• Maconha faz mal?

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7º Passo - Humildemente pedimos a ELE!

Embora cada um dos passos seja autônomo, todos eles se misturam até certo ponto, uma vez que interagem uns com os outros.


7º Passo - "Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos"

7º Passo - Humildemente pedimos a ELE!
Este passo, pode parecer um simples reflexo do 6º Passo, onde dedicamos tempo e esforço para reconhecer nossos defeitos de caráter, e tomamos real consciência deles. Há porém, muito mais nesse passo do que preencher um pedido ao nosso Poder Superior, e esperar uma resposta Dele. Todos os passos anteriores, serviram para semear a humildade em nós mesmos, em nossos espíritos, embora muitos de nós, tenham certa dificuldade em entender o significado da palavra "humildade", que é muito diferente de "humilhação". A humilhação nos remete à vergonha, em lado oposto, a humildade não é algo que se requer "reconhecimento". Seria um estado de consciência sobre nossa própria condição em relação ao mundo que nos cerca e às situações que nos cercam, conjuntamente com uma reação diante desse mundo e destas situações, que se encaixa em um caminho espiritual (nossos novos princípios) ao qual, nos propusemos a trilhar. 

A humildade não pede reconhecimento, não requer motivação, pois torna-se automática em nossas vidas, a partir do momento em que vivemos realmente a mudança espiritual. Humildade, também não significa submissão a situações que possam nos prejudicar, denegrir, ou diminuir, mas sim, saber reagir de forma acertada, sem que isto nos afete os princípios pelos quais norteamos nossas vidas.



A chave é: Precisamos encontrar uma forma para que este "pedido" se encaixe em nosso caminho espiritual pessoal, e por consequência, devemos praticar princípios espirituais, no lugar dos nossos defeitos de caráter.


O Caminho

Vindos de um mundo de manipulação (na adicção ativa) enquanto fazíamos o uso, mundo no qual, nos tornamos invariavelmente desumanos sob vários aspectos, sentimentos de culpa e auto piedade eram sempre presentes. Os primeiros passos, nos levaram exatamente a perceber que somos humanos, e a conhecer nossa responsabilidade diante das situações. Não somos vítimas das consequências resultantes dos nossos atos, mas sim, responsáveis. Por outro lado e ao mesmo tempo, também descobrimos em quais situações não eramos, ou somos, responsáveis, eliminando a comiseração e culpa sobre tudo que acontece ao nosso redor.

Humildade, também se define como o conhecimento de nossa própria humanidade, o que significa tomar decisões, boas ou ruins, estar conscientes delas, e assumir a responsabilidade das consequências, boas ou ruins.
Nesse caminho, construímos e estamos construindo agora incessantemente, nosso relacionamento com Deus, Poder Superior primordial nesta nova maneira de viver. Esta então, pode ser uma ordem cronológica digamos assim, da sequência desta nova maneira de viver em forma resumida: Admissão (passo um), Fé (passo dois), Decisão (passo quatro), Ação e Consciência (passo quinto), Prontidão e Boa Vontade (passo seis), Humildade e Mudança (passo sete).

Princípios Espirituais

No sétimo passo, focalizamos a rendição, confiança, fé, paciência, humildade, além de, levar a nossa rendição a um nível mais profundo. No primeiro passo, nossa rendição perante as drogas, foi a base, mas, conforme descobrimos com o decorrer de nossa caminhada, que a "droga", é somente a "ponta do iceberg", cada vez mais esta rendição, deve ser também diante de situações, pessoas, lugares, e de nossos defeitos de caráter. Não consigo dominar sozinho um defeito meu...portanto, peço auxílio ao Poder Superior, o Deus que concebo, para que me ajude nessa empreitada, utilizando os princípios espirituais citados, e desenvolvendo uma ação positiva.
7º Passo - Humildemente pedimos a ELE!
Diante dos defeitos
7º Passo - Humildemente pedimos a ELE!
Em Deus
7º Passo - Humildemente pedimos a ELE!
Nessa confiança
7º Passo - Humildemente pedimos a ELE!
A pratica profunda da consciência
Seguir em frente

Podemos nos perguntar se tudo isto realmente vai funcionar. Os princípios da fé, e da confiança, são essenciais neste passo. Como podemos ver, não basta apenas fazer um simples pedido a Deus, e acreditar que tudo que não gostamos será removido como num passe de mágica. Realmente, é necessária a fé e a confiança, de que todo um processo vai funcionar, e este processo inclui os demais princípios, onde nossa atuação paciente, vai dar resultados, através da mudança interior.

Tomar consciência, pedir a Deus, e praticar os princípios que irão substituir os comportamentos e defeitos de caráter doentios. Agindo desta forma, os resultados vão aparecer, e iremos superar uma a uma as barreiras e correntes que nos prendiam a dor, e sofrimentos que na verdade, não nos pertencem. Aliás, algumas desta "dores", não vamos poder evitar, porque são consequência até de nossas ações no passado, mas, vamos descobrir, que não precisaremos viver com essa dor pelo resto da vida, chegará determinado momento, que nossa consciência apontará, que algumas destas "dores", não mais nos pertencem. Começamos a viver vidas, mais espiritualizadas.

Fonte de consultas - Guia para Prática dos 12 Passos de NA
Mais 24 Hrs - Autor


6º Passo - Prontificar-se

Trabalhando a boa vontade e comprometimento



Após os 5 primeiros passos, se os trabalhamos com minúcia e boa vontade, estamos agora aptos a desenvolver e por em prática essencialmente alguma humildade. Somos capazes de ver a nós mesmos, mais claramente.



6º Passo "Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter."




Este, é um dos passos que não "funciona" de forma imediata, ou seja, nada vai acontecer de uma hora pra outra, como num estalar de dedos. É um longo processo, que frequentemente pode durar toda uma vida. Estar completamente pronto, é atingir um estado espiritual onde nós estamos não só conscientes de nossos defeitos, mas cansados deles, e confiantes de que o Deus da nossa compreensão removerá o que for preciso.

Ao iniciar este processo, alguns destes nossos defeitos, são tão claros e gritantes, que aparece uma reação imediata diante deles, pela qual queremos que eles sumam, hoje mesmo. Estamos vendo-os pela primeira vez em toda a sua "glória", mas, ao passar esta primeira reação, na verdade estamos prestes a encarar nossos "medos" e inseguranças, diante da "falta" desses defeitos em nossas vidas. Alguns, nem bem defeitos chegam a ser, mais parecendo técnicas de sobrevivência, construídas ao longo de toda uma vida, construção esta, norteada pela adicção.

"A adicção para alguns, criou uma espécie de imagem, e pensamos que nos tornamos com o tempo, "pessoas bacanas apesar de...", e se nos tornarmo-nos agora "cidadãos respeitáveis", ou pessoas "normais", não vamos saber como conviver com isso. É aquela história: "Existem partes de mim, que ainda gosto como são...", ou, "sou assim mesmo...é o meu jeito de fazer as coisas". Vem inevitavelmente certo medo, e insegurança diante daquilo que é novo para nós, daquilo que até agora, desconhecíamos. Isso é normal. Importante salientar, que, todos nós somos pessoas "normais". A adicção não torna as pessoas anormais, a adicção, ou dependência química é uma doença, tratável, e se estagnada, o portador pode viver uma vida plena e completa, melhor até quem sabe, do que aqueles que não possuem a doença.

Nossos defeitos, ou falhas de caráter, em sua maioria não surgiram do dia pra noite, em grande parte estas falhas já existiam antes mesmo do uso de substâncias propriamente dito, pois que temos que lembrar que, o uso de drogas, é somente a ponta do iceberg, é a bem dizer, uma consequência da doença, e não o principal dela.

Somos ainda inseguros? Ainda tentamos provar aos outros o quanto somos melhores? Usamos de subterfúgios e pequenas mentiras? Ainda somos desonestos? Não nos colocamos na situação do outro, entendendo que todos tem necessidades? Estes são alguns exemplos óbvios de comportamentos e por que não "sentimentos" que estão enraizados em nós...


A droga agora, deixou de ser o "problema", pois, paramos de usar. Iniciamos o processo dos passos, e começamos a limpeza interna, o foco agora então, inevitavelmente aponta para nós mesmos. Nesse momento é necessário deixar que esta luz, revele quem somos de verdade, e que nossa confiança no Poder Superior, alimente a boa vontade em querer caminhar para aquilo que gostaríamos de nos tornar, pessoas melhores.

Precisamos manter a confiança e a esperança que o processo de recuperação funciona, mesmo no caso dos defeitos mais enraizados.

Que Deus removesse...

O sexto passo deixa claro que somente um poder maior do que nós mesmos, pode remover nossos defeitos de caráter, isso requer um nível de compreensão tal acerca deste passo, que nos permita efetivamente levar a bom termo uma rendição verdadeira.

A primeira coisa que fazemos, como foi dito anteriormente, e decidir  que não queremos mais nossos defeitos de caráter. Infelizmente, isso se torna tão inútil, quanto nossas tentativas fracassadas de controlar nossa doença. Podemos até ter sucesso durante algum tempo, mas iremos constatar, que alguns destes defeitos são parte de nós, e estaremos sujeitos a repetir nossos piores defeitos, em situações estressantes.

O trabalho do sexto passo então, é muito parecido com o trabalho dos dois primeiros passos. Requer uma RENDIÇÃO, um olhar no sentido de que, fomos DERROTADOS por uma força interna, que só nos trouxe dor e degradação. Precisamos assim, aceitar o fato de que não podemos remover por nós mesmos, nossas própria imperfeições, e nos prepara então para pedir, no sétimo passo, que o Deus de nossa compreensão remova-as para nós.

Nossos defeitos

Porque temos certas atitudes? É culpa de alguém? Quando foi que nos sentimos assim pela primeira vez? Porque? Como? Onde?. Há um cuidado essencial, em evitar a obsessão neste passo, pois esta nos levará a perder o foco real do sexto passo. O objetivo, é aumentar  a CONSCIÊNCIA a respeito das nossas falhas e defeitos de caráter, para nos prontificarmos inteiramente a tê-los removidos, e não analisar sua origem ou causa.

Veja um exemplo, temos necessidades, todo ser humano as tem. Por exemplo, precisamos de amor. Nossos defeitos entram em ação então, na maneira como buscamos este amor, e esta é a chave. tendo consciência de quem realmente nos tornamos, teremos consciência para analisar se nossas ações estõa sendo norteadas por antigos defeitos de caráter, ou seja, forçamos situações usando meios e mecanismos falhos e deturpados, ou realmente estamos agindo naturalmente e de maneira normal em uma situação?

Uma medida prática, é por exemplo, ao verificar os defeitos, saber qual o principio espiritual oposto a ele, e fazer uma comparação em nossas ações.

Princípios Espirituais

Agora de fato, podemos perceber claramente nossas imperfeições, no cotidiano de nossas vidas. Podem existir momentos, em que nossa consciência enfraquece, e deixamos de vigiar nossos atos nas mais variadas situações. Para aqueles que estão pela primeira vez experimentando o trabalho com o sexto passo, pode parecer que realmente teremos que, muitas vezes, despender uma energia enorme para não deixar que as circunstâncias nos levem a velhos hábitos, comportamentos, e falhas. Mas, a confiança e a PERSEVERANÇA nos fará, a cada dia de esforço, e a cada situação SUPERADA, deixar as coisas cada vez mais leves, com o passar do tempo. Quando nos posicionamos como "fortes", eis que estaremos fracos...ao sempre lembrar de nossas fraquezas, seremos "fortes. Ao contrário do que possa parecer, a dependência de um Poder Superior em nossas vidas, e o firme propósito de mudança com confiança e perseverança, nos tornarão cada vez mais livres.
6º Passo - Prontificar-se
Palavra Chave deste Passo - Ação Necessária

6º Passo - Prontificar-se
Imprescindível
6º Passo - Prontificar-se
Posicionamento
Estamos em busca, de uma melhora gradual, mas constante, e não uma perfeição instantânea.

O princípio espiritual da BOA VONTADE, indica que estamos dispostos a uma mudança, e nos esforçaremos para isso. Se fomos desonestos, vamos nos esforçar em busca da honestidade, seja em palavras, atos, pensamentos, ações, ou atitudes.

Veja um exemplo de algo que pode corroer a recuperação neste passo: Temos a consciência de que, em determinado momento, não estamos sendo totalmente honestos, mas, essa desonestidade, não terá grandes consequências, e ficamos tentados a deixar como está e seguir em frente. Esse tipo de situação, que parece pequena, é a que vai realmente por a perder o trabalho deste passo. Não existe meia honestidade, meia-verdade, ou meia-mentira. 

Existe diferença entre mentir, e ou calar. Por exemplo, não precisamos falar do nosso passado em uma entrevista de emprego, se o entrevistador não perguntar, isso não é omitir, ou mentir, apenas, o entrevistador não perguntou. Se algum dia vier a perguntar, a honestidade de fato diz então, que se for o caso, se responda as perguntas com franqueza, e serenidade, confiando no Poder Superior. Isso é CONFIANÇA e AUTO-ACEITAÇÃO.
6º Passo - Prontificar-se
Atitude

6º Passo - Prontificar-se
Traduz-se em leveza
6º Passo - Prontificar-se
Sempre necessária
ACEITAMOS nosso passado, mas nos posicionamos com COMPROMETIMENTO para modificar o presente. O grau de boa vontade que teremos que desenvolver neste passo, requer um grau correspondente de fé e confiança. Devemos acreditar que nosso Poder Superior, vai trabalhar em nossas vidas, no tempo certo, na medida do nosso esforço, e da maneira que precisamos.

Não seremos perfeitos hoje, nem nunca. Mas temos a consciência das nossas falhas, e a natureza delas, e agora com nossa melhor boa vontade prontificamo-nos INTEIRAMENTE  e não em partes, a permitir que Deus trabalha em nossas vidas, por meio desta boa vontade.

Só por hoje, isso funciona.

Mais 24 Hrs

Fonte de Consultas - Guia para Trabalhar os Passos de NA

5º Passo - Uma libertação

Neste 5º Passo, é possível ver que ele nos fala de confiança, mas que remete diretamente a libertação. 5º Passo - Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas. Poucas coisas foram, ou são, tão penosas para qualquer ser humano, ter de conviver com seus erros e falhas guardados em segredo e a sete chaves. Tais erros e falhas, vão paulatinamente consumindo-nos por dentro, e sem testemunhas.

Como uma panela de pressão, prestes a estourar, é vital para sobrevivência da recuperação liberar essa mesma pressão, mas nesse caso, faremos por completo, sem restrições, sem deixar nada, absolutamente nada de fora, e essa será a chave do sucesso deste passo, que proporcionará uma libertação jamais sentida antes. À luz da solidão do quarto passo que foi necessária nesse ponto, para colocamos por meio da boa vontade, fé, e comprometimento, tudo escrito no papel, somos agora impulsionados a seguir.

Com nossa fé fortalecida após os três primeiros passos, nossa confiança e boa vontade reforçadas no quarto passo, estaremos então prontos, a dar este "salto" pra liberdade, ler o que escrevemos, admitir os erros, diante de Deus, e de outro ser humano.

Admitimos a Deus

Talvez seja esta a parte mais fácil, por assim dizer, afinal, possivelmente agora temos confiança em Deus, e nossa fé é genuína, além do que, sabemos de antemão, que Deus não nos julgará por revelarmos à Ele nossas falhas, erros, e culpas. Muito pelo contrário. A maneira como fizermos isso, é pessoal, se acharmos melhor, poderemos fazer uso da formalidade religiosa para confessarmos algo, ou simplesmente nos dirigirmos à Deus da forma mais espontânea e particular possível, da maneira como nós O compreendemos. No que diz respeito a leitura do 5º passo em si, Deus estará presente também, obviamente. Muitos se dirigem a Deus de maneira separada, antes da abertura do passo, outros, não, importante é como nos sentiremos com relação a isso, e importante, é não imaginar que, algumas coisas contaremos somente à Deus, e não ao outro ser humano, ou seja, poderemos nos sentir tentados para tal coisa, afinal algumas de nossas ações do passado podem não ser nada agradáveis. Portanto, é importante a escolha certa do padrinho do 5º passo.

A nós mesmos

Quantas vezes, em nossas vidas, encaramos a nós mesmos com realidade? Quantas vezes, paramos para analisar como de fato, estávamos vivendo e nos relacionando com o mundo? Finalmente, com a confiança em um Poder maior que nós mesmos, podemos admitir à nós mesmos que estávamos errados em muitas situações, e que não precisava ser assim, e onde muitas destas situações começaram.

Mas, qual a finalidade deste passo ser feito com outra pessoa? 

Ao encararmos nossos piores monstros, com a ajuda de outro ser humano, poderemos ver, que possivelmente muitas das coisas pelas quais já passamos, não eram exclusividade nossa. Sim, é possível que nosso padrinho do 5º passo, tenha passado por situações iguais, e/ou semelhantes, e isso vai ajudar no sentido de que, nada é o fim do mundo para nós, pelo contrário, a partir de então, tudo poderá mudar, e nossa vida poderá ser reescrita. Nosso padrinho ou madrinha, também poderá nos "apontar" muitas coisas que nós mesmos não estamos enxergando, e pra tanto, é necessário ter a mente aberta para aceitar essa visão crítica, sempre feita de maneira não invasiva, mas sim, no intuito de nos ajudar. Haverá também a separação, das coisas que são ou eram, de nossa responsabilidade, daquilo que não foi ou é. Ou seja, não somos responsáveis por tudo que aconteceu, muitas vezes, apenas estávamos no meio da tempestade, mas sermos causadores dela.

É primordial termos confiança em nosso padrinho. Por outro lado, muitos optam por escolher pessoas completamente "estranhas" ao seu relacionamento pessoal, um padre ou um pastor, por exemplo. Deve-se se explicar, caso a pessoa não seja da irmandade de NA, o sentido deste passo, o papel desta pessoa, e a necessidade da ajuda, se assim for conveniente a ela. É importante, e sugere-se, evitar protelar este passo, ou seja, dar a sequência natural ao 4º passo.

A natureza exata de nossas falhas

O 5º passo então, não deverá seguir como uma simples leitura do 4º passo, que foi onde "apontamos" e escrevemos todas as situações. O 5º passo, servirá para revelar a real natureza de nossas falhas, e muitas delas, possivelmente já existiam antes mesmos do uso de drogas, afinal, na adicção, o uso é apenas uma consequência final da doença da adicção, que é por natureza comportamental.

Poderemos enxergar determinados padrões de comportamento, e possivelmente como surgiram e porque. Estes padrões poderão nos ajudar a nos guiar para fora da tempestade, e servirão de balizas, para nossa recuperação, pois já saberemos em quais pontos no passado fomos mais vulneráveis a determinados tipos de comportamento. 

Finalmente, podemos lembrar que todos os passos são sugeridos, nada nos é forçado. Assim como ninguém a princípio nos forçou a usar, não somos forçados tampouco a parar com o uso, ou a praticar quaisquer destes passos. A natureza dos 12 passos, é totalmente ligada à liberdade, e não a escravidão. Aprendemos com o tempo, que quanto maior nossa natural e clara dependência de um Poder Superior, seja Deus, maior será nossa real liberdade. Somos fortes, se conhecermos e reconhecermos nossa fraqueza perante determinadas situações, pessoas, coisas materiais, e substâncias.

Palavras chave deste passo:


Princípios Espirituais:




Mais 24Hrs de paz e serenidade
Autor - Emerson

1º Passo - A Rendição !

1º Passo - A Rendição !


O 1º dos 12 Passos, de Narcóticos Anônimos. De maneira alguma, este post vem a ser uma espécie de tratado, ou um trabalho exato, são apenas "caminhos", ou "óticas", para que você possa entender, um pouco, do que se trata e como se aplicam, no programa de recuperação pessoal de um dependente químico, ou adicto.

O enunciado :


1-"Admitimos que éramos impotentes perante o álcool - que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas."


1-"Admitimos que éramos impotentes perante os efeitos de nossa separação de Deus, que tinhamos perdido o domínio sobre nossas vidas."



1-"Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, e que nossa vidas tinham se tornado incontroláveis" 

Notem, que inseri propositalmente, os enunciados do 1º passo, segundo AA (Alcoólicos Anônimos), segundo os "Doze Passos para os Cristãos", e o enunciado segundo NA (Narcóticos Anônimos). Os três, tem basicamente a mesma essência, sendo que o de AA, foi o original. Os três, são espirituais, ou seja, seus princípios, são encontrados na palavra de Deus. Há apenas algumas diferenças, importantes até, em Narcóticos Anônimos, o programa abrange todas as drogas, legais ou ilegais, excetuando o tabaco sobre o qual, NA não tem opinião. Em Alcoólicos Anônimos, o programa abrange de forma mais específica, o álcool apenas. E nos Doze Passos para os Cristãos, o passo, fala dos efeitos causados, pela separação do Poder Superior, Deus, da impotência diante destes efeitos, e do descontrole consequente.

Bem, o primeiro passo, tem princípios espirituais e palavras chave, inerentes à ele.


1º Passo - A rendição - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
Derrota
As palavras chave são: 
  
Admissão - Impotência - Rendição - Perca do Controle

Ninguém, poderá admitir, somente o adicto, ele próprio terá de admitir a sua própria impotência, diante das drogas/álcool, o que leva também a uma rendição. A negação, já não existe mais. O que vem a ser negação ? É a negativa diante da impotência, é a relutância em admitir a derrota, é a tentativa repetida de controlar o uso, é a negação de que temos uma doença, e de que nossos comportamentos insanos, estão nos prejudicando e a outros. Negar o problema, é uma defesa da doença, e do nosso egocentrismo e auto-suficiência.
Temática Passos-1º Passo-Palavras Chave - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br

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O que diz a rendição neste caso ? Pense desta forma: Seria como uma luta, de um lado o lutador invencível, (a droga), e do outro o adicto, que por muito tempo insistiu em lutar com ele. Explico, a luta vem, após a constatação, ou pressão, em virtude do caos gerado pelo uso da substância, então, a pessoa devido a principalmente sua negação diante dos fatos, quer travar uma luta, já perdida na vã esperança e desejo até, de controlar o uso. No começo, aparenta-se ter vitória, mas era só uma aparência, uma ilusão, visto que cada vez, que o confrontava (a droga), perdia exemplarmente a luta. A insanidade de tentar controlar o uso: Por repetidas vezes, novamente o adicto iria tentar combater, tentar vencer (obter o controle). Sem sucesso. Até que por fim, chega a rendição. A droga só pode ser vencida, quando não há confronto direto.  Render-se, é não mais lutar, não significa não ter ação (que é fundamental), mas simplesmente não mais lutar. Aí, inicia-se o processo da vitória, e é desta maneira, que a luta será vencida, mas de outra forma. Muitos adictos, infelizmente, não tem esta rendição, e acabam por morrer nas garras da doença, sem ter encontrado a recuperação, ou por não ter tido tempo, ou por não querer a rendição. Não há ilusão, a morte é uma certeza. Existem três caminhos: PRISÃO, INSTITUIÇÕES E MORTE. A morte, chega na maioria das vezes, de forma consequente: overdose, doenças, acidentes, violência. 

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Falta de controle, impotência...
A impotência, é o resultado direto da compulsão, e da falta de controle diante da droga de preferência, e da perda do poder de escolha. Finalmente, a vida, as relações familiares, sociais, trabalho, amigos, estudo, casamento, tudo, E ABSOLUTAMENTE tudo é atingido de uma forma ou de outra, pela doença, pela ingovernabilidade da própria vida, após o "mergulho", no mundo da adicção ativa. Não há, outra opção...a  cada manhã, a cada dia, o único pensamento, é o de como conseguir e obter a droga de preferência. Entram nesta fase, a dependência física (muito notada no caso do álcool por exemplo), e a psíquica (acentuada no caso do crack por exemplo). Existe, um desejo de poder sair, de parar, mas não há forças para tal...Porquê ? Justamente porque não se trata apenas da droga. Trata-se da doença da adicção, que a esta altura está no auge e em plena atividade, todos os pensamentos e comportamentos, voltam-se para o uso, e a inabilidade de lidar com a situação e com o problema, leva a usar mais e mais.

Como é que este ciclo mortal se interrompe ? Não há uma resposta única. Um choque emocional (morte de um familiar), uma súbita tomada de consciência diante da destruição (perdas seguidas em todas as áreas da vida), a constatação da própria realidade e do extremo (estado de mendicância, furtos, fome), uma repentina oferta de ajuda na hora certa, a prisão por crimes cometidos em virtude do uso e das consequências da doença, enfim...vários podem ser os motivos, e para cada um, é diferente. O também chamado "despertar", ocorre de maneiras diferentes. Infelizmente, na grande maioria dos casos segundo experiências, dificilmente esta "tomada de cosciência" ocorre no início. Mais frequentemente após experimentar um período significativo de uso, e em boa parte, após uma devastação total, na própria vida. A droga, é uma "roleta russa", muitos, não terão a oportunidade de experimentar o "despertar", a morte chegará antes. É um fato.

Segundo estudos, cada adicto causa codependência a um círculo de 30 pessoas em média, desde familiares, amigos, sociedade, vizinhos. Uns em maior, outros em menor grau. 

O Primeiro Passo, É INEGOCIÁVEL, é o único na verdade, que deve ser praticado 100%, e com absoluta consciência. O início do ingresso em um programa de recuperação, é o 1º Passo. Parar de usar, em primeiro lugar. Muitos praticam este passo todos os dias, as vezes incoscientemente. As irmandades de AA/NA, e as reuniões de auto ajuda, são a base sólida, onde os ingressantes, reavivarão este passo, a cada reunião. Por 12 Horas, por 20 Horas, por 24 Horas...Só por hoje, só por uma hora, se um dia for muito. Pequenos propósitos para si próprio, este é o começo. Com o passar do tempo, a vida e a reestruturação, com a ajuda primordial do Poder Superior, Deus, darão ao adicto sustentabilidade, e a consequente recuperação da vontade própria, do poder de escolha. Não confunde-se com força, na verdade, há um paradoxo importante: "Quando se é fraco, é aí então que se está forte. Pois se estiver se sentindo forte, eis aí a fraqueza, e o perigo."

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O único pensamento, é obter meios e maneiras de conseguir mais...
Neste passo, entregamos a auto-suficiência, e o egocentrismo, já derrotados. 
Com a humildade, a aceitação, a boa vontade, a honestidade e a rendição, inicia-se o processo para o passo seguinte, para a volta da sanidade. Descobre-se, após a prática deste passo, um grande vazio interior, que era preenchido com o auto-engano, ilusão, e com a droga de  preferência, que anestesiava os sentidos, as frustrações, as mágoas, os fracassos, as desilusões...e toda a sorte de sentimentos parecidos, inerentes ao ser humano. Descobre-se que, o uso é a pricípio, o grande problema a ser confrontado, a ser vencido, mas que, na verdade, o problema não está somente na droga de preferência, e sim no próprio adicto, em si mesmo. O confronto maior então, será consigo mesmo. Encarar a realidade, conhecer-se por inteiro, as limitações, os desvios de caráter (que todos tem, mais ou menos), e as qualidades também. Aliás, aprender a cultivar e reconhecer as próprias qualidades, é fundamental. O "outro", é importante em recuperação, na medida de que, não se pode ver com perfeição, "as próprias costas", ou seja, o outro irá, se a pessoa tiver mente aberta para tal, poder auxiliar pois vê você "de fora", da "arquibancada". Erram aqueles, e já ouvi isto muito, erram em minha opinião, todos os bacharéis em psicologia, e doutores de toda sorte, que apregoam a tese de que "desvios de caráter, não tem conserto". Tem sim, com toda certeza. 
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Em recuperação, rompemos as correntes
Todos os seres humanos tem defeitos, sem excessão, quem não os tiver, deveria já, estar no paraíso... o caso é que, na dependência química, estes defeitos, e outros mais que aparecerão, se sobressairão às qualidades. A doença da adicção, utiliza destes defeitos naturais e inerentes, e desenvolve outros mais, para sobreviver. A honestidade dará lugar a desonestidade seja em que sentido for, a verdade à mentira, e assim por diante. Mas, a recuperação individual, tem, com a ajuda de Deus, o poder de inverter os níveis, extinguir e remover estes desvios, retornando a pessoa a ser o que era quando nasceu: um ser humano normal, como tantos outros. Um exemplo simples, Paulo, sim o apóstolo maior, era antes de sua conversão, um assassino, um matador de judeus, culto, rico, e romano também. Há, poderiam dizer, mas Deus o transformou e tal. Claro, óbvio que Deus o transformou, mas eu creio nisto: ele, Paulo, poderia, mesmo cego (a situação da cegueira pre-conversão), negar, e escolher ficar cego, morrer...ou algo assim. Mas, ele escolheu mudar, aceitar, ter fé, converter-se, e cumprir a missão...porque sua essência, assim como a de todos nós, era boa, faltava-lhe creio eu, oportunidade, e boa vontade, com um empurrão misericordioso de Deus. Longe de mim aqui, querer tratar de assuntos bíblicos, é somente um exemplo, e baseado na maneira em que concebo, e Deus, tem seus desígnios...isto basta.

Acerca disto acima, há um ditado que diz, "errar uma vez é humano, duas é burrice...". Em recuperação, se diz que, "COMETER OS MESMOS ERROS, ESPERANDO UM RESULTADO DIFERENTE, É INSANIDADE..."

Princípios Espirituais:

 Honestidade - Mente-Aberta - Boa Vontade - Humildade - Aceitação 

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Estes são os princípios básicos deste passo. Mente-aberta: Nada, pode entrar, em uma mente fechada, em um copo cheio. Necessário é esvaziar o copo, abrir a mente, pois o adicto irá reparar que, da sua maneira, nunca funcionou, portanto, os passos e o programa, seja de qual irmandade for, são sugestões, são princípios, mas que se seguidos, funcionam. Todos as pessoas, independentemente de serem ou não portadoras da adicção, tem que esvaziar-se, de suas pre-disposições e conhecimentos, se querem aprender e/ou absorver algo novo, se achamos que o que temos nos basta, nada entrará. A boa vontade, se fará presente e necessária, no dia a dia, no esforço pessoal, em seus próprios cuidados, ou quando após um dia cansativo, se sentir desmotivado para ir a uma reunião, em reconhecer os limites, em "fazer algo mais" por si ou por outro, então será preciso boa vontade. A humildade em aceitar ajuda, em pedir ajuda, quando for preciso, em reconhecer os próprios limites, defeitos, e sentimentos nem sempre tão elevados. Honestidade, se requer de uma forma liquida, clara, e transparente. A honestidade é um princípio espiritual básico, neste programa de recuperação, e deveria ser presente em todos nós enquanto pessoas. Você pode se perguntar: - Mas nunca roubei, nem fraudei...Sim, mas existem outras formas de honestidade, e desonestidade, para consigo mesmo e para com os outros, tão importantes quanto atos, ou comportamentos. Ser honesto para com os sentimentos, desejos, e pensamentos, é um exemplo.

1º Passo - A rendição - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br


Nada, virá sem algum sacrifício. No início, terá dor até, e é um processo doloroso, porque a mudança muitas vezes é dolorosa. Mas, se praticados os princípios, e os passos, com o passar do tempo e com a ajuda de Deus, esta nova maneira de viver, será algo maravilhoso, muitos adictos, nunca experimentaram uma vida sem drogas, portanto, será um aprendizado de uma nova vida.



Literatura citada para elaboração do artigo - 12 Passos de Narcóticos Anônimos (Livro Azul) e Guia para Trabalhar os Passos de Narcóticos Anônimos
Nota - Este artigo contém também a opinião pessoal e particular do autor. 
Mais 24 Hrs de Paz e Serenidade



2º Passo, viemos a acreditar...

2º Passo, viemos a acreditar...


Os três primeiros passos, como já dito anteriormente, são por muitos, chamados de desobsessores, ou seja, "iniciam" (1ºPasso), "limpam" (2ºPasso), e "preparam" (3º Passo) a caminhada que vai se seguir, dentro do Programa de Recuperação Pessoal, removendo a obsessão pelas drogas, e pelos comportamentos e sentimentos inerentes à ela.

Segundo passo de Narcóticos Anônimos:
"Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade."

O segundo passo, trará luz, e direção.
Com o decorrer do tempo, no uso de drogas, os comportamentos, e ações, são voltados cada vez mais, para obter, proporcionar situações, ambientes, e meios de uso. Procura-se priorizar, na vida pessoal, o uso da substância preferida, inicialmente, por pouco espaço de tempo, conforme o avanço da doença (lembrando que é uma doença progressiva incurável e fatal), o uso vai tornando-se mais regular, em intervalos menores, e ela (a doença), vai exigindo mais e mais, mais tempo, mais dinheiro, maiores doses, não importando, ao final, a que preço, material, ou emocional.
Atos insanos, começam a aparecer. Pergunte a alguém na rua, ou pergunte-se a si mesmo, seria natural se você pedisse a alguém: -Por favor, me dê um ataque cardíaco !? Pois bem, isto é feito, em cada tragada, em cada dose, em cada carreira ou fumada de cachimbo ou lata, porque ainda que possa ser vagarosa pra uns, e rápida pra outros,  a morte, é certa, e certamente virá, muito antes da data naturalmente prevista, ou seja, o usuário, "corre" atrás da própria morte, e paga um preço alto por ela.

Palavras Chave deste passo:

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Princípio básico deste passo
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Objetivo

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Advinda da Fé

Neste passo, aprende-se e é necessário acreditar, que um poder maior do que nós mesmos, poderá, devolver-nos a sanidade  perdida. Após a admissão e rendição do primeiro passo, é neste passo seguinte que encontraremos luz, luz para nos reconduzir à sanidade dos nossos atos. Com a estagnação do uso, um grande "buraco", um grande vazio interno, irá tornar-se explícito. No uso, na ativa, não havia nada, nada maior do que nós, maior que a busca pela droga. O adicto na ativa, torna-se o centro do universo, e as coisas giram em torno dele. Neste passo, para que ele realmente dê resultado, sugere-se ser necessário que este Poder Superior, seja : 1-Maior do que nós mesmos, 2-Amoroso, 3-Misericordioso. Maior, porque somente algo mais forte e superior ao que pensávamos que éramos, será capaz de superar nossas expectativas através da fé, Misericordioso, porque o arrependimento, ressentimento, mágoa e dores de inúmeras perdas, se tornarão um peso no início, peso este que somente tal característica inerente a Deus, poderá nos aliviar, e perdoar, e Amoroso, porque nos suprirá o "vazio" interno, com paz, assim que iniciarmos o exercício diário da fé. Faltava a maioria de nós um relacionamento prático com um Poder Superior. Nosso conhecimento, acerca de Deus, era pobre, e fraco. Ainda que possa se pensar, que idas a igrejas, ou missas, ou uma vida aparentemente normal, garantam ou venham a sugerir  o contrário. Na verdade, não existe intimidade com Deus, pelo adicto, quando inicia-se a busca pela satisfação, por um simples, ineficaz, e rápido prazer, que com o tempo revelará uma dor tão profunda, que nunca haverá bastante para amortecer a realidade, a realidade de que se está, e esta realidade é um grande pesadelo, um sonho, o qual não terá fim, a menos que exista uma determinação interior, que busque pela mudança.

Caso você seja um adicto, faça a si mesmo algumas perguntas, para correlacionar melhor o assunto:


Como você veio a acreditar num Poder Superior?

Dê cinco exemplos de como a insanidade se manifestou na sua adicção ativa?

Como um Poder Superior pode ajudar a devolver a sua sanidade?

Quais as características de um Poder Superior para você?

Como você define insanidade?

De que forma a insanidade se manifesta na sua recuperação dentro de seu tratamento?

Dê cinco exemplos de como um Poder Superior lhe ajudou ao longo de sua vida?

Como você entende a frase: “poderá devolver-nos a sanidade” ?

Exemplos de atos, pensamentos, ou situações insanas:



Ações insanas, situações insanas.

Vender objetos, descuidar-se de proteção em atos sexuais, prostituir-se por drogas, roubar, mentir, ameaçar, acordar pela manhã onde o primeiro pensamento é a droga, abandonar trabalho, priorizar o uso antes de necessidades e obrigações básicas, descuidar-se do seu asseio e higiene pessoais, dentre muitos outros...


E se tratando de uma doença deve-se estar atento a questão da auto estima. Não houve falha nenhuma, não houve erro nenhum (não obstante qualquer desestrutura familiar, ou pessoal), e sim uma predisposição orgânica em desenvolver a tolerância pela droga / álcool que culminou com a instalação da dependência. Esse processo é um processo seletivo. Existem estudos científicos que comprovam a existência de um componente genético nesse processo. Portanto, não devemos nos auto condenar, aliás nenhum ser humano o deve. Todos somos falhos, o que pode nos diferenciar uns dos ourtros, é a maneira como encaramos as situações, e o que fazemos a respeito.


Princípios Espirituais deste passo:

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A , será o "motor", neste, e em outros passo durante o processo, ela é um ingrediente primordial. A confiança, em um resultado, não no resultado que imaginamos ou desejamos, mas em um resultado positivo, o que não significa que este resultado virá sem alguma dor (a dor aliás, na vida, é inevitável, o sofrimento, é opcional). É necessária, por meio da fé, e da esperança que surge junto desta, a confiança que nos trará a boa vontade necessária, para exercitar uma nova maneira de viver, boa vontade de aceitar algumas situações e não provocar outras, tendo humildade para reconhecer, que não somos gigantes, mas sim seres humanos falíveis. Em um momento inicial de recuperação, a ajuda de outros é fundamental, assim como por toda a vida, iremos perceber, que não queremos mais viver no isolamento, mas sim construir laços de amizade, e da mesma forma, que ajudamos outras pessoas no decorrer da vida, seremos ajudados, tendo em mente, que nem sempre a ajuda virá da maneira como nós a queremos. Mente Aberta, para aceitar sugestões de companheiros, de familiares, de profissionais, mente aberta para entender, a necessidade de ter de volta a própria sanidade.

O segundo passo, não é somente praticado uma vez, aliás, todos os passos, são praticados, e rê-praticados diariamente para o resto de nossas vidas, sendo que muitas vezes, nem percebemos esta prática. Torna-se automático, e simples...A dor, é substituída pelo amor que renasce, o desespero, pela esperança, a morte pela vida, a destruição pela recuperação. Isto não significa, que tudo será um "mar de rosas", que os problemas acabarão...pelo contrário, muitas vezes, após um período inicial, é hora de encarar alguns fatos, dos quais vivíamos fugindo. O único milagre, a princípio, é o da vida, da liberdade de escolha. A partir daí, reescreve-se a história, com a ajuda de Deus.

Então para isso, eu preciso voltar a acreditar em um Deus, acreditar em mim, e quando falamos deste Deus (na forma como cada um concebe), necessariamente sugere-se ser um poder superior a nós, porque aí entram também os papéis que nós vivemos dentro da dependência. 

Alguns companheiros, talvez procuraram por algum tempo, ter seu Poder Superior em; NA, outros em Buda, outros na sala de NA, outros no universo, enfim, com o passar do tempo, a razão (sim, a razão) trará a tona o fato de que, NA não poderá nos aliviar e trazer sanidade (não no sentido deste passo), Buda está morto, a sala pode fechar (ou seja, é algo físico e que pode mudar), o "universo" é "grande demais" sendo inatingível aos propósitos do passo...
A fé desenvolvida neste Poder Superior, Deus, que podemos desenvolver, é que Ele pode nos ajudar, pois criou os homens (NA), criou Buda (um homem), e criou o universo, e é perfeitamente acessível, à nós.

 
A destruição pessoal, na palma da mão.
Nós vivemos um papel muito comum a muitas pessoas, nós não vivemos o papel de filho de Deus, mas, nós vivemos o papel de "irmão" de Deus, ou "chapa", ou "camarada", tanto o D.Q. quanto o familiar; o familiar "chega perto de Deus e bate no ombro de Deus e diz" : - Deus tira ele do meio daquelas companhias que está levando ele para o buraco; dando conselhos e fazendo mil pedidos a Deus na cara dura, ou não?  
O "pedido" a Deus aliás, antes que haja má compreensão, é justo. Mas muitas vezes, 1-A vontade de Deus para nós é perfeita, porém temos o livre arbítrio, 2-O familiar pode muitas vezes fazer sua parte e não o faz (e fazer sua parte pode incluir causar "certa dor" ao ente por meio afastamento necessário, corte de coisas e meios que possam estar indiretamente proporcionando, no fim, a destruição deste, etc), 3-O adicto não quer Deus, rejeita todas as "portas abertas".  

O dependente por sua vez, é a mesma coisa, chega perto de Deus e diz: - Deus modifica minha mãe, meu pai, modifica fulano, Deus me ajuda arrumar dinheiro, eu estou sem dinheiro para pagar o bar, o traficante; sempre pedindo ou dando conselhos a Deus de como fazer as coisas. É esse o papel que nós temos que abandonar para podermos caminhar com nossas próprias pernas e aí entrará o terceiro passo. Deus, na verdade, não é nosso fiador, não é banco, ou o "cara" que sempre te livra das enrascadas...Não encobrirá nossos erros...Deus sim, a partir do momento que nós nos posicionarmos corretamente com respeito ao que queremos de nossas próprias vidas, este Deus, nos concederá força, discernimento, e paz, para prosseguir na vida, deixando os erros para trás, na busca de algo novo e maior, que não é mais a droga, mas sim, a própria vida. Não precisamos, nem podemos, modificar ninguém, mas sim, somente à nós mesmos.

Literatura citada para elaboração do artigo - 12 Passos de Narcóticos Anônimos (Livro Azul) e Guia para Trabalhar os Passos de Narcóticos Anônimos

Nota - Este artigo contém também a opinião pessoal e particular do autor. 

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