Levantamento mundial ficará disponível online até o dia 20 de dezembro.
Estudo traçará perfil sobre consumo de álcool, tabaco e entorpecentes.
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) está convocando brasileiros a participarem de uma pesquisa mundial online sobre uso de drogas, chamada Global Drug Survey. O levantamento, que vai avaliar o perfil dessas pessoas e o padrão de consumo em vários países, estará disponível na internet até o dia 20 de dezembro. Os resultados devem ser divulgados em março de 2014.
Segundo a pesquisadora Clarice Madruga, do Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad), da Unifesp, o objetivo da pesquisa é mapear o uso de drogas em todo o mundo, saber como as pessoas têm acesso às substâncias (pela internet, em lojas, por meio de traficantes) e fazer os indivíduos pensarem sobre o próprio padrão de consumo.
Segundo a pesquisadora Clarice Madruga, do Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad), da Unifesp, o objetivo da pesquisa é mapear o uso de drogas em todo o mundo, saber como as pessoas têm acesso às substâncias (pela internet, em lojas, por meio de traficantes) e fazer os indivíduos pensarem sobre o próprio padrão de consumo.
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De acordo com Clarice, é possível preencher o questionário de perguntas diretas (com alternativas) em cerca de 20 minutos. Para iniciar, basta clicar na bandeira de Portugal, no canto direito da tela, e depois no ícone "Continue". Até as 18h15 desta quarta-feira (20), mais de 25,8 mil pessoas haviam participado. Só no Brasil, porém, será preciso de pelo menos 5 mil respostas para haver uma representatividade mínima dentro da amostra geral.
Ao se conhecerem melhor os preços praticados para venda de drogas, os locais de compra e outras características, será possível criar políticas de controle e prevenção, destaca Clarice. O trabalho é coordenado por um time independente de cerca de 35 países, e entre as universidades que lideram o estudo está o King's College de Londres.
"Dentro das perguntas, também já estão inseridas estratégias de redução de danos, com questões como: 'Se você toma ecstasy, já tentou dividir a pílula em uma dose menor? Sabia que o 'barato' pode ser o mesmo?'. Ou seja, a pesquisa também é educativa e acaba funcionando como uma campanha", analisa Clarice.
Detalhes do questionário
O levantamento inclui perguntas sobre o uso de drogas no último ano, no último mês e na última semana, a idade de início do consumo, como foi feita a aquisição da substância (onde encontrou e de quem comprou) e se usou algo e depois dirigiu.
Além disso, há questionamentos sobre onde a pessoa trabalha, como é sua personalidade, seu bem-estar geral, como ocupa o tempo livre (se faz atividade física) e qual é o prazer, a intensidade e os efeitos negativos que sente em relação às drogas.
Ao todo, o questionário abrange uma série de substâncias psicoativas, que vão desde álcool e tabaco (incluindo cigarro eletrônico) até entorpecentes como maconha, cocaína, crack, LSD, heroína, solventes, morfina, metadona e vários outros produtos sintéticos, mais novos. São citados, ainda, ayahuasca, energéticos, medicamentos para disfunção erétil (como Viagra e Cialis), para transtorno do deficit de atenção e hiperatividade (TDAH), como Ritalina, e para ansiedade ou depressão, como Diazepam, Valium, Xanax e Rivotril.
"Há também estimulantes e anfetaminas potentes que ganham apelidos como noz-moscada e sálvia, para driblar a lei. Usam-se nomes esquisitos como de temperos, adubos de plantas e sais de banho para serem registrados e se tornarem legais por algum tempo", explica a pesquisadora da Unifesp.
Fonte - Bem Estar
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