Álcool "quebra" conexões cerebrais necessárias para processar sinais sociais
Intoxicação alcoólica reduz a comunicação entre duas áreas do cérebro que trabalham juntas para interpretar adequadamente e responder aos sinais sociais, de acordo com pesquisadores da Universidade de Illinois, nos EUA. Os resultados foram publicados na revista Psychopharmacology.
Estudos anteriores já haviam demonstrado que o álcool suprime a atividade na amígdala área do cérebro responsável por perceber os sinais sociais, como expressões faciais.
"Como o processamento emocional envolve tanto a amígdala quanto áreas do cérebro localizadas no córtex pré-frontal responsável pela cognição e modulação do comportamento, queríamos ver se havia alguma alteração na conectividade funcional ou comunicação entre estas duas regiões do cérebro que podem estar por trás dos efeitos do álcool", afirma o pesquisador K. Luan Phan.
Phan e seus colegas examinaram os efeitos do álcool sobre a conectividade entre a amígdala e o córtex pré-frontal durante o processamento de estímulos emocionais - fotografias de rostos felizes, temerosos e com raiva - usando ressonância magnética funcional, que permitiu aos pesquisadores ver quais as áreas do cérebro estão ativas durante a execução de várias tarefas.
Os participantes foram compostos por 12 bebedores sociais pesados (10 homens, duas mulheres), com idade média de 23 anos. A média relatada foi de 7,8 episódios de consumo compulsivo por mês, definido como consumo de cinco ou mais doses para homens e quatro ou mais doses para mulheres, o que os coloca em alto risco para desenvolver dependência de álcool.
Os participantes receberam uma bebida contendo uma dose elevada de álcool (16%) ou placebo. Eles, então, fizeram exames de ressonância nos participantes enquanto eles tentavam corresponder fotografias de rostos com a mesma expressão.
Foram exibidos três rostos em uma tela - um na parte superior e dois na parte inferior - e os participantes deveriam escolher a face na parte inferior que mostrava a mesma emoção da parte superior. Os rostos estavam com raiva, medo, felicidade ou neutro.
Quando os participantes processaram as imagens de rostos com raiva, medo e feliz, o álcool reduziu a correlação entre a amígdala e o córtex orbitofrontal, área do córtex pré-frontal envolvida no processamento socioemocional de informações e tomada de decisões.
Os pesquisadores também notaram que o álcool reduziu a reação da amígdala para sinais de ameaça, rostos com raiva ou medo.
"Isto sugere que, durante a intoxicação alcoólica aguda, sinais emocionais não estão sendo processados no cérebro normalmente porque a amígdala não está respondendo como deveria", observa Phan.
Segundo os pesquisadores, este estudo nos dá uma ideia muito melhor do que está acontecendo no cérebro que leva a alguns dos comportamentos desajustados que vemos em pessoas com intoxicação alcoólica, incluindo desinibição social, agressividade e isolamento social.
Fonte - Isaúde.net
Estudos anteriores já haviam demonstrado que o álcool suprime a atividade na amígdala área do cérebro responsável por perceber os sinais sociais, como expressões faciais.
"Como o processamento emocional envolve tanto a amígdala quanto áreas do cérebro localizadas no córtex pré-frontal responsável pela cognição e modulação do comportamento, queríamos ver se havia alguma alteração na conectividade funcional ou comunicação entre estas duas regiões do cérebro que podem estar por trás dos efeitos do álcool", afirma o pesquisador K. Luan Phan.
Phan e seus colegas examinaram os efeitos do álcool sobre a conectividade entre a amígdala e o córtex pré-frontal durante o processamento de estímulos emocionais - fotografias de rostos felizes, temerosos e com raiva - usando ressonância magnética funcional, que permitiu aos pesquisadores ver quais as áreas do cérebro estão ativas durante a execução de várias tarefas.
Os participantes foram compostos por 12 bebedores sociais pesados (10 homens, duas mulheres), com idade média de 23 anos. A média relatada foi de 7,8 episódios de consumo compulsivo por mês, definido como consumo de cinco ou mais doses para homens e quatro ou mais doses para mulheres, o que os coloca em alto risco para desenvolver dependência de álcool.
Os participantes receberam uma bebida contendo uma dose elevada de álcool (16%) ou placebo. Eles, então, fizeram exames de ressonância nos participantes enquanto eles tentavam corresponder fotografias de rostos com a mesma expressão.
Foram exibidos três rostos em uma tela - um na parte superior e dois na parte inferior - e os participantes deveriam escolher a face na parte inferior que mostrava a mesma emoção da parte superior. Os rostos estavam com raiva, medo, felicidade ou neutro.
Quando os participantes processaram as imagens de rostos com raiva, medo e feliz, o álcool reduziu a correlação entre a amígdala e o córtex orbitofrontal, área do córtex pré-frontal envolvida no processamento socioemocional de informações e tomada de decisões.
Os pesquisadores também notaram que o álcool reduziu a reação da amígdala para sinais de ameaça, rostos com raiva ou medo.
"Isto sugere que, durante a intoxicação alcoólica aguda, sinais emocionais não estão sendo processados no cérebro normalmente porque a amígdala não está respondendo como deveria", observa Phan.
Segundo os pesquisadores, este estudo nos dá uma ideia muito melhor do que está acontecendo no cérebro que leva a alguns dos comportamentos desajustados que vemos em pessoas com intoxicação alcoólica, incluindo desinibição social, agressividade e isolamento social.
Fonte - Isaúde.net
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