• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

Conselho autorizará prescrição de canabidiol por médicos de todo o país

O Conselho Federal de Medicina (CFM) discute os termos de uma resolução que autorize os médicos de todo o país a prescreverem, para uso medicinal, remédios feitos a partir da substância canabidiol, um derivado da maconha (Cannabis sativa) que não causa efeitos alucinógenos ou psicóticos. A falta de normatização sobre o assunto é uma das dificuldades para que pessoas que estão em tratamento devido a doenças graves obtenham uma receita médica para pleitear, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorização para importar medicamentos feitos a partir do canabidiol
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A expectativa é que a proposta de texto seja apreciada durante a próxima reunião da instituição médica. Segundo Frederico Garcia, representante do CFM no Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (Conad), uma das hipóteses em análise é autorizar o chamado uso compassivo do canabinóide (conjunto de substâncias derivadas da Cannabis sativa, dentre elas o canabidiol) como mais um procedimento clínico.

“Qualquer procedimento clínico precisa ser autorizado pelo CFM. O que o CFM vai fazer é autorizar o uso compassivo para situações extremas, emergenciais, e nas quais médico e paciente discutem quais os benefícios e os possíveis riscos do tratamento. Se os dois estiverem de acordo, assinam um termo de consentimento e de responsabilidade”, disse Garcia à Agência Brasil após participar, ontem (12), da reunião ordinária do Conad, em Brasília. De acordo com o médico a norma, na prática, dará amparo legal aos especialistas que prescreverem o uso do canabidiol.

Há meses o CFM vem avaliando o uso do canabidiol para fins medicinais. A instituição já se manifestou favorável às pesquisas com quaisquer procedimentos e substâncias, inclusive os canabinóides, que possam amenizar os transtornos causados por doenças para as quais outros tratamentos já aprovados não surtiram efeitos sob alguns pacientes. A publicação de uma resolução, no entanto, tem sido discutida com cautela, levando-se em conta as conclusões de vários estudos científicos e a ponderação entre eventuais riscos e benefícios.

De forma inédita, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) antecipou-se e publicou, no mês passado, uma resolução que autoriza os médicos que atuam no estado a receitar, mediante o consentimento do paciente ou de seu responsável legal, o canabidiol para o tratamento das epilepsias mioclônicas graves em crianças que não tenham reagido bem aos tratamentos convencionais.

Segundo o vice-presidente do Cremesp, Mauro Aranha, a resolução paulista levou em conta o fato de que, para liberar a importação e o uso clínico do canabidiol, a Anvisa exige que não apenas os pais dessas crianças, mas também seus médicos, assinem um termo de responsabilidade dando ciência de que o medicamento ainda não foi devidamente testado. “Essa é a primeira dificuldade das famílias que procuraram a Anvisa, pois os médicos estavam temerosos de receitar, pois o Código de Ética Médica determina que o profissional só pode prescrever o que já estiver regulamentado pelas autoridades sanitárias – o que não é o caso do canabidiol”.

Aranha disse ter sido informado de que o CFM está finalizando sua resolução que estenderá aos médicos de todo o país a decisão já adotada em São Paulo. “Quando um conselho de ética se pronuncia neste sentido, liberando o uso terapêutico de uma substância, acaba por fazer com que as pessoas repensem [preconceitos]”.

Para a representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Loiva Santos, é necessário ampliar o debate. “Não estamos defendendo a liberação das drogas, mas sim exigindo o acesso ao uso terapêutico de certas substâncias. Há pesquisas que mostram a redução dos danos causados pelo crack quando substituído [durante o tratamento] pela maconha. Há profissionais da saúde que propõem essa substituição a usuários de crack, mas eles não podem falar nisso abertamente. Por isso precisamos regulamentar essas práticas”, diz Loiva, defendendo que as autoridades públicas e os profissionais de saúde devem levar em consideração o bem-estar do paciente e de sua família.

Fonte - Agência Brasil

Pesquisa: maioria dos usuários de cocaína tem problema cardíaco sem sintomas

Pesquisa: maioria dos usuários de cocaína tem problema cardíaco sem sintomas
Ao todo, 71% das pessoas que consomem cocaína possuem algum tipo de afetação leve no coração, embora não apresentem sintomas, uma anomalia que caso se agrave pode provocar infarto ou morte súbita e que poderia ser revertida deixando de consumir a droga.


Essas conclusões fazem parte de um estudo apresentado nessa quinta-feira em Valência, que conseguiu quantificar a magnitude do efeito que o consumo de cocaína produz no sistema cardiovascular e detectá-lo em pacientes assintomáticos por meio de técnicas de imagem. A pesquisa foi feita em 94 pessoas, sendo 81 homens, com a participação do Eresa Grupo Médico, três hospitais valencianos e um de Londres.

O resultado foi publicado na revista científica "Journal of Cardiovascular Magnetic Resonance", e é a primeira pesquisa destas características que analisa de forma global todas as cavidades do coração e a aorta em pacientes assintomáticos.

Após utilizar uma técnica de imagem de cardio-ressonância magnética, se estudou o tamanho e a função do coração das pessoas que participaram da pesquisa e se pôde detectar danos leves localizados no miocárdio de 71% delas.

Uma segunda fase do estudo tentará determinar quais são os fatores que condicionam a afetação cardíaca nos usuários de cocaína, que fatores de consumo (via, dose ou anos de ingestão) influem em sua aparição ou se a doença é reversível quando deixam de consumir a droga e têm um manejo cardiológico adequado.

Em uma terceira fase, o objetivo é estudar por meio de coronariografia não-invasiva (CTC) o efeito do consumo de cocaína nas coronárias de pessoas viciadas não fumantes, viciadas fumantes e fumantes não consumidores de cocaína.

O perfil do paciente estudado é o de pessoas que foram a alguma Unidade de Conduta Adictiva (UCA) de Valência buscando acabar com sua dependência à cocaína. Segundo Alicia Maceira, o objetivo do estudo é alertar às pessoas que querem deixar de consumir cocaína a que procurem um cardiologista, embora estejam assintomáticas.

Fonte - Agência EFE

Consumo de maconha por adolescentes pode causar danos ao sistema imunológico

Consumo de maconha por adolescentes pode causar danos ao sistema imunológico
Uma nova pesquisa publicada no “Journal of Leukocyte Biology” sugere que a exposição precoce à maconha pode afetar o desenvolvimento do sistema imunológico. Composta por cientistas italianos, a equipe constatou que o uso de maconha na adolescência pode causar sérios danos a longo prazo. Tais danos podem resultar em doenças autoimunes e doenças inflamatórias crônicas, como a esclerose múltipla; doença inflamatória do intestino e artrite

reumatoide na fase adulta.

Para chegar a essa descoberta, os cientistas injetaram em um grupo de ratos "adolescentes" THC, o principal componente ativo da maconha, por 10 dias. Este período no ciclo de vida do rato corresponde ao período da adolescência em humanos. Um segundo grupo de animais testados recebeu apenas um placebo. No final do tratamento, ambos os grupos foram deixados em repouso durante aproximadamente dois meses, até atingirem a idade adulta completa.

Em seguida, a atividade do sistema imunitário foi avaliada considerando diversas medidas importantes, tais como a capacidade dos leucócitos de produzir citocinas para montar uma resposta de anticorpos à vacinação ou a capacidade do macrófago para partículas de fagócitos. O grupo de ratinhos tratados com THC na adolescência tinha alterações graves nas respostas imunitárias na idade adulta.

Para os cientistas, esses estudos não só apontam a adolescência como uma fase-chave da sensibilidade do sistema imunológico, mas também como dramáticos e duradouros os efeitos negativos que o abuso da droga por adolescentes pode ter sobre a função imunológica. Os estudiosos esperam que o risco de adoecimento na fase adulta seja um fator de impedimento do abuso de maconha entre os jovens.

Fonte - Medical News Today (com adaptações)

Estudo relata prejuízo do consumo do álcool durante a gravidez

Estudo relata prejuízo do consumo do álcool durante a gravidez
Nova pesquisa norte-americana sugere que uma em cada 20 crianças dos Estados Unidos podem ter problemas de saúde ou comportamentais relacionados à exposição ao álcool antes do nascimento. O estudo revelou, ainda, que entre 2,4 por cento e 4,8 por cento das crianças têm algum tipo de transtorno do espectro do álcool fetal.


Para os pesquisadores, a alta prevalência de crianças afetadas pelo álcool durante a gravidez pode ser devido a pressões sociais ou dificuldade das mulheres em mudar seus hábitos de consumo. De outro lado, a exposição ao álcool é a principal causa evitável de defeitos congênitos e deficiência intelectual e de desenvolvimento neurológico

O estudo explica que os distúrbios do espectro do álcool fetal incluem o transtorno de síndrome alcoólica fetal, que significa o fim mais grave do espectro. As crianças com essa condição têm características anormais faciais, anormalidades cerebrais estruturais, problemas de crescimento e problemas de comportamento. Já as crianças na extremidade menos graves do espectro podem ter deficiências na capacidade de executar as tarefas necessárias para fazer bem na escola, ou ter problemas de comportamento.

Este estudo também identificou fatores que produzem um risco maior de que uma criança ser prejudicada pelo consumo de álcool materno. Por exemplo, o tempo que levou a mãe ao saber que ela estava grávida e a frequência com que ela bebeu três meses antes da gravidez.

Fonte - HealthDay News (com adaptações)