Novas descobertas e técnicas para o possível tratamento da dependência química

Novas descobertas e técnicas para o possível tratamento da dependência química

Quando nossos cérebros são saudáveis, nós mal percebemos esta maravilha da engenharia que controla cada pensamento, sentimento e movimento. Mas existem muitas pessoas que sofrem de desordens do cérebro, incluindo o vício, e estas disfunções no cérebro podem mudar quem somos e como nós controlamos nossas vidas.

Para um olhar mais atento sobre como nossos cérebros trabalham  em seu modo normal, ou anormal, um grupo de cientistas descobriram uma nova maneira de transformar neurônios individuais e circuitos celulares, ligando-os e desligando-os, usando a luz.
Em nossos Neurônios no cérebro, passam impulsos elétricos, e milhares de vezes por minuto, mas transformá-los, ou modificar a maneira como estes impulsos atuam dentro e fora, não é tão simples como apertar um interruptor de luz. Primeiro, os pesquisadores têm de inserir genes sensíveis à luz, tomados a partir de algas, em neurônios específicos. Em seguida, usando lasers ligados a finos fios de fibra ótica, pode-se ativar ou desativar as células modificadas, podendo visualizar a partir daí como os neurônios ou grupos de neurônios trabalham juntos. Até agora, este novo campo de pesquisa optogenetica é limitado a estudos com animais.

Trabalhando para entender distúrbios cerebrais

Os cientistas testaram com sucesso esta técnica em neurônios de ratos, para ver como diferentes circuitos cerebrais podem controlar hábitos, emoções e comportamentos. A técnica também pode ajudar os cientistas a compreender as causas e tratamento potencial de transtornos específicos do cérebro, tais como a esquizofrenia.
A optogenetica também está ajudando os cientistas a compreender como o vício afeta o cérebro.

Saiba mais nesta animação sobre a atuação da optogenetica - NIDA

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, induziram ratos, a percorrer um labirinto, tendo como recompensa ao chegar ao final, chocolate. Por força do hábito, os ratos continuaram a percorrer o labirinto, mesmo após a recompensa não estar mais presente. Mas usando a optogenetica para ativar as células de uma área do cérebro chamada núcleos da base, os pesquisadores desligaram o hábito da "perseguição" ao chocolate. (Os gânglios basais contêm circuitos de recompensa do cérebro, que estão envolvidos em vícios.)

Os cientistas estão esperançosos de que a optogenetica poderia, eventualmente, ajudar a tratar a dependência de condições neurológicas e outras nas pessoas.

Fonte - NIDA - Nida for Teens - Sara Bellum

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