Miguel Tortorelli, coordenador da Federação do Amor Exigente, representando três mil pessoas em São Paulo
“É preciso tomar muito cuidado com a informação no jornal que você recebe”, alertava uma das campanhas mais duradouras e premiadas da Folha de S.Paulo. Ah, a Folha de Claudio Abramo, fez história.E hoje,o que se tornou a Folha? Do jornal que fazia políticos tremerem, hoje vem sendo sinônimo do jornal que defende a droga. A droga que destroi famílias, a droga que vicia, a droga que tira leitores.
Mas a Folha de S.Paulo, a cada dia se aprimora, faz malabarismos para inventar reportagens assinadas por jovens repórteres ouvindo todos que defendem a droga. É impressionante! Maconha é o prato principal. Dia sim, dia não, lá estão os repórteres da Folha vasculhando até acharem qualquer notícia que justifique falar sobre a maconha. Agora, a queridinha da casa é o crack. Tem gente na Folha que inventa até código de conduta para craqueiro para chamada na primeira página. Ah, tem também professor que fuma maconha lá nos Estados Unidos merecendo entrevi sta de página inteira e, evidentemente, com chamada de destaque na primeira página.
”Maconha poderá ser tão importante como a penicilina”- PODERÁ – VERBO DE MANCHETE DE PRIMEIRA PÁGINA----nas palavras do mago dos sonhos da Folha, que concede à Organização Mundial da Saúde, algumas linhas para não tirar o brilho do mestre dos sonhos da redação. Além de esquecer, ou melhor ignorar os titulares de psiquiatria das duas maiores universidades brasileiras-Valentim Gentil e Ronaldo Laranjeira que lutam por espaço para falar sobre a verdade da maconha que já faz inúmeros esquizofrenicos no país.
Mas a Folha prefere a verdade do americano que fuma maconha. E nesta segunda-feira, a Folha bateu recorde: a garotada tava solta na redação, no final de semana, hein? Logo na primeira página, o americano que fuma maconha;na segunda página, um ilustre desconhecido chamando crack de “cigarrinho para relaxar” e elogiando às medidas pró-cracolândia do prefeito Haddad . Um tapa na cara dos leitores da Folha. E , como se não bastasse , na terceira página, lá estava bem no alto, um professor de Campinas com meia página para defender, lógico , a liberação da maconha.Outro tapa . Sem trocadilho.
O que a direção da Folha está esquecendo é que jornal entra na casa das pessoas. E logo de manhã quando a família está reunida no café da manhã Quem assina está comprando um produto que foi anunciado como “o jornal que traz todas as versões do mesmo fato” Brincadeira, né? Quando o assunto é droga,os jovens editores ignoram consequências para o corpo, para a mente, para os estudos, para o futuro e eliminam das matérias estas informações fundamentais em tempos de epidemia no país causada pelo uso de drogas. Família de usuário, então, é tema que nem passa pela cabeça dos jovens editores. Família, pra quê?, devem contestar em suas s reuniões de pauta.
Louvável na Folha a escolha dos articulistas. Louvável na Folha as denúncias em política. Só isso!Que pena! Aliás, parece ironia, mas a Folha de S.Paulo é , entre os jornais, o que menos retrata a cidade. Falar dos problemas dos bairros? Muito pobre. O chic é a globalização.
Sempre torcemos por um jornal de qualidade que representasse São Paulo. Que pena que estamos perdendo a Folha. Ah, Claudio Abramo, que saudade !”
Fonte - UNIAD
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