Centro que trata usuários de drogas gera polêmica

Centro que trata usuários de drogas gera polêmica

Centro que trata usuários de drogas gera polêmica
Inaugurado há exatamente um ano, no dia 14 de setembro de 2012, o Ponto de Encontro - centro que acolhe e trata usuários de drogas no Santo Antônio Além do Carmo  - causa polêmica neste bairro do Centro Histórico.

Moradores queixam-se de que a implantação teria levado insegurança e violência ao local. A insatisfação é tanta que eles fizeram um abaixo-assinado que já reúne mais de 600 assinaturas. O objetivo é entregar ao governador Jaques Wagner, solicitando a retirada do Ponto de Encontro do bairro.

Já a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), o Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas da Universidade Federal da Bahia (Cetad-Ufba) e as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), responsáveis pela unidade, rebatem que não há relação entre o aumento da violência no bairro e a implantação do centro. E dizem que o local é pioneiro no atendimento e acolhimento de usuários de droga no País.
 
Visões opostas
"Nosso bairro era pacato, mas depois da vinda do Ponto de Encontro para cá não temos mais segurança", reclama a fotógrafa Lúcia Correia Lima, 53 anos.
Idealizador e entusiasta do centro, o coordenador do Cetad, Antônio Nery Filho, rebate que a insatisfação abarcaria apenas uma pequena parcela dos moradores do bairro. "Isso é coisa de meia dúzia de incomodados, desvalorizando um serviço considerado pioneiro no Brasil. As pessoas acham que os miseráveis não têm que ter lugar, porque são usuários de drogas", aponta Nery.
A líder do Ponto de Encontro, Maria Del Carmen Moleiro, explica que o local funciona como um centro de convivência e acolhimento.

"O Ponto de Encontro não é um presídio. É um espaço em que as pessoas atendidas podem tomar banho, fazer a barba, cortar o cabelo, participar de cursos profissionalizantes", argumenta Maria Del Carmen Moleiro. Segundo a gestora, "não podemos obrigar que eles fiquem dentro do prédio o dia todo, até porque a rua é pública".

Para o professor universitário Paulo Munhoz, morador do Santo Antônio Além do Carmo  há cerca de 30 anos, os frequentadores do Ponto de Encontro representam uma ameaça para quem reside ou visita a área.
"Não somos contra o acolhimento. Só achamos que o trabalho deveria ser feito em um outro lugar. Eles não tratam, não têm uma ressocialização efetiva, e os usuários ficam por aqui, pelo largo, onde rolam drogas e sexo", assegura Munhoz.
 
Reuniões

Diversas reuniões entre responsáveis pelo centro e moradores do bairro já foram realizadas, mas sem que houvesse consenso. "As reuniões acabaram porque os moradores são sempre hostis, humilham os usuários", acusa Del Carmen. A fotógrafa Lúcia já vê de forma diferente: "Eles desdenham de nós nas reuniões, acham que somos preconceituosos".
Oficialmente denominado    Ponto de Encontro - Centro de Convivência para Usuários de Álcool e Outras Drogas, o espaço    foi idealizado pelo Cetad e pela ONG Voluntárias Sociais. Realiza em média  1.200 atendimentos por mês no prédio onde funcionou a Escola Estadual Marquês de Abrantes, desativada em 2010.  Há cerca de três meses,  a administração é feita pelas Obras Sociais Irmã Dulce.

Fonte - Portal a Tarde

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