É cada vez mais comum que pacientes com problemas reumáticos em necessidade de aliviar os sintomas façam uso da maconha medicinal como opção de tratamento. No entanto, a eficácia e segurança desse método no trato de problemas como artrite, lúpus e fibromialgia não são se sustenta, segundo evidências médicas.
Eficácia e segurança do método foram questionados em pesquisa recente
Foi isso o que constatou um novo artigo publicado na revista “Arthritis Care & Research” - que pertence à American College of Rheumatology (ACR). O documento explora os riscos associados ao uso da Erva Cannabis para fins medicinais e aconselha profissionais de saúde a desencorajar pacientes que sofrem de reumatismo a usarem a droga como terapia.
A razão para o interesse médico na erva mora na ação que ela realiza sobre um sistema do nosso corpo formado por moléculas e receptores que têm efeitos sobre muitas funções, incluindo a modulação da dor. Por isso, a erva é comumente usado para amenizar dores severas em autotratamentos associados à artrite e a dores músculo-esqueléticas.
Em estudos populacionais no Reino Unido e na Austrália, até 33 % das pessoas relatam o uso de maconha para tratar a desses problemas.
- Em razão do clamor público pela terapia com a erva, governos de todo o mundo estão considerando a sua legalização para uso medicinal. Médicos precisam entender as implicações do uso deste tipo de medicamento - explica Ann Fitzcharles, líder da pesquisa e reumatologista da “McGill University Health Centre (MUHC)” e pesquisadora do “Institute of the MUHC”, em Quebec, no Canadá.
Nos Estados Unidos, vinte estados já legalizaram a maconha para fins medicinais. O estudo liderado por Fitzcharles analisou dosagem, administração, eficácia e riscos da erva no tratamento de doenças reumáticas. Os problemas de saúde, comprovou o trabalho, não são resolvidos com esse tipo de medicamento.
Inalação
Enquanto a Cannabis pode ser ingerida, a maioria dos usuários preferem inalar o composto para uma resposta mais rápida. No entanto, um conjunto de substâncias presentes não são recomendados pela comunidade médica devido aos efeitos adversos no sistema respiratório.Entre elas estão hidrocarbonetos , alcatrão e monóxido de carbono.
Além disso, não há nenhum estudo formal de curto prazo ou de longo prazo sobre a eficácia da Cannabis Herbácea em pacientes com doenças reumáticas. Os autores do estudo destacam que o uso da maconha medicinal vem acompanhado de riscos, como problemas cognitivos e na função psicomotora.
O uso a longo prazo de maconha pode levar à dependência e a problemas na memória e mentais, diz a pesquisa. De fato, um estudo americano feito anteriormente com 8 mil adultos que consumiram a erva no ano anterior descobriu que as chances de depressão eram 1,4 vezes maior em usuários de maconha em comparação com os não usuários.
- Neste momento, não podemos recomendar a erva cannabis herbácea para tratar artrite, dada a falta de dados e de eficácia - conclui Fitzcharles.
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