Guarda Municipal mapeia os pontos de consumo de crack e perfil dos usuários em Florianópolis

Guarda Municipal mapeia os pontos de consumo de crack e perfil dos usuários em Florianópolis

Guarda Municipal mapeia os pontos de consumo de crack e perfil dos usuários em Florianópolis
Ponto de usuários de crack às margens da via Expressa Foto: Flávio Neves / Agencia RBS
Thomas Michel

Foram registrados mais de 700 usuários na região da Capital

Uma pequena pedra, que custa R$ 5 e causa efeitos devastadores é a responsável pela criação de uma sociedade. Profissões, residências, relacionamentos e até turismo de crack fazem parte deste universo paralelo, que habita esgotos, túneis, praças, pontes e viadutos da Capital. Um levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com a UFSC e a Guarda Municipal, revelou os pontos de uso da droga e o perfil dos usuários: quem são, o que fazem e por que chegaram ali. A conclusão é de que Florianópolis é um lugar atrativo para craqueiros.

O relatório aponta que a cidade é um lugar fácil para se conseguir dinheiro, pois o povo é muito caridoso.

— Tem craqueiro que consegue até R$ 150 em um dia — diz o guarda municipal Joel Padilha.

Abandono da família e gravidez indesejada

Não há um número exato, mas foram registrados mais de 700 usuários de crack na região, sendo que 87% deles não eram nascidos na Capital. O universo paralelo, porém, não gira apenas em torno do dinheiro para a compra da pedra. O relatório cita o afundamento nas drogas por abandono da família, relacionamentos amorosos e até gravidez indesejada e posterior aborto.

O mundo das drogas também envolve migração, e a porta de entrada da cidade é tão acessada quanto a de saída. Alguns param de usar crack por um tempo, voltam para casa e depois retornam às ruas. Joel diz que eles brincam com estas recaídas no mundo real:

— Contam que foram dar uma engordadinha — diz o guarda, em referência ao emagrecimento causado pelo uso do crack.

O que fazer se eu encontrar um usuário de crack?


É justamente isso que a prefeitura quer fazer: um protocolo para definir o que será feito com craqueiros. A orientação primeira é levá-los aos postos de saúde ou CAPS. Existem três tipos de internação: compulsória (feita judicialmente), involuntária (feita pela família) e voluntária, onde o próprio usuário vai até o centro de reabilitação. Nem sempre a internação é a melhor saída, então é preciso que um profissional analise o caso.

As ocupações dos usuários

Flanelinhas


Chegam a ganhar R$ 3 mil por mês extorquindo motoristas que querem estacionar seus carros em lugares públicos. Vários flanelinhas não são usuários de crack, mas outros fazem dela sua profissão para sustentar o vício. A prática é ilegal.

Prostitutas

Mulheres não têm nenhum serviço de comunidades terapêuticas para tratamento em Florianópolis e geralmente vivem em lugares onde possam viver da prostituição. Vivem na honestidade, já que a prática não é proibida no país.

Ladrões

Vilões da segurança pública, roubam quaisquer objetos que possam ser vendidos e revendidos. Invadem casas e alguns chegam a usar armas para roubarem pedestres. Muitos largam a vida do crime porque acham que o risco de serem presos não compensa o preço da pedra e se aproveitam da caridade dos cidadãos e vão esmolar.

Catadores

Usam a reciclagem como meio de conseguir renda para comprar a droga. Assim como os flanelinhas, eles também fazem parte de um grupo que não necessariamente usa crack. A atividade é legal.

Pedintes

Vão para as ruas e semáforos pedir esmolas. A renda média é de R$ 60 diários, mas há relatos de até R$ 150 angariados em um único dia. A Secretaria de Segurança de Florianópolis pede para a população não dar dinheiro à pedintes. Turistas vêm para Florianópolis se aproveitar do aumento da população para conseguir mais dinheiro (entre as diversas profissões acima citadas). Há casos de deficientes físicos que usam de sua condição para conseguir transporte gratuito e conseguem viajar pelo país inteiro. 
Fonte - Diário Catarinense



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