Vício em crack avança e busca por ajuda cresce 160% este ano no Amazonas

 Vício em crack avança e busca por ajuda cresce 160% este ano no Amazonas


Vício em crack avança e busca por ajuda cresce 160% este ano no Amazonas
ManausAcompanhada por dois policiais, da mãe e da tia, a adolescente Vanessa* deu entrada, nesta semana, na ala feminina da Fazenda Esperança, comunidade terapêutica de recuperação de dependentes químicos, com o objetivo de se recuperar do vício em crack. Debilitada, ela faz parte de uma realidade que cresce silenciosa pelas ruas de Manaus: a expansão do uso deste entorpecente entre os jovens. 
De janeiro a julho deste ano a Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Seas) registrou aumento de 160% na demanda por reabilitação de usuários de craque em Manaus.
Venessa conta que já era usuária de outras drogas quando começou a usar a crack. Ela experimentou, gostou e passou a fumar todas as noites. Em um mês de uso, a adolescente conta que percebeu que se continuasse ia morrer em pouco tempo. “ Decidi pensar na minha filha e recuperar minha dignidade”, disse.
Atualmente, cinco meninas estão em processo de desintoxicação na Fazenda Esperança, três delas ex-usuárias de oxy e duas de crack. Mariah de Mesquita Costa, 28, se recuperou da dependência em cocaína numa unidade da comunidade terapêutica em Botucatu (SP), e hoje é voluntária na casa em Manaus. Ela conta que as usuárias de craque chegam com a saúde muito comprometida e, em alguns casos, ameaçadas de morte por comprar e não pagar a droga. “A recuperação é gradativa. Aqui nosso programa de reabilitação dura um ano, e é baseado no trabalho, espiritualidade e convivência”, informou.
A ala masculina da Fazenda Esperança em Manaus recebe em média 13 jovens por mês, sendo que sete deles chegam dependentes do crack. O técnico-administrativo Ednilson Viana afirma que em torno de 60% dos 120 recuperandos estão buscando deixar o vício em craque. “Esta droga vicia mais rápido, mata mais rápido também e pode deixar fortes sequelas psíquicas, até a esquizofrenia”.

Números em alta

Em 2011, a Seas recebeu 24 pedidos de internação para dependentes de crack. Em 2012 foram apenas 15 solicitações. Já nos seis primeiros meses deste ano o número de famílias pedindo ajuda saltou para 39.
O chefe do Departamento de Proteção Social Especial (DPSE) da Seas, Ítalo Bruno Lima Nonato, afirmou que até o início deste ano o crack atingia um número inexpressivo de usuários em Manaus, e atribui a expansão do uso desde entorpecente ao baixo custo para compra. Uma pedra da droga, que equivale a uma dose, é vendida por R$ 5 nas ruas da cidade.
O psicólogo destaca que os números da Seas representam apenas o quantitativo das famílias que pediram ajuda no sistema público de saúde e não traduz o total de usuários de crack em Manaus. “Muitos pais internam o filho diretamente nas casas de reabilitação, ou até fora do Estado, e não passam pelo nosso controle”, informou.
Ítalo Bruno explica que o crack é composto pelo refugo da cocaína e maconha, e avalia que as porções consumidas em Manaus são produzidas nos laboratórios de drogas dentro da cidade. Ele ressalta que cada pessoa reage de modo diferente a droga, podendo ter surtos de agressividade e alucinação ou comportamento introspectivo.
Segundo os dados da Seas, a maioria dos usuários de crack em Manaus são de famílias de baixa renda e residem nas zonas leste e norte da capital.

*O nome foi alterado para não expor a adolescente.

Fonte - d24Am

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