• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

FIM DA PICADA! Juiz de Brasília absolve traficante que levava 52 porções de maconha no estômago pra traficar dentro da Papuda. Razão? O doutor considera a droga “recreativa”

FIM DA PICADA! Juiz de Brasília absolve traficante que levava 52 porções de maconha no estômago pra traficar dentro da Papuda. Razão? O doutor considera a droga “recreativa”

Decisão de juiz se respeita, claro!, mas se discute — e, até onde a lei faculta, pode-se recorrer contra ela. O juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel, da 4ª vara de Entorpecentes de Brasília, vai virar um herói e um símbolo da causa da descriminação das drogas — particularmente da maconha. Será transformado numa espécie de nova face da Justiça: mais humana, mais compreensiva, mais pluralista. Tudo bem! Digamos que fosse assim. Ocorre que o senhor Cardoso Maciel tem de julgar segundo as leis que temos, não segundo aquelas que ele pessoalmente acharia justas.
O seu arbítrio não é subjetivo: transita num determinado orbital. Por que isso? O doutor resolveu absolver um traficante de maconha. E não era coisa pouca, não! Sob quais argumentos? Leiam trechos da reportagem de Felipe Coutinho, na Folha. Volto em seguida.

Escreveu o doutor:

“Soa incoerente o fato de outras substâncias entorpecentes, como o álcool e o tabaco, serem não só permitidas e vendidas, gerando milhões de lucro para os empresários dos ramos, mas consumidas e adoradas pela população, o que demonstra também que a proibição de outras substâncias entorpecentes recreativas, como o THC, são fruto de uma cultura atrasada e de política equivocada e violam o princípio da igualdade, restringindo o direito de uma grande parte da população de utilizar outras substâncias”.

 
O juiz Cardoso Maciel tem todo o direito se julgar a cultura brasileira “atrasada” — e posso imaginar o seu sofrimento ao ser juiz em meio a esse atraso, né? Mas nada o impede de se filiar a um partido político e disputar um lugar lá naquele prédio das duas conchas, não é mesmo? Refiro-me ao Congresso Nacional. É lá que se fazem as leis, meu senhor, não aí na 4ª Vara de Entorpecentes de Brasília. Quem deu ao juiz a competência para descriminar a maconha?


Atenção, senhores leitores, o réu em questão foi pego DENTRO DO PRESÍDIO DA PAPUDA COM 52 PORÇÕES DE MACONHA DENTRO DO ESTÔMAGO. O destino era o tráfico entre os presidiários. Pediu pena mínima, e o juiz decidiu absolvê-lo. O advogado do traficante certamente não esperava tanto.

A justificativa, com a devida vênia, é patética. Escreveu ele ainda, segundo a reportagem: “A portaria 344/98, indubitavelmente um ato administrativo que restringe direitos, carece de qualquer motivação por parte do Estado e não justifica os motivos pelos quais incluem a restrição de uso e comércio de várias substâncias, em especial algumas contidas na lista F, como o THC, o que, de plano, demonstra a ilegalidade do ato administrativo”.

Não está em questão, nem é de sua competência, o conteúdo da portaria. Ainda que ele não goste dela, não é sua função declarar a sua ilegalidade. Enquanto ele estiver investido da toga, cumpre-lhe considerar que ela integra o conjunto das normas do estado de direito — que inclui ainda a Lei Antidrogas, a 11.343.

De resto, observo que sentença de juiz não deveria servir para proselitismo e militância em favor de causas. Ademais, há uma questão de fundo: se a maconha fosse legal no Brasil, ele tem a certeza de que o traficante em questão não estaria com a barriga cheia de cocaína, por exemplo? Alguém dirá: “E você, Reinaldo, como pode levantar uma hipótese como essa?”.

Posso, sim! O indivíduo sabia que estava cometendo uma ilegalidade — daí ter recorrido àquele ardil. E ele o fez não porque, a exemplo do doutor, considere injusta a ilegalidade da maconha, mas porque decidiu, de forma consciente, transgredir uma lei. Ele não era um militante da liberdade de escolha. Tratava-se apenas de alguém cometendo um ato que sabia ser criminoso.

Um crime que, não obstante, o juiz não reconheceu. Um despropósito absoluto.


PS – Comentem com prudência, como de hábito. Pode não ser o caso do juiz Cardoso Maciel, mas é o de outros com as mesmas teses. Eles costumam ser ultralibertários em matéria de consumo de drogas, mas acham que a liberdade de expressão é uma substância perigosa. Tendem a tomar a divergência como ofensa à honra.
 
Por Reinaldo Azevedo - Blog Reinaldo Azevedo

Drogas: Lygia Vampré Humberg e Leopoldo Fulgencio: Ética do cuidado

Para nós, as drogas são uma tentativa fadada ao fracasso
Sucessivas ações de combate à epidemia de crack têm acumulado derrotas no decorrer dos anos.

Especialistas e leigos reconhecem a profundidade do problema e a insalubridade a que se submetem os dependentes químicos. Até o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, em 2011, apresentou-se como protagonista do documentário "Quebrando o Tabu", reconhecendo a urgência de uma ação mitigadora.

Muito investimento financeiro e afetivo e, o que é pior, muitas vidas são ceifadas. A prevenção, em geral, aparece na forma de campanhas dedicadas a mostrar os malefícios da droga (como se os usuários não soubessem, a cada uso, de seu poder corrosivo), ou na forma de práticas repressivas, sob o lema da "tolerância zero!". A experiência mostra, porém, que a repressão, ainda que não possa deixar de existir, não tem logrado vitórias.

O problema fundamental, que deveria ser o foco de qualquer ação preventiva, mas não é, concentra-se no motivo pela qual alguns seres humanos procuram e ficam dependentes das drogas. A resposta padrão dá conta de que a droga fornece prazer imediato. Basta um olhar um pouco mais demorado para que se note que, principalmente nos casos de dependência patológica, não é o prazer que dá as cartas.

É certo que o uso de substâncias alteradoras dos estados de consciência faz parte dos hábitos humanos. Mas é o uso patológico e destrutivo, a escravidão à droga, que está em questão. Onde poderíamos encontrar a gênese dessa patologia?

Psicanalistas como Donald Winnicott e Joyce McDougall propuseram a hipótese de que as drogas são uma tentativa do indivíduo de encontrar-se a "simesmo" ("self"), ainda que, paradoxalmente, elas desintegrem o corpo e a vida.

Para nós, as drogas são uma tentativa fadada ao fracasso, uma vez que não fornece duradouramente a integração procurada. Trata-se de uma solução, além de efêmera, externa para um problema interno!

A origem das adições deve ser buscada na primeira infância, não propriamente localizada em algum trauma, mas em situações que possam ter produzido quebras significativas no sentimento de ser e de continuar sendo. São elas que estão na origem das adições, como também na de outros distúrbios mais graves, como a psicose e a atitude antissocial (ainda que fatores constitucionais possam contribuir, como uma série complementar, para a instalação dessas patologias).

Se houvesse programas voltados para os cuidados com as mães e o ambiente de sustentação da primeira infância, ou seja, o fornecimento de ambientes humanos confiáveis, estáveis e previsíveis, atendendo às necessidades básicas de comida e contato afetivo, isso nos levaria à constituição de pessoas eticamente mais estruturadas. Uma ética do cuidado produzindo seres humanos que cuidam de "simesmos" ("selves") e dos outros.

Não é vaga a afirmação de Winnicott segundo a qual é no brincar (infantil ou adulto) que o ser humano encontra a "simesmo". Esse brincar, mais do que uma ação que faz rir, corresponde a uma atividade criativa, individual ou coletiva, na qual o ser humano encontra tanto a "simesmo" quanto, no brincar compartilhado, os outros; tal como ocorreria na vida cultural saudável, que nada mais seria do que o brincar do adulto.

A constituição de ambientes de sustentação da infância, nessa perspectiva de compreensão do desenvolvimento emocional dos seres humano, seria uma atitude preventiva que, como se diz, poderia cortar o mal pela raiz. Programas sociais com esse objetivo seriam mais eficazes e menos custosos do que os bilhões que têm sido gastos com as propagandas de conscientização e com as atividades de repressão.

LYGIA VAMPRÉ HUMBERG, 44, é membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae e faz doutorado sobre vícios na USP
LEOPOLDO FULGENCIO, 54, é professor doutor do programa de pós-graduação em psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Estão abertas as inscrições para o curso "Fé na Prevenção"

Estão abertas as inscrições para o curso "Fé na Prevenção"
O curso Prevenção do Uso de Drogas em Instituições Religiosas e Movimentos Afins – “Fé na Prevenção” é promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), órgão integrante do Ministério da Justiça, e executado pela Unidade de Dependência de Drogas (UDED) do Departamento de Psicobiologia e pelo Departamento de Informática em Saúde (DIS) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).


O curso objetiva capacitar 15.000 (quinze mil) pessoas de todo o Brasil, que desempenham papel de lideranças religiosas ou que atuam em movimentos afins, para ações de prevenção do uso de drogas e outros comportamentos de risco, bem como na abordagem de situações que requeiram encaminhamento às redes de serviço.

O curso é gratuito e oferecido na modalidade de Educação a Distância. A capacitação tem duração de 4 (quatro) meses e certificação de extensão universitária pela UNIFESP aos alunos aprovados no curso, com carga horária de 120 (cento e vinte) horas.

O conteúdo programático do curso aborda diversas temáticas relacionadas ao conceito e à classificação de drogas, além de técnicas de abordagem, intervenção breve, formas de encaminhamento e entrevista motivacional na prevenção do uso de álcool e/ou outras drogas.

A data de início do curso será divulgada após o período de seleção dos alunos, os quais receberão um e-mail com o resultado da seleção. Utilize e-mail válido, pois será através dele que você receberá as orientações dos próximos passos.

Para mais informações clique aqui.

Fonte - SENAD

É como colocar alcoólatra em bar, diz médico sobre programa na cracolândia

É como colocar alcoólatra em bar, diz médico sobre programa na cracolândia

O psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador do Programa Recomeço, do governo do Estado, defende que o viciado seja afastado do ambiente em que está acostumado a consumir drogas. Por isso, acha pouco provável o sucesso da iniciativa da prefeitura.

O programa que ele coordena está baseado no resgate dos dependentes químicos para serviços de saúde, oferecendo vagas em clínicas especializadas e nas chamadas comunidades terapêuticas.Para Laranjeira, só depois de ter o vício e suas consequências estabilizadas é que o dependente deve começar a trabalhar. "Em alguns casos, leva-se meses", afirma.

Folha O senhor acredita na abordagem feita pela prefeitura? 

Ronaldo Laranjeira Torço muito para que dê certo, mas acho pouco provável. O mais crível é que essas pessoas façam dos hotéis novos locais de uso. Os usuários foram colocados todos juntos, assim, manteve-se a lógica da rua, uma lógica que não tem muita ética. 

Seria preciso retirá-los de vez da cracolândia? É preciso ter um componente social terapêutico. Quando ele vai para uma comunidade terapêutica, ele precisa reaprender a viver em sociedade. Deixá-los na cracolândia é o equivalente a colocar um alcoólatra para trabalhar dentro de um bar.

Qual seria o melhor protocolo para o tratamento, em sua opinião? Conceitualmente, deve-se estabilizar a pessoa e retirá-la do ambiente de trabalho. Na sequência, se faz o tratamento e só depois vem o trabalho. Em alguns casos, leva-se meses até que a pessoa consiga se estabilizar minimamente para trabalhar.

Jornal Folha de S. Paulo - DE SÃO PAULO
Fonte - UNIAD

Acre: De rota do tráfico a mercado consumidor de drogas

Acre: De rota do tráfico a mercado consumidor de drogas
RIO BRANCO, Brasil
As regiões de fronteira do Brasil estão deixando de ser apenas áreas de passagem do tráfico de drogas para se tornar mercados consumidores.
O aumento do narcotráfico e outros crimes na fronteira do Acre com o Peru e a Bolívia fez com que, em setembro, o governador do estado, Tião Viana, solicitasse ajuda da Força Nacional de Segurança Pública, tropa de choque subordinada ao Ministério da Justiça.
Em 30 de setembro, o governo federal autorizou o uso da Força Nacional no estado por 180 dias, prazo que pode ser prorrogado. Com uma área de 164.123 km2 e 776.463 habitantes, o Acre tem 2.000 km de fronteira com a Bolívia e o Peru. Esta região é cortada por rios, o que facilita o tráfico de drogas e dificulta o trabalho das forças de segurança.

“A proximidade dos estados de fronteira com mercados produtores de drogas faz com que este tipo de mercadoria seja barata aqui”, diz Bernardo Albano, promotor de justiça de Xapuri, cidade do Acre com 17.021 habitantes. “No nosso caso, a proximidade com os dois maiores produtores de drogas do mundo torna a luta contra o narcotráfico um desafio diário.”
A situação alarmante de Xapuri é similar em todas as regiões de fronteira do Brasil, segundo o promotor.

“O preço e a proximidade do mercado produtor fazem com que o consumo atinja moradores de todas as classes sociais”, afirma Albano. “O problema começou nas periferias, mas hoje já temos ocorrências até nas reservas extrativistas [onde há apenas comunidades sustentáveis formadas por populações tradicionais].”
A situação nas regiões da fronteira piorou com a chegada do crack a partir da década de 90, diz o padre Mássimo Lombardi, reitor da Catedral Nossa Senhora de Nazaré e coordenador da Pastoral Diocesana em Rio Branco, capital do Acre.
Acre: De rota do tráfico a mercado consumidor de drogas
“Um grama de cocaína se transforma em dezenas de pedras de crack”, diz o padre. “Com apenas R$ 2, a pessoa se droga nas bocas de fumo das periferias.”
Padre Mássimo, 68 anos, faz um trabalho pastoral nas prisões do estado uma vez por semana. Ele diz que é nítido o aumento no número de detentos jovens por conta de envolvimento com drogas.
“A droga é um incentivo para que os jovens roubem, assaltem e matem”, diz o padre. “Eles acham que vão melhorar de vida vendendo droga. Vão até a Bolívia e trazem um carregamento na mala. Isso dá certo dez vezes, mas um dia não dá e eles vão parar na prisão.”
A violência associada às drogas tem aumentado também nas escolas da região.
“Os traficantes praticamente invadem as escolas para assediar os jovens. Até mesmo naquelas que oferecem apenas Ensino Fundamental, onde estão os mais novinhos”, diz Padre Mássimo.

Nas áreas de fronteira, 1 kg de cocaína custa cerca de US$ 1.200. Nas outras regiões do país o preço chega a ser seis vezes maior, segundo o delegado Maurício Moscardi, chefe da Delegacia de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal no Acre.
Moscardi diz que o reforço no combate ao tráfico aumentou na mesma proporção que o consumo. Ele afirma que as apreensões crescem a cada ano.
“No ano passado, foram apreendidos 700 kg de cocaína no estado do Acre, 180 kg a mais do que no ano anterior”, diz o delegado.
Para ele, os acordos internacionais com a Bolívia e o Peru têm sido fundamentais na repressão ao tráfico de drogas.
“Essas parcerias permitem muita troca de informações de inteligência. Como não temos soberania no país vizinho, muitas vezes precisamos, por exemplo, de informações sobre um determinado traficante que está naquele país. Só eles podem ajudar.”
Os acordos incluem operações em conjunto e intercâmbio de policiais entre os países.

Em 6 de janeiro, a Polícia Federal (PF) anunciou que 2013 teve um recorde na apreensão de cocaína, maconha e bens de organizações criminosas do tráfico de drogas em todo o Brasil. Foram apreendidos mais de 256 t de drogas – 35,7 t de cocaína e 220,7 t de maconha – e R$ 80,1 milhões em bens.
A PF creditou o recorde ao reforço policial nas fronteiras por meio das iniciativas do governo federal Crack É Possível Vencer e Plano Estratégico de Fronteiras.
“As polícias trabalham de forma integrada e o resultado vem aparecendo não só com apreensões, mas também como condenações de traficantes”, diz o promotor Albano, destacando que apenas repressão não é suficiente. “Precisamos de mais políticas públicas para prevenir o uso das drogas e recuperar pessoas que já entregues ao vício.”
O delegado Moscardi também defende a bandeira da prevenção.
“Como é um caso de saúde pública, tem que ser feito um esforço grandioso para tentar implementar uma cultura preventiva, principalmente nas escolas”, diz Moscardi. “Mas não é dar uma palestra e achar que resolveu. É preciso um trabalho contínuo e eficaz de prevenção.” 

Fonte - Infosurhoy

Usuários de cocaína desfrutam menos de interações sociais e têm menos empatia

Usuários de cocaína desfrutam menos de interações sociais e têm menos empatia
A equipe de pesquisa diz que suas descobertas, publicadas pela Academia Nacional de Ciências, sugere que o tratamento para dependentes de cocaína deveria incluir treinamento para desenvolver habilidades sociais. A cocaína é um estimulante ilegal que é extraído de folhas de coca Erythroxylon – uma planta nativa de coca da América do Sul."


De acordo com o Instituto Nacional para Abuso de Drogas, a Pesquisa Nacional sobre o Uso de Drogas e a Saúde (NSDUH) estima que havia cerca de 1,9 milhões usuários de cocaína atuais (do último mês) nos Estados Unidos em 2008. Usuários da droga podem experimentar estímulos energéticos de curto prazo, euforia e vontade de falar. Mas a cocaína pode levar a sérias questões de saúde, incluindo danos ao cérebro e batimento cardíaco e pressão sanguínea acelerados, o que pode causar ataque do coração e derrame.

Estudos anteriores também descobriram que usuários habituais de cocaína demonstram problemas de memória, falta de concentração e têm déficit de atenção. Mas para este estudo mais recente, a equipe queria ver se o uso regular da cocaína poderia impactar as habilidades sociais de uma pessoa.

Os investigadores conduziram uma série de experimentos em dois grupos. Um grupo era formado por usuários de cocaína crônicos, enquanto o outro era formado por grupos de controle saudáveis.

A partir dos experimentos, os pesquisadores descobriram que, comparados com o grupo de controle, os usuários de cocaína:

  • Encontraram dificuldade em entender a perspectiva mental de outras pessoas;
  • Demonstraram menos empatia emocional>>Acharam difícil identificar emoções nas vozes de outras pessoas;
  • Relatam menos interações sociais>>Demonstram menos engajamento durante interações sociais;
  • As interações sociais são “menos recompensadoras para usuários de cocaína”;
  • Os pesquisadores acreditam que usuários habituais de cocaína evitam interação social porque eles a vêem como sendo menos recompensadora, comparados com grupos de controle saudáveis.

Um experimento que mediu a atividade cerebral do cérebro durante a interação social revelou que os usuários de cocaína demonstram menos ativação no córtex órbito-frontal medial – uma parte do cérebro que atua de forma importante no sistema de recompensa. Os pesquisadores notam que a atividade mais fraca nessa área do cérebro estava relacionada com menos contatos sociais nas semanas anteriores ao experimento.

“Usuários de cocaína percebem as trocas sociais como menos positivas e recompensadoras para as pessoas que não usam este estimulante”, explica Boris Quednow, chefe da divisão de Farmacopsicologia Clínica e Experimental no Hospital Psiquiátrico de Zurique.

A equipe de pesquisa diz que a atividade do cérebro pode ajudar a explicar por que as questões sociais, como perda de amigos, familiares, ou do emprego, freqüentemente não persuadem indivíduos que são dependentes de cocaína a superar a dependência.

Além disso, eles notam que o fato de os usuários de cocaína entenderem as interações sociais como menos recompensadoras também pode explicar por que muitos deles perdem contato social de apoio – um acontecimento que pode mais tarde alimentar sua dependência.



Baseados nessas descobertas, os pesquisadores sugerem que quando o tratamento para dependência de cocaína está sendo colocado em prática, os indivíduos deveriam ser ensinados sobre como melhor interagir com os outros.


Eles acrescentam:



Usuários de cocaína desfrutam menos de interações sociais e têm menos empatia
“Habilidades sociais, tais como empatia, capacidade de perceber outras perspectivas mentais, comportamento pró social, deveriam ser treinadas durante o tratamento da dependência de cocaína para melhorar a eficácia e a sustentabilidade do tratamento”.

No ano passado, o Medical News Today relatou um estudo que sugere que a cocaína desencadeia rápido crescimento nas estruturas do cérebro, o que pode incentivar comportamento de busca de drogas.

Dados da SENAD acerca do uso da cocaína no Brasil

O Relatório Brasileiro sobre Drogas, publicado, em 2009, pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) – Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (OBID), em parceria com o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-SP), aponta que, em 2007, o número de internações associadas a transtornos mentais e comportamentais pelo uso de cocaína foi de 6.912, ou 5% das internações decorrentes de todas as drogas.


O número de óbitos associados a transtornos mentais e comportamentais pelo uso de cocaína aumentou de 22, em 2001, para 37, em 2007, ainda que as porcentagens sobre o número total de óbitos por uso de quaisquer drogas tenham aumentado somente de 0,4% para 0,5% no mesmo intervalo. Já o número total de afastamento do trabalho por uso de cocaína, entre os anos de 2001 e de 2006, foi de 8.691, 20,1% do total de afastamentos por uso de drogas no período, ficando atrás somente do afastamento por uso do álcool, que totalizou o número de 24.546, ou 56,7% do total.

Apesar da prevalência de uso da cocaína ser relativamente pequena em relação ao uso de outras drogas – o uso no mês de cocaína foi de 0,4%, em 2005, enquanto o de álcool e de tabaco foram de 38,3% e 18,4% respectivamente –, o impacto social do uso da cocaína é maior, como pode ser observado nos números acerca de afastamento do trabalho. Isso se deve às características da droga, que provoca intensa desorganização na vida dos indivíduos. O agravamento de conflitos profissionais e familiares, o envolvimento com atividades ilícitas, a rapidez do desenvolvimento de uso compulsivo e a negligência com compromissos e obrigações são observados com frequência entre pessoas que fazem uso abusivo de cocaína.

Para acessar o Relatório Brasileiro sobre Drogas, clique aqui.

Para receber informações sobre drogas e orientações acerca de locais para tratamento, ligue 132 e entre em contato com o VivaVoz, serviço de atendimento telefônico gratuito, exclusivo e especializado. Para mais informações, clique aqui.

Para encontrar instituições governamentais e não-governamentais relacionadas ao consumo de álcool e outras drogas no Brasil, acesse o mapeamento desenvolvido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), com o apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Comissão Interamericana do Controle de Abuso de Drogas, da Organização dos Estados Americanos (Cicad/OEA), clicando aqui.

Autor - Honor Whiteman
Fonte - Traduzido e adaptado de Medical News Today

Folha, não dá pra ler...

Folha, não dá pra ler...
Miguel Tortorelli, coordenador da Federação do Amor Exigente, representando três mil pessoas em São Paulo
“É preciso  tomar muito cuidado com a informação no jornal que você recebe”, alertava uma das campanhas mais duradouras e  premiadas  da Folha de S.Paulo. Ah, a  Folha  de Claudio Abramo, fez história.E hoje,o que se tornou a Folha? Do jornal que fazia políticos tremerem, hoje vem sendo sinônimo do jornal que defende a droga. A droga que destroi famílias, a droga que vicia, a droga que tira leitores.

Mas a Folha de S.Paulo, a cada dia se aprimora, faz malabarismos para inventar reportagens assinadas por jovens repórteres ouvindo todos que defendem a droga. É impressionante! Maconha é o prato principal. Dia sim, dia não, lá estão os repórteres da Folha vasculhando até acharem qualquer notícia que justifique falar sobre a maconha. Agora, a queridinha da casa é o crack. Tem gente na Folha que inventa até  código de conduta para craqueiro  para chamada na primeira página. Ah, tem também professor que fuma maconha lá nos Estados Unidos merecendo entrevi sta de  página inteira e, evidentemente, com chamada de destaque na primeira página.

”Maconha poderá ser tão importante  como a penicilina”- PODERÁ – VERBO DE MANCHETE DE PRIMEIRA PÁGINA----nas palavras do mago dos sonhos da Folha, que concede à Organização Mundial da Saúde, algumas linhas  para não tirar o brilho do mestre dos sonhos da redação. Além de esquecer, ou melhor ignorar os titulares de psiquiatria das duas maiores universidades brasileiras-Valentim Gentil e Ronaldo Laranjeira que lutam por espaço para falar sobre a verdade da maconha que já faz inúmeros esquizofrenicos no país. 

Mas a Folha prefere a verdade do americano que fuma maconha.  E nesta segunda-feira, a Folha bateu recorde: a garotada tava solta na redação, no final de semana, hein? Logo na primeira página, o americano que fuma maconha;na segunda página, um ilustre desconhecido  chamando crack de “cigarrinho para relaxar” e  elogiando  às medidas pró-cracolândia do prefeito Haddad . Um tapa na cara dos leitores da Folha. E , como se não bastasse , na terceira página, lá estava  bem no alto,  um professor de Campinas  com meia página para defender, lógico , a liberação da maconha.Outro tapa . Sem trocadilho.

O que a direção da Folha está esquecendo é que jornal entra na casa das pessoas. E logo de manhã quando a família está reunida no café da manhã Quem assina está comprando um produto que foi anunciado como “o jornal que traz todas as versões do mesmo fato”  Brincadeira, né? Quando o assunto é droga,os jovens editores ignoram  consequências para o corpo, para a mente, para os estudos, para o futuro  e eliminam das matérias estas informações fundamentais em tempos de epidemia no país causada pelo uso de drogas.  Família de usuário, então,  é tema que nem passa pela cabeça dos jovens editores.  Família, pra quê?, devem contestar em suas s reuniões de pauta.

Louvável na Folha a escolha dos articulistas. Louvável na Folha as denúncias em política. Só isso!Que pena! Aliás, parece ironia, mas a Folha de S.Paulo é , entre os jornais, o que menos retrata a cidade. Falar dos problemas dos bairros? Muito pobre. O chic é a globalização.
Sempre torcemos por um jornal de qualidade que representasse São Paulo. Que pena que estamos  perdendo a Folha. Ah, Claudio Abramo, que saudade !” 

Fonte - UNIAD

Moral ou Imoral: Fábio Zanini - Vício Estatal

Moral ou Imoral: Fábio Zanini - Vício Estatal

A estratégia de governos para lidar com o vício de seus cidadãos sempre se dividiu em duas: largar mão ou sentar a mão. Deixar drogados ou alcoólatras entregues ao problema, ou usar de força policial para tentar resolver a situação na marra.


Haveria uma terceira via? Em São Paulo, na semana passada, a prefeitura começou a pagar R$ 15 diários a usuários de crack para que varram ruas. Em Amsterdã, na Holanda, a administração faz algo parecido com dependentes de álcool. Só que lá é mais direta: paga em latas de cerveja para que recolham lixo de locais públicos.

"Vim pela cerveja. Se não houvesse cerveja, por que eu viria?", disse, com crua franqueza, um dos participantes do programa holandês à rede britânica BBC.

Pode parecer chocante usar dinheiro público para incentivar o vício, mas a lógica da iniciativa é assumida: comprar (a palavra é essa) a atenção de pessoas que só se relacionavam com o Estado para fugir da polícia. Atraí-los usando suas próprias armas para, num segundo momento, dar a eles algum sentido de responsabilidade e tentar gradativamente reduzir, com acompanhamento especializado, a dependência.

Desde que o programa holandês foi implantado, há 12 meses, a policia percebeu uma queda no índice de roubos na região onde os alcoólatras-catadores atuam.

Em São Paulo, ainda é impossível ter um diagnóstico da ousada iniciativa. No primeiro dia, os novos garis terminaram o expediente como fazem milhões de trabalhadores mundo afora, acendendo um cigarrinho para relaxar. A diferença é que era de crack. Não que se esperasse algo diferente, num dos vícios mais escravizantes de que se tem notícia. Mas os sinais desanimadores não deveriam deter a prefeitura. Se não esmorecer, o prefeito Fernando Haddad tem a chance de criar uma rara marca positiva numa gestão desesperada por mostrar algo de bom.
Fonte - Folha de São Paulo

Pesquisa dos Estados Unidos adverte para riscos ainda maiores do tabagismo


Pesquisa dos Estados Unidos adverte para riscos ainda maiores do tabagismo
Altos dirigentes de saúde dos Estados Unidos se reuniram na Casa Branca para anunciar as mais recentes descobertas do Surgeon General (autoridade máxima de saúde pública no país) sobre as consequências de fumar para a saúde, cinco décadas depois de o primeiro relatório do tipo alertar ao público que fumar provoca câncer de pulmão.


O tabagismo se mantém como a principal causa evitável de morte prematura nos Estados Unidos e mata cerca de meio milhão de americanos anualmente. "Surpreendentemente, 50 anos depois ainda estamos descobrindo novas formas em que o tabaco mutila e mata pessoas", afirmou o diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Thomas Frieden. "O tabaco é inclusive pior do que sabíamos que era", acrescentou.


Segundo o relatório, agora se sabe que o fumo ativo é a causa de 13 diferentes tipos de câncer, assim como de diabetes e degeneração macular relacionada com a idade. Fumar também causa tuberculose, disfunção erétil, fissuras faciais em bebês, gravidez ectópica, artrite reumatoide, inflamação, comprometimento da função imunológica e piora a perspectiva para pacientes e sobreviventes de câncer. As pessoas que não fumam, mas são expostas à fumaça do tabaco sofrem um risco maior de sofrer derrame, acrescentou o informe.


Mais de 20 milhões de pessoas nos Estados Unidos morreram vítimas de doenças relacionadas ao tabagismo e de doenças causadas pelo fumo passivo. Outras 16 milhões de pessoas sofrem de problemas de saúde vinculados ao tabagismo. "Já é o bastante", disse o diretor dos CDC, Boris Lushniak, alertando que os cigarros modernos estão mais potentes e mais perigosos do que nunca.

"Os fumantes de hoje correm um risco maior de desenvolver câncer de pulmão do que corriam quando o primeiro relatório do Surgeon General foi publicado, em 1964, ainda que fumem menos cigarros", disse Lushniak. "Como os cigarros são feitos e os produtos químicos que contêm mudaram com o passar dos anos, algumas dessas mudanças devem ser um fator no risco maior de desenvolvimento de câncer de pulmão", acrescentou.


As taxas de tabagismo estão caindo nos Estados Unidos. O país tem 18% de fumantes contra 42% há cinco décadas. Mas, segundo o informe, se a taxa atual de tabagismo não cair ainda mais, uma em cada 13 crianças vivas hoje sofrerá de alguma doença relacionada com o tabagismo.


"Fizemos muitos avanços", disse a secretária de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius. "Mas ainda somos um país muito dependente do tabaco", acrescentou. O tabagismo custa aos Estados Unidos mais de US$ 289 bilhões ao ano em cuidados médicos diretos e outras perdas econômicas, destacou o relatório.

O documento apontou como responsável pela epidemia "as estratégias agressivas da indústria do tabaco, que deliberadamente enganou o público sobre os riscos de fumar cigarros". Relatórios anteriores do Surgeon Generals revelaram que a nicotina causa dependência, que os impactos do tabagismo afetam quase todos os órgãos do corpo e que não há nível livre de riscos de exposição dos fumantes passivos. No geral, o tabagismo é a causa de mais de 13 diferentes tipos de câncer e de um número maior de doenças crônicas.

Um estudo americano publicado na semana passada demonstrou que, apesar de uma redução na taxa global de tabagismo, o número de fumantes no mundo subiu de 721 milhões em 1980 para 967 milhões em 2012, devido ao crescimento populacional e à popularidade crescente dos cigarros no mundo em desenvolvimento.

Para receber informações sobre drogas e orientações acerca de locais para tratamento, ligue 132 e entre em contato com o VivaVoz, serviço de atendimento telefônico gratuito, exclusivo e especializado. Para mais informações, clique aqui.

Para encontrar instituições governamentais e não-governamentais relacionadas ao consumo de álcool e outras drogas no Brasil, acesse o mapeamento desenvolvido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), com o apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Comissão Interamericana do Controle de Abuso de Drogas, da Organização dos Estados Americanos (Cicad/OEA), clicando aqui.


Fonte - AFP

"É tudo por causa da Copa", relata usuária removida da cracolândia

de São Paulo

"O primeiro dia no hotel: cheguei lá, fizeram o meu cadastro, no quarto 17... Arrumei as minhas coisas...É legal.

"É tudo por causa da Copa", relata usuária removida da cracolândia
Barraco da cracolândia
Na minha opinião isso tudo só tá acontecendo por causa da Copa...O prefeito quer esconder a realidade e ocultar os fatos."
Os parágrafos acima são de Valéria Viana, 21, que morava na "favelinha" com seu companheiro. Trata-se do relato sobre sua primeira noite no hotel, feito à pedido da Folha.
Ela deixou o barraco anteontem. Disse que o companheiro havia comprado o espaço por R$ 30, o mesmo valor que gastava com cada diária nos hotéis na região, onde viviam.
Usuária de crack desde os 11 anos, Valéria diz ser apaixonada por leitura e por revistas de palavra-cruzada.
"Consigo ficar três dias sem usar pedra só lendo ou escrevendo", afirmou. Ela é mãe de duas crianças. O mais novo deles, de um ano, nasceu na prisão, onde ela estava "pelo 157" –referência ao artigo do Código Penal que trata de assalto.
 
Disse que pretende trabalhar, mas que não acredita no sucesso do programa da prefeitura.

Fonte - Folha de São Paulo

Alguns conceitos para se trabalhar a recuperação pessoal

Alguns conceitos para se trabalhar a recuperação pessoal

Compartilho alguns conceitos, ou "estratagemas" coletados de vários profissionais, como neurologistas, psicólogos, terapeutas, consultores de dependência química, e escritores, coletados e anotados, por sua relevante importância em um processo de reestruturação pessoal nos níveis, emocional, espiritual, comportamental, e físico.
Para o indivíduo em recuperação, o que serve também para todo o ser humano, é importante reduzir contradições, ou seja, sintonizar os pensamentos, e as ações. Com isso, é possível obter força e equilíbrio emocional. A mudança nas ações, só virá com a mudança da maneira de pensar, ideias novas, substituem velhos conceitos. E uma vida sem objetivos, entra em uma espécie de "curto-circuito", e paralisa o indivíduo em todos os sentidos, tendo ainda a tendência ao negativismo e progressão da intoxicação emocional pessoal, que leva a doenças.

A raiva má, a ira descontrolada, o medo e a depressão, são emoções que intoxicam, bem como a inveja, ciúmes descontrolado, ganância, egoísmo, etc. e trazem a doença ao corpo, alma, e espírito.

Disciplina - Princípios para a disciplina aplicável em ambientes físicos, em minha mente e em meu corpo


1 - Um lugar para cada coisa;
2 - Ambiente limpo;
3 - Descartar o que não é necessário;
4 - Disciplina para organizar e manter organizado.

"Saber, e ter o conhecimento não é suficiente, deve-se "passar" ou aplicar, desejar algo não é suficiente, deve-se fazer"    Goethe


Intenção >>>>>> Ação
Pensar >>>>>>>  Fazer

A disciplina liberta, e é a capacidade de:

>>Estudar, se acreditar que o estudo o fará melhor;
>>Recusar um alimento, se acreditar que este o fará mal;
>>Permanecer em silêncio, se acreditar que esta é a melhor opção para o momento;
>>Rejeitar uma proposta que agrida os meu princípios éticos, ainda que muito dinheiro ou  vantagens estejam envolvidos;
>>Viver de um modo coerente, com minhas convicções e crenças.

Em se falando de recuperação, nenhuma sobrevive sem autodisciplina. Deve-se atentar a palavra: "A disciplina liberta...", a disciplina pessoal, nos trás liberdade, assim como a dependência de Deus, também nos trás liberdade. Dizer não à si mesmo, a determinadas coisas, situações, etc., denota autocontrole, e é um processo que pode parecer difícil no início, mas torna-se leve com o passar do tempo, e então se olharmos para trás um dia, nos parecerá assombroso analisar como agíamos nas situações cotidianas, e com outras pessoas. 

Animais, agem por instinto,  ainda que a princípio sejamos animais racionais, todavia além do "pensar", possuímos uma alma e um espírito, dotados de eternidade, portanto viver pelos instintos é sinal de desconhecimento de si mesmo. 

A nossa evolução, com relação a um determinado evento ou conhecimento pode ser dividido em 4 etapas:

Você não sabe, e não sabe que não sabe, ou seja, você não sabe sequer as perguntas a serem feitas.

Você não sabe, mas sabe que não sabe, ou seja, agora pelo menos, você conhece as perguntas.

Você sabe as respostas.

Você sabe as respostas, e transforma este conhecimento em mudança de comportamento.

Traçando a disciplina - Objetivos

Objetivos mal definidos, não serão alcançados, ou serão desastrosos. É importante definir data, e tempo para atingir o objetivo, progredindo sempre em direção da meta deste tempo.

Alguns princípios para definição de um objetivo

1 - Deve ser formulado em termos positivos;
2 - O tamanho do objetivo, deve ser adequado;
3 - O objetivo deve ser especificado claramente;
4 - Objetivos que dependem (muito) da vontade de outras pessoas estão mal definidos por natureza;
5 - O objetivo, não deve estar em conflito com outros objetivos;
6 - Uma projeção do futuro (objetivo alcançado), permite visualizar possíveis efeitos colaterais
7 - O objetivo deve ser ético.

"Alguém disciplinadamente trilhando o caminho errado, chegará rapidamente aonde não quer chegar"

"Reaja inteligentemente, mesmo a um tratamento não inteligente"     Lao-Tsé

Toda crise, gera oportunidades


O sentimento de culpa >>>> nos leva a lamentação.
O sentimento de responsabilidade, >>>> à reação !


Portanto, não existe a derrota, existe o feedback, ou, resposta (retorno) a uma ação mal planejada, ou dentro de objetivos mal definidos e errados. Monitorar o caminho traçado para o objetivo, e observar reagindo a erros de percurso, ou a situações e desvios da meta original...analisar. Então, a "derrota" só acontece quando assim eu permitir, e não mais "reagir" e aplicar conhecimento adquirido por meio do feedback para reavaliar minhas ações.

"Eles podem, porque simplesmente pensam que podem"    Virgílio

Eu vivo de acordo com aquilo que penso e acredito, e não posso mudar outras pessoas, apenas e talvez, influenciá-las, negativa ou positivamente.

Alguns conceitos para se trabalhar a recuperação pessoal
Segundo o livro de Eckhart Tolle, O Poder do Agora, em nossa mente há uma incessante avalanche de pensamentos, e parar isto é quase impossível. Este pensar incessante, leva-nos a viver muitas vezes no passado, e no futuro, realizando apenas "paradas" rápidas no presente. Para ser preciso, não somos nós, muitas vezes que usamos nossa mente, é nossa mente que nos usa. 

Neste mesmo livro, este escritor afirma que o 1º passo, é prestar atenção aos pensamentos, ou "observar" o "eu pensador", sem julgamentos ou condenações, desta forma podemos caminhar para a "libertação". De 80% a 90% dos pensamentos, são inúteis, e muitas vezes até nocivos. Ocupar a mente, não é sinônimo de pensamentos. Trabalhamos, concentrados e focados, e isto é mais saudável pra nossa mente, do que milhares de pensamentos sem sentido ou inúteis.

Aceitar o tempo presente, não viver no passado (dor, culpa), tampouco no futuro (medo, angústia, ilusão). Nós podemos mudar apenas o presente, apenas a realidade presente.  

O futuro, não existe, ainda não aconteceu, portanto, poderemos fazer apenas projeções para possíveis desfechos futuros, no caso de planejamento de objetivos, sendo que nossos atos no presente, apenas irão garantir uma previsão de retornos quer positivos quer negativos (de acordo com nossas ações claro), mas nossos atos não poderão modificar o que acontecerá no dia de amanhã e que independe de nós, se e como acontecerá.  

O passado, também não existe mais, não é possível alterar nada do que aconteceu há um minuto atrás, ou há um segundo, quanto mais de anos atrás, o passado, encaixa-se melhor em nossas vidas, se for tratado como um "arquivo" para consultas, não como um lugar de permanente visita.

Deus, é Senhor absoluto do "tempo"

Um trecho muito interessante, é que o escritor comenta sobre Deus e o tempo, algo que não paramos para pensar. Deus é atemporal, ou seja, não pode ser medido em começo, meio, ou fim, do mesmo modo Jesus Cristo. Segundo a Bíblia:

"Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou." João 8:58  Ou, "Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia." 2 Pedro 3:8

Ou seja, a afirmação "eu sou", mostra a condição atemporal de Deus, e de Jesus Cristo, não há começo, simplesmente existe, é. Afinal, Deus é o Criador de tudo que existe e há, em profundidade, quantidade, e tempo. Para Deus, não há limitações de tempo.

Então, o tempo não existe, de forma real, mas foram criadas convenções e medidas para auxiliar e pautar os dias e noites, o trabalho e o descanso, prazos e previsões, e isto torna-se lógico, se lembrarmos que: o passado e o futuro não existem, apenas o presente. 

Por isso, devo ter em mente que não posso modificar o passado...

Alguns conceitos para se trabalhar a recuperação pessoal
Tudo que fiz de bom, ou ruim, não poderei mudar, acrescentar, ou diminuir. A única coisa que me é possível quanto aos acontecimentos do passado, é tentar REPARAR, ou seja, se causei prejuízo, procurar repor, se causei dor e mágoa, pedir perdão. 

E ainda assim, talvez existam coisas que não poderei repor, e/ou compensar, o que fazer ? Posso ajudar alguém que precise, materialmente falando, se assim me sentir motivado a fazer.

E também, pode acontecer que não seja possível mais pedir perdão...Aí existem várias hipóteses, a pessoa a quem magoei talvez já tenha falecido, então, o assunto se restringe à mim e a Deus. 

Ou, a pessoa pode não querer me receber tampouco escutar o que tenho para dizer, voltamos aí à questão que não temos controle sobre a  vontade dos outros, então podemos dizer à nós mesmos, fiz minha parte.

Enfim, nós poderemos enxergar e sentir que algo muda em nós, se tentarmos praticar algumas destas ações...Isto acima refere-se ao aos seguintes Passos de NA:


8º - Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

9º - Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando faze-lo pudesse prejudica-las ou a outras.


O futuro é um livro a ser escrito


As angústias e perguntas quanto ao futuro são muitas vezes comuns a todos nós:


>>Conseguirei um emprego?
>>Conseguirei me manter limpo?
>>Necessito de uma(um) companheira(o)...será que alguém se interessará por mim?
>>Conseguirei ter um bom carro?
>>Quanto tempo vou viver?
>>Será que serei discriminado pelo meu passado?


Alguns conceitos para se trabalhar a recuperação pessoal
E muitas outras dúvidas e angústias...E neste ponto, lembro que nenhuma destas perguntas tem sentido, porque simplesmente não existem ! O amanhã, não existe...e isto é difícil de conceber até. 

Claro e óbvio, que não podemos viver sem sonhos, objetivos, e temos desejos a realizar também, uns mais outros menos...mas ter um sonho e um objetivo, não significa viver no futuro e questionar-se se dará certo ou não, se acontecerá isto ou aquilo. Lembramos aí da formulação correta de objetivos, coerentes e possíveis, e da nossa ação necessária para atingi-lo.

Ex: Quero comprar um carro esporte. Hoje posso? Não. Quanto custa? Valor X. Com o que ganho hoje conseguirei comprar um dia? Não. Então, o que é necessário para ter condições um dia de comprar este carro? Melhorar o salário. Como? Subindo na empresa. Como? Estudando...Bingo ! Aí começa a ação !

As angústias emocionais com relação ao futuro, nos dizem claramente que procuremos ajuda, pois podem demonstrar que somos inseguros, e imaturos emocionalmente falando. Não há mal nisto, mal é para nós, se não buscarmos apoio...Conhecer a nós mesmos é fundamental. 

E tudo isto, sempre com a primordial ajuda de Deus...pois Dele é o amanhã. A medida que eu avanço mais espiritualmente falando, o que demanda esforço pessoal também, mais me será dada a tranquilidade que somente a fé em Deus proporciona...muitos "medos" e angústias irão desaparecer.


11º Passo de NA - Procuramos, através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

 
"O poder do agora, é o poder da minha presença, da minha consciência libertada das formas de pensamento. É viver no presente."  Eckhart Tolle
E o dia a dia? Se não estou mais me lamentando com o passado, nem "apavorado" pelo futuro, como fica o dia a dia?

10º Passo de NA - Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

Ou da maneira que preferirmos algo similarmente à isto, mas o 10º Passo resume bem ao meu ver, a autoavaliação necessária para minha vida não perder o "fio da meada"...

 

Origens do sofrimento

Alguns conceitos para se trabalhar a recuperação pessoal
Nos "proporcionamos", ou somos vítimas, de vários tipos de dor, e sofrimento durante nossas vidas. O passado, e o futuro, podem gerar inúmeros sofrimentos de toda ordem. A dor emocional faz parte da vida, o sofrimento por vezes também, a dor passará, sofrer é uma opção.

Mesmo na dor física, existem pessoas que encontram a paz. Algumas perguntas simples podem ser feitas, diante de uma situação de sofrimento.



Qual a origem do sofrimento atual ?

    >>É real, ou ilusão?
    >>Está no passado, no futuro, ou no presente?
    >>Tem a ver com ressentimento, medo, saudade, culpa, inveja, fracasso, covardia, desânimo, ou ciúmes? E está, dentre estes, relacionado com algo ou com alguém especificamente?
    >>Quero sofrer? Ou, Não tenho forças para buscar a felicidade?
    >>Vivendo o agora, o presente, aceitando a realidade, posso terminar com o sofrimento?

    Lembrando que em nós, a culpa deve ser substituída pela responsabilidade. Percebe-se o erro, sente-se a culpa, assume-se a responsabilidade, e a responsabilidade irá gerar a ação para possivelmente modificar a situação, sentimento, ou nós mesmos.

    O julgamento, nos impede de sermos felizes, e de vivermos realmente o amor, seja este em qual forma esteja. Ao parar de julgar o outro e a nós mesmos, abrimos caminho para o amor, e para a felicidade. O perdão é uma chave poderosa, para o amor, e para a iluminação de Deus em nossa vida, e não é só o perdão ao próximo, mas também o perdão à nós mesmos, e repetidas vezes quantas forem necessárias, até que a culpa não exista mais diante daquilo que "nos encontrávamos" culpados, em ações que diziam ou dizem respeito somente a nós mesmos.

    Mais 24 Hrs de Paz e Serenidade

    ABP alerta para os perigos na legalização da Maconha no Colorado nos Estados Unidos

    ABP - Associação Brasileira de Psiquiatria
    ABP alerta para os perigos na legalização da Maconha no Colorado nos Estados Unidos
    O Estado do Colorado, nos Estados Unidos, iniciou a comercialização legal de maconha e em poucas horas eram centenas de pessoas nas filas das lojas. As informações que lemos pairam sobre as leis que regem a nova produção e as questões financeiras que envolvem a legalização da droga, mas a discussão sobre os malefícios do consumo regular da maconha ainda não contempla a verdade, os riscos para a saúde não estão sendo analisados.

    Já existem pesquisas que comprovam que a maconha é um poderoso gatilho para ativar doenças mentais genéticas, que nunca poderiam se manifestar, como: esquizofrenia, depressão e bipolaridade. Além de sabermos que o consumo da droga tem relação direta com a diminuição do QI, mudanças de comportamento e até na coordenação motora, sobretudo sobre os mais jovens.

    Por entender a sua responsabilidade com a medicina e com a saúde da sociedade é que a ABP continua se mantendo firme na sua posição contra a legalização das drogas.

    Fonte - UNIAD

    Álcool é responsável por pelo menos 80 mil mortes por ano nas Américas

    Álcool é responsável por pelo menos 80 mil mortes por ano nas Américas
    Cerca de 80 mil mortes a cada ano nas Américas não teriam ocorrido se não houvesse consumo de álcool, de acordo com um novo estudo da Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial de Saúde que aparece na edição atual da revista científica Addiction.


    O estudo, realizado por Vilma Gawryszewski, conselheira da OPAS/OMS sobre informação da saúde e análise, e Maristela Monteiro, conselheira sênior em álcool e abuso de substâncias, observou padrões de mortes relacionadas ao álcool entre 2007 e 2009 em 16 países na América do Norte e na América Latina. Os autores examinaram somente dados cuja causa de morte estava especificamente registrada como sendo o álcool (tais como “doença hepática alcoólica” e “distúrbios mentais e comportamentais relacionados ao uso do álcool”). Eles descobriram que o álcool era “necessariamente” causa de morte (por exemplo, a morte não teria ocorrido se não tivesse havido o consumo de álcool) em uma média de 79.456 casos anuais durante o período do estudo. Na maioria dos países, doenças do fígado foram a causa direta das mortes relacionadas ao álcool, seguidas por distúrbios neuropsiquiátricos.

    Essas mortes, no entanto, provavelmente representam somente “a ponta do iceberg de um problema maior”, segundo os autores, já que o uso do álcool está relacionado a uma ampla variedade de doenças e condições, incluindo doença do coração e derrame, tráfico e ferimentos por arma de fogo, suicídios, e até mesmo alguns cânceres.

    “Nosso estudo mostra de maneira simples quantas mortes são totalmente atribuídas ao consumo do álcool”, os escritores dizem. “O número de mortes para as quais o consumo de álcool é um fator que contribui significativamente tende a ser muito maior”.


    Álcool é responsável por pelo menos 80 mil mortes por ano nas Américas
    O estudo demonstra grandes variações nas taxas de morte por consumo de álcool em vários países, sendo que as maiores taxas estão em El Salvador (com uma média de 27,4 de 100 mil mortes anuais), Guatemala (22,3), e Nicarágua (21,3), seguidos de México (17,8) e Brasil (12,2). Essas são comparáveis com taxas muito mais baixas na Colômbia (1,8), Argentina (4,0), Venezuela (5,5), Equador (5,9), Costa Rica (5,8) e Canadá (5,7). Os primeiros cinco países mencionados têm altas taxas de padrões de abuso de álcool, de acordo com dados separados da OMS. No entanto, o consumo total de álcool é maior nos países com taxas de mortalidade mais baixas.

    Em todos os países estudados, a maioria das mortes relacionadas ao álcool (84%) foi de homens, ainda que a taxa de homens/mulheres variasse de acordo com o país. O risco de morrer de uma causa inteiramente relacionada ao álcool foi 27,8 vezes maior para um homem do que para uma mulher em El Salvador, 18,9 vezes maior na Nicarágua e 14,8 vezes maior em Cuba. No campo oposto, o risco de mortalidade era 3,2 vezes maior para homens do que para mulheres tanto no Canadá quanto nos Estados Unidos.

    O risco também se diferenciava por grupo etário. Na Argentina, no Canadá, na Costa Rica, em Cuba, no Paraguai e nos Estados Unidos, as taxas de mortalidade mais altas estavam entre pessoas com idades entre 50 e 69 anos. No Brasil, Equador e Venezuela, as taxas de mortalidade por álcool aumentam a partir das idades de 40-49 anos, ficam estáveis e então caem depois dos 70 anos. O México mostrou um padrão diferente, com um risco de morte aumentando ao longo da vida e atingindo um pico depois dos 70 anos.


    Álcool é responsável por pelo menos 80 mil mortes por ano nas Américas
    Os autores notam que as mortes relacionadas ao álcool podem ser prevenidas por meio de políticas e intervenções que reduzem o consumo de álcool, incluindo restrições em sua disponibilidade, preços maiores por meio de impostos, e controles no mercado do marketing e da publicidade. No entanto “a maior parte dos países nas Américas tem políticas fracas para responder ao problema”, eles dizem. “Como essas altas taxas têm demonstrado ser um grande problema de saúde pública, os países deveriam aumentar seus esforços para melhorar a qualidade da informação, monitorar o problema e implementar políticas mais efetivas para reduzir a disponibilidade de álcool e o consumo em níveis nacionais”.

    A Organização Pan-Americana de Saúde é uma agência de saúde pública internacional com mais de 110 anos de experiência no trabalho para melhorar a saúde e os padrões de vida dos países das Américas. Ela funciona como a organização especializada para saúde do Sistema Inter-Americano de Saúde. Ela também funciona como o Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial de Saúde, e tem reconhecimento internacional como parte do sistema das Nações Unidas


    Fonte - Organização Pan-Americana de Saúde