Adiada decisão sobre projeto que muda a Lei de Drogas
Agencia Senado - Tereza Cardoso
Em razão de pedido de vista coletivo, a
 Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado adiou votação de projeto 
que trata de três inovações no combate ao consumo de drogas: a 
internação compulsória do usuário, o apoio das Forças Armadas contra o 
tráfico e a ênfase da repressão nas fronteiras. Apresentado em 2010 pelo
 então senador Demóstenes Torres, o texto (PLS 111/2010)
 prevê prisão para o usuário de droga. A relatora, senadora Ana Amélia 
(PP-RS), defende contudo um substitutivo que favorece o tratamento 
especializado para esse usuário.
Os senadores Humberto Costa (PT-PE) e 
Romero Jucá (PMDB-RR) alertaram para a necessidade de análise mais 
profunda do projeto e apresentaram pedido de vista coletiva do texto. O 
ponto nevrálgico da iniciativa é a reintrodução da pena privativa de 
liberdade para o consumidor de droga. Para a relatora, a lei moderna 
tira o usuário da área do crime para introduzi-lo na área da saúde. Por 
isso, em sua avaliação, reinserir a prisão não é medida que se coadune 
com os parâmetros da lei moderna.
"Essa reintrodução rompe com a lógica 
da Lei de Drogas [Lei 11.343/2006] e representa o retorno a um modelo 
centrado em medidas repressivas, que já se mostrou incapaz de responder 
adequadamente às necessidades de saúde dos usuários de drogas’ – disse 
Ana Amélia.
A relatora também alegou que o 
Ministério da Saúde tem-se manifestado reiteradamente contra qualquer 
proposta de revisão da legislação sobre drogas que objetive tornar mais 
dura a punição aos usuários. O poder público tem entendido que esse tipo
 de medida apenas afasta os usuários da busca por tratamento junto aos 
serviços de saúde, por temor de punição com prisão.
No entender de Ana Amélia, o medo leva à
 ocultação e, consequentemente, a uma maior dificuldade de as políticas 
públicas de saúde atingirem as pessoas que delas mais necessitam. Por 
reconhecer, contudo, que a lei precisa ser mais incisiva para encaminhar
 os dependentes a tratamento especializado, a senadora defende um texto 
substitutivo do qual consta inclusive a internação compulsória, prevista
 na Lei 10.216/2001, aplicada hoje aos acometidos de transtornos 
mentais.
Fonte - Senado.Gov 
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A prisão é um retrocesso, sem dúvida.
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