Usuários de cocaína e crack lideram atendimentos no Caps
Centro de atendimento tem 706 pessoas cadastradas.
27% dos pacientes são menores de 18 anos.
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| Paciente recebe atendimento psicológico (Foto: Kedma Araújo/G1)  | 
 Segundo a psicóloga do Caps AD, Carla Myrian, o aumento do tráfico na 
cidade facilitou o consumo de cocaína e crack. “E muitos traficantes, no
 intuito de viciar o usuário, começaram a mesclar drogas, como por 
exemplo, maconha com cocaína. E a tendência é o usuário procurar sempre 
por algo mais forte”, completa.
 Conforme o cadastro, 27% dos pacientes são menores de 18 anos. Carla 
afirma que a evasão escolar, a falta de concentração e a dificuldade no 
aprendizado, são alguns sinais de alerta na conduta de adolescentes. 
“Comportamento mais agressivo, dormir demais ou olhos vermelhos são 
questões que tem que ser levadas em consideração. E também ver as 
amizades que esse jovem está saindo. É necessário ter essa preocupação, 
porque cada vez mais atendemos pacientes de 14 anos ou até menos”.
 Caps AD
 
A equipe do Caps AD é formada por psicóloga, enfermeira, clínico geral,
 psiquiatra, assistente social, terapeuta ocupacional e técnicos de 
enfermagem.  Na instituição, o paciente é acolhido e após o cadastro, é 
atendido de acordo com a necessidade.
 Além de atendimentos individuais, oferece terapias em grupo, onde o 
paciente tem contato com outras pessoas que estão passando pela mesma 
dificuldade. “A família também recebe suporte por meio de atendimentos 
individuais e grupos terapêuticos voltados aos familiares, onde recebem 
orientação de como conviver, o que fazer e como ajudar o paciente. Temos
 as oficinas terapêuticas que são variadas e relativas de acordo com a 
preferência deles, como artesanato com jornal, culinária, fabricação de 
gesso”, diz Carla.
 O eletricista, Antônio Eugênio Filho, de 45 anos, recebe atendimento no
 Caps AD há dois anos. Ele começou a usar drogas durante um 
relacionamento. “Comecei com maconha, depois fui para cocaína, e quando 
eu fiquei dependente eu usava tudo, álcool e até remédios. 
Usava tudo 
que me tirasse do estado normal, não fazia nada sem droga”, lembra.
 Atualmente, o eletricista está há um ano sem usar drogas. “Cada dia é 
um passo no tratamento pra mim. Minha vida profissional está começando a
 voltar ao normal, reconquistei minha família, que nunca me largou, mas 
recuperei a confiança deles. Meus filhos tinham medo de mim. Hoje já 
reconquistei o amor, o carinho deles, eles me abraçam, dizem que me 
amam, falam que eu sou o melhor pai do mundo, isso pra mim é uma injeção
 de ânimo para eu não voltar para aquela vida”.
Comunidade Terapêutica
 
Outro lugar que trabalha a recuperação de dependentes químicos, em 
Santarém, é a Comunidade Terapêutica Família Feliz. De acordo com o 
responsável pela instituição, o pastor José Carlos Lopes, mais de 2 mil 
homens foram atendidos em oito anos.
 Na comunidade, o paciente fica hospedado por oito meses e não é 
obrigado a permanecer internado. “Nós só trabalhamos com a internação 
voluntária, onde o paciente não vai estar preso, não vai estar 
obrigado”.
 O programa de recuperação distribui atividades para cada paciente. “Na 
terapia ocupacional eles limpam os ambientes e cuidam da horta. Nas 
aulas eles vão aprender sobre a recuperação, a vida e a postura deles; e
 o que eles têm que fazer para ficar longe do vício e vivenciar na 
prática dentro da comunidade”, explica o coordenador.
 O técnico em informática, Marcos Gomes, de 42 anos, está em recuperação
 e dá aula de informática aos outros pacientes. Para ele, o isolamento é
 fundamental para a recuperação. “Se eu continuasse naquela vida, ia 
causar mais prejuízo para minha família, para os meus conhecidos e 
clientes. Precisava me isolar para minha mente estabilizar. O isolamento
 é a maior ajuda que tem nesse tratamento”, explica.
 Faltam voluntários
Atualmente, a instituição é carente de ajuda profissional. De acordo com o coordenador da Comunidade Terapêutica, o quadro de funcionários é composto por pessoas que passaram pelo programa de recuperação e são voluntários. “Muita gente diz que quer ajudar, que vai ser voluntário, mas são muito vulneráveis, se empolgam e desempolgam muito rápido”.
 Lopes afirma que é difícil encontrar quem queira trabalhar 
voluntariamente. Segundo ele, é necessário ter um terapeuta ocupacional,
 um psicólogo e um médico para acompanhar os tratamentos.
Para ajudar nas despesas, a instituição reaproveita zinco para montar 
outdoor e recebe uma contribuição financeira de algumas famílias dos 
pacientes. A comunidade também conta com a ajuda do Programa Mesa 
Brasil, do Sesc, o que ajuda nos custos de alimentação. “Tem dias que 
aperta financeiramente, então eu começo ligar, e felizmente temos 
pessoas que se eu ligar ajudam”, diz o coordenador da Comunidade.
 O servidor público, Giovani Feitosa, de 48 anos, buscou tratamento na 
Comunidade após perceber os danos que a dependência química estava 
causando em sua vida, como perda de salário e dificultando cada vez mais
 o relacionamento familiar. “A fraqueza me levou a usar drogas. Usei os 
problemas familiares e a solidão quando viajava e ficava longe da 
família, como desculpa para entrar para o meio do vício. Eu usava álcool
 e outras drogas ilícitas, como maconha e cocaína”, lembra.
 Após o tratamento, Feitosa recuperou a autoestima, a credibilidade e o 
salário que estava suspenso. Ele afirma que Deus, disciplina, 
autoconfiança e apoio foram muito importantes para a sua recuperação. “O
 trabalho da instituição foi fundamental, a forma como somos abordados é
 de muita conscientização. Hoje sou muito feliz”, afirma.
 Serviço
Caps AD
Travessa 7de setembro, 692, bairro Aparecida.
Atendimento ao público: De segunda a sexta de 8h às 18h.
Documentos necessários: cartão do SUS, xerox do RG, do CPF e do comprovante de residência.
Caps AD
Travessa 7de setembro, 692, bairro Aparecida.
Atendimento ao público: De segunda a sexta de 8h às 18h.
Documentos necessários: cartão do SUS, xerox do RG, do CPF e do comprovante de residência.
 Comunidade Terapêutica Família Feliz
Avenida Lira Castela, 100, bairro Área Verde
Informações: 9131 1576
Avenida Lira Castela, 100, bairro Área Verde
Informações: 9131 1576
Fonte - G1
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