Agentes da lei se unem para defender legalização do comércio e do uso de drogas no país | 
      
UOL - RIO
Legalizar a produção, o comércio e o consumo das drogas no país. Esse
 é o objetivo da filial brasileira da Leap ("Agentes da Lei Contra a 
Proibição", em português), que reúne juízes, policiais civis, militares,
 entre outros profissionais de segurança pública. Na visão do grupo, a 
atual política de combate às drogas "viola a liberdade individual", 
segundo a presidente da Leap Brasil, Maria Lúcia Karam, e se mostra 
incapaz de proporcionar "a regulação e o controle" da venda e uso de 
entorpecentes.
Karam, juíza que atuou na área criminal durante oito anos, afirma ter
 sido sempre favorável à "inconstitucionalidade das leis que 
criminalizam a posse de drogas para uso pessoal", pois elas se referem, 
na versão de Karam, a uma "conduta privada que não atinge concretamente 
os direitos de terceiros". Na tentativa de promover o debate, juntou-se a
 homens como o delegado da Polícia Civil do Rio Orlando Zaccone e o 
ex-chefe do Estado Maior da PM coronel Jorge da Silva.
Os apelidos mais bizarros de traficantes do Rio

Foto 1 de 9 - O acusado de tráfico de drogas Marcos Paulo Moreira, 
vulgo "Marquinhos Sem Cérebro", ganhou este apelido depois de ser 
reformado na Marinha por problemas psiquiátricos, em 2004. Desde então, 
tornou-se especialista em tiro prático esportivo, e optou por usar sua 
habilidade para fins criminosos. Moreira, que atuava na região de Bangu,
 na zona oeste do Rio, também é acusado de matar proprietários de lojas 
de gás para comandar a distribuição de botijões. Sem Cérebro foi preso 
pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil em abril de 2012.
"A minha experiência na Justiça criminal ajudou a compreender os 
danos provocados pela política de guerra às drogas. São inúmeras 
violações aos direitos fundamentais que estão presentes nas convenções 
internacionais e nas legislações nacionais, como a legislação 
brasileira, a começar da violação a liberdade individual ao se pretender
 criminalizar a posse de drogas para uso pessoal", disse.
"Em toda a minha carreira, eu sempre declarei a inconstitucionalidade
 das leis que criminalizam a posse de drogas para uso pessoal (...) o 
Estado não pode intervir nessas condutas. Mas compreendi também que não 
basta declarar a inconstitucionalidade, que não basta afirmar o direito 
de cada um colocar em seu corpo o que bem entender. É preciso avançar 
para repudiar essa política de proibição, produção e comércio dessas 
substâncias proibidas, pois é exatamente na proibição da produção e do 
comércio onde os maiores danos dessa política estão presentes", 
completou.
Criada nos Estados Unidos, a Leap tem atualmente cerca de 15 mil 
membros espalhados por mais de 70 países. A luta pela legalização 
irrestrita das drogas, segundo a juíza, diz respeito a um objetivo 
maior: criar uma metodologia "racional e respeitosa" de controle e 
regulação da produção, comércio e consumo de entorpecentes.
Presidente da Leap Brasil defende legalização das drogas
"Quando se joga determinadas atividades econômicas no mercado 
clandestino, é impossível qualquer controle. Essa é uma das grandes 
falácias da proibição", diz. "O controle só é possível com a 
legalização. A legalização virá possibilitar a regulação dessas 
atividades de produção, comércio e consumo dessas substâncias que não 
são diferentes de outras substâncias igualmente psicoativas como álcool e
 tabaco", afirma.
A juíza também aborda a questão da superlotação dos presídios 
brasileiros e dos homicídios praticados por policiais nas favelas da 
capital fluminense. Segundo ela, em 1995, o Brasil tinha uma média de 
cerca de 100 pessoas encarceradas por cem mil habitantes; quase 17 anos 
depois, esse índice teria sido elevado para 300 pessoas por cem mil 
habitantes.
"Uma das grandes causas é a criminalização da produção e do comércio dessas substâncias ilícitas", disse.
Secretaria da Justiça de SP leiloa carros e motos apreendidos do tráfico de drogas

Foto 15 de 24 - 4.dez.2012 - Audi A3 apreendido em poder de 
traficantes vai a leilão esta quarta-feira (5), em Guarulhos (SP). A 
Secretaria de Justiça de São Paulo vai leiloar 203 lotes de carros, 
motocicletas e até barcos apreendidos pela polícia, que estavam em poder
 de criminosos ligados ao tráfico de drogas Mais Leandro Moraes/UOL
"No Rio de Janeiro, 20% dos homicídios são praticados por policiais 
nas favelas do Rio de Janeiro, atacando supostos traficantes ou pessoas 
que se assemelham a eles. (...) São praticamente meninos que vivem 
nesses guetos, que não têm oportunidades. (...) Usam metralhadoras e 
rifles como os brinquedos que nunca tiveram. A eles é reservado esse 
papel do inimigo. Quando eventualmente sobrevivem, estão superlotando as
 prisões", completou.
Letalidade
De acordo com o delegado Orlando Zaccone, titular do distrito 
policial da Praça da Bandeira (18ª DP), na zona norte do Rio, a atual 
política de combate às drogas é "resultado de uma guerra que tem 
potencial letal muito mais potencializada do que uma guerra entre 
Estados", citando como exemplo a guerra das Malvinas, entre Argentina e 
Inglaterra.
Em sua apresentação na 5ª Conferência Internacional de Direitos 
Humanos, em Vitória (ES), realizada em agosto de 2012, Zaccone afirmou 
que, enquanto o confronto entre argentinos e ingleses deixou cerca de 
600 mortos, a violência no Rio de Janeiro provocou, em média, pelo menos
 8.000 óbitos no período entre 2005 e 2010. Com o início da política de 
pacificação, por outro lado, esse índice vem caindo nos últimos anos.
"Se não tivéssemos a mudança de política, em algum momento teríamos a
 polícia matando mais do que prendendo. Estamos diante da exceção que 
virou regra. E se a exceção vira regra, nós temos um problema. Esses são
 os resultados reais do que se chama de combate às drogas. Uma 
letalidade imensa desse sistema penal", disse.
Fonte-Uniad
Mais 24 Hrs de Paz e Serenidade
Fonte-Uniad
Mais 24 Hrs de Paz e Serenidade
Seja a Holanda, o exemplo:
ResponderExcluir(...)Não. O que há é uma tolerância ao consumo de drogas leves, especialmente maconha. Maconha não é liberado. Você não pode fumar em locais públicos, por exemplo. Porém, caso seja pego com uma quantidade de até 5 gramas, os policiais relevam.
E há locais onde o consumo é permitido. São os Coffee Shops. Em um Coffee Shop você pode comprar o baseado e consumir ali mesmo ou em casa (ou hotel, se o hotel permitir). Tráfico na rua é extremamente proibido e punido com rigor. Cogumelos foram banidos. Nunca, jamais, de modo algum, tente cruzar uma fronteira com um baseado (ou qualquer droga), usando o raciocínio torto de "se eu comprei na Holanda é legalizado, e não tem controle de fronteira mesmo..."Na Holanda não é legalizado, é tolerado(...)
Fonte-Leia mais em: É verdade que as drogas são totalmente liberadas na Holanda (Países Baixos)? — Ducs Amsterdam http://www.ducsamsterdam.net/faq-perguntas-e-respostas/e-verdade-que-as-drogas-sao-totalmente-liberadas-na-holanda-paises-baixos/#ixzz2KG9477LE
Ainda neste sentido:
(...)Holanda anunciou, nesta sexta-feira, uma política de menor tolerância com a maconha.
O governo holandês declarou que vai nivelar a chamada "maconha de alta concentração", vendida no país, na mesma classificação de tóxicos como a cocaína e o êxtase, drogas consideradas pesadas. O ministro da Economia da Holanda, Maxime Verhagen, afirmou que a droga, com mais de 15% na composição de sua substância psicoativa, o tetrahidrocanabinol (THC), tem uma potência muito maior do que a forma mais leve da erva. Segundo ele, o tóxico "causa um prejuízo crescente na saúde pública do país". A medida é o passo mais recente do governo holandês para tentar reverter a notória política de tolerância da Holanda com as drogas.(...)
Fonte-Uniad http://www.uniad.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=11005:o-governo-da-holanda-confirma-maconha-faz-mal-a-saude&catid=29:dependencia-quimica-noticias&Itemid=94
Portanto, um verdadeiro absurdo.