Oposição revogará lei da maconha se vencer eleição uruguaia

Oposição revogará lei da maconha se vencer eleição uruguaia
Senador Jorge Larrañaga, pré-candidato à presidência uruguaia às eleições do próximo mês de outubro, anunciou que revogará lei da maconha no país se for eleito


Maconha: 'Que não plantem nada, porque vamos derrubar (a lei) a partir da formação da nova maioria (parlamentar)', declarou o líder oposicionista
 
Montevidéu - O senador Jorge Larrañaga, pré-candidato à presidência uruguaia às eleições do próximo mês de outubro, anunciou que, caso chegue ao poder, revogará a recentemente aprovada lei da maconha que regula a produção, distribuição e venda da droga no país.

'Está claro que o tema da legalização da maconha será importante dentro da próxima campanha eleitoral e Larrañaga foi muito claro em expressar a ideia do partido', disse neste domingo à Agência Efe o deputado Pablo Iturralde, do Partido Nacional, o principal da oposição.

'Que não plantem nada, porque vamos derrubar (a lei) a partir da formação da nova maioria (parlamentar)', declarou o pré-candidato em discurso pronunciado ontem à noite como parte de seu lançamento de campanha.

O governo da coalizão de esquerda Frente Ampla 'teve marchas e contramarchas' no tema das drogas 'e atualmente tem muitas dúvidas e gera muitas mais para a regulamentação da lei', acrescentou o senador.

Atualmente, o governo uruguaio avança na implementação da lei que regula a produção, distribuição e venda de maconha no país.

A nova lei, impulsionada pelo presidente José Mujica, gerou polêmica em nível internacional e nacional, ao estabelecer taxativamente o 'controle e a regulação por parte do Estado da importação, exportação, plantação, cultivo, colheita, produção, aquisição, armazenamento, comercialização, distribuição e consumo da maconha e seus derivados'.

Mujica afirmou em várias oportunidades que o que busca é uma 'alternativa' para lutar contra o narcotráfico, uma vez que pela via da repressão 'a batalha está perdida no mundo todo e há muito tempo'.

A lei, que foi aprovada no último dia 10 de dezembro pelo Parlamento uruguaio apenas com os votos do governo e promulgada duas semanas depois por Mujica, é rejeitada pela maioria dos uruguaios segundo as enquetes.

Fonte - Exame
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