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Postos de saúde têm dificuldade em identificar usuários de drogas, diz USP

Postos de saúde têm dificuldade em identificar usuários de drogas, diz USP
Dependentes encaminhados a tratamento por unidades de saúde são 22%. - Estudo aponta ainda que 66% busca ajuda sozinho ou com apoio familiar.

As unidades públicas de saúde têm dificuldade em diagnosticar dependentes químicos e, principalmente, encaminhá-los a tratamentos específicos. A constatação é de um estudo realizado pela Escola de Enfermagem da USP em Ribeirão Preto (SP), que traçou o perfil dos usuários de drogas na cidade: 66,31% dos que estavam em tratamento no Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e outras Drogas (CAPSad) buscaram auxílio sozinhos ou com apoio da família, enquanto apenas 22,1% foram encaminhadas por hospitais ou postos de saúde.

“Quando chega nesses serviços, o que eles fazem? Medicam e manda embora. Eles não vão querer uma pessoa lá que bebeu ou usou drogas dando trabalho. Pode até medicar, mas tem que fazer um encaminhamento, explicar que existe tratamento e mandar para um serviço de apoio”, explica a enfermeira Josélia Carneiro Domingos, autora do estudo que avaliou o perfil de 95 dependentes no CAPSad, no segundo semestre de 2012.

Em Ribeirão Preto, 50% dos usuários de drogas são homens brancos, diz USP

O resultado do levantamento aponta ainda que 6,31% chegaram CAPSad por outras instituições do mesmo segmento, 3,15% por serviços comunitários e 2,1% por determinação da Justiça – internação involuntária. “O principal problema é a falta de profissionais qualificados atuando em atendimentos de urgência e emergência. Não adianta só medicar e mandar embora”, critica.

A situação descrita por Josélia foi vivida muitas vezes pela agente de segurança Carolina, de 34 anos, dependente de álcool desde os 15 anos. Ela conta que chegou a consumir três litros de cachaça por dia e, algumas vezes, foi levada pela família – e até mesmo pela polícia – para unidades básicas distritais de saúde, por estar alcoolizada. “Sempre davam glicose e mandavam para casa.”

Somente em abril do ano passado, após ser atendida por um médico amigo da tia, que é enfermeira, Carolina conseguiu encaminhamento para tratar o vício no CAPSad. “Agora, eu conheço pessoas com histórias até piores que as minhas. Isso faz eu olhar para mim mesma e lutar para conseguir me livrar da bebida”, diz.

Doenças associadas

Josélia afirma ainda que a maioria dos usuários de drogas tem problemas de saúde associados ao vício, como pneumonia ou tuberculose, por exemplo, o que torna o primeiro atendimento prestado nas unidades de saúde ainda mais importante, no que se refere ao diagnóstico precoce dessas doenças.

O estudo da USP aponta que entre os dependentes entrevistados que possuíam algum tipo de enfermidade, 21% tinham problema de hipertensão arterial severa ou doenças cardíacas, 15,78% sofriam com doenças respiratórias ou tuberculose, 9,47% eram epiléticos ou tinham convulsões frequentes, 5,26% foram diagnosticados com diabetes, 5,26% tinham hepatite, 2,1% HIV e 13,68% outras doenças crônicas.

“Se a gente tiver profissionais preparados, principalmente, nas unidades básicas e serviços de urgência, a gente vai ter um retorno positivo, porque não sobrecarrega o CAPSad e começa a fazer um trabalho precoce, ou seja, as doenças não são descobertas em estágio avançado”, diz a enfermeira.
Usuários não reconhecem

Para a coordenadora do CAPSad, a psicóloga Gisela Pires Marchini, é arriscado afirmar que os dependentes químicos desenvolvem doenças associadas ao vício por falta de diagnóstico nas unidades de saúde. Apesar de reconhecer que, em algumas situações, os profissionais tem um número grande de pacientes para atender, Gisela diz que, na maioria das vezes, são os próprios usuários de drogas que negam a dependência.

“Há uma complexidade muito grande nessa questão. Muitas vezes, o paciente acaba negando o vício, ou afirma que só utiliza aos finais de semana. Ele não consegue reconhecer que não está bem, leva muito tempo para ver isso. Às vezes, quando chega à UBDS, acaba colocando apenas as questões clínicas”, diz.

Ainda de acordo com Gisela, também é preciso levar em consideração que nem sempre o usuário é atendido na mesma unidade de saúde, ou com o mesmo profissional. “Ora é uma pessoa que atende, ora é outra pessoa. Além disso, o dependente só consegue ter essa percepção quando é ameaçado de romper um casamento, com a possibilidade de perder a guarda dos filhos, ou uma questão clínica, cirrose, diabetes, etc. Mas aí, a situação está muito grave”, afirma.

Fonte - G1 - Adriano Oliveira Do G1 Ribeirão e Franca

SP muda tática contra drogas e amplia comunidades terapêuticas

600 vagas serão criadas em instituições mais abertas que os hospitais tradicionais; clínica será inaugurada em Botucatu

Jornal O Estado de S. Paulo

Fabiana Cambricoli e José Maria Tomazela / Botucatu - O Estado de S.Paulo


Quase dois anos após iniciar uma operação policial no centro de São Paulo para tentar acabar com a Cracolândia, o governo do Estado decidiu mudar de estratégia mais uma vez e agora vai investir na ampliação dos leitos de comunidades terapêuticas para dependentes químicos. Segundo Ronaldo Laranjeira, coordenador do Programa Recomeço, pelo menos 600 vagas serão abertas até o fim do ano. Hoje são cerca de 300.
"A ideia é iniciar um modelo social de recuperação. As comunidades terapêuticas são unidades mais abertas que os hospitais, nas quais o dependente vai reconstruir a vida dentro de uma estrutura social nova. É como se fosse uma família substituta", explica Laranjeira.
Para ele, a operação de janeiro de 2012, na qual a Polícia Militar tomou a Cracolândia, não teve êxito porque não houve integração com as políticas de saúde. "A operação até conseguiu desorganizar o tráfico, mas não houve continuidade."

Os leitos novos estarão em entidades privadas ou filantrópicas que farão convênio com o Estado. "Já temos entre 600 e 700 leitos pré-credenciados. Ainda não temos a confirmação do número final porque temos de checar as condições de infraestrutura e de documentação antes de finalizar o credenciamento. O pagamento é feito diretamente à comunidade, R$ 1.450 por mês por paciente."
Clínica. O governo estadual também inaugura hoje, em Botucatu, no interior, a primeira clínica própria do Estado exclusiva para o tratamento de dependência química. Hoje, os leitos existentes são em alas psiquiátricas de hospitais gerais ou em unidades privadas. Vinculado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, o Serviço Hospitalar e Ambulatorial de Referência em Álcool e Drogas vai atender adolescentes entre 12 e 18 anos.

A aparência da clínica é de uma pousada, cercada por bosques e gramados. Há uma área de lazer, com piscina, quadra de esportes e churrasqueira.
São 76 leitos, dos quais dez ficam na ala de desintoxicação, que recebe pacientes em crise ou situação de risco. O período de desintoxicação vai de três a cinco dias. Depois, o paciente segue para reabilitação.
O prédio tem um auditório com 60 poltronas e uma oficina de estética. "Vamos oferecer cursos de tudo o que for possível: cabeleireiro, manicure, maquiador, cozinheiro, confeiteiro, garçom, jardineiro, horticultor. Eles vão ter a oportunidade de se ocupar e aprender", diz Marly Thieghi de Mello, diretora do Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais), que engloba a nova unidade.

A unidade vai atender pessoas de Botucatu e de 67 municípios do entorno. O encaminhamento será feito pelas unidades de saúde, mas familiares de dependentes também podem procurar o serviço. "O período de internação pode chegar a 15 dias, mas o tratamento mesmo não tem prazo para terminar. A ideia é que, mesmo após deixar a unidade, o paciente volte sempre que quiser ou sentir que precisa de ajuda", conta Marly.


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Centro de atendimento tem 706 pessoas cadastradas. 27% dos pacientes são menores de 18 anos.

Usuários de cocaína e crack lideram atendimentos no Caps

Centro de atendimento tem 706 pessoas cadastradas.
27% dos pacientes são menores de 18 anos.

Kedma Araújo Do G1 Santarém
 
Pacientes CAPS - Cocaína e Crack
Paciente recebe atendimento psicológico
(Foto: Kedma Araújo/G1)
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), em Santarém, oeste do Pará, de janeiro a outubro de 2013, o Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) cadastrou 706 pacientes. Desse total, 41% são usuários de pasta de cocaína ou crack, 37% utilizam álcool, 12% são usuários de cigarro, 8% usam maconha e 2% usam pó de cocaína ou cola.
Segundo a psicóloga do Caps AD, Carla Myrian, o aumento do tráfico na cidade facilitou o consumo de cocaína e crack. “E muitos traficantes, no intuito de viciar o usuário, começaram a mesclar drogas, como por exemplo, maconha com cocaína. E a tendência é o usuário procurar sempre por algo mais forte”, completa.
Conforme o cadastro, 27% dos pacientes são menores de 18 anos. Carla afirma que a evasão escolar, a falta de concentração e a dificuldade no aprendizado, são alguns sinais de alerta na conduta de adolescentes. “Comportamento mais agressivo, dormir demais ou olhos vermelhos são questões que tem que ser levadas em consideração. E também ver as amizades que esse jovem está saindo. É necessário ter essa preocupação, porque cada vez mais atendemos pacientes de 14 anos ou até menos”.

Caps AD
 
A equipe do Caps AD é formada por psicóloga, enfermeira, clínico geral, psiquiatra, assistente social, terapeuta ocupacional e técnicos de enfermagem.  Na instituição, o paciente é acolhido e após o cadastro, é atendido de acordo com a necessidade.

Além de atendimentos individuais, oferece terapias em grupo, onde o paciente tem contato com outras pessoas que estão passando pela mesma dificuldade. “A família também recebe suporte por meio de atendimentos individuais e grupos terapêuticos voltados aos familiares, onde recebem orientação de como conviver, o que fazer e como ajudar o paciente. Temos as oficinas terapêuticas que são variadas e relativas de acordo com a preferência deles, como artesanato com jornal, culinária, fabricação de gesso”, diz Carla.
O eletricista, Antônio Eugênio Filho, de 45 anos, recebe atendimento no Caps AD há dois anos. Ele começou a usar drogas durante um relacionamento. “Comecei com maconha, depois fui para cocaína, e quando eu fiquei dependente eu usava tudo, álcool e até remédios. 

Usava tudo que me tirasse do estado normal, não fazia nada sem droga”, lembra.
Atualmente, o eletricista está há um ano sem usar drogas. “Cada dia é um passo no tratamento pra mim. Minha vida profissional está começando a voltar ao normal, reconquistei minha família, que nunca me largou, mas recuperei a confiança deles. Meus filhos tinham medo de mim. Hoje já reconquistei o amor, o carinho deles, eles me abraçam, dizem que me amam, falam que eu sou o melhor pai do mundo, isso pra mim é uma injeção de ânimo para eu não voltar para aquela vida”.
 
Comunidade Terapêutica
 
Outro lugar que trabalha a recuperação de dependentes químicos, em Santarém, é a Comunidade Terapêutica Família Feliz. De acordo com o responsável pela instituição, o pastor José Carlos Lopes, mais de 2 mil homens foram atendidos em oito anos.
Na comunidade, o paciente fica hospedado por oito meses e não é obrigado a permanecer internado. “Nós só trabalhamos com a internação voluntária, onde o paciente não vai estar preso, não vai estar obrigado”.
O programa de recuperação distribui atividades para cada paciente. “Na terapia ocupacional eles limpam os ambientes e cuidam da horta. Nas aulas eles vão aprender sobre a recuperação, a vida e a postura deles; e o que eles têm que fazer para ficar longe do vício e vivenciar na prática dentro da comunidade”, explica o coordenador.

O técnico em informática, Marcos Gomes, de 42 anos, está em recuperação e dá aula de informática aos outros pacientes. Para ele, o isolamento é fundamental para a recuperação. “Se eu continuasse naquela vida, ia causar mais prejuízo para minha família, para os meus conhecidos e clientes. Precisava me isolar para minha mente estabilizar. O isolamento é a maior ajuda que tem nesse tratamento”, explica.

Faltam voluntários

Atualmente, a instituição é carente de ajuda profissional. De acordo com o coordenador da Comunidade Terapêutica, o quadro de funcionários é composto por pessoas que passaram pelo programa de recuperação e são voluntários. “Muita gente diz que quer ajudar, que vai ser voluntário, mas são muito vulneráveis, se empolgam e desempolgam muito rápido”.
Lopes afirma que é difícil encontrar quem queira trabalhar voluntariamente. Segundo ele, é necessário ter um terapeuta ocupacional, um psicólogo e um médico para acompanhar os tratamentos.

Para ajudar nas despesas, a instituição reaproveita zinco para montar outdoor e recebe uma contribuição financeira de algumas famílias dos pacientes. A comunidade também conta com a ajuda do Programa Mesa Brasil, do Sesc, o que ajuda nos custos de alimentação. “Tem dias que aperta financeiramente, então eu começo ligar, e felizmente temos pessoas que se eu ligar ajudam”, diz o coordenador da Comunidade.
O servidor público, Giovani Feitosa, de 48 anos, buscou tratamento na Comunidade após perceber os danos que a dependência química estava causando em sua vida, como perda de salário e dificultando cada vez mais o relacionamento familiar. “A fraqueza me levou a usar drogas. Usei os problemas familiares e a solidão quando viajava e ficava longe da família, como desculpa para entrar para o meio do vício. Eu usava álcool e outras drogas ilícitas, como maconha e cocaína”, lembra.
Após o tratamento, Feitosa recuperou a autoestima, a credibilidade e o salário que estava suspenso. Ele afirma que Deus, disciplina, autoconfiança e apoio foram muito importantes para a sua recuperação. “O trabalho da instituição foi fundamental, a forma como somos abordados é de muita conscientização. Hoje sou muito feliz”, afirma.

Serviço
Caps AD
Travessa 7de setembro, 692, bairro Aparecida.
Atendimento ao público: De segunda a sexta de 8h às 18h.
Documentos necessários: cartão do SUS, xerox do RG, do CPF e do comprovante de residência.
Comunidade Terapêutica Família Feliz
Avenida Lira Castela, 100, bairro Área Verde
Informações: 9131 1576

Fonte - G1
 
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O uso de drogas em centros de reabilitação - USA

O uso de drogas em centros de reabilitação é um problema crônico, e os membros da equipe se esforçam para manter fora as drogas de criativos, engenhosos e desesperados pacientes por elas.


O uso de drogas em centros de reabilitação - USA
Quando Betânia Ehrhart , 23, queria abandonar seu vício em analgésicos , sua mãe, Darlene , arranjou o dinheiro para o tratamento top-of-the-line no mundialmente famoso Betty Ford Center. Uma semana depois de sua chegada ao Celebrity Rehab , em Rancho Mirage , na Califórnia, diz Ehrhart , um paciente companheiro deu-lhe heroína contrabandeada no dia dos visitantes .
Ehrhart , apenas há alguns dias na desintoxicação, diz que foi impotente para resistir ao apelo de seu vício , levou a heroína e mergulhou em uma recaída, rodeada pelos conselheiros altamente bem pagos para ajudá-la .
Ehrhart diz que testemunhou uma transação de drogas no centro de reabilitação e disse que um membro da equipe insistiu não para denunciá-la . Em um e -mail para a mãe de Ehrhart , o ex CEO (diretor) John Schwarzlose de Betty Ford , que deixou o cargo em julho, prometeu uma investigação, ofereceu os serviços gratuitos para os familiares e o tratamento de Ehrhart reembolsado. Ehrhart foi transferida para outro centro de reabilitação .
"Nós levamos muito a sério as suas preocupações ", escreveu ele . 
O porta-voz do Betty Ford, Russ Patrick se recusou a comentar alegações específicas de Ehrhart , citando o anonimato para os pacientes em um programa de recuperação de 12 passos e as leis de confidencialidade para os prestadores de cuidados de saúde, mas Patrick disse em um comunicado que o centro " tem tolerância zero para o consumo de drogas no campus " .
"Durante nossa história de 31 anos de tratar milhares de pacientes viciados , um número muito pequeno deles têm tentado obter drogas no campus", disse Patrick.
A experiência de Ehrhart ressalta um problema crônico para os centros de reabilitação de drogas que lutam para manter as drogas longe de criativos, e engenhosos pacientes que estão desesperados por elas.
Toxicodependências são notoriamente difíceis de abandonar. Estudos do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas (NIDA) descobriram que 40% a 60% das pessoas tratadas por dependência de drogas, sofrem recaídas, uma taxa semelhante a outras doenças crônicas, como hipertensão , asma e diabetes.
" Os dependentes químicos empenham-se em grandes manobras para obter drogas ", disse Carol Falkowski , ex-diretora da Divisão de Drogas Abuso do Álcool e do Departamento de Serviços Humanos , que também trabalhou por uma década na Fundação Hazelden de Minnesota. Os membros da equipe sabem que os dependentes em tratamento, muitas vezes irão seduzir os amigos , a família ou os seus antigos fornecedores para contrabandear drogas para dentro da reabilitação, disse ela.
Exemplos recentes incluem:
• Os promotores em Nova Jersey prenderam sete homens , incluindo cinco funcionários, em julho sob a acusação de distribuição de heroína , crack e analgésicos para pacientes em instalações para tratamento de veteranos. "Esses sete homens abusaram de seu acesso às instalações médicas para vender drogas perigosas para outros veteranos em tratamento ", disse o procurador dos EUA Paul Fishman .
• Em março, uma paciente de um centro de tratamento de drogas foi preso em Fergus Falls, Minnesota, e condenado a quatro anos de prisão depois que ela e dois outros pacientes fizeram uso de heroína e outras drogas que tinham sido contrabandeadas para a instalação , disse Otter Tail assistente da promotora Michelle Eldien . Um cúmplice fora do centro, enviava as drogas para o centro de reabilitação em frascos de xampu e bolsos das calças jeans , disse ela.
O fato levou a uma revisão interna e auditoria de segurança , disse Karen Schmitz, porta voz do
Departamento de Serviços Humanos de Minnesota. A instalação tem novos procedimentos, inclusive fazendo os clientes se despiem na admissão para a busca de contrabando, disse ela.
Falkowski , agora presidente da Fundação de Diálogos sobre o Abuso de Drogas, uma organização educacional sobre abuso de drogas e álcool em Minnesota, ouviu histórias de viciados desesperados tentando destilar fruto roubado da lanchonete em álcool . Em um centro de tratamento onde Falkowski trabalhou na década de 1970, os trabalhadores encontraram seringas de drogas escondidos em uma secadora de roupas.
" Isso acontece o tempo todo ", disse Falkowski . " Historicamente, é algo que cada centro de tratamento tem de lidar com eles. "
Pacientes usam Internet salas de chat para discutir planos para a obtenção de drogas. Em um fórum de discussão sobre reabilitação que durou cinco anos 2004-2009 no site Bluelight.ru Internet , os pacientes contaram dezenas de casos de uso de drogas na reabilitação. Um ex- paciente descreveu um traficante que iria entregar drogas dentro de uma bola de tênis que ele jogava para cima de uma uma janela do terceiro andar .
" Você poderia colocar seu dinheiro na bola, jogá-la, que em seguida ele iria jogá-la de volta com a quantidade de droga que você queria ", um usuário com o nome de tela " blahblahblah ", escreveu .
Centros de Reabilitação de drogas podem tomar medidas concretas para manter as drogas fora e devem antecipar os riscos e as maneiras possíveis que os internos se utilizarão para  alimentar os seus vícios, disse Ben Levenson , CEO das Origens - Centros de Recuperação, que tem duas unidades de reabilitação de drogas  em South Padre Island , no Texas.
" Esses são os sobreviventes de um mundo mortal . Eles são super engenhosos. Muitos deles são super brilhantes . Eles tentam de tudo. Eu os vi esconder comprimidos nas costuras de suas camisas ", disse ele .
" Em Origens existe uma longa lista de políticas e procedimentos para manter o contrabando para fora, incluindo pesquisas completas dos pacientes e testes duas vezes por semana de drogas ", disse Levenson. A instalação de telas cuidadosamente seus funcionários com profundas verificação de antecedentes e testes regulares de drogas
Origens trata 40 homens e 32 mulheres em um tempo em modalidade de internato e residência, com dois funcionários para cada paciente , Levensen disse .
"Eles não podem se esconder ", disse ele . " As pessoas vão perceber se o interno fizer uso de drogas, e sua condição seria absolutamente desconfortável ante os demais. "
A Betty Ford Center conta com uma equipe de segurança altamente treinada que inclui um cão treinado para detectar drogas , protocolos rígidos para todos os visitantes e testes aleatórios de drogas dos pacientes , Patrick , o porta-voz, disse .
" Sempre que o uso de drogas for descoberto, apesar de nossas precauções , agimos imediatamente , e fazemos mais do que parar o uso específico descoberto ", disse ele . "Nós iremos investigar o porquê de tal uso ocorreu e atualizar nossos protocolos de segurança como garantia. "
A segurança é agora mais apertada do que foi no ano passado , disse ele. Até o momento em que Ehrhart chegou a Betty Ford, em 28 de maio para um programa de tratamento de 90 dias, seu vício tinha ultrapassado a sua vida. Ela disse que gastava de US $ 200 a US $ 300 por dia para comprar oxicodona, um analgésico narcótico.
Ela tinha ouvido dizer que Betty Ford é " realmente uma profunda reabilitação. É incrível  viver e mudar lá. É realmente alto nível . "
A poucos dias de início no programa de tratamento de US $ 62,000 , Darlene Ehrhart disse que sua filha chamou chorando, pedindo para voltar para casa. Ela disse que tinha testemunhado um outro paciente comprar drogas.
Darlene Ehrhart encolheu os ombros, imaginando sua filha estaria inventando situações imaginárias para que pudesse escapara ao tratamento.

" Eu tenho a vibração que este era um vale-tudo facilidade ", disse Ehrhart . Depois de mais de uma chamada de Ehrhart , sua mãe chamou o conselheiro da filha. O conselheiro prometeu cuidar dela. Mas em um dia de visita no domingo, no início de junho , Ehrhart usou uma agulha para atirar heroína que ela disse que foi trazida para a clínica de reabilitação por um visitante .
"Eu não me importo , porque estava lá. Eu queria. Eu estava pronta para isso ", disse Ehrhart . "Eu estava esperando por isso há dias. "
Quatro dias após o incidente, Ehrhart transferida para outro programa de tratamento, onde ela concluiu com êxito em 03 de agosto. Agora ela diz que está limpa, trabalhando como atendente em uma loja de café e planejando voltar para a escola em janeiro.
Relatórios McCarren para WUSA - TV em Washington , DC
Fonte - USA Today 
 
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Especialista avalia que pais querem "terceirizar" filhos usuários de drogas

Especialista avalia que pais querem "terceirizar" filhos usuários de drogas

Flávia Villela - Agência Brasil 

Usuários de crack são levados por instituição que promove a acolhida dos dependentes em SP (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
 
Especialista avalia que pais querem "terceirizar" filhos usuários de drogas
Rio de Janeiro – O crack é um sintoma e não o problema em si. A opinião é da presidenta da Associação de Conselhos Tutelares do Município do Rio de Janeiro, Liliane Lo Bianco. “Claro que precisamos enfrentar o crack, mas os casos de dependência química estão relacionados à ausência de políticas integradas para o fortalecimento do núcleo familiar de pessoas em situação de vulnerabilidade”, avaliou.
Há mais de dez anos trabalhando com crianças e adolescentes em situação de risco, ela acredita que os vínculos familiares estão em um ponto de fragilidade que muitos pais querem se isentar das responsabilidades legais e sociais sobre os filhos. “A mãe sai, deixa a criança em casa para ir ao baile e o pai não quer saber. São pais que têm os vínculos familiares já esgarçados e não têm essa relação de zelo e proteção com os próprios filhos”, avaliou.
A presidenta da Associação de Conselhos Tutelares ressaltou que a situação é de tal gravidade que os pais, hoje, “querem terceirizar o poder familiar”. Segundo ela, ao tentarem delegar a criação de seus filhos, essas pessoas mostram que a relação de proteção familiar e de autoridade “diluiu-se”.

A própria realidade dos conselhos é um exemplo da falta de estrutura da sociedade para lidar com o problema. Liliane Lo Bianco destacou que na área em que atua o conselho na zona oeste, abrangendo Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio e Vargem Grande, com mais de 1,5 milhão de habitantes, deveria haver outros 12 de acordo com o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). A realidade, no entanto, é outra: são apenas dois conselheiros para 30 atendimentos por dia.

Especialista avalia que pais querem "terceirizar" filhos usuários de drogas
“A cada 100 mil habitantes é preciso ter um conselho tutelar para que haja um serviço de qualidade. É humanamente impossível atender a todos”, relatou. “Além disso a rede [de assistência] não é integrada e as casas de abrigamento não têm projeto terapêutico. Nós não temos o retorno dos casos que enviamos, então não sabemos como é a dinâmica. Só sabemos o que aconteceu com essas crianças quando eles voltam para nós”, ressaltou a presidenta da associação. A falta de dados e de números sobre crianças e jovens dependentes de drogas impossibilita, segundo ela, a criação de políticas públicas eficazes.
Além dos atendimentos espontâneos, o conselho recebe chamadas de delegacias, escolas, hospitais e casos relatados ao Ligue 100, entre outras fontes de denúncias. Liliane explicou que a maioria dos problemas estão relacionados à violência doméstica, sobretudo a falta de afetividade. “O que leva à droga, à compulsão, à prostituição é a ausência de afetividade. Nosso maior problema hoje em dia, nos conselhos, é o grande índice de abandono, seja por pais usuários de drogas ou não”, explicou ela.
“Tem um caso emblemático. O rapaz [filho] começou a usar droga e a mãe não quer mais saber dele. Mas o menino havia largado a escola há mais de um ano. Se ele tivesse tido uma escola em que fosse estimulado, com horário complementar, pais que pudessem acompanhar esse processo, a droga não teria entrado na vida dele”, lamentou Liliane.
Os investimentos no combate ao uso do crack, segundo ela, devem ser voltados principalmente para a prevenção. Na sua opinião, depois que a pessoa se vicia o tratamento torna-se muito mais difícil. “Não acreditamos na internação compulsória pois, sem adesão, o menino volta para rua e vai se drogar de novo”, disse Liliane. O necessário é ter um espaço para as crianças que pedem para ser tratadas, defendeu.

Apesar da situação problemática, Liliane Lo Bianco comemora a criação de mais quatro conselhos, em 2013, e outros quatro no ano que vem, além da previsão de aumento do número de conselheiros de 60, atualmente, para 100 até 2014.
O Conselho Tutelar é um órgão não jurisdicional, composto por cinco membros eleitos pela sociedade. Os conselheiros atendem crianças e adolescentes que sofrem algum tipo de violência ou abuso e são responsáveis pela proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes. Os conselhos fiscalizam os entes de proteção - Estado, comunidade e família - e requisitam serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança. Além disso, o conselho contribui com o Executivo na formulação de ações e políticas públicas a esse público.

Fonte - EBC
Edição - Marcos Chagas

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Cientistas conseguem apagar memórias em laboratório

Cientistas conseguem apagar memórias em laboratório

Experimento consiste em um passo mais próximo para um dia alterar memórias e reduzir traumas em humanos


Cientistas conseguem apagar memórias em laboratório Experimento consiste em um passo mais próximo para um dia alterar memórias e reduzir traumas em humanos
Já desejou poder esquecer algo? As lesmas do mar da espécie Aplysia californica já podem fazer isso. Cientistas americanos conseguiram apagar a memória de longo prazo dos moluscos. O feito, embora tenha sido realizado em um animal não exatamente conhecido pela complexidade de seu cérebro, pode representar um importante passo para o entendimento sobre a formação da memória de longo prazo e um dia alterar memórias e reduzir traumas.

É o que acredita o neurocientista celular David Glanzman, autor do estudo publicado no periódico científico Journal of Neuroscience. “Acho que um dia será possível modificar a memória nos nossos cérebros, embora o método atual não tenha nada a ver com o usado no filme ‘Brilho eterno de uma mente sem lembrança’, que era pura ficção científica”, disse ao iG, referindo-se ao filme estrelado por Jim Carrey onde uma máquina consegue apagar a memória de pessoas que sofrem com términos de namoro.

Glanzman afirma que a meta de seu estudo não é necessariamente apagar uma memória traumática ou dolorosa, mas amortecer o trauma ou dor emocional produzida por ela. Nenhum dos dois mecanismos ainda está bem compreendido pela ciência. “Não está claro quantos neurônios são necessários a manter uma memória específica, o número pode ser tão baixo como centenas ou tão elevada como milhares de neurônios”, disse.
A equipe de Glanzman na Universidade da Califórnia descobriu que seria possível apagar a memória de longo prazo das lesmas do mar pela inibição de uma específica proteína do grupo das kinases, chamada PKM (Proteína Kinase M). As kinases fazem parte de uma classe de moléculas que modifica quimicamente as proteínas ao adicionar fosfato, mudando não só a estrutura da proteína, mas também sua função.

Memória traumática
Primeiro os pesquisadores primeiro se certificaram de que as lesmas haviam desenvolvido uma nova memória de longo prazo. Para isso, eles administraram choque elétrico nos moluscos e depois, eles tocavam um órgão respiratório chamado de sifão. Como resposta ao trauma dos choques, as lesmas contraíam o sifão por 50 segundos, um prazo muito maior que sua reação normal, que seria uma contração de dois segundos. Uma semana depois, quando os cientistas apenas tocavam o sifão, a contração foi de 30 segundos. Isso mostrou que as lesmas haviam aprendido a associar o toque no sifão ao choque, ou seja, desenvolvido uma memória.
Com a memória formada, os cientistas injetaram um inibidor de PKM na lesma e 24 horas depois, ao tocar o sifão elas tiveram uma leve contração, igual ao do grupo controle, que nunca havia sido submetido aos choques. Os pesquisadores concluíram que a memória havia sido apagada.
“Nós apagamos a memória de longo prazo no circuito neural mais simples possível, o que envolve apenas dois neurônios. O fato de termos anulado a memória de uma forma tão simples vai facilitar estudos futuros para descobrir o quão importante a PKM é para reverter à memória de longo prazo”, disse Glanzman.
O pesquisador ressalta que as sinapses (ligações entre os neurônios), na lesma do mar ocorrem de maneira muito semelhante à do cérebro de humanos. “Estudar o papel da PKM na manutenção da mudança sináptica na Aplysia deverá nos fornecer informações importantes sobre como a PKM pode alterar a sinapse em nossos cérebros”, disse.

Diferentes níveis de complexidade
O cérebro humano contém cerca de um trilhão de neurônios, já o da lesma do mar é muito mais simples. Ao invés de um cérebro grande e centralizado, estes animais têm uma massa de neurônios, denominada gânglio, que é interligado por grandes nervos. Há apenas 20 mil neurônios em todos os núcleos que compõem o sistema nervoso central da lesma do mar. “Apesar desta diferença considerável na quantidade de neurônios, os mecanismos básicos celulares e moleculares subjacentes à função neuronal são muito semelhantes entre humanos e lesmas do mar”, disse Glanzman.
Acredita-se que as memórias de longo prazo no cérebro de humanos aumenta devido a melhoria ou reforço das conexões sinápticas. “A forma como este aumento ocorre em humanos é um pouco diferente da forma como ocorre no sistema nervoso da lesma do mar, mas os mecanismos celulares básicos são muito semelhantes”, afirmou o pesquisador.

Fonte - G1

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Centro que trata usuários de drogas gera polêmica

Centro que trata usuários de drogas gera polêmica

Centro que trata usuários de drogas gera polêmica
Inaugurado há exatamente um ano, no dia 14 de setembro de 2012, o Ponto de Encontro - centro que acolhe e trata usuários de drogas no Santo Antônio Além do Carmo  - causa polêmica neste bairro do Centro Histórico.

Moradores queixam-se de que a implantação teria levado insegurança e violência ao local. A insatisfação é tanta que eles fizeram um abaixo-assinado que já reúne mais de 600 assinaturas. O objetivo é entregar ao governador Jaques Wagner, solicitando a retirada do Ponto de Encontro do bairro.

Já a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), o Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas da Universidade Federal da Bahia (Cetad-Ufba) e as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), responsáveis pela unidade, rebatem que não há relação entre o aumento da violência no bairro e a implantação do centro. E dizem que o local é pioneiro no atendimento e acolhimento de usuários de droga no País.
 
Visões opostas
"Nosso bairro era pacato, mas depois da vinda do Ponto de Encontro para cá não temos mais segurança", reclama a fotógrafa Lúcia Correia Lima, 53 anos.
Idealizador e entusiasta do centro, o coordenador do Cetad, Antônio Nery Filho, rebate que a insatisfação abarcaria apenas uma pequena parcela dos moradores do bairro. "Isso é coisa de meia dúzia de incomodados, desvalorizando um serviço considerado pioneiro no Brasil. As pessoas acham que os miseráveis não têm que ter lugar, porque são usuários de drogas", aponta Nery.
A líder do Ponto de Encontro, Maria Del Carmen Moleiro, explica que o local funciona como um centro de convivência e acolhimento.

"O Ponto de Encontro não é um presídio. É um espaço em que as pessoas atendidas podem tomar banho, fazer a barba, cortar o cabelo, participar de cursos profissionalizantes", argumenta Maria Del Carmen Moleiro. Segundo a gestora, "não podemos obrigar que eles fiquem dentro do prédio o dia todo, até porque a rua é pública".

Para o professor universitário Paulo Munhoz, morador do Santo Antônio Além do Carmo  há cerca de 30 anos, os frequentadores do Ponto de Encontro representam uma ameaça para quem reside ou visita a área.
"Não somos contra o acolhimento. Só achamos que o trabalho deveria ser feito em um outro lugar. Eles não tratam, não têm uma ressocialização efetiva, e os usuários ficam por aqui, pelo largo, onde rolam drogas e sexo", assegura Munhoz.
 
Reuniões

Diversas reuniões entre responsáveis pelo centro e moradores do bairro já foram realizadas, mas sem que houvesse consenso. "As reuniões acabaram porque os moradores são sempre hostis, humilham os usuários", acusa Del Carmen. A fotógrafa Lúcia já vê de forma diferente: "Eles desdenham de nós nas reuniões, acham que somos preconceituosos".
Oficialmente denominado    Ponto de Encontro - Centro de Convivência para Usuários de Álcool e Outras Drogas, o espaço    foi idealizado pelo Cetad e pela ONG Voluntárias Sociais. Realiza em média  1.200 atendimentos por mês no prédio onde funcionou a Escola Estadual Marquês de Abrantes, desativada em 2010.  Há cerca de três meses,  a administração é feita pelas Obras Sociais Irmã Dulce.

Fonte - Portal a Tarde

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Remédio para déficit de atenção pode combater dependência em cocaína, diz estudo

Remédio para déficit de atenção pode combater dependência em cocaína, diz estudo


Remédio para déficit de atenção pode combater dependência em cocaína, diz estudo
Uma pesquisa conduzida por cientistas americanos sugere que o remédio ritalina, cuja substância ativa é o cloridrato de metilfenidato, pode ajudar a combater a dependência em cocaína e melhorar as funções cerebrais de pessoas afetadas pela droga. A medicação em geral é indicada para tratar transtornos de déficit de atenção, principalmente em crianças.

Publicada na edição online da revista científica "Jama Psychiatry" desta semana, a pesquisa foi realizada por cientistas da Escola de Medicina Icahn do Hospital Monte Sinai, em Nova York.


O estudo indica que a ritalina alterou conexões em certas áreas cerebrais que determinam o auto-controle e o desejo em pessoas usuárias de cocaína. "Administrada oralmente, a medicação aumenta a dopamina no cérebro de maneira similar à cocaína, mas sem as propriedades altamente dependentes", disse a professra de psiquiatria Rita Goldstein ao site do hospital.


Foram recrutados 18 voluntários usuários de cocaína que receberam doses de ritalina ou de placebo sem que soubessem quais deles estariam tomando o remédio. Os pesquisadores usaram ressonância magnética para monitorar conexões em certas regiões cerebrais conhecidas por atuarem na dependência da droga.


A ressonância foi realizada antes e durante o pico do efeito do medicamento. A gravidade do uso de cada voluntário também foi levada em conta, para ver se isso teria alguma implicação nos resultados.

A ritalina diminuiu a atividade cerebral entre áreas do cérebro que são conhecidas por terem ligação com a formação do comportamento compulsivo pela busca das drogas e pelo desejo. A ressonância também mostrou que a ritalina fortaleceu as conexões cerebrais entre regiões envolvidas com o controle das emoções e de certos tipos de comportamento - ligações cerebrais que em geral são identificadas como "rompidas" em casos de dependência em cocaína.

"Os benefícios da ritalina foram identificados após a aplicação de apenas uma dose", disse Rita. "Este é um estudo preliminar, mas as descobertas animam a continuar com mais pesquisas no tema."

Fonte - Globo.com

Ritalina, Défict de atenção, e tratamento farmacológico relacionado - Tratamento Farmacológico

 

Estimulantes


A partir da década de 80, ao contrário do que se pode pensar, estudos comprovaram a eficácia de estimulantes (efeito paradoxal em crianças) no tratamento do TDAH.

As drogas psicoestimulantes são utilizadas no tratamento de crianças e adolescentes desde 1930. Seu mecanismo de ação é a estimulação de receptores alfa e beta-adrenérgicos diretamente, ou a liberação de dopamina e noradrenalina dos terminais sinápticos, indiretamente. O início de ação ocorre após 30 minutos da ingestão do fármaco, com pico em 1 ou 2 horas e meia-vida de 2 a 3 horas.

Um dos estimulantes mais avaliados foi o Metilfenidato (Ritalina®), em dosagens que variam entre 0.3 a 1 mg/kg/dia. A d-anfetamina (Biphetamine®- EUA) nas dosagens entre 0.15 a 0.5 mg/kg/dia e a Pemolina (Cylert® - EUA) em dosagens de 18 a 56 mg/kg/dia. Apenas a Ritalina® se encontra disponível no Brasil.

O metilfenidato (Ritalina®) foi sintetizado em 1955 e ainda hoje é considerado a primeira escolha no tratamento do TDAH. Essa é a conduta da Associação Americana de Psiquiatria da Infância e Adolescência, enfatizando que essa substância deve ser utilizada em qualquer caso de TDAH.

Há uma nova apresentação do metilfenidato no Brasil chamada Concerta©, ou Ritalina RD© Em outros países existem outros medicamentos pertencentes ao grupo desses estimulantes, tais como a dextroanfetamina e uma mistura de quatro diferentes estimulantes denominada Aderall©.

Segundo alguns autores, uma das vantagens da nova apresentação do metilfenidato (Concerta® ou Ritalina RD©) em relação à atualmente existente (Ritalina®) é que, embora ambos produtos utilizem o mesmo metilfenidato, a nova apresentação permite a comodidade de dose única diária (cujo efeito dura cerca de 12 horas).

Os efeitos colaterais mais encontrados são a insônia, diminuição de apetite, dor abdominal e cefaléia. Em relação ao apetite, os pais devem estar cientes do fato e estimular a ingestão de alimentos mais calóricos. Para amenizar a dor abdominal os pais devem oferecer a medicação junto as refeições. Em caso de cefaléia a criança poderá usar analgésicos simples. A administração da medicação não deve ser feita perto do horário de dormir para evitar a insônia.
 

Antidepressivos Tricíclicos


Para as crianças que por algum motivo não possam fazer uso do metilfenidato outras medicações podem ser tentadas, mas a eficácia delas é menor. Os antidepressivos podem diminuir a agressividade, melhorando também os sintomas de ansiedade e depressão habitualmente presentes em portadores de TDAH.

A Imipramina (Tofranil®, Imipra®) parece ser, dos tricíclicos, um dos que apresenta ótima resposta terapêutica para o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. É usado na dose de 1 e 3 mg/kg/dia.

A Nortriptilina (Pamelor®) vem sendo empregada também para o tratamento desse transtorno. A dose de Nortriptilina varia entre 0.4 e 4.5 mg/kg/dia (média de 1.7mg/kg/dia), entretanto, não foram encontrados estudos prospectivos controlados avaliando seu uso no tratamento de TDAH.
 

Antidepressivos ISRS


Exite ainda pouca experiência com os antidepressivos inibidores seletivos da recaptação da serotonina para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, entretanto as perspectivas são bastante otimistas. A Fluoxetina (Prozac®, Verotina®, Daforim®, Fluxene®, Eufor®, Nortec®, Deprax®) tem sido usada com sucesso na dose de 0,5 a 1mg/Kg/dia.
 

Neurolépticos


Os Neurolépticos: devem ser reservados apenas para casos muito especiais, em geral quando existe, junto com a hiperatividade e déficit de atenção, também retardo mental associado.

Embora os neurolépticos (Neuleptil®, Melleril®, etc) possam ser o tratamento preferido dos neurologistas para o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, a maioria dos estudos comparativos entre antipsicóticos aos estimulantes apontam quase unanimemente para uma eficácia clínica muitíssimo superior dos estimulantes. A Risperidona (Risperdal®) poderá, eventualmente, ser tentada experimentalmente.
 

Cafeína


Nos EUA a cafeína tem sido muito pouco utilizada para o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade devido às facilidades para a prescrição do Metilfenidato (Ritalina®). No Brasil para a prescrição de Ritalina® há necessidade de receituário especial para entorpecentes (cor rosa) que somente a Secretaria da Saúde fornece.

Assim sendo, a cafeína pode ser utilizada com o mesmo propósito estimulante do metilfenidato, mas as pesquisas são controversas em relação aos resultados. Alguns estudos afirmam que a maioria das crianças portadoras de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade responde bem ao tratamento com a cafeína, formulada em farmácias de manipulação na dose de 10 mg/kg/dia, dividido em 3 tomadas. Outros estudos contestam afirmando que não há melhora expressiva do quadro.

Segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA) não existem estudos comprovando a eficácia da cafeína em crianças com TDAH. Os poucos estudos científicos mostram que o efeito é semelhante ao do placebo (substância sem efeito) e não é superior ao efeito dos estimulantes. A cafeína só demonstrou ter algum efeito positivo sobre a atenção em indivíduos normais que não eram portadores de TDAH.
 

Outros fármacos


Dos outros fármacos, apenas a Carbamazepina (Tegretol®, Tegretard®) parece ter alguma eficácia para o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade quando o caso é refratário aos medicamentos anteriormente citados. Outros fármacos como os benzodiazepínicos (Valium®, Diempax®, Rivotril®), o propranolol e o carbonato de lítio não se mostram clinicamente eficazes no tratamento desse distúrbio.
 
Fonte - Ximenes BAA - Déficit de Atenção e Hiperatividade, in. PsiqWeb





Tratamento multidisciplinar é essencial para recuperação de usuários de drogas

Tratamento multidisciplinar é essencial para recuperação de usuários de drogas

Tratamento multidisciplinar é essencial para recuperação de usuários de drogas
Por Victória Cirino

Atualmente, a dependência química é um dos assuntos de maior destaque em noticiários brasileiros, principalmente devido à chamada “epidemia do crack”. Apesar da grande diversidade de artigos sobre o tratamento para reabilitação dos usuários, há pouca discussão sobre a importância da prevenção por meio da educação e da intervenção precoce em casos de comportamento de risco. “Apesar de o uso de drogas começar na adolescência, a prevenção começa na infância”, explica a psiquiatra Sandra Scivoletto, pesquisadora e professora da Faculdade de Medicina da USP. Segundo ela, é importante identificar, ainda na infância, comportamentos que possam estar relacionados ao abuso de substâncias posteriormente, como o caso de adolescentes com dificuldade de interação social que recorrem à droga para romper essa barreira.

A prevenção também se dá pela promoção de hábitos saudáveis, que podem ser adquiridos na infância e mantidos ao longo de toda a adolescência. Apesar de serem mais resistentes aos efeitos físicos das drogas do que os adultos, os adolescentes são mais vulneráveis do ponto de vista do desenvolvimento cerebral. “Como o cérebro do adolescente ainda está em formação, uma série de habilidades estão sendo desenvolvidas nessa fase da vida. O uso de drogas pode comprometer habilidades como o controle de impulso e a interação social”, esclarece Scivoletto. De acordo com ela, não é possível definir com precisão ainda o quanto esses efeitos podem ser revertidos após um período de abstinência.

O uso de drogas está frequentemente associado a diferentes doenças psiquiátricas, como transtornos alimentares, de ansiedade e do humor (principalmente depressão), mas o tratamento para cada caso dependerá do quadro do indivíduo como um todo. “Se é um quadro muito grave, existe a hospitalização para fazer uma desintoxicação”, afirma Arthur Guerra de Andrade, psiquiatra e professor da USP e da Faculdade de Medicina do ABC. Ele também justifica as diferentes intervenções pelo fato de que uma mesma substância pode afetar de maneiras distintas pessoas diferentes: “Tem gente que bebe todo dia uma taça de vinho. Para outra pessoa, a mesma taça diária já causa um problema sério”. Segundo ele, o critério para tratamento é baseado no exame clínico e no grau de comprometimento da saúde do sujeito. “Em geral, o tratamento é feito de forma ambulatorial. A internação é indicada para aqueles casos gravíssimos, nos casos em que a pessoa não consegue diminuir o uso da droga e em que ela não se cuida mais, por exemplo”, define.

Por ser um problema atravessado por diversas questões, inclusive sociais, a dependência química deve ser acompanhada por uma equipe de saúde multidisciplinar que seja composta por diferentes profissionais da saúde. Eduardo Luiz da Rocha Cesar, por exemplo, é profissional de educação física especialista em dependência química. Ele defende a importância da inserção da atividade física no tratamento de dependentes químicos. “Nem todos sabem que existe um exercício físico específico para cada dano físico dos pacientes. Muitos usam o jogo como um momento de trabalhar a parte social apenas”, explica, alegando que o dano físico de cada paciente depende do tipo de droga utilizada.

De acordo com ele, o processo de reabilitação física traz inúmeras vantagens para o paciente: além de ajudar na recuperação como um todo, pode ajudar a prevenir recaídas. “Alguns estudos em modelos animais mostram que o exercício aeróbio faz com que haja maior liberação de algumas substâncias, como opióides endógenos, que estimulam o cérebro no sistema de recompensa”, ensina Eduardo, fazendo referência a um sistema que regula comportamentos ligados à sobrevivência e ao prazer. Outros benefícios da atividade física personalizada incluem a diminuição do efeito colateral de eventuais medicações ministradas e uma mudança positiva na imagem corporal, o que é essencial para que o paciente mantenha a abstinência após o acompanhamento médico.

Sandra Scivoletto afirma que a participação da família durante o tratamento é um fator determinante para a recuperação de um adolescente usuário de drogas. Essa participação também é importante para manter o indivíduo em abstinência e para dar continuidade ao tratamento ambulatorial. Além disso, seu ambiente social frequentemente guarda relações com seu comportamento de usar a droga. “A dependência é uma área que tem um componente social muito forte, existe um fator importante ligado aos grupos e à diversão, por isso é importante trabalhar a questão do lazer, porque às vezes a droga era o único prazer da pessoa”, esclarece Arthur Guerra.

Os entrevistados concordam na questão da importância da promoção de hábitos saudáveis como a melhor maneira de prevenir tanto o surgimento da dependência quanto recaídas de usuários que passaram por tratamento. É possível dizer que as internações são feitas em caráter de exceção, quando o tratamento ambulatorial não é possível ou quando os danos ameaçam a integridade do sujeito. É preciso salientar também a importância do diálogo entre as diversas estruturas da saúde para o benefício do paciente: “A interlocução com as redes de atenção primária é fundamental, porque não é bom internar o paciente e depois da alta não ter para onde encaminhá-lo”, complementa Guerra.
 
Fonte - Saúde da Mente




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