• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

Cocaína - Ataque cardíaco é mais propenso em dependentes de cocaína

Ataque cardíaco é mais propenso em dependentes de cocaína

Segundo um novo estudo da Universidade de Sydney (Austrália), dependentes de cocaína, mesmo que só utilizem a droga uma vez ao mês, correm um risco muito maior de sofrer uma parada cardíaca do que as pessoas que não usam a droga.

Dependentes de cocaína têm pressão arterial mais elevada, artérias mais rígidas e paredes mais espessas no músculo do coração do que não usuários, todos fatores de risco que podem causar um ataque cardíaco. Os pesquisadores usaram imagens de ressonância magnética para medir os efeitos da droga em 20 adultos saudáveis que usaram “cronicamente” a substância ilegal. Eram 17 homens e 3 mulheres, com idade média de 37 anos, que relataram o uso de cocaína pelo menos uma vez por mês durante o ano anterior à pesquisa. Eles preencheram questionários que descreviam seus hábitos, fatores de risco cardiovascular e nível socioeconômico.

Pelo menos 48 horas após seu último uso de cocaína, os voluntários tiveram sua pressão arterial medida e passaram por exames de ressonância magnética cardíaca.

Em comparação com 20 não dependentes, os que haviam abusado da cocaína tinham maiores taxas de múltiplos fatores associados com o aumento do risco de ataque cardíaco e de acidente vascular cerebral (derrame). Por exemplo, os dependentes tinham 30 a 35% mais rigidez da aorta, um aumento da pressão arterial e 18% mais espessura da parede do ventrículo esquerdo do coração. Os efeitos combinados de maior coagulação do sangue, maior estresse no coração e aumento da constrição dos vasos sanguíneos colocam os participantes do teste em um alto risco de ataque cardíaco espontâneo.

“Estamos repetidamente vendo jovens, indivíduos aptos, sofrerem ataques cardíacos fulminantes relacionados ao uso de cocaína”, diz a Dra. Gemma Figtree, pesquisadora do estudo. “Eles não têm conhecimento das consequências para a saúde de se usar regularmente cocaína. É a droga perfeita para um ataque cardíaco”, conclui.

O estudo australiano é o primeiro a documentar anomalias cardiovasculares em usuários de cocaína aparentemente saudáveis após os efeitos imediatos da cocaína terem passado.[


Autor: Natasha Romanzoti
Fonte: HYPESCIENCE
Muito bom, que pesquisas sejam feitas, neste sentido. Mas óbvio, que isto já era do conhecimento da grande maioria. Afora os efeitos, ainda há o entupimento de artérias. No caso dos usuários de cocaína na forma injetável, o risco não é nem baseado nas consequências futuras, e sim imediato, ou seja, após injetada, na mesma hora, dependendo da dose, mata. Ainda neste tipo de uso, há o risco de infecção do músculo cardíaco, trombose, necrose dos locais, etc. 
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Cigarro - Parar de Fumar - Vencendo um "falso amigo"

Cigarro - Parar de Fumar - Vencendo um "falso amigo"

É necessário que você tenha VONTADE de parar de fumar. Isso é mais do que apenas conhecer os malefícios do cigarro e achar que tem que parar!!
São comprovados os malefícios da nicotina, além de outros componentes da fumaça do tabaco, tais como: doenças no pulmão, e são importantes coadjuvantes em doenças cardiovasculares.
Para compreendermos o que leva alguém a se transformar em um dependente do cigarro, precisamos primeiro compreender a questão da dependência física e psicológica dos vícios de modo geral.

Quase todos nós temos um tipo de dependência psicológica tais como: trabalho, dinheiro, compulsão para comer, jogos, consumismo, relações amorosas, etc. As causas das dependências psicológicas estão relacionadas a fatores internos do indivíduo, ou seja, nossa subjetividade, o nosso eu interior, é aí onde precisamos curar.
Quando o indivíduo pára de fumar, substitui este vício por outro, geralmente comer ou beber em excesso.
Para os não fumantes o ato de parar de fumar lhes parece simples e estes não conseguem compreender a dimensão do problema fazendo cobranças e rebaixando a auto-estima do fumante que sente-se fracassado. É necessário compreender que a dor envolvida no processo de ruptura de qualquer tipo de dependência é muito intenso, pode levar a depressão e recaídas. A nicotina é um tipo de droga que provoca malefícios ao organismo dentro de um prazo longo (40 a 50 anos após o início do vício).
O comércio do tabaco é grande em todo o mundo e o consumo é incentivado devido aos interesses econômicos, privados e públicos dentro de nossa sociedade.

Hábito, Vício e Dependência

Vamos diferenciar hábito e vício para entendermos melhor o problema. Quando temos um hábito e precisamos parar por qualquer motivo, o fazemos sem problema nenhum. Já o vício é o tamanho da falta que sentiremos em relação a ele, além de sensações e sentimentos como ansiedade, depressão, saudade e dor frente à sua ausência. Os hábitos são comportamentos constantes e também nem tão fácil assim de serem mudados, mas não são maléficos à saúde.
O maior vício é o da dependência psíquica ou psicológica, ou seja, o apego que a pessoa estabelece a certa substância ou situação. De forma que não podemos subestimar o grau de importância da dependência física que é um grande reforçador do vício.
A nicotina é um estimulante, mas também tem efeitos calmantes, porém, as reações individuais quanto a seus efeitos são muito variáveis. Quando a pessoa pára de fumar, seu organismo sente falta destas substâncias e podem sinalizar alguns sintomas tais como: sonolência, moleza, irritação, impaciência e irritabilidade.
Desta forma, se a pessoa não estiver convicta e determinada a parar, dificilmente conseguirá e retornará ao vício resgatando de volta “o vigor e as boas sensações” que o cigarro lhe proporcionava.
O que gostaria de salientar é que a dependência psicológica precisa ser melhor compreendida neste contexto, pois pode levar o indivíduo à depressão, à substituição de um vício por outro vício, além da grande dor da saudade da nicotina.
Nosso maior obstáculo é compreender a tendência do ser humano a estabelecer vínculos tão intensos com coisas, pessoas ou situações que nos deixa totalmente dependentes de tal forma que não conseguimos viver sem.
A nicotina é uma droga com maior potencial para viciar do que o álcool.
Todos nós temos tendência a ter dependência a alguma tipo de droga, objeto ou situação e as CAUSAS que determinam a dependência psicológica devem ser as mais comuns do nosso dia a dia.

Compreendendo as origens

Temos dois instintos básicos: o do amor e do sexual.
O amor: a gestação e o nascimento: Enquanto estamos na barriga de nossa mãe, vivemos um conforto absoluto, somos protegidos de sensações ruins do mundo externo, porém, abruptamente quando nascemos somos sujeitos a muitas novas sensações desconfortáveis que nem sequer conhecíamos.
Desta forma aprendemos a buscar esta mãe porque ela volta a nos dar o conforto que perdemos em algum momento.
Passamos a amar várias pessoas e também as substituir esta figura amada por objetos e nos apegar verdadeiramente a eles. Criamos uma certa dependência ao objeto de forma que até o humor do indivíduo é alterado quando um objeto que gosta muito é danificado.
É o que acontece também em relação às pessoas. A mãe sofre quando um filho está doente por exemplo. Não há amor sem dependência e um certo risco de sofrimento. As pessoas que possuem menos tolerância ao sofrimento amam menos, se apegam a objetos ou excessivamente aos filhos por acreditarem que tem mais domínio sobre estes e acredita que o risco de sofrimento será menor.
São poucas as pessoas que conseguem viver sem estabelecer vínculos, seja com pessoas ou com objetos. E a nossa sociedade consumista estimula este tipo de elo dependente.

Somos seres com tendência a nos sentirmos desamparados e por isso nos apegamos aos objetos, pessoas ou situações que nos proporcionem aconchego, conforto e algum tipo de proteção.
Da mesma forma somos seres vaidosos e que esperam do “externo” algo que nos faça sentir especiais e únicos e daí qualquer que seja o que nos faz sentir bem faremos o possível para tê-los por perto e aí inicia-se o ciclo do vício.

A fase da adolescência
A maioria das pessoas inicia o vício do cigarro entre 13 e 21 anos, ou seja, geralmente na fase da adolescência. A adolescência é uma fase difícil e é a fase em que geralmente os vícios se estabelecem. O corpo rapidamente toma novas formas e o adolescente sente que deve mostrar uma independência, porém, ainda não está preparado.
É necessário que os pais sejam bem estruturados. Devem cultivar um relacionamento sadio e estável entre si para que se sintam fortes e não precisem de seus filhos como tábuas de salvação, criando desta forma um ambiente sadio para seus filhos onde estes possam estar preparados para enfrentar o mundo.
A superproteção faz com que as crianças fiquem dependentes, cresçam com medo de encarar o futuro e se tornem indivíduos totalmente despreparados.

Dos 13 aos 16 anos o adolescente está numa fase de muita vulnerabilidade ao ambiente. Procura se enturmar, buscando aconchego e temendo a rejeição adere aos prontamente aos padrões do grupo. Estar num grupo significa sentir-se mais importante e ter algo em comum entre os membros do grupo o deixa mais forte.
Já no ambiente familiar tende a se rebelar contra os pais na tentativa de se desgrudar dos laços infantis, se esforçando para ser independente.
O adolescente irá buscar o “proibido”, pois quer mostrar sua independência e autonomia geralmente com algo que seja censurado pela família. Contraria os padrões da família para se auto afirmar.
A vaidade nos leva muitas vezes a adesão de padrões talvez não muito coerentes. Muitas vezes pra nos sentirmos “diferentes e especiais” fazemos mal a nós mesmos sem percebermos. E o que é ser alguém especial?
O ato de fumar traz diversas sensações às moças e rapazes. Faz com que se sintam mais adultos, com certa maturidade, emancipação, liberdade sexual e simbolização erótica, ou seja, dá pra entender o quanto de dependência psíquica que o cigarro traz.

O cigarro dá ao indivíduo uma sensação de aconchego e amparo que por sua vez acaba se tornando um refúgio num momento em que o indivíduo se vê diante de alguma situação que o deixa inseguro ou desprotegido ou que desestrutura emocionalmente, além disso, faz com que a dependência física também dê seus sinais independentemente do aspecto psicológico. Mesmo que esteja tudo bem no aspecto emocional, o organismo sentirá falta do cigarro, pois seu corpo já está habituado ao vício.
Com o passar dos anos, a pessoa entra na fase adulta e o tipo de relação que tinha com o do cigarro muda. O vício antes lhe trazia a sensação de se achar especial e sedutor e daqui pra frente o cigarro torna-se um grande companheiro.
A quantidade ingerida de cigarros aumentou bastante e o cigarro (um objeto) passa a representar uma pessoa, ou seja, alguém de que se tem saudades e não pode se separar.
Desde nossa infância é que alguns objetos de alguma forma passam a substituir os vínculos afetivos que vivenciamos. A chupeta é um exemplo. Esta passa a substituir o seio e o aconchego da mãe. Criamos tal dependência a esta “amiga” que é difícil abandoná-la mais tarde.
Passamos a partir daí a fazer substituições de pessoas ou situações por objetos com tal intensidade que nos tornamos dependentes deles.
Enfim, chega um momento em que o cigarro se torna seu companheiro inseparável, pois este lhe faz sentir seguro e amparado, ou seja, o indivíduo está completamente viciado física e psicologicamente.
O indivíduo tende a minimizar a dimensão da dependência, alegando que pode parar a qualquer momento e que só depende de sua vontade. Talvez temos que encarar a verdade do significado do vício: perdemos o domínio da nossa relação com o cigarro.
A nicotina tem efeitos mais suaves que outros tipos de drogas, mas seus efeitos maléficos irão surgir a longo prazo. Além disso seus efeitos não prejudicam gravemente a vida profissional e afetiva do indivíduo, porém, é uma dependência considerada das mais severas e de difícil recuperação, detonando a auto estima de quem não consegue vencê-la. O vício do cigarro apresenta alguns graus que representam uma base de intensidade da dependência:

Até 20 cigarros por dia:
O indivíduo não fuma quando gripado e o seu primeiro cigarro do dia inicia-se na hora do almoço
= VICIADO LEVE

Até 25 cigarros por dia:
O indivíduo fuma mesmo gripado e o seu primeiro cigarro inicia-se logo após o café da manhã. 
= VICIADO INTERMEDIÁRIO

Mais de 40 cigarro:
O indivíduo fuma mesmo gripado e o seu primeiro inicia-se antes do café da manhã 
= VICIADO SEVERO

Na tentativa de diminuir o uso do cigarro, nossa sociedade tem adotado a estratégia de proibir o ato de fumar em várias situações e lugares.
Muitas pessoas pararam de fumar buscando caminho mais viável para si, porém, soluções frustradas muitas vezes.
Algumas substituem por comer mais, outras pelo álcool ou por outros tipos de drogas. Desta forma criam outros problemas e acabam retornando ao vício quando sentem-se emocionalmente abalados por qualquer adversidade.
Todos nós passaremos por situações difíceis na vida, mas temos que estar preparados para enfrentá-las sem a necessidade de nos apegarmos a vícios como sendo nossa salvação.
Nosso aparelho psíquico está estruturado para desejar o prazer. De um lado temos a razão que adia os desejos, pois visa objetivos mais a longo prazo e de outro lado temos os desejos imediatistas buscando o prazer a todo o custo. Temos que achar o equilíbrio, ponderando a respeito de cada situação e decidindo o melhor a fazer.
O consumo regular do cigarro provoca uma sensação de bem estar, pois ampara e também provoca uma sensação boa para a nossa vaidade em algumas situações que consideramos especiais. São várias as boas sensações de prazer imediato que o cigarro traz.
As razões para que o indivíduo pare de fumar precisam ser bastante atraentes, já que a “dor” psicológica e física é grande. A falta de nicotina no corpo causa uma inquietação e depressão para o organismo.
Temos que ser honestos com nós mesmos. Temos que compreender os motivos pelos quais estamos tão envolvidos neste vício e a partir daí assumir nossas inseguranças e erros, que estamos viciados e quem manda nesta relação é o cigarro. Temos de ser honestos e admitirmos que estamos diante de um forte adversário e a batalha será difícil. Admitir que se é um viciado altera bastante a auto estima e dependendo da personalidade da pessoa, pois sentem-se impotentes e com sua razão enfraquecida o que a faz sentir-se fraca diante do cigarro.

VAMOS PARAR DE FUMAR???

Alguns passos
1-) Preparar-se para batalha:
Rompimentos abruptos nos fazem em determinado momento voltar ao vício e acreditar cada vez menos em nós mesmos. Vencer o cigarro é sem dúvida uma grande conquista que resgata a auto estima do indivíduo, sua força e sua confiança na própria razão e para isso precisamos estar preparados. O resultado será válido quando não tivermos mais vontade de fumar, caso contrário, ainda teremos que aprimorarmos nosso auto conhecimento e nossa honestidade conosco mesmo.
Temos que compreender as sensações de abandono e insignificância que nos fizeram em algum momento de nossas vidas começar a fumar. Temos que nos preparar com calma, pois as mudanças interiores são lentas e necessitam deste tempo para uma vitória mais consistente. 
2-) Assumir que você é um viciado:
É difícil assumir que somos viciados porque isto nos deprecia, então tentamos minimizar o problema rotulando como “é apenas um hábito, etc” ou buscando qualquer outra explicação que diminua nossa pena. Devemos ser honestos: Preciso do cigarro e não é apenas um hábito! Só que esta constatação nos deixa tristes porque queremos ser especiais e únicos. Será que não pode se considerar como ser humano normal e passivo de erros e acertos? Será que não está sendo exigentes demais consigo mesmo?
A pessoa que se reconhece como viciada não pode imaginar que poderá fumar aleatoriamente em ocasiões especiais. Para viciados não existe meio termo: ou pára ou continua fumando.

3-) Pensando seriamente em sua saúde:
São cada vez mais preocupadas com sua disposição física e aparência, fato que contribui e muito para o abandono do vício do cigarro.
Na busca de uma vida mais saudável, fazendo exercícios, tendo uma alimentação equilibrada almejamos uma boa qualidade de vida, enfim, uma vida mais longa.
Estamos continuamente buscando uma vida mais feliz, fato que nos deixa mais fortes e com nossa auto estima preparada para enfrentar os obstáculos, lutando por algo que nos faz bem.

4-) Mudança de hábitos:
A mudança de hábitos talvez seja o passo mais difícil e importante para “largar” o nosso “amigo” cigarro.
1º. Você pode reduzir parcialmente a dependência física com a nicotina.
Exemplo: Pode-se cessar o ato de fumar durante o período do sono. O período da noite até o período da manhã é longo e poderá provocar tontura e formigamento das extremidades, associando este período a uma atividade física perceberá que se sentirá bem mais disposto e sentirá um prazer emocional ao estar cuidando de si mesmo e tendo sua vontade de fumar reduzida. Pode além disso fumar no final do café da manhã, pois com o estômago cheio a vontade pelo cigarro também diminui.
Você irá percebendo na prática o quanto é doloroso ficar sem fumar neste processo, mas por outro lado gradativamente percebe que tem forças para permanecer certos períodos sem o cigarro.
Em alguns momentos será mais difícil, mas perceberá que aos poucos adquire certo controle da situação.
Em um certo momento que acreditar que esteja mais preparado, fume somente após o almoço no final de semana .
Aos poucos se estabelece uma relação de sofrimento diário com o cigarro e este é associado a algo negativo e que lhe faz mal: é o lado negativo da dependência. Mas tudo isto deve ser devagar. A idéia é que o vício se torne moderado ou leve gradualmente.

5-) Paixão pela independência:
Com este cessar gradual da ingestão de nicotina, você começa a perceber no seu organismo o quanto é dependente dela por poucos instantes, diferente de saber racionalmente que está viciado.
O cigarro deve trazer alguns prazeres pra quem fuma, mas quais serão? Há o companheirismo, mas as sensações físicas da inalação da fumaça não existem ou são desagradáveis. Diferente de outras drogas que até provocam algum prazer até que momentâneo.
É quase uma prisão. Fumamos e nem sabemos exatamente porque. O que sabemos é que ficamos dependentes de algo que fazemos porque se não fizemos o desprazer é intenso e insuportável.
Compreendendo dentro deste mundo do vício nossas limitações e fraquezas, tende a surgir uma imensa vontade de conhecer o mundo da independência.

6) Escolha o momento certo e pare de fumar!!:
Não tenha pressa. Sua voz interior lhe dirá qual é o momento certo de parar de fumar e não defina isto aleatoriamente. Certamente sentirá quando estiver preparado para esta que é uma grande batalha. Geralmente dois anos é um período de tempo ideal para parar, porém, isto varia do amadurecimento de cada um.
Se possível, pare de fumar ao mesmo tempo que parentes, amigos ou colegas de trabalho. Isto possibilita poder compartilhar os momentos difíceis, ajudando-se e policiando-se uns aos outros nestas primeiras 24 horas que serão dificílimas sem a companhia do cigarro.
O ideal seria que você entrasse de férias uns 15 dias em um lugar tranqüilo, fazendo coisas que realmente lhe agradem e acompanhado de pessoas que gosta.

7) Estar preparado para o intenso sofrimento....
Sentindo-se psicologicamente preparado para largar o cigarro e enfrentar a dor que isto irá causar, podemos dar um passo para a ação. Mas estar preparado não nos dá a dimensão da dor que iremos sentir na prática. Como também iremos descobrir certas facilidades que nem tínhamos idéia.
O principal aqui é ter conhecimento de tudo o que pode ocorrer com a ausência do cigarro para que você consiga enfrentar melhor e não ter surpresas desagradáveis, fazendo com que desista no meio do caminho. A sensação da falta do cigarro é muito ruim e difícil de distinguir se ela é uma causa da falta da nicotina no organismo ou da dor da decisão de ter parado.
As sensações são várias: depressão, calafrio, tensão, irritabilidade devido a algumas horas sem fumar. É uma espécie de crise de abstinência. Acredito que a proibição interna ou externa é um fator fundamental causador de tais sensações e o desespero desta falta é similar ao que os viciados de drogas mais pesadas sentem.
A hora que bate o desespero parece que é algo que não irá passar mais, porém, se conseguir suportá-la por alguns minutos ela irá passar.
A pessoa fica numa instabilidade emocional, pois sente-se feliz pela vitória e triste pela saudade do cigarro. Passados os três primeiros dias sem fumar surge um sentimento de felicidade pelo início de uma conquista.
A vontade e o descontrole vai e vem, mas como resistimos das outras vezes sabemos que somos capazes de continuar resistindo e que este estado é temporário e logo passa.
Toda a forma de dor passa no que se refere à dependência física ou psicológica. A dependência física que causa desespero não ocorre mais passados alguns dias ou semanas sem o cigarro.
O sentimento que fica é uma certa tristeza, pois parece que estamos perdendo algo de muito valor. Isto porque atribuímos muitos valores ao cigarro e quando o perdemos, parece que perdemos parte de nós mesmos.
Ele era a nossa a nossa vaidade e a sensação de sermos seres especiais, únicos e diferentes. Hoje em dia os valores mudaram, pois as pessoas estão buscando mais qualidade de vida e os fumantes de alguma forma estão sendo cada vez mais excluídos do convívio público e a pessoa que não fuma que é considerada especial e admirada.

Na maioria das pessoas a vitória traz uma sensação de bem estar que aos poucos suprime a depressão causada pela falta do cigarro. Em algumas delas a depressão predomina e nestes casos é necessário trabalhar em psicoterapia quais os motivos que fazem com que a pessoa ainda esteja tão dependente psicologicamente de um objeto em recusa à sua individualidade e independência.
Neste momento já vemos ganhos físicos imediatos quanto à interrupção do vício das vias respiratórias, dos sistemas cardiocirculatórios, sistema gástrico, sensação de bem estar, etc..
Nos casos em que a nicotina tem efeito estimulante, quando interrompida é possível uma diminuição da freqüência cardíaca nas primeiras semanas, desta forma o sono flui melhor.
Nos casos em que a nicotina tem efeito tranqüilizante pode deixar a pessoa irritada ou nervosa quando da interrupção e a freqüência cardíaca subir. Nestes casos talvez seja necessário (mediante a uma autorização médica) o uso de um tranqüilizante suave até para viabilizar o sono que se torna difícil.
Quando percebemos que a pessoa estava realmente pronta para parar de fumar?
A pessoa não tenta substituir o cigarro por um outro tipo de vício como o álcool, doces, alimentos ou outras drogas. É importante se policiar para não abrir porta para outro vício, até porque outro vício pode “chamar” a vontade de dar só uma tragadinha. Quem já foi viciado não deve ter acesso à droga, pois pode ter rápida recaída.
Nos primeiros meses de interrupção, o metabolismo do organismo é reduzido devido à falta da nicotina que é estimulante e por isso a pessoa pode engordar de 7-8 quilos. Desta forma é aconselhável fazer exercícios regularmente para evitar um possível ressentimento com o fato de engordar muito.
Para combater o vício precisamos entender o porquê buscamos na relação com os objetos atenuar sentimento de desamparo. Temos que trabalhar mais nossa individualidade de forma que não precisemos mais de atenuadores externos a nós mesmos alcançando uma auto suficiência.
É através da boca que buscamos o prazer e a satisfação desde a mais tenra infância e quando nos sentimos desamparados buscamos algo que levamos a boca para atenuar esse sentimento.

“Para Sigmund Freud (1856-1939), em 1905, a boca seria a via de comunicação com o mundo externo. A relação que a criança faz entre leite (seio) e amor é algo que orienta o rumo de uma boa alimentação e a transição do leite para o alimento sólido. Essa experiência transcende o vínculo primário com a mãe quando é então criado, a partir daí, um modelo de relações afetivas interpessoais posteriores, na sua vida adulta. Enquanto mama, o bebê não esta simplesmente se alimentando, mas, realizando uma das mais importantes experiências de sua vida. Se até aqui concordamos com essa direção do pensamento, podemos supor que a maneira como o bebê vive essa experiência e a possibilidade de simbolizar esta vivência como boa e prazerosa, servirá de base para toda a vida afetiva e diretamente influenciará na forma da alimentação adulta.”

Quando estamos dentro do ventre de nossa mãe mantemos uma relação satisfatória, pois estamos aconchegados e protegidos que chamamos de simbiose. Já quando nascemos entramos em um novo “mundo” nos sentimos de certa forma desamparados e tentamos chegar próximo da simbiose perdida através da amamentação no seio materno.
Parece que temos uma inquietação oral que existe antes do vício do cigarrro e temos que entender e separar esta inquietação do vício do cigarro. E talvez seja por existência desta inquietação que existam a chupeta e a gomas de mascar por exemplo.
Temos questões existenciais que não são curadas por nenhum tipo vício, seja ele qual for, pelo contrário, além de não nos ajudar a resolvê-las destroem a nossa saúde e nossa auto estima diminuindo ainda mais as nossas forças para compreender e resolver nossa problemática existencial.

A vaidade

Outra questão que deve ser compreendida é um componente da nossa sexualidade que é a vaidade. Ela está diretamente ligada à construção da individualidade. Buscamos nos destacar dentro do grupo ao qual estamos inseridos e desta forma queremos ser especiais e diferentes para chamar a atenção. E as propagandas vendiam isto antigamente (hoje este cenário mudou um pouco): Quem fumava era mais “adulto”, sensual, mais erotizado. E qual jovem não gostaria de se sentir assim?
A vaidade contribuiu para nos viciarmos a favor do cigarro. Hoje para lutarmos contra o vício temos que fazer com que nossa vaidade mude de lado..Atualmente fumar é “fora de moda” , além de ser proibido em vários lugares públicos, ou seja, deixou de ser uma vaidade para ser quase vergonhoso, fato que pode ajudar os fumantes a combater o vício.
A vaidade sempre existirá, mas porque não usarmos ela em nosso benefício e dos que nos cercam? A vaidade está em não fumar. Somos mais fortes que o vício, não somos proibidos de frequentar lugares, ganhamos em saúde, enfim tudo conspira a favor do fim do cigarro.
Passam os anos e fica uma leve saudade do cigarro, afinal fez parte de nossa vida, nos aconchegou e amparou nos momentos difíceis e nos trazia uma “certa segurança” apesar dos seus malefícios.
O cigarro então entra em nossa vida pela via da vaidade e pelo desejo de independência. Fumamos quando nos sentimos desamparados e também quando queremos completar um total bem estar (oralidade).
O desamparo faz parte da vida do ser humano e sempre irá existir. Sempre em algum momento de nossas vidas iremos nos sentir desamparados em relação ao universo. Quando enfrentamos o desamparo de verdade, isto nos leva a pensar em questões muito profundas que não sabemos responder e fogem ao nosso modo lógico de pensar.
Temos uma inquietação oral que confundimos muitas vezes com o desejo pelo cigarro. Na verdade a inquietação oral existe independentemente do desejo pelo cigarro, pois ela irá sempre estar presente sinalizando um sentimento de desamparo que temos desde a infância e tentamos amenizar através da boca.
É um desamparo da condição de sermos humanos e que devemos atenuar procurando compreender mais intensamente tal condição numa reflexão religiosa ou em relacionamentos amorosos consistentes que possam atenuar. Em geral as pessoas que se afastam das drogas se aproximam da religião. As pessoas passam a ter que fazer uma reflexão mais séria da questão do desamparo a partir das concepções religiosas.
O que não podemos é usar qualquer tipo de vício para resolver o problema.
O mais difícil para o ser humano é aceitar a expressão “nunca mais”. Nunca mais fumar é bastante doloroso como tudo que cortamos definitivamente em nossas vidas. Na medida em que vamos ficando mais velhos iremos entendendo melhor as perdas definitivas, já que o próprio corpo nos revela através do envelhecimento que perdemos algumas coisas ao longo da vida e que nos preparamos para a morte. Aprendemos de alguma forma a conviver com a idéia da morte porque sabemos que em algum momento ela será inevitável. Mas porque temos tanto medo dela?
O medo da morte nos traz a idéia de solidão e medo do desconhecido. A morte quando imaginada como algo ruim nos traz medos às vezes doentios e afetam nossa qualidade de vida.

Conclusões e Sugestões Finais
A recuperação do vício do cigarro é dificílima. Os adolescentes não tem noção do quanto é difícil parar antes de iniciar.
O adolescente utiliza o cigarro para parecer mais maduro, erotizado, adquirir mais coragem em tomar certas ações, ou seja, é um escudo que utilizam sempre que se encontrarem em situações difíceis próprias a fase do adolescente que ainda está se estruturando.
O fato é que uma hora é preciso pensar em parar de fumar. As pessoas ficam com medo da morte em função dos malefícios do cigarro. É constrangedor, mas temos que constatar que somos fracos diante desta droga, o prestígio de fumar é algo do passado e dá lugar a uma vaidade que prioriza os não-fumantes.
É preciso entender (e isto não deve ser feito rapidamente) as razões, o modo, os malefícios do porquê nos viciamos, chegar a uma resolução e, prinicipalmente estar convicto de que se precisa e quer parar de fumar!
No início teremos que alterar alguns hábitos diários de vida. Diminuir a quantidade do cigarro em alguns períodos progressivamente e acrescentar em sua rotina diária coisas que lhe agradem sem a companhia do cigarro.
Desta forma dimimui-se o vínculo dos prazeres ao cigarro e a dependência física. Quando sentir-se mais forte para enfrentar a ausência do cigarro e tiver uma oportunidade (uma gripe por exemplo) cesse o cigarro. Como você já sabe sentirá fortes dores “emocionais” muito intensas em relação a esta abstinência, o desejo é insuportável, mas a dor vai se atenuando e isto acontece gradativamente.
O corpo aos poucos vai “esquecendo do cigarro” e a dificuldade maior é da boca que fica com a sensação de inquietude como se estivesse faltando o cigarro para completar algo.
Na verdade o que nos falta é o aconchego frente a um sentimento de desamparo ameaçador. O que nos falta é o aconche;go que tínhamos quando bebê com nossa mãe. Estávamos protegidos no útero e de repente fomos perdendo tudo de bom.
É neste ponto que surge a oportunidade de crescimento do ser humano. Teremos que parar pra pensar o quanto realmente estamos sozinhos na batalha da vida. Precisamos estruturar melhor nossa individualidade (nosso eu) para termos forças de enfrentar as adversidades da vida sem qualquer tipo de amuleto para isso.
Já que no final desta batalha percebemos que os vícios são caminhos alternativos que escolhemos por medo de enfrentar as adversidades da vida.

Deve-se terminar este processo sem nenhuma vontade de fumar e também em que estar consciente de que um ex fumante não pode fumar de vez em quando, o fumar é pra nunca mais. Também é importante ressaltar que esta tendência de vício à nicotina tem uma tendência a vício por substâncias químicas e desta forma, pode ser também para outras drogas e por isso é bom que não tenha acesso ou diminua o consumo.
Se não fizermos esta busca por nós mesmos ficaremos vazios em nosso interior o que nos faz ficar propensos ao consumo de drogas em busca de algo mais que nem mesmos nos damos conta do que é realmente.
O ser humano atribui grande valor emocional aos objetos porque possui necessidade de fazer vínculos emocinais e este desejo de apego facilita sua adesão aos vícios.

Individualidade e Independência

Quando nascemos somos totalmente dependentes das pessoas, necessitamos de acolhimento, aconchego, carinho e toda a assistência para nossa sobrevivência.
Na medida em que as crianças vão se desenvolvendo, os pais devem educá-las para a independência fazendo com que adquiram um potencial para autonomia própria de forma que estejam aptas a resolverem seus problemas tornando-se fortes e independentes. Trata-se do processo de individualidade, faz parte da vaidade e sexualidade do ser humano. Individualismo é gostar de estar consigo mesmo.
A superproteção aos filhos pode inibir este processo. A adolescência é uma fase onde querem mostrar que podem ser independentes e quando podados poderão se opor de tal forma a adotar um modelo de vida totalmente contrário aos padrões desta família.

E porque há pais que agem de forma tão superprotetora?
Os filhos devem ser educados e fortalecidos para enfrentar o mundo e no futuro fazer sua própria vida. A grande maioria dos pais criam seus filhos e se apegam afetivamente de tal forma que não conseguem imaginá-lo longe como um ser com uma outra vida, outra história e longe deles. As pessoas estão cada vez mais carentes de afeto.
Por outro lado também existem algumas famílias que são totalmente opostas e que não acompanham seus filhos e não despendem o mínimo de atenção necessária ao desenvolvimento da criança. Nestes casos o indivíduo cresce fraco, revoltado e magoado com os pais, sem perspectivas e bastante propenso ao mundo das drogas.

Então qual é o modelo de educação mais adequado?

Enquanto crianças a palavra é apenas: RECEBER. Receber carinho, atenção, suprimento de suas necessidades, pois ainda terão que ser preparadas para a vida. À medida que for crescendo e adquirindo autonomia e força, os pais devem incentivar que a criança desenvolva cada vez mais sua independência, fazendo suas coisas sozinha. Fazendo trocas com o meio ambiente.
Devem ser estimuladas a fazer pequenas tarefas no meio coletivo de forma a sentir-se produtiva dentro da entidade da família. Devem receber toda a proteção necessária à uma criança e esta deve começar a retribuir com o que estiver ao seu alcance, mas principalmente com trocas satisfatórias : respeito, gratidão e consideração às pessoas.
Educar é dedicação ao desenvolvimento de um ser humano desde o seu nascimento transformando-o num adulto que sabe fazer trocas iguais ( dá e recebe na mesma medida), ou seja um adulto independente.
A independência saudável, construída e desejada é um componente da individualidade. Por isso é importante a educação dos filhos seja boa de forma que o interesse afetivo dos pais não interfira negativamente neste processo.
O período da adolescência é uma fase bastante difícil, pois os adolescentes acham que sabem tudo e é tarefa dos pais mostrar à eles que ainda não sabem e que todos nós sempre estamos aprendendo, sendo fundamental ser humilde para buscar o melhor caminho.
As pessoas com sua individualidade bem construída são mais independentes, não se levam pelos outros, pensam por si próprias e agem conforme seus conceitos. Se orgulham e são vaidosos por tal comportamento. A sociedade tem que auxiliar na preparação de pessoas mais individualizadas, pois estas não aceitarão qualquer modelo de drogas ou de qualquer tipo de governo. Pessoas independentes pensam e não se deixam levar por outros.

Acredito que é muito importante compreendermos toda a complexidade dos vícios para estarmos bem preparados para lutar contra qualquer tipo de vício quando quisermos realmente.
O cigarro é um vício dificílimo de ser largado. São muitos sacrifícios e sofrimentos, mas que acompanham uma evolução interior do ser humano extraordinária e de grande uma emoção.


Bibliografia:
Cigarro: Um Adeus Possível.
Flávio Gikovate
MG Editores Associados
Fonte Artigo-Psicóloga Regina

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O tubarão e o cigarro

O tubarão e o cigarro


Algumas situações, e comportamentos, da natureza humana, nos levam a algumas reflexões interessantes. Que relação podemos fazer, entre o tubarão (sim, aquele "vilão" dos mares) e o cigarro ? Bem, a princípio, os dois podem matar. Um, a curto prazo (tubarão), outro a médio/longo prazo (cigarro). Mas, entra aí, o instinto de sobrevivência, nosso e do tubarão até. O tubarão mata por fome, ou instinto. E nós, não nos aproximamos dele por instinto, também. Será ? Veja o seguinte, porque, a despeito dos inúmeros avisos, nas carteiras de cigarro com imagens fortes:

O tubarão e o cigarro - http://www.mais24hrs.blogspot.com

O tubarão e o cigarro - http://www.mais24hrs.blogspot.com O tubarão e o cigarro - http://www.mais24hrs.blogspot.com



Continuamos, ou, aqueles que fumam, continuam a fumar ? Ou, se arriscam, experimentando ? Ainda além, sabendo das dificuldades de deixar o vício ?
Somos seres com tendência a nos sentirmos desamparados e por isso nos apegamos aos objetos, pessoas ou situações que nos proporcionem aconchego, conforto e algum tipo de proteção.  Psicóloga Regina
Ora, agora vem o tubarão, que, dependendo do caso, também pode matar. Mas, você arriscaria para saber se por acaso o dito cujo (tubarão), é da espécie que mata ? Ou se está com fome ?

O tubarão e o cigarro - http://www.mais24hrs.blogspot.com

Você entraria no mar ? A maioria de nós, não, é claro. Então vejamos,  esta é a questão: Porque nos arriscamos a fumar ? Pode-se concluir, de um modo simples, que naquilo que nos mata, imediatamente, não nos arriscamos, e, aquilo que pode nos matar somente a longo ou médio prazo, aí, não teria tanto problema...Seria cômico, não fosse trágico.

Coisas do ser humano, explicáveis, talvez, mas difíceis de se compreender...


Autor - Emerson
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Juiz defende "justiça terapêutica" contra drogas



Justiça Terapêutica ao invés de prisão - http://www.mais24hrs.blogspot.com

Juiz defende "justiça terapêutica" contra drogas


Ao invés de ir para a cadeia, o infrator dependente químico é tratado. É esse o principio da Justiça Terapêutica, que é aplicada no Brasil e em outros países como medida alternativa ao sistema penal para dependentes químicos e/ou infratores de pequenos crimes.

“Ao invés de colocar o sujeito na cadeia, você vai obrigar dar a opção de ele se tratar. O resultado é mil vezes melhor, de interesse da sociedade e ajuda até a esvaziar as prisões”, resume o juiz federal Odilon de Oliveira, que será um dos palestrantes no primeiro seminário de Mato Grosso do Sul para tratar do assunto.

Autoridades como o presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência, João Goulão, promotor de Justiça do RJ, Marcos Kac, promotor de Justiça, Sérgio Harfouche, e desembargador do TJMS, Joenildo Chaves. Profissionais da saúde e jornalismo também participam. As palestras acontecem entre hoje e quarta-feira (31), na Assembleia Legislativa.

“É importante a discussão sobre o tema pra conscientização da população, mas sobretudo das autoridades, para entender a importância da medida”, ressalta Odilon.

O juiz explica que hoje, entre os magistrados, é quase unânime o entendimento sobre a importância da Justiça Alternativa, mas é preciso sistematizar o seu uso em todo o país, por meio de leis que estabeleçam a aplicação de forma mais clara.

“Em muitas sentenças ela já é aplicada, mas o que se quer é sistematizar isso no Brasil inteiro. É interessante que haja uma lei mais clara, até em relação a internação compulsória”, frisa.

O princípio da Justiça Terapêutica é substituir a punição atrás das grades de pequenos infratores viciados pelo tratamento, seja com o consentimento do infrator ou não. Com o objetivo de tratar, a punição passa a ser uma preocupação secundária, já que o importante é “curar a origem do mal” e não só os seus sintomas - infrações.

Essa medida curativa se enquadra tanto para o vício em drogas ilícitas (cocaína, pasta-base, maconha...) quanto para as substâncias consideradas legais, como o álcool.

“Por exemplo, aquele marido que toda vez que bebe bate na família. A Justiça Terapêutica não vai se preocupar tanto com o sintoma daquilo, com o efeito (a agressão), mas principalmente em curar a causa daquele espancamento, que é a cachaça”, explica.

Aplicação – Como seu objetivo é resgatar aquela pessoa levada ao crime pelo vício, a Justiça Terapêutica não pode ser aplicada em todos os casos que envolvem a droga.
O juiz explica que a medida alternativa deve existir apenas para usuários e/ou autores de pequenos delitos, os crimes considerados de baixo potencial.

É o caso, por exemplo, de um dependente que furta um celular, um relógio, televisão ou outro equipamento para trocar por droga. Nessas situações, entende-se que o infrator praticou o crime para manter o vício, ou seja, em função da dependência, mas não pertence a uma organização, nem planejou a ação ou usou de violência.

Para o juiz, nesses casos “não há outra solução, tem que ser aplicada a Justiça Terapêutica, com tratamento”.

Crimes graves – Mas quando o crime é considerado grave, mesmo que haja envolvimento de dependente ou de drogas, o entendimento é de que não cabe mais a medida alternativa, é preciso punir criminalmente pelo crime.
Um exemplo, explica o juiz, é o caso de um grupo que rouba um veículo ou um comércio. Mesmo que a droga esteja ligada ao crime, não se entende mais que apenas o vício tenha motivado a ação, já que houve planejamento e o lucro obtido não serve apenas para manter a dependência.
Mas o juiz frisa que ainda assim esse infrator, se for dependente químico, precisa receber tratamento aliado com a punição. “Tem que cumprir sua pena pelo crime, mas também ser obrigado a fazer o tratamento em razão do vício”, frisa.
Esse tratamento deveria ser feito, de forma adequada, dentro dos presídios. “O Estado tem a obrigação também de tratá-lo, mesmo que o vício não seja a causa daquele tráfico, por exemplo”, diz.

No entanto, Odilon lembra que no caso de “grandes traficantes” raramente existe o vício. “Os caras que comandam o tráfico, o esquema, não são viciados. Podem até usar esporadicamente, mas não tem o vício”, explica.

Tratamento – No caso do infrator que recebe a aplicação da Justiça Terapêutica, o tratamento é realizado em clínicas de recuperação de dependentes, já que no sistema penitenciário atual não existe tratamento especializado para os detentos, diz o juiz.

“A própria lei prevê o tratamento, a reinserção, mas isso só existe no papel. Não tem estrutura”, frisa. A falta de estrutura adequada nas penitenciárias é o principal problema, ele avalia, e que impede a recuperação do infrator punido com a justiça comum.

“Tratamento de viciado depende da atuação do setor de saúde, de clínicas especializadas e pessoas especializadas. A estrutura tinha que ser do poder executivo”, diz. Ele é incisivo ao afirmar que não existe uma política de tratamento dentro dos presídios e que, em geral, o detento é “depositado no xadrez e fica por lá apodrecendo até sair”.

Mais 24 Hrs - Veja Também - Prisão ou Tratamento ?
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Curso para profissionais de comunidades terapêuticas abre 10 mil vagas

Curso para profissionais de comunidades terapêuticas abre 10 mil vagas (22/11/2012)



Curso de Capacitação - http://www.mais24hrs.blogspot.com
O programa Crack, é possível vencer vai capacitar 10 mil profissionais e voluntários que atuam nas comunidades terapêuticas de todo o Brasil. O curso à distância é realizado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp).

As inscrições podem ser feitas a partir desta quinta-feira (22/11). Líderes, voluntários, profissionais e gestores que atuam em comunidades terapêuticas podem participar.

Serão abordados os principais aspectos ligados ao acolhimento e reinserção social de dependentes de crack, álcool e outras drogas, assim como a legislação e políticas públicas correlatas à área. A capacitação tem duração de quatro meses, com a carga horária de 120 horas e certificado de extensão universitária emitido pela Unesp.

A iniciativa é parte do eixo prevenção do programa Crack, é possível vencer, que prevê, entre outras ações, a ampla capacitação de profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, justiça, segurança pública, além de lideranças comunitárias e religiosas.
As comunidades terapêuticas que forem selecionadas pelo Edital Senad nº 01/2012 terão vaga garantida no curso.
As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de janeiro de 2013 pelo site:
 
 www.capacitact.senad.gov.br
Autor: SENADFonte: SENAD


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Entidades de acolhimento de dependentes de drogas são convocadas por edital

Entidades de acolhimento de dependentes de drogas são convocadas por edital.(08/11/2012)

Entidades de acolhimento de dependentes de drogas são convocadas por edital - http://www.mais24hrs.blogspot.com

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) divulgou, nesta quinta-feira (8/11), edital para comunidades terapêuticas voltadas para o acolhimento de pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de crack e outras drogas.

A ação é parte do programa Crack, é possível vencer e visa gerar mais de 10 mil novas vagas para o acolhimento gratuito de usuários e dependentes de drogas em todo País.

O edital determina que a entidade participe da capacitação dos profissionais e voluntários que atuam diretamente com as pessoas acolhidas, por meio dos cursos oferecidos pela Senad, com aproveitamento exigido. Também será obrigatória a participação em processo de avaliação dos serviços prestados pela entidade.

Entre as obrigações das entidades selecionadas estão a internação voluntária (ressalvados os casos previstos em lei), o respeito à Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 29 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a comunicação formal do acolhimento às redes do SUS e SUAS, além de não praticar ou permitir a contenção física, isolamento ou restrição à liberdade da pessoa acolhida.

Os recursos para ação são provenientes do Fundo Nacional Antidrogas, com o pagamento de R$ 1 mil, mensais, pelos serviços de acolhimento de adultos e R$ 1,5 mil, por mês, para crianças, adolescentes e mães em fase de amamentação.

As comunidades terapêuticas interessadas em participar têm até o dia 7 de janeiro de 2013 para encaminhamento de documentos para habilitação. 

Edital - parte 01
Edital - parte 02
Edital - parte 03
Edital - parte 04

Anexo I

Anexo II

Anexo III

Anexo V

Autor: SENAD
Fonte: OBID


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Reinserção social para dependentes químicos - Família

Reinserção Social


Reinserção Social - Família - http://www.mais24hrs.blogspot.com
A presença da família é importante durante todo o processo de tratamento da pessoa que apresenta dependência e fundamental também na etapa da reinserção social do ex-usuário de crack. Após o término da fase intensiva de tratamento e com o retorno ao meio familiar, o restabelecimento das relações sociais positivas está diretamente relacionado à manutenção das transformações.
Segundo Fátima Sudbrack, psicóloga e professora da Universidade de Brasília (UnB), um dos primeiros passos para o processo de reinserção social é evitar o isolamento do usuário. “É uma ilusão achar que só a internação vai resolver o problema. Na verdade, a desintoxicação é só uma parte do tratamento, pois o mais importante é a reinserção social. É importante que o dependente saiba com quem pode contar”, explica.
É fundamental que a família reconheça que ele está em um processo de recuperação de dependência, compreenda suas dificuldades e ofereça apoio para que ele possa reconstruir sua vida social. “Durante o tratamento os familiares e amigos podem e devem apoiar o dependente, se possível com ajuda profissional. O principal risco para um ex-usuário é se sentir sozinho, desvalorizado e sem a confiança das pessoas próximas”, diz Fátima.
A capacidade de acolher e compreender, estabelecer regras claras de convivência familiar, a demonstração de um interesse real em ajudar e de compromisso com a recuperação, além do respeito às diferenças e da manutenção de um ambiente de apoio, carinho e atenção, são atitudes que contribuem para melhorar a qualidade de vida do ex-usuário e ajudam na prevenção de recaídas. “De forma geral, no início é preciso exercer um controle maior sobre as atividades do indivíduo, manter uma rotina mais rigorosa, com acompanhamento. É preciso oferecer toda a ajuda possível, manter uma proximidade maior. O que faltou antes vai ter que ser fortalecido neste momento”, afirma o médico Mauro Soibelman, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É o chamado manejo firme e amigável, expressão usada por psiquiatras especializados no tratamento de dependentes químicos. “Não significa ser autoritário e bruto, apenas firme no propósito de manter o usuário longe do crack”, completa o especialista.
De acordo com Raquel Barros, psicóloga da ONG Lua Nova, é preciso dar espaço para a pessoa recomeçar. “Não se trata de fazer de conta que nada está acontecendo, mas de não focar a pessoa só nisso”, ressalta. A procura por um trabalho e a volta aos estudos deve ser incentivada. “É fundamental ocupar o tempo em que o dependente fumava crack com atividades saudáveis, seja com estudos, trabalho, esportes ou caminhadas”, diz Mauro Soibelman.

Hábitos sociais

Situações de convívio social fora do ambiente familiar tendem a ser desafiadoras para o ex-usuário de crack. Para a psicóloga Fátima Sudbrack, não é recomendado que a pessoa volte a freqüentar casas noturnas, bares ou mantenha contato com amigos que fazem uso de drogas. “Não podemos pedir que a pessoa abandone tudo o que fazia, mas é bem difícil retornar a esses lugares e não voltar a consumir a droga”, diz.
O uso de drogas lícitas, mesmo de forma moderada, não é recomendado pela maioria dos especialistas. “O cigarro é mais tolerável, apesar de controverso. Mas o álcool é um grande problema. Mesmo em baixas doses, a bebida alcoólica afrouxa as defesas do usuário e se torna um facilitador para recaídas”, explica Soibelman. Para a psicóloga Fátima Sudbrack, o dependente tende a compensar a ausência do crack com outra droga mais acessível. “Fazendo o uso de álcool e outras drogas ele não vai se recuperar, mas apenas buscar satisfação em outro produto”, diz.


Por mais 24 Hrs

De extrema importância são, assuntos como este. Não só a família, para aqueles que ainda a tem (não devemos esquecer que muitos, não tem mais familiares, ou foram abandonados, ou por mais diversas situações), é de extrema importância, mas a postura da família, com relação ao retorno do ente, após o período de tratamento. Por isso, é de muita importância, que a família venha a participar também, de um processo de recuperação, em grupos para familiares, como Al-Anon, Nar-Anon, Amor Exigente. Todo membro familiar, que conviveu com o DQ, torna-se, em maior ou menor grau, codependente deste, e esta codependência, tem suas consequências, e características. Outro aspecto importantíssimo, ao qual eu pessoalmente avalio como um determinante de sucesso em se falando disto é que: ÁLCOOL, TAMBÉM É DROGA ! Exetuando-se o tabaco (cigarro), TODA E QUALQUER SUBSTÂNCIA QUE PROVOQUE ALTERAÇÃO DE HUMOR ( ÁLCOOL, DROGAS ILÍCITAS, e LÍCITAS - REMÉDIOS (DIAZEPAM, NEOZINE, AMPLICTIL, E OUTROS DO GÊNERO ) , não devem mais fazer parte da vida do dependente químico, em recuperação, de forma alguma, salvo, no caso dos medicamentos, se houver acompanhamento médico adequado, e controlado. 

Mais 24 Hrs de Paz e Serenidade - Emerson 

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Estatística - Mortes por Drogas

Estimativa de mortes associadas ao consumo de drogas

Estatísticas Mortes por Drogas - http://www.mais24hrs.blogspot.comDados de 2008, apontam cerca de 30.000 mortes, relacionadas ao tráfico e uso de drogas, bem como crimes correlacionados. Hoje, este número pode ser o dobro. Também pode se contabilizar, quando se fala em estatísticas de mortes devido ao abuso de drogas, as que ocorrem pelo álcool, e tabaco. Aí, os números aumentam exponencialmente. Do álcool por exemplo, pode-se levar em consideração, acidentes de carro, de todo tipo, acidentes domésticos, violência e homicídios decorrentes do abuso de álcool, câncer, cirrose, dentre outros. Os prejuízos humanos, são incalculáveis. Os materiais (custos hospitais, remédios, prejuízos econômicos, investimentos em segurança, etc) são de bilhôes, somadas todas as drogas, e as consequências diretas, indiretas, e a terceiros. -Mais 24 Hrs

O quadro abaixo provém dos dados estatísticos fornecidos pelo Obid (Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas), do governo federal. Estas estatísticas, são muito otimistas, e isto que, são de 2005. O total de mortes pode ser muito maior.  Não existem estatísticas oficiais recentes.

Tipo de drogaTotal de população
Álcool 6109
Tabaco 375
Solventes e inalantes 31
Opiáceos (Heroína, codeína e morfina) 44
Tipos de cannabis (haxixe e maconha) 10
Tipos de cocaína (crack, merla, cocaína) 24
Tranquilizantes e sedativos 22
Outras drogas 65
Alucinógenos 3
Qualquer substância de abuso 6683
Fonte-Obid-estatísticas 


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Campanha pretende limitar a propaganda de cervejas

Campanha pretende limitar a propaganda de cervejas


Agência Brasil - Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil

Campanha para limitar propaganda de cerveja - http://www.mais24hrs.
São Paulo – Campanha do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pretende reunir 1,7 milhão de assinaturas para propor, por meio de projeto de lei de iniciativa popular, para impor limites às propagandas de cerveja. A petição pública foi apresentada hoje (13) em audiência na sede do MP na capital paulista. As assinaturas também serão recolhidas pela internet.
O documento propõe alterações na Lei 9.294/96, que só restringe publicidade de bebidas com teor alcoólico acima de 13 graus Gay-Lussac (ºGL), a exemplo do uísque e da cachaça. O limite passaria a 0,5 ºGL. De acordo com a Constituição, a apresentação de projeto de lei de iniciativa popular deve ser subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco estados, entre outros requisitos.
Caso a proposta seja aprovada, assim como ocorre com bebidas de concentração alcoólica mais forte, não poderá haver propaganda de cervejas e vinhos nas emissoras de rádio e TV fora do horário das 21h às 6h. Além disso, não será possível associar esses produtos, por exemplo, ao esporte olímpico ou de competição, ao desempenho saudável de qualquer atividade e à condução de veículos.
“Não tem sentido a lei deixar de fora a cerveja que é a bebida mais consumida no país. Já está na hora de a sociedade se mobilizar para equiparar a cerveja a todas as bebidas que já sofrem restrição. Nossa proposta é uma ampla mobilização no país para sensibilizar o Congresso Nacional a modificar a lei”, explicou Jairo Edward de Luca, promotor de Justiça da Infância e Juventude de São Bernardo do Campo (SP).

De Luca, que encabeça a iniciativa, informou que várias entidades já aderiram à campanha, como Conselho Federal de Medicina, Conselho Federal de Farmácia, Fundação Criança de São Bernardo do Campo, Instituto Alana, Aliança de Controle ao Tabagismo, Pastoral da Sobriedade e Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. “Vamos fazer novas reuniões e batalhar por novos parceiros. A gente acredita que vai ter resistência no Congresso Nacional, mas com a mobilização devemos conseguir”, avaliou.
A proposta tem como objetivo desestimular o consumo do produto por crianças e adolescentes. De acordo com o professor Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 46% de toda a bebida vendida no país são consumidos por jovens de até 29 anos. Cerca de 6% desse total são consumidos por menores de 18 anos, segundo levantamento nacional domiciliar coordenado pelo pesquisador.
“O álcool é a droga mais utilizada pelos jovens, mais do que cocaína e maconha. É a droga de começo, é a que tem mais oferta, mais propaganda e mais facilidades”, avalia. Ele informou ainda que 90% dos adolescentes conseguem comprar bebidas alcoólicas sem problemas.

A professora Ilana Pinsky, também da Unifesp, aponta que a exposição à publicidade de álcool, especialmente quando se trata de crianças e adolescentes, cria conceitos distorcidos sobre o uso da bebida. Ela cita como exemplos a construção de uma visão positiva do típico consumidor de álcool, a difusão de atitudes positivas relacionadas ao beber, a construção da ideia do beber como onipresente na sociedade e a ampliação da predisposição de menores a beber antes da idade legal, com o recrutamento de gerações de potenciais bebedores.
Usando dados de pesquisa nacional sobre consumo de álcool feita em 2012, a professora diz que 80% dos adolescentes com idade entre 14 e 17 anos foram expostos a publicidade de bebida nos últimos 30 dias. O percentual sobe para 86% na faixa etária de 18 a 25 anos. “A publicidade é indireta, sutil e cumulativa. São anos e anos em que crianças e adolescentes têm a propaganda como instrumento de informação sobre o álcool”, criticou.
O jurista Dalmo de Abreu Dallari, professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), destacou que a proposição de leis de iniciativa popular são importantes não só pelo resultado que geram, mas também pelo processo de discussão e debate que desencadeiam. “São entidades que já desenvolvem algum trabalho nesse sentido, mas que vão intensificar sua atuação para conseguir o envolvimento da população em torno do tema”, apontou.
O professor destacou também que, caso seja aprovada, a proposta será a quinta lei criada por meio da iniciativa popular. “A primeira, em 1994, definiu como crime hediondo a chacina por esquadrão da morte. Em seguida, tivemos aprovada a cassação de mandato quando comprovada compra de votos. Tivemos ainda a criação do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, em 2005. E a quarta foi a Lei da Ficha Limpa”, enumerou.

Edição: Davi Oliveira

Fonte-Uniad 

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