2º Passo, viemos a acreditar...
Os três primeiros passos, como já dito anteriormente, são por muitos, chamados de desobsessores, ou seja, "iniciam" (1ºPasso), "limpam" (2ºPasso), e "preparam" (3º Passo) a caminhada que vai se seguir, dentro do Programa de Recuperação Pessoal, removendo a obsessão pelas drogas, e pelos comportamentos e sentimentos inerentes à ela.
Segundo passo de Narcóticos Anônimos: "Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade."
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O segundo passo, trará luz, e direção. |
Atos insanos, começam a aparecer. Pergunte a alguém na rua, ou pergunte-se a si mesmo, seria natural se você pedisse a alguém: -Por favor, me dê um ataque cardíaco !? Pois bem, isto é feito, em cada tragada, em cada dose, em cada carreira ou fumada de cachimbo ou lata, porque ainda que possa ser vagarosa pra uns, e rápida pra outros, a morte, é certa, e certamente virá, muito antes da data naturalmente prevista, ou seja, o usuário, "corre" atrás da própria morte, e paga um preço alto por ela.
Palavras Chave deste passo:
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Princípio básico deste passo |
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Objetivo |
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Advinda da Fé |
Neste passo, aprende-se e é necessário acreditar, que um poder maior do que nós mesmos, poderá, devolver-nos a sanidade perdida. Após a admissão e rendição do primeiro passo, é neste passo seguinte que encontraremos luz, luz para nos reconduzir à sanidade dos nossos atos. Com a estagnação do uso, um grande "buraco", um grande vazio interno, irá tornar-se explícito. No uso, na ativa, não havia nada, nada maior do que nós, maior que a busca pela droga. O adicto na ativa, torna-se o centro do universo, e as coisas giram em torno dele. Neste passo, para que ele realmente dê resultado, sugere-se ser necessário que este Poder Superior, seja : 1-Maior do que nós mesmos, 2-Amoroso, 3-Misericordioso. Maior, porque somente algo mais forte e superior ao que pensávamos que éramos, será capaz de superar nossas expectativas através da fé, Misericordioso, porque o arrependimento, ressentimento, mágoa e dores de inúmeras perdas, se tornarão um peso no início, peso este que somente tal característica inerente a Deus, poderá nos aliviar, e perdoar, e Amoroso, porque nos suprirá o "vazio" interno, com paz, assim que iniciarmos o exercício diário da fé. Faltava a maioria de nós um relacionamento prático com um Poder Superior. Nosso conhecimento, acerca de Deus, era pobre, e fraco. Ainda que possa se pensar, que idas a igrejas, ou missas, ou uma vida aparentemente normal, garantam ou venham a sugerir o contrário. Na verdade, não existe intimidade com Deus, pelo adicto, quando inicia-se a busca pela satisfação, por um simples, ineficaz, e rápido prazer, que com o tempo revelará uma dor tão profunda, que nunca haverá bastante para amortecer a realidade, a realidade de que se está, e esta realidade é um grande pesadelo, um sonho, o qual não terá fim, a menos que exista uma determinação interior, que busque pela mudança.
Caso você seja um adicto, faça a si mesmo algumas perguntas, para correlacionar melhor o assunto:
Como você veio a acreditar num Poder Superior?
Dê cinco exemplos de como a insanidade se manifestou na sua adicção ativa?
Como um Poder Superior pode ajudar a devolver a sua sanidade?
Quais as características de um Poder Superior para você?
Como você define insanidade?
De que forma a insanidade se manifesta na sua recuperação dentro de seu tratamento?
Dê cinco exemplos de como um Poder Superior lhe ajudou ao longo de sua vida?
Como você entende a frase: “poderá devolver-nos a sanidade” ?
Exemplos de atos, pensamentos, ou situações insanas:
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Ações insanas, situações insanas. |
Vender objetos, descuidar-se de proteção em atos sexuais, prostituir-se por drogas, roubar, mentir, ameaçar, acordar pela manhã onde o primeiro pensamento é a droga, abandonar trabalho, priorizar o uso antes de necessidades e obrigações básicas, descuidar-se do seu asseio e higiene pessoais, dentre muitos outros...
E se tratando de uma doença deve-se estar atento a questão da auto estima. Não houve falha nenhuma, não houve erro nenhum (não obstante qualquer desestrutura familiar, ou pessoal), e sim uma predisposição orgânica em desenvolver a tolerância pela droga / álcool que culminou com a instalação da dependência. Esse processo é um processo seletivo. Existem estudos científicos que comprovam a existência de um componente genético nesse processo. Portanto, não devemos nos auto condenar, aliás nenhum ser humano o deve. Todos somos falhos, o que pode nos diferenciar uns dos ourtros, é a maneira como encaramos as situações, e o que fazemos a respeito.
A fé, será o "motor", neste, e em outros passo durante o processo, ela é um ingrediente primordial. A confiança, em um resultado, não no resultado que imaginamos ou desejamos, mas em um resultado positivo, o que não significa que este resultado virá sem alguma dor (a dor aliás, na vida, é inevitável, o sofrimento, é opcional). É necessária, por meio da fé, e da esperança que surge junto desta, a confiança que nos trará a boa vontade necessária, para exercitar uma nova maneira de viver, boa vontade de aceitar algumas situações e não provocar outras, tendo humildade para reconhecer, que não somos gigantes, mas sim seres humanos falíveis. Em um momento inicial de recuperação, a ajuda de outros é fundamental, assim como por toda a vida, iremos perceber, que não queremos mais viver no isolamento, mas sim construir laços de amizade, e da mesma forma, que ajudamos outras pessoas no decorrer da vida, seremos ajudados, tendo em mente, que nem sempre a ajuda virá da maneira como nós a queremos. Mente Aberta, para aceitar sugestões de companheiros, de familiares, de profissionais, mente aberta para entender, a necessidade de ter de volta a própria sanidade.
O segundo passo, não é somente praticado uma vez, aliás, todos os passos, são praticados, e rê-praticados diariamente para o resto de nossas vidas, sendo que muitas vezes, nem percebemos esta prática. Torna-se automático, e simples...A dor, é substituída pelo amor que renasce, o desespero, pela esperança, a morte pela vida, a destruição pela recuperação. Isto não significa, que tudo será um "mar de rosas", que os problemas acabarão...pelo contrário, muitas vezes, após um período inicial, é hora de encarar alguns fatos, dos quais vivíamos fugindo. O único milagre, a princípio, é o da vida, da liberdade de escolha. A partir daí, reescreve-se a história, com a ajuda de Deus.
Então para isso, eu preciso voltar a acreditar em um Deus, acreditar em mim, e quando falamos deste Deus (na forma como cada um concebe), necessariamente sugere-se ser um poder superior a nós, porque aí entram também os papéis que nós vivemos dentro da dependência.
Alguns companheiros, talvez procuraram por algum tempo, ter seu Poder Superior em; NA, outros em Buda, outros na sala de NA, outros no universo, enfim, com o passar do tempo, a razão (sim, a razão) trará a tona o fato de que, NA não poderá nos aliviar e trazer sanidade (não no sentido deste passo), Buda está morto, a sala pode fechar (ou seja, é algo físico e que pode mudar), o "universo" é "grande demais" sendo inatingível aos propósitos do passo...
A fé desenvolvida neste Poder Superior, Deus, que podemos desenvolver, é que Ele pode nos ajudar, pois criou os homens (NA), criou Buda (um homem), e criou o universo, e é perfeitamente acessível, à nós.
Princípios Espirituais deste passo:
A fé, será o "motor", neste, e em outros passo durante o processo, ela é um ingrediente primordial. A confiança, em um resultado, não no resultado que imaginamos ou desejamos, mas em um resultado positivo, o que não significa que este resultado virá sem alguma dor (a dor aliás, na vida, é inevitável, o sofrimento, é opcional). É necessária, por meio da fé, e da esperança que surge junto desta, a confiança que nos trará a boa vontade necessária, para exercitar uma nova maneira de viver, boa vontade de aceitar algumas situações e não provocar outras, tendo humildade para reconhecer, que não somos gigantes, mas sim seres humanos falíveis. Em um momento inicial de recuperação, a ajuda de outros é fundamental, assim como por toda a vida, iremos perceber, que não queremos mais viver no isolamento, mas sim construir laços de amizade, e da mesma forma, que ajudamos outras pessoas no decorrer da vida, seremos ajudados, tendo em mente, que nem sempre a ajuda virá da maneira como nós a queremos. Mente Aberta, para aceitar sugestões de companheiros, de familiares, de profissionais, mente aberta para entender, a necessidade de ter de volta a própria sanidade.
O segundo passo, não é somente praticado uma vez, aliás, todos os passos, são praticados, e rê-praticados diariamente para o resto de nossas vidas, sendo que muitas vezes, nem percebemos esta prática. Torna-se automático, e simples...A dor, é substituída pelo amor que renasce, o desespero, pela esperança, a morte pela vida, a destruição pela recuperação. Isto não significa, que tudo será um "mar de rosas", que os problemas acabarão...pelo contrário, muitas vezes, após um período inicial, é hora de encarar alguns fatos, dos quais vivíamos fugindo. O único milagre, a princípio, é o da vida, da liberdade de escolha. A partir daí, reescreve-se a história, com a ajuda de Deus.
Então para isso, eu preciso voltar a acreditar em um Deus, acreditar em mim, e quando falamos deste Deus (na forma como cada um concebe), necessariamente sugere-se ser um poder superior a nós, porque aí entram também os papéis que nós vivemos dentro da dependência.
Alguns companheiros, talvez procuraram por algum tempo, ter seu Poder Superior em; NA, outros em Buda, outros na sala de NA, outros no universo, enfim, com o passar do tempo, a razão (sim, a razão) trará a tona o fato de que, NA não poderá nos aliviar e trazer sanidade (não no sentido deste passo), Buda está morto, a sala pode fechar (ou seja, é algo físico e que pode mudar), o "universo" é "grande demais" sendo inatingível aos propósitos do passo...
A fé desenvolvida neste Poder Superior, Deus, que podemos desenvolver, é que Ele pode nos ajudar, pois criou os homens (NA), criou Buda (um homem), e criou o universo, e é perfeitamente acessível, à nós.
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A destruição pessoal, na palma da mão. |
Nós vivemos um papel muito comum a muitas pessoas, nós não vivemos o papel de filho de Deus, mas, nós vivemos o papel de "irmão" de Deus, ou "chapa", ou "camarada", tanto o D.Q. quanto o familiar; o familiar "chega perto de Deus e bate no ombro de Deus e diz" : - Deus tira ele do meio daquelas companhias que está levando ele para o buraco; dando conselhos e fazendo mil pedidos a Deus na cara dura, ou não?
O "pedido" a Deus aliás, antes que haja má compreensão, é justo. Mas muitas vezes, 1-A vontade de Deus para nós é perfeita, porém temos o livre arbítrio, 2-O familiar pode muitas vezes fazer sua parte e não o faz (e fazer sua parte pode incluir causar "certa dor" ao ente por meio afastamento necessário, corte de coisas e meios que possam estar indiretamente proporcionando, no fim, a destruição deste, etc), 3-O adicto não quer Deus, rejeita todas as "portas abertas".
O dependente por sua vez, é a mesma coisa, chega perto de Deus e diz: - Deus modifica minha mãe, meu pai, modifica fulano, Deus me ajuda arrumar dinheiro, eu estou sem dinheiro para pagar o bar, o traficante; sempre pedindo ou dando conselhos a Deus de como fazer as coisas. É esse o papel que nós temos que abandonar para podermos caminhar com nossas próprias pernas e aí entrará o terceiro passo. Deus, na verdade, não é nosso fiador, não é banco, ou o "cara" que sempre te livra das enrascadas...Não encobrirá nossos erros...Deus sim, a partir do momento que nós nos posicionarmos corretamente com respeito ao que queremos de nossas próprias vidas, este Deus, nos concederá força, discernimento, e paz, para prosseguir na vida, deixando os erros para trás, na busca de algo novo e maior, que não é mais a droga, mas sim, a própria vida. Não precisamos, nem podemos, modificar ninguém, mas sim, somente à nós mesmos.
Literatura citada para elaboração do artigo - 12 Passos de Narcóticos Anônimos (Livro Azul) e Guia para Trabalhar os Passos de Narcóticos Anônimos
Nota - Este artigo contém também a opinião pessoal e particular do autor.
O "pedido" a Deus aliás, antes que haja má compreensão, é justo. Mas muitas vezes, 1-A vontade de Deus para nós é perfeita, porém temos o livre arbítrio, 2-O familiar pode muitas vezes fazer sua parte e não o faz (e fazer sua parte pode incluir causar "certa dor" ao ente por meio afastamento necessário, corte de coisas e meios que possam estar indiretamente proporcionando, no fim, a destruição deste, etc), 3-O adicto não quer Deus, rejeita todas as "portas abertas".
O dependente por sua vez, é a mesma coisa, chega perto de Deus e diz: - Deus modifica minha mãe, meu pai, modifica fulano, Deus me ajuda arrumar dinheiro, eu estou sem dinheiro para pagar o bar, o traficante; sempre pedindo ou dando conselhos a Deus de como fazer as coisas. É esse o papel que nós temos que abandonar para podermos caminhar com nossas próprias pernas e aí entrará o terceiro passo. Deus, na verdade, não é nosso fiador, não é banco, ou o "cara" que sempre te livra das enrascadas...Não encobrirá nossos erros...Deus sim, a partir do momento que nós nos posicionarmos corretamente com respeito ao que queremos de nossas próprias vidas, este Deus, nos concederá força, discernimento, e paz, para prosseguir na vida, deixando os erros para trás, na busca de algo novo e maior, que não é mais a droga, mas sim, a própria vida. Não precisamos, nem podemos, modificar ninguém, mas sim, somente à nós mesmos.
Literatura citada para elaboração do artigo - 12 Passos de Narcóticos Anônimos (Livro Azul) e Guia para Trabalhar os Passos de Narcóticos Anônimos
Nota - Este artigo contém também a opinião pessoal e particular do autor.
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