2 - como "droga". Porque droga? (Droga é qualquer ingrediente ou substância química, natural ou sintética que provoca alterações físicas e psíquicas numa pessoa.) Então, usar de forma recreativa com o objetivo de "amplificar" ou "facilitar" contatos sociais, é na essência o uso "como droga", e não retira do álcool sua definição, . E é exatamente esse aspecto social que potencializa seus possíveis efeitos nocivos. Porquê? Usar do álcool para se "soltar", e para ficar "alegre", pode acabar com que a pessoa necessite sempre desse artifício para desempenhar-se melhor socialmente, e isso seria uma "faca de dois gumes", pois o álcool é uma substância que provoca profundas alterações no SNC se consumido em excesso, além dos outros fatores de risco, Há prazer então? Inegavelmente há...como qualquer outra droga recreativa proporciona inicialmente. Mas o fato é que, é um prazer artificial, ou seja, ilusão, um prazer momentâneo e frágil. Nisso tudo, existe o aspecto entorpecedor, para "aliviar" depressão, tristeza, nervosismo, etc, igualmente ineficiente, e apenas momentâneo. Álcool não é "remédio" contra tristeza e depressão, de forma alguma. Não vejo como o álcool possa ser algo necessário na vida de um ser humano. 



Aspectos Bíblicos
A grande maioria da população, pertence a alguma religião, seja ela qual for, e a grande maioria crê, por exemplo, na Bíblia como fonte da palavra de Deus. Acho válido dar uma "espiada" nesse aspecto, pois ali podemos encontrar não só subsídios de como se formaram as raízes culturais acerca do consumo do álcool, como inclusive advertências. 

Não sou especialista, e nem pretendo ser de forma alguma, trago apenas alguns trechos para ilustrar o que escrevi anteriormente, e buscar estas raízes culturais mais profundas. 

O álcool como parte da sociedade: Cristo fez seu primeiro milagre, transformando água em vinho, em uma festa de casamento. João 2

O álcool como ingrediente de uma celebração espiritual: Cristo também usou o vinho para simbolizar o sangue na Santa Ceia, possivelmente a celebração mais profunda antes de Sua morte, trata-se de uma simbologia com a bebida vinho. Lucas 22, 20

A bebida alcoólica como droga: Antes disso, no Velho Testamento, o álcool é mencionado em diversas passagens bíblicas, desde o Gênesis. Veja agora o aspecto(droga) que foi citado anteriormente, em Provérbios: "(...)para que bebam e se esqueçam da sua pobreza, e não mais se lembrem da sua infelicidade." Provérbios 31:7. Esse é o uso entorpecente, para esquecer, para aplacar a tristeza, e é sem dúvidas um aspecto ainda presente hoje, claro.

Advertência sobre o consumo em excesso: E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito, Efésios 5:18, e segundo Paulo: "Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada domine. "Os alimentos foram feitos para o estômago e o estômago para os alimentos", mas Deus destruirá ambos.1 Coríntios 6:12,13. Ou seja, a Bíblia, as escrituras para quem assim crê, menciona o uso quase que exatamente como acontece nos dias atuais, e faz as advertências para o uso exagerado, inclusive enfatizando que o "vinho"(álcool) leva a embriaguez, que é de toda forma condenada nas escrituras.

Nenhuma sociedade muda do dia para noite. Erradicar o álcool é na prática impossível, mas educar o indivíduo desde cedo, é vital. Ou seja, isso implica numa mudança cultural nas famílias, e talvez não nas famílias de hoje, mas naquelas do futuro. Hoje vivemos por exemplo, uma tempestade social e política no país, com valores invertidos e corrupção desenfreada, como muda-se isso? Exatamente a mesma situação cultural do álcool, deve-se educar maciçamente, e a mudança futura está nas crianças, desde cedo, pelos exemplos dos pais e educadores, mas principalmente os pais. Tudo pode levar muito tempo, gerações inteiras renovadas culturalmente, para que lá na frente, resultados talvez apareçam.

Autor - Emerson
Mais 24Hrs


Maconha: cada um é responsável

Cuidado! Muito cuidado! 





Estratégias estão se delineando no assunto MACONHA, com projetos de lei tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal. E em geral, os brasileiros em sua grande maioria, tem um "vício" cultural ou social, de não fiscalizar e cobrar, o que os representantes eleitos,  estão fazendo em Brasília, ou deixando de fazer. Além de muitas vezes, desconhecer até em quem, se está votando.


E não é só o assunto maconha, outros de igual importância às vezes dependem da luta de um ou dois congressistas de coragem para serem derrubados de suas frágeis e inconsistentes "plataformas lançadoras".

A questão também, passa pela educação. Muitas pessoas opinam a favor, sem ter a menor noção científica ou informação consistente, para formar sua própria opinião. Muitos resolvem "ir na onda". Outros já por sua vez, mesmo na aparente ignorância científica de causa, são contra e PONTO FINAL.



FAMÍLIAS DO BRASIL, PAIS E MÃES DE FAMÍLIA, FISCALIZEM SEUS CONGRESSISTAS!

É um absurdo um país tomar este caminho porque outra nação resolveu arriscar tomá-lo. Os americanos, tenham a certeza de que irão se arrepender no futuro, com o caminho da legalização da maconha, pois o país pioneiro nesta política, a Holanda, já se arrependeu. A oposição uruguaya, caso ganhe as próximas eleições, irá revogar a lei do presidente Mujica que liberou a cannabis.

A discussão sobre liberar drogas, sejam elas quais forem, não deveria fazer parte da pauta de nenhum país no mundo. São discussões vazias, sem fundamento, e que aumentarão exponencialmente a já enorme destruição de seres humanos. O álcool? Este também é uma droga óbvio, e a mais difundida em todo mundo, e já causa estragos sociais e humanos de proporções inimagináveis em todo o mundo, mas este, só nos resta restringir propaganda, tratar as vítimas diretas ou indiretas, e educar as gerações futuras. 

Estas e outras situações me levam a refletir o seguinte: Em nome de tudo que é mais sagrado, porque tantos se deixam levar, e se permitem manobrar, por uma "meia dúzia" de inúteis, que somente pensam em vantagens próprias! Sim, porque neste caso vejam só:


Segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) de 2012, estima-se que o BRASIL TEM 3 MILHÕES DE USUÁRIOS FREQUENTES DE MACONHA, oras, isto REPRESENTA MENOS DE 2% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA que é de 190 milhões! Veja o último levantamento do Lenad 2013. Ainda segundo este levantamento, mais de 70% da população brasileira (isto entre os pesquisados por amostragem) são contra a legalização da maconha, este percentual eu acredito que seja muito maior.

A população deve tomar "as rédeas" do futuro de seus filhos e filhas...fiscalizando e cobrando quais leis os seus políticos eleitos estão tratando no congresso. Que Deus ajude!

Autor - Mais 24 Hrs

Vem confusão no combate ao crack – Futuro ministro da Saúde é adversário ferrenho das comunidades terapêuticas, apoiadas por Dilma

Vem confusão no combate ao crack – Futuro ministro da Saúde é adversário ferrenho das comunidades terapêuticas, apoiadas por Dilma

O famoso plano da presidente Dilma de combate ao crack nunca saiu do papel. E as coisas vão piorar um pouco. Podem apostar. Arthur Chioro, futuro ministro da Saúde, é um conhecido militante, digamos, “antimanicomial” e adversário ferrenho das comunidades terapêuticas, que a própria Dilma chegou a considerar aliadas preferenciais no combate ao crack. A militância antimanicomial, como se sabe, resultou, entre outros desastres, na quase ausência de leitos psiquiátricos no Brasil — que tem 0,15 leito por mil habitantes. Os ricos têm onde internar seus dependentes e seus doentes mentais. Os pobres que se danem.

No vídeo que segue, aos 2min49s, Chioro não só diz que não adotará as comunidades terapêuticas como se orgulha de ter fechado algumas. Ele gosta de uma coisa chamada “República Terapêutica”. 



Aos 6min38s, ele anuncia o seu “compromisso com a reforma psiquiátrica”, emendando o discurso bem arranjadinho da militância antimanicomial: “Acreditando, antes de tudo, que a liberdade é terapêutica, é possível construir uma rede que prescinda das comunidades terapêuticas, prescinda dos hospitais psiquiátricos, do manicômio, e possa cuidar em liberdade, cuidar com dignidade, cuidar respeitando os direitos humanos, cuidar trazendo o problema do álcool e das drogas como um problema da comunidade, e não um problema que se resolve com exclusão, com repressão e sem perspectiva de vida”.

Foi assim, com esse raciocínio, que tem muita ideologia e pouca técnica, que os pobres ficaram sem ter onde colocar seus doentes e seus viciados

O que disse Dilma
Esse é o ministro que Dilma nomeou por ordem de Lula e vontade de Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo. Agora vamos ver o que disse a própria presidente ao lançar o seu programa anticrack. Ela se refere às comunidades terapêuticas a partir dos 11min40s.


Transcrevo:
“Ao mesmo tempo, nós temos de reconhecer que, ao longo dos tempos, as comunidades, as chamadas comunidades terapêuticas, as outras instituições da sociedade, o chamado terceiro setor investiu dedicação, carinho, generosidade, tentativa e erro nesse processo de acolhimento. Acredito que nós vamos ter de tratar de forma diferenciada os diferentes processos de acolhimento. E isso é muito importante.

Encerro
Vem coisa por aí. O tom de Chioro é o de alguém treinado no proselitismo político. A política de combate ao crack da presidente Dilma encontra, na verdade, a sua mais completa tradução na Cracolândia, que apelidei de Haddadolândia. E isso tendo um ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que não é um militante contrário às comunidades. Chioro é. Dá para imaginar para onde caminha a coisa.

Seguindo apenas a lógica, o que se pode antever é a multiplicação, Brasil afora, das “haddadolândias”…

Por Reinaldo Azevedo - Blog Reinaldo Azevedo

FIM DA PICADA! Juiz de Brasília absolve traficante que levava 52 porções de maconha no estômago pra traficar dentro da Papuda. Razão? O doutor considera a droga “recreativa”

FIM DA PICADA! Juiz de Brasília absolve traficante que levava 52 porções de maconha no estômago pra traficar dentro da Papuda. Razão? O doutor considera a droga “recreativa”

Decisão de juiz se respeita, claro!, mas se discute — e, até onde a lei faculta, pode-se recorrer contra ela. O juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel, da 4ª vara de Entorpecentes de Brasília, vai virar um herói e um símbolo da causa da descriminação das drogas — particularmente da maconha. Será transformado numa espécie de nova face da Justiça: mais humana, mais compreensiva, mais pluralista. Tudo bem! Digamos que fosse assim. Ocorre que o senhor Cardoso Maciel tem de julgar segundo as leis que temos, não segundo aquelas que ele pessoalmente acharia justas.
O seu arbítrio não é subjetivo: transita num determinado orbital. Por que isso? O doutor resolveu absolver um traficante de maconha. E não era coisa pouca, não! Sob quais argumentos? Leiam trechos da reportagem de Felipe Coutinho, na Folha. Volto em seguida.

Escreveu o doutor:

“Soa incoerente o fato de outras substâncias entorpecentes, como o álcool e o tabaco, serem não só permitidas e vendidas, gerando milhões de lucro para os empresários dos ramos, mas consumidas e adoradas pela população, o que demonstra também que a proibição de outras substâncias entorpecentes recreativas, como o THC, são fruto de uma cultura atrasada e de política equivocada e violam o princípio da igualdade, restringindo o direito de uma grande parte da população de utilizar outras substâncias”.

 
O juiz Cardoso Maciel tem todo o direito se julgar a cultura brasileira “atrasada” — e posso imaginar o seu sofrimento ao ser juiz em meio a esse atraso, né? Mas nada o impede de se filiar a um partido político e disputar um lugar lá naquele prédio das duas conchas, não é mesmo? Refiro-me ao Congresso Nacional. É lá que se fazem as leis, meu senhor, não aí na 4ª Vara de Entorpecentes de Brasília. Quem deu ao juiz a competência para descriminar a maconha?


Atenção, senhores leitores, o réu em questão foi pego DENTRO DO PRESÍDIO DA PAPUDA COM 52 PORÇÕES DE MACONHA DENTRO DO ESTÔMAGO. O destino era o tráfico entre os presidiários. Pediu pena mínima, e o juiz decidiu absolvê-lo. O advogado do traficante certamente não esperava tanto.

A justificativa, com a devida vênia, é patética. Escreveu ele ainda, segundo a reportagem: “A portaria 344/98, indubitavelmente um ato administrativo que restringe direitos, carece de qualquer motivação por parte do Estado e não justifica os motivos pelos quais incluem a restrição de uso e comércio de várias substâncias, em especial algumas contidas na lista F, como o THC, o que, de plano, demonstra a ilegalidade do ato administrativo”.

Não está em questão, nem é de sua competência, o conteúdo da portaria. Ainda que ele não goste dela, não é sua função declarar a sua ilegalidade. Enquanto ele estiver investido da toga, cumpre-lhe considerar que ela integra o conjunto das normas do estado de direito — que inclui ainda a Lei Antidrogas, a 11.343.

De resto, observo que sentença de juiz não deveria servir para proselitismo e militância em favor de causas. Ademais, há uma questão de fundo: se a maconha fosse legal no Brasil, ele tem a certeza de que o traficante em questão não estaria com a barriga cheia de cocaína, por exemplo? Alguém dirá: “E você, Reinaldo, como pode levantar uma hipótese como essa?”.

Posso, sim! O indivíduo sabia que estava cometendo uma ilegalidade — daí ter recorrido àquele ardil. E ele o fez não porque, a exemplo do doutor, considere injusta a ilegalidade da maconha, mas porque decidiu, de forma consciente, transgredir uma lei. Ele não era um militante da liberdade de escolha. Tratava-se apenas de alguém cometendo um ato que sabia ser criminoso.

Um crime que, não obstante, o juiz não reconheceu. Um despropósito absoluto.


PS – Comentem com prudência, como de hábito. Pode não ser o caso do juiz Cardoso Maciel, mas é o de outros com as mesmas teses. Eles costumam ser ultralibertários em matéria de consumo de drogas, mas acham que a liberdade de expressão é uma substância perigosa. Tendem a tomar a divergência como ofensa à honra.
 
Por Reinaldo Azevedo - Blog Reinaldo Azevedo

Drogas: Lygia Vampré Humberg e Leopoldo Fulgencio: Ética do cuidado

Para nós, as drogas são uma tentativa fadada ao fracasso
Sucessivas ações de combate à epidemia de crack têm acumulado derrotas no decorrer dos anos.

Especialistas e leigos reconhecem a profundidade do problema e a insalubridade a que se submetem os dependentes químicos. Até o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, em 2011, apresentou-se como protagonista do documentário "Quebrando o Tabu", reconhecendo a urgência de uma ação mitigadora.

Muito investimento financeiro e afetivo e, o que é pior, muitas vidas são ceifadas. A prevenção, em geral, aparece na forma de campanhas dedicadas a mostrar os malefícios da droga (como se os usuários não soubessem, a cada uso, de seu poder corrosivo), ou na forma de práticas repressivas, sob o lema da "tolerância zero!". A experiência mostra, porém, que a repressão, ainda que não possa deixar de existir, não tem logrado vitórias.

O problema fundamental, que deveria ser o foco de qualquer ação preventiva, mas não é, concentra-se no motivo pela qual alguns seres humanos procuram e ficam dependentes das drogas. A resposta padrão dá conta de que a droga fornece prazer imediato. Basta um olhar um pouco mais demorado para que se note que, principalmente nos casos de dependência patológica, não é o prazer que dá as cartas.

É certo que o uso de substâncias alteradoras dos estados de consciência faz parte dos hábitos humanos. Mas é o uso patológico e destrutivo, a escravidão à droga, que está em questão. Onde poderíamos encontrar a gênese dessa patologia?

Psicanalistas como Donald Winnicott e Joyce McDougall propuseram a hipótese de que as drogas são uma tentativa do indivíduo de encontrar-se a "simesmo" ("self"), ainda que, paradoxalmente, elas desintegrem o corpo e a vida.

Para nós, as drogas são uma tentativa fadada ao fracasso, uma vez que não fornece duradouramente a integração procurada. Trata-se de uma solução, além de efêmera, externa para um problema interno!

A origem das adições deve ser buscada na primeira infância, não propriamente localizada em algum trauma, mas em situações que possam ter produzido quebras significativas no sentimento de ser e de continuar sendo. São elas que estão na origem das adições, como também na de outros distúrbios mais graves, como a psicose e a atitude antissocial (ainda que fatores constitucionais possam contribuir, como uma série complementar, para a instalação dessas patologias).

Se houvesse programas voltados para os cuidados com as mães e o ambiente de sustentação da primeira infância, ou seja, o fornecimento de ambientes humanos confiáveis, estáveis e previsíveis, atendendo às necessidades básicas de comida e contato afetivo, isso nos levaria à constituição de pessoas eticamente mais estruturadas. Uma ética do cuidado produzindo seres humanos que cuidam de "simesmos" ("selves") e dos outros.

Não é vaga a afirmação de Winnicott segundo a qual é no brincar (infantil ou adulto) que o ser humano encontra a "simesmo". Esse brincar, mais do que uma ação que faz rir, corresponde a uma atividade criativa, individual ou coletiva, na qual o ser humano encontra tanto a "simesmo" quanto, no brincar compartilhado, os outros; tal como ocorreria na vida cultural saudável, que nada mais seria do que o brincar do adulto.

A constituição de ambientes de sustentação da infância, nessa perspectiva de compreensão do desenvolvimento emocional dos seres humano, seria uma atitude preventiva que, como se diz, poderia cortar o mal pela raiz. Programas sociais com esse objetivo seriam mais eficazes e menos custosos do que os bilhões que têm sido gastos com as propagandas de conscientização e com as atividades de repressão.

LYGIA VAMPRÉ HUMBERG, 44, é membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae e faz doutorado sobre vícios na USP
LEOPOLDO FULGENCIO, 54, é professor doutor do programa de pós-graduação em psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Folha, não dá pra ler...

Folha, não dá pra ler...
Miguel Tortorelli, coordenador da Federação do Amor Exigente, representando três mil pessoas em São Paulo
“É preciso  tomar muito cuidado com a informação no jornal que você recebe”, alertava uma das campanhas mais duradouras e  premiadas  da Folha de S.Paulo. Ah, a  Folha  de Claudio Abramo, fez história.E hoje,o que se tornou a Folha? Do jornal que fazia políticos tremerem, hoje vem sendo sinônimo do jornal que defende a droga. A droga que destroi famílias, a droga que vicia, a droga que tira leitores.

Mas a Folha de S.Paulo, a cada dia se aprimora, faz malabarismos para inventar reportagens assinadas por jovens repórteres ouvindo todos que defendem a droga. É impressionante! Maconha é o prato principal. Dia sim, dia não, lá estão os repórteres da Folha vasculhando até acharem qualquer notícia que justifique falar sobre a maconha. Agora, a queridinha da casa é o crack. Tem gente na Folha que inventa até  código de conduta para craqueiro  para chamada na primeira página. Ah, tem também professor que fuma maconha lá nos Estados Unidos merecendo entrevi sta de  página inteira e, evidentemente, com chamada de destaque na primeira página.

”Maconha poderá ser tão importante  como a penicilina”- PODERÁ – VERBO DE MANCHETE DE PRIMEIRA PÁGINA----nas palavras do mago dos sonhos da Folha, que concede à Organização Mundial da Saúde, algumas linhas  para não tirar o brilho do mestre dos sonhos da redação. Além de esquecer, ou melhor ignorar os titulares de psiquiatria das duas maiores universidades brasileiras-Valentim Gentil e Ronaldo Laranjeira que lutam por espaço para falar sobre a verdade da maconha que já faz inúmeros esquizofrenicos no país. 

Mas a Folha prefere a verdade do americano que fuma maconha.  E nesta segunda-feira, a Folha bateu recorde: a garotada tava solta na redação, no final de semana, hein? Logo na primeira página, o americano que fuma maconha;na segunda página, um ilustre desconhecido  chamando crack de “cigarrinho para relaxar” e  elogiando  às medidas pró-cracolândia do prefeito Haddad . Um tapa na cara dos leitores da Folha. E , como se não bastasse , na terceira página, lá estava  bem no alto,  um professor de Campinas  com meia página para defender, lógico , a liberação da maconha.Outro tapa . Sem trocadilho.

O que a direção da Folha está esquecendo é que jornal entra na casa das pessoas. E logo de manhã quando a família está reunida no café da manhã Quem assina está comprando um produto que foi anunciado como “o jornal que traz todas as versões do mesmo fato”  Brincadeira, né? Quando o assunto é droga,os jovens editores ignoram  consequências para o corpo, para a mente, para os estudos, para o futuro  e eliminam das matérias estas informações fundamentais em tempos de epidemia no país causada pelo uso de drogas.  Família de usuário, então,  é tema que nem passa pela cabeça dos jovens editores.  Família, pra quê?, devem contestar em suas s reuniões de pauta.

Louvável na Folha a escolha dos articulistas. Louvável na Folha as denúncias em política. Só isso!Que pena! Aliás, parece ironia, mas a Folha de S.Paulo é , entre os jornais, o que menos retrata a cidade. Falar dos problemas dos bairros? Muito pobre. O chic é a globalização.
Sempre torcemos por um jornal de qualidade que representasse São Paulo. Que pena que estamos  perdendo a Folha. Ah, Claudio Abramo, que saudade !” 

Fonte - UNIAD