DROGAS – Realidade da fronteira do Brasil com o Peru expõe a estupidez e até a crueldade da militância em favor da descriminação das drogas. Ou: A mão que sustenta o lobby
Blog do Reinaldo Azevedo
A Folha publica
 uma reportagem de Lucas Reis sobre a produção de cocaína na fronteira 
do Peru com o Brasil que traz números impressionantes. Ela dá conta do 
despropósito em que incorrem aqueles que defendem a chamada 
“descriminação do porte de drogas”, especialmente quando essa defesa vem
 ancorada em realidades que nada têm a ver com o Brasil — e, ainda 
assim, falsas. Já chego lá. Vamos ver.
Segundo o texto, as plantações de folha de coca do Peru avançam rumo à
 fronteira com o Brasil, e a estratégia da Polícia Federal brasileira, 
em parceira com forças policiais peruanas, tem sido a destruição dos 
laboratórios. Informa a reportagem: “A Operação Trapézio 3, em andamento
 desde o dia 13 pela Polícia Federal em conjunto com a polícia do país 
vizinho, já destruiu 24 desses laboratórios próximos ao município de 
Tabatinga (AM) e apreendeu mais de 70 toneladas de produtos químicos 
usados na produção da droga.” Mais: “Em 2011, a PF realizou a primeira 
operação Trapézio, cuja meta era a erradicação dos pés de coca. 
‘Erradicamos 90 hectares de coca, mas estimamos que ficaram, de pé, 10 
mil hectares’, afirma o delegado [Mauro Sposito]. ‘A dificuldade para 
arrancar as plantas é grande. Além disso, você arranca e eles plantam de
 novo. Perde-se muito tempo.’”
Os dados não poderiam ser mais preocupantes: “Segundo estudo 
divulgado nesta terça-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU), 
nenhuma região do Peru multiplicou tanto sua produção de coca como na 
fronteira com o Estado do Amazonas. Em 2011, eram 1.700 hectares de 
plantação; no ano passado deu um salto de 73% e chegou a 2.900 hectares.
 Em relação a 2008, o crescimento da área plantada nessa região é de 
471%. A Polícia Federal, porém, estima que esses números sejam modestos.
 ‘Nós calculamos que há mais de 10 mil hectares de plantação de coca na 
fronteira do Peru com o Brasil’, afirma Sposito. ‘Até 2004 não existia 
um pé de coca na fronteira. Essa droga não tem outro destino que não 
seja o Brasil’, disse o delegado.”
Retomo 
Vamos ver. O país usado como referência de suposto sucesso da descriminação do porte de qualquer droga é Portugal. Mente-se de forma descarada ao
 se sustentar que o consumo de substâncias entorpecentes caiu. Ao 
contrário! Subiu! Aumentou enormemente o número de pessoas que entraram 
em contato com elas pela primeira vez. Também a violência cresceu, 
embora, antes como agora, exiba números abissalmente menores do que os 
de Banânia. 
Ainda não foi dessa vez que se conseguiu diminuir o consumo 
de uma substância facilitando a exposição das pessoas à dita-cuja. Como  observei nesta página no
 dia 22 de abril, ainda que fosse verdade tudo o que se diz sobre 
Portugal, estaríamos diante de uma mentira ao se tentar usar aquele país
 como parâmetro. A parte continental de Portugal, com o mar a oeste e ao
 sul, tem uma costa de 1.230 km apenas; ao norte e ao leste, um único 
vizinho: a Espanha. Banânia tem 9.230 km de litoral a serem vigiados e 
faz fronteira com nove países. Quatro deles são produtores de cocaína: 
Colômbia, Venezuela, Peru e Bolívia. E o Paraguai é origem de parte 
considerável na maconha que circula no Brasil. A população de Portugal 
inteiro é menor do que a da cidade de São Paulo: pouco mais de 10 
milhões. Somos, por aqui, 200 milhões, divididos por uma desigualdade 
social estúpida.
Então voltemos à reportagem da Folha Online. Faz sentido falar em 
descriminação da posse de drogas diante do que se lê ali? O que vocês 
acham que aconteceria com a economia das regiões fronteiriças do Brasil —
 e, a rigor, com a do país? Os mais ousados querem ir ainda mais longe: 
defendem também o que chamam de descriminação do “pequeno tráfico”. 
Neste ano, o governo federal financiou um seminário em que se defendeu 
até a liberação da produção, da venda e do consumo de qualquer droga. 
Pois é… O Brasil poderia, assim, desistir das riquezas do pré-sal. 
Trocaríamos o ouro negro pelo outro branco — em pó.
O grande financiador dos lobbies em favor da descriminação de todas 
as drogas no mundo — INCLUSIVE NO BRASIL — é o multibilionário George 
Soros, por intermédio dos muitos braços da fundação Open Society. O que 
ele quer com isso? Não sei. Pode ser só uma convicção aloprada — e não 
creio que tenha se tornado um multibilionário porque meio maluco. Acho 
que não… 
Pode ser também um troço bem mais corriqueiro, banal até. 
Imaginem quanto dinheiro sairia das sombras para entrar no mercado, onde
 Soros é rei, caso houvesse um liberou-geral. Não se trata de nenhuma 
teoria conspiratória, mas de matéria de fato, objetiva. Façam vocês 
mesmos a pesquisa e chegarão às evidências. Não custa lembrar à margem: 
Soros é um dos fundadores do site de petições Avaaz, comandado, no 
Brasil, por Pedro Abramovay, um dos mais ativos prosélitos em favor da 
descriminação das drogas.
Não é raro que num embate qualquer sobre o assunto, fanáticos da 
causa indaguem, como se guardassem na manga um argumento mortal, pronto a
 disparar contra o oponente, quais seriam os interesses secretos e 
inconfessáveis por trás da proibição. Pois é… 
Encerro
O que se passa na fronteira do Brasil com o Peru indica o que aconteceria caso todas as drogas fossem realmente descriminadas, como querem os financiados de Soros mundo afora. É evidente que os desastres se distribuiriam desigualmente no mundo, ficando a pior parte, como de hábito, para os países pobres. Ou vocês conhecem país rico que pode produzir droga em escala industrial?
A militância em favor da descriminação das drogas é, acima de 
qualquer equívoco ou postura que se queira libertária, uma militância em
 favor da pobreza dos países que já são pobres.
Por Reinaldo Azevedo
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