• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

Nova lei muda sabor dos cigarros na Austrália

Nova lei muda sabor dos cigarros na Austrália
Quase oito meses já se passaram desde que a Austrália implementou as leis mais rígidas do mundo relativas aos rótulos de pacotes de cigarros, trocando embalagens icônicas por imagens explícitas de úlceras bucais, pulmões cancerosos e membros gangrenados.

Embora especialistas digam que ainda é cedo para avaliar o impacto da lei sobre o consumo de tabaco, uma coisa é certa: os fumantes estão achando que o sabor dos cigarros mudou.

As queixas começaram quase imediatamente depois de a lei entrar em efeito. "É claro que não houve reformulação do produto", disse a ministra da Saúde australiana, Tanya Plibersek. "Foi apenas que, ao serem confrontadas com uma embalagem repulsiva, as pessoas deram o salto psicológico para um sabor repulsivo."

A Austrália tem estado na dianteira na exigência de inclusão de imagens explícitas nas embalagens de cigarros e afins.

Ministros da União Europeia acordaram normas exigindo que advertências de saúde contendo imagens e texto cubram 65% dos dois lados dos maços de cigarro (a exigência anterior era de 40%). As regras ainda aguardam a aprovação do Parlamento Europeu.

Nos Estados Unidos, uma lei de 2009 previu grandes avisos com imagens e texto na parte superior dos dois lados dos maços de cigarros. Mas os tribunais federais ainda estão analisando contestações apresentadas pela indústria de cigarros.

A nova lei em vigor na Austrália, que proíbe os logotipos de marca e exige que avisos de saúde cubram 75% da frente dos maços de cigarros e 90% do verso, tem por objetivo anular a atração das marcas muito conhecidas. No ano passado, a Alta Corte australiana rejeitou uma ação contestatória movida pelas empresas British American Tobacco, Imperial Tobacco, Japan Tobacco e Philip Morris Austrália, que argumentavam que a lei violava seus direitos de propriedade intelectual.

A lei das embalagens de cigarros está rapidamente se convertendo em questão controversa no comércio internacional. A Philip Morris Ásia, cuja sede fica em Hong Kong, está contestando a legislação sob os termos de um amplo acordo comercial bilateral fechado em 1993 para promover e proteger o comércio entre a Austrália e Hong Kong.

Em maio, Cuba, a maior produtora mundial de charutos finos, registrou junto à Organização Mundial do Comércio uma "solicitação de consultas" com a Austrália. A República Dominicana, Honduras e a Ucrânia já contestaram a Austrália na OMC em relação à questão.

A Japan Tobacco é a maior fabricante de cigarros da Ásia com ações nas bolsas. No final de junho, a empresa informou que abriu uma ação judicial contra o governo tailandês devido ao plano deste de aumentar dos 55% atuais para 85% a parte das embalagens dos maços de cigarro a ser coberta por avisos de saúde explícitos.

A questão do sabor dos cigarros ganhou destaque na tabacaria Sol Levy, em Sydney. A gerente Evelyn Platus, disse que, no caso das embalagens, a ira que ela normalmente reserva ao "Estado superprotetor" se voltou contra a indústria do cigarro."As empresas de cigarros parecem ter aproveitado a situação para fabricar seu produto em outro lugar", disse ela.

Scott McIntyre, porta-voz da British American Tobacco, rejeitou as queixas relativas ao sabor. "São os mesmos cigarros, fabricados da mesma maneira, nas mesmas fábricas australianas e pelas mesmas pessoas, como vem sendo feito há muito tempo", disse ele.

Simon Chapman, da Universidade de Sydney, disse que a reação negativa dos fumantes é um bom sinal para os antitabagistas. "É possível influenciar a percepção do sabor com a embalagem em que um produto vem", disse ele. "O exemplo mais óbvio disso é o vinho. Você desconhece a maioria dos vinhos e, para escolher um, elege aquele com boa aparência."

Fonte - Folha de São Paulo


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Pesquisa nega que maconha tenha benefício contra esclerose múltipla progressiva

Pesquisa nega que maconha tenha benefício contra esclerose múltipla progressiva

 O Globo
 
É mito que a maconha tenha benefícios contra os efeitos da esclerose múltipla progressiva. 
A afirmação é de pesquisadores britânicos que conduziram um amplo estudo clínico com cerca de 500 portadores da doença autoimune, em que foram testados os efeitos da substância ativa da planta, o tetraidrocanabiol (THC, na sigla em inglês). A exceção, ponderam os cientistas é para pacientes que apresentam a menor escala entre os graus de danos causados pela enfermidade.

O estudo foi publicado na revista “The Lancet Neurology”, uma das mais conceituadas no mundo científico. Pacientes de 26 centros de referência da doença em todo o Reino Unido foram estudados por oito anos. Os voluntários foram divididos em dois grupos: parte recebeu cápsulas com o THC e outra recebeu as mesmas cápsulas, mas sem a substância. Nenhum paciente sabia se a pílula tinha ou não o THC e todos receberam as cápsulas por três anos.

Em geral, o estudo não encontrou nenhuma evidência para apoiar um efeito do THC sobre a progressão da esclerose múltipla no resultado principal da pesquisa. No entanto, houve alguns indícios que sugerem um efeito benéfico nos participantes que estavam no extremo inferior da escala de incapacidade no início da pesquisa, mas, como o benefício só foi encontrado em um pequeno grupo de pessoas, e não em todo o grupo, mais estudos serão necessários para avaliar a robustez deste resultado.

Os atuais tratamentos para a esclerose múltipla são limitados, tanto quando destinados para o sistema imunológico nas fases mais iniciais da doença quanto em sintomas específicos, como espasmos musculares, fadiga e problemas na bexiga, disse o professor de neurociências clínicas John Zajicek, da Universidade de Plymouth.

- Atualmente, não há tratamento disponível para retardar os efeitos da esclerose múltipla quando ela se torna progressiva. Experimentos em laboratório já sugeriram que alguns derivados da cannabis podem ser neuroproterores. Nosso estudo não confirmou as descobertas feitas em laboratório, apesar de haver algum indício de benefício que aqueles no menor grau na escala de evolução, há pouca evidência para sugerir que o THC tem um impacto a longo prazo no retardamento da progressão da esclerose múltipla.

A forma progressiva é um dos subtipos da esclerose múltipla. A forma mais comum é a remitente-recorrente, caracterizada por surtos que duram dias ou semanas e, em seguida, desaparecem.

O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de Plymouth e financiado pelo Conselho de Pesquisa Médica, do Reino Unido, a Sociedade de Esclerose Múltipla, do mesmo país e gerenciado pelo Instituto britânico de Pesquisa em Saúde.


Fonte - O Globo

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Pais fumantes em crise cortam despesas com filhos para sustentar hábito de fumar

Pais fumantes em crise cortam despesas com filhos para sustentar hábito de fumar

Pais fumantes em crise cortam despesas com filhos para sustentar hábito de fumar
Uma pesquisa realizada pela farmacêutica Pfizer no Reino Unido revelou que pais fumantes, além da chance de exporem os filhos à fumaça do cigarro, são menos solidários com seus rebentos. Mães e pais dependentes em nicotina dão menos presentes de Natal, compram menos roupa e até dão menos comida para sustentar a dependência ao cigarro.

A pesquisa, que analisou o comportamento de vida de fumantes, também descobriu que algumas pessoas roubaram amigos, adquiriram cartões de crédito e até pediram cigarro a estranhos na rua quanto o dinheiro acabava.

A pesquisa aplicou um questionário a 6.271 fumantes sobre como eles financiado fumar em tempos econômicos mais difíceis. O levantamento mostra que enquanto 60% dos fumantes se recusavam a pagar mais de 8 libras por um maço - o equivalente a R$ 27 -, mas 1% respondeu que estavam dispostos a pagar até 40 libras, ou R$ 136,50.

Entre os fumantes entrevistados, 20% admitiram ter comprado roupas mais baratas para os filhos para economizar dinheiro, em vez de reduzir o consumo de cigarros. Dezessete por cento informaram ter gastos de alimentação, 35% com guloseimas e 20% em presentes de aniversário e de natal para não faltar para o hábito de fumar. Sete por cento deixaram de pagar viagens escolares para seus filhos com o mesmo objetivo.

- A maioria dos fumantes está plenamente consciente dos encargos financeiros que o hábito de fumar pode ter nas suas vidas, mas a grande maioria não está aproveitando a ajuda gratuita disponível para eles a partir de sua saúde profissional - disse Sarah Jarvis, que está envolvida na campanha Pfizer, mencionando o serviço de saúde gratuito para quem quer parar de fumar no Reino Unido.


Fonte - O Globo

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Cientistas desenvolvem técnica para identificar DNA humano em drogas

Cientistas desenvolvem técnica para identificar DNA humano em drogas

Cientistas desenvolvem técnica para identificar DNA humano em drogas
Cientistas australianos desenvolveram novas técnicas de identificação de DNA em drogas ilegais e de coleta de material genético em zonas de desastre.

O ex-cientista da polícia Paul Kirkbride afirmou que o primeiro passo foi confirmar a presença de DNA em drogas, já que até o momento não era comprovado que os narcóticos também eram capazes de armazenar rastros genéticos. "O segundo passo foi "desenvolver um processo de sequenciamento" para obter a informação que permite identificar de onde a droga vem e determinar se os carregamentos estão relacionados com outros", explicou Kirkbride.

O biólogo molecular Leigh Burgoyne, que liderou este estudo da Universidade Flinders, conseguiu identificar diversas informações em mostras de drogas ilegais, como terra, pelo de animal, pólen, fungos, vírus e DNA humano a partir de restos de cabelo ou pele.

Os cientistas acreditam que a descoberta permitirá identificar as pessoas envolvidas na produção e na distribuição a partir dos carregamentos confiscados. A droga, ao contrário dos remédios, é elaborada sem controles de impurezas ou contaminação.

A pesquisa partiu da suposição de que as pessoas "contaminam" as substâncias ilegais, o que permite comparar "os mesmos padrões de sujeira e os tecidos humanos", explicou Burgoyne à emissora "ABC".

A mesma equipe também conseguiu colher material genético com um arame quente, uma técnica que permitirá a obtenção de DNA após acidentes de avião, atentados e incêndios florestais. O Instituto Nacional de Ciência Legista da Austrália reconheceu a qualidade de ambas as técnicas, ainda em uma etapa preliminar, informou a emissora "ABC".


Fonte - Globo.com

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Discurso do papa sobre as drogas irrita estudiosos do comportamento humano

Discurso do papa sobre as drogas irrita estudiosos do comportamento humano


Especialistas lamentaram a posição do papa Francisco em seu discurso


Especialistas lamentaram a posição do papa Francisco em seu discurso, quando criticou iniciativas que estariam “deixando livre o uso das drogas”. Segundo a socióloga Julita Lemgruber, coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes, disse à Folha de São Paulo, “lamentavelmente, o papa se equivoca ao relacionar as política antiproibicionistas com uma ideia de liberou geral, de anarquia, quando é justamente o contrário”.

- As pessoas que defendem a legalização a querem com regulação, com ação do Estado. Hoje, as drogas são proibidas e, mesmo assim, o consumo cresce no mundo.

A jurista Maria Lúcia Karam, membro da ONG internacional Leap (Law Enforcement Against Prohibition), disse que o papa “irá compreender, mais cedo ou mais tarde”, que os sofrimentos causados pela proibição são maiores do que os do vício. “Essa política de guerra às drogas é inconciliável com os valores cristãos. Ela provoca violência, morte, está enchendo os cárceres do mundo todo”, disse. “A legalização da produção, do comércio e do consumo de todas as drogas é fundamental para por fim a esses sofrimentos.”

Especialistas elogiaram a figura do papa, por seu perfil carismático e humanista, mas afirmaram que ele está mal orientado no tema.

- Ele tem uma postura que é extremamente inspiradora e positiva e, por tudo isso, eu tinha uma esperança muito grande de que ele pudesse vir a se tornar uma liderança positiva nas áreas mais importantes da experiência coletiva global – disse o antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de Segurança Pública.

- Essa opinião é profundamente equivocada. É muito bem intencionada, ninguém duvida, mas está na contramão do que os pesquisadores têm encontrado crescentemente. A proibição está na raiz de todos os problemas mais importantes e da violência associada às drogas.

Soares afirmou ainda que, em sua crítica, Francisco deixou de se referir a substâncias lícitas como álcool e tabaco, cujo consumo e a dependência estão muito mais disseminados entre a população, com maiores danos. “Se ele está convencido de que a proibição é necessária, teria, por uma questão lógica, de estendê-la ao álcool e ao tabaco. Será que o papa está disposto a arcar com o corolário da sua própria proposição?”, perguntou.

Pedro Abramovay, professor da FGV-Rio e ex-secretário nacional de Justiça, fez uma interpretação positiva do discurso papal. “Me conforta ouvir que a maneira [de lidar com os usuários] que ele enfatiza é a do tratamento, da saúde, da caridade, e não a da prisão, que é o que vem sendo aplicado em boa parte da América Latina e do mundo.”

Imprensa internacional destaca discurso do papa

O discurso do papa Francisco condenando a liberalização do uso de drogas, durante a inauguração do Polo de Atendimento a Dependentes Químicos, do Hospital São Francisco, no bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio, foi destaque na imprensa internacional.

O site do jornal inglês The Guardian ressaltou que o pontífice entrou em temas políticos com uma veemente condenação dos movimentos de legalização do uso de drogas. Segundo o jornal, os comentários do papa vão de encontro “ao movimento crescente na América Latina de liberalizar as vendas de maconha e outros narcóticos a reboque de décadas de violenta e ineficiente guerra contra as drogas na região.” O jornalista Jonathan Watts também destacou que o papa Francisco “lançou um rigoroso ataque contra os mercadores da morte que vendem drogas”.

O jornalista do periódico espanhol El País, Pablo Ordaz, informou que o pontífice fez um apelo “contra a praga do narcotráfico que favorece a violência e semeia dor e morte”. O jornal também destacou a primeira homilia do papa na Basílica do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. De acordo com o El País, o papa enfatizou que os católicos não podem ser pessimistas e que a Igreja Católica deve enfrentar as questões do mundo moderno “de forma positiva, sem medo, deixando para trás a ameaça constante do inferno e do fogo eterno”.

O correspondente do jornal norte-americano The New York Times, Simon Romero, por sua vez, ressaltou os erros na visita do papa, lembrando da chegada tumultuada no Rio de Janeiro, em que o carro que levava o pontífice foi cercado por fiéis. O jornal criticou a pane por duas horas do metrô carioca prejudicando milhares de passageiros, principalmente peregrinos que se dirigiam a Copacabana, onde ocorria a cerimônia de abertura da Jornada Mundial da Juventude. O jornalista também informou que as autoridades do Rio de Janeiro têm enfrentando críticas sobre a forma como têm lidado com as manifestações na cidade.

Correio do Brasil Por Redação de Brasília 
 
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Uso de antidepressivos e estabilizadores de humor crescem entre crianças e adolescentes

Uso de antidepressivos e estabilizadores de humor crescem entre crianças e adolescentes

 
Uso de antidepressivos e estabilizadores de humor crescem entre crianças e adolescentes
Somente no ano passado, foram vendidos no Brasil 42,3 milhões de caixas de medicamentos antidepressivos, estabilizadores de humor e ansiolíticos (que diminuem a ansiedade), o que gerou um movimento de R$ 1,85 bilhão – 16% a mais do que em 2011.

O aumento no número de diagnósticos e, consequentemente da prescrições de remédios, tem colocado em alerta especialistas e entidades para o fenômeno que, tanto no país quanto no exterior, já se convencionou chamar de “hipermedicalização” da população.

A preocupação se acentuou nos últimos anos com a produção de novas pesquisas e livros sobre o tema. Estudo divulgado neste ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por exemplo, revela que, entre 2009 e 2011, o consumo do medicamento metilfenidato – popularmente conhecido como Ritalina, um de seus nomes comerciais – mais do que dobrou no Brasil.

O remédio, usado no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), tem ganhado espaço principalmente entre crianças e adolescentes. Somente no Paraná, o consumo do remédio na faixa entre 6 e 16 anos aumentou 118% no período estudado.

A Ritalina aumenta a atenção e controla os impulsos de crianças diagnosticadas com transtornos. Não sobram críticas, porém, ao uso indevido do medicamento, tratado por pais e educadores como uma ferramenta para controlar os jovens mais exaltados – tanto que o remédio é chamado de “droga da obediência”.

A psicóloga Renata Guarido é uma das críticas do uso do metilfenidato, tema de um estudo apresentado em sua dissertação de mestrado na Universidade de São Paulo (USP). Segundo ela, muitos agentes escolares “estão crentes de que a variação no uso do remédio é responsável pela variação dos comportamentos e estados psíquicos das crianças.”

A banalização de diagnósticos e o uso irrestrito para tratar transtornos mentais não se restringem ao metilfenidato. A professora da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp) Rosana Onocko-Campos recentemente esteve à frente de um projeto que percorreu postos de saúde e Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de Campinas. Descobriu que, nesses locais, o tratamento em saúde mental está reduzido ao uso de psicotrópicos.

“A pressão vem de todos os lados, inclusive da indústria farmacêutica, que tem interesse que se prescreva mais. Hoje vivemos numa sociedade em que temos que estar bem e alegres o tempo inteiro. Se ser saudável é isso, então tenho que estar o tempo inteiro intoxicada com algo”, critica.

Primeiro o diálogo, depois a prescrição

O último levantamento da Anvisa focado em remédios controlados, de 2011, mostra que quase metade destes medicamentos vendidos nas farmácias são para transtornos mentais e de comportamento. Conforme a agência, entre os 143 medicamentos de venda controlada comprados por meio de receitas entre 2007 e 2010, 44% figuram no rol de antidepressivos, ansiolíticos e estabilizadores de humor.

A tendência de embasar o tratamento psiquiátrico unicamente nos medicamentos é criticada por parte dos médicos. Ao mesmo tempo em que descartam o uso do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, na sigla em inglês), esses profissionais defendem um retorno ao tratamento clássico, focado nos anseios e temores do paciente, e não apenas em seus sintomas.

“Temos que deixar mais afinado o diagnóstico e propor a medicação só quando o paciente efetivamente precisar. É preciso, principalmente, conhecer a história da pessoa, entender como surgiu esse problema, o que ele está sentindo, o que ele pretende. E essas são questões que somente uma conversa técnica e afetiva vai esclarecer”, defende o médico psiquiatra Osmar Ratzke.

Contrassenso

Para o diretor-secretário da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Luiz Carlos Coronel, a popularização dos antidepressivos e remédios semelhantes também mascara um grave contrassenso: enquanto parte da população acaba medicada sem necessidade, outra parcela segue sem ter acesso ao tratamento. “O grande problema não é o diagnóstico exagerado, mas a falta de assistência na rede pública. Às vezes, se leva de três a cinco anos para se fazer um diagnóstico de depressão e, aí, essa pessoa já começa o tratamento como um doente crônico”, diz.

Atualizações do Manual da Psiquiatria têm relação íntima com o “boom” da indústria farmacêutica

Nos Estados Unidos, principal mercado consumidor de medicamentos no mundo e onde nasceu há 60 anos o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, na sigla em inglês), as discussões sobre a "hipermedicalização" têm chegado ao grande público por meio de jornalistas e médicos que colocam em xeque a eficácia dos remédios para tratar doenças como a depressão e o déficit de atenção. Em seu livro "Anatomy of an Epidemic" (Anatomia de uma Epidemia, sem lançamento no Brasil), o jornalista Robert Whitaker defende que estes medicamentos não são só ineficazes, mas prejudiciais à saúde.

Whitaker lembra que, assim que os efeitos colaterais de certo remédio aparecem, estes efeitos são tratados com outras drogas e, ao fim, o paciente acaba refém de um "coquetel de medicamentos para tratar um coquetel de diagnósticos". Tanto o jornalista, que recebeu prêmios pelo livro, quanto outros especialistas, têm como alvo principal a indústria farmacêutica, considerada uma das mais influentes no país.

De fato, a escalada da produção dos antidepressivos e ansiolíticos coincide com a elaboração da terceira versão do DSM, em 1980, quando, pela primeira vez, transtornos mentais passaram a ser diagnosticados a partir da presença de um certo número de sintomas relatados no manual. O guia passou a garantir que diferentes psiquiatras que atendessem o mesmo paciente propusessem o mesmo diagnóstico. Mas, por outro lado, também passou a justificar o uso em massa de medicamentos para atacar os sintomas descritos.


Fonte - Gazeta do Povo 
 
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Crack, é possível vencer: Maceió triplica atendimento a usuários de drogas

Crack, é possível vencer: Maceió triplica atendimento a usuários de drogas

Crack, é possível vencer: Maceió triplica atendimento a usuários de drogas

A Secretaria Municipal de Saúde de Maceió(SMS) anunciou que, do início do ano até agora, a quantidade de usuários de drogas assistidos pela rede triplicou. Só para se ter ideia, apenas o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas 24 horas (CAPs AD) Dr. Everaldo Moreira, localizado no Farol, vem atendendo a uma média de 80 pessoas por dia.

A demanda do Consultório na Rua – outra ação que faz parte do Programa Crack, é Possível Vencer – em diversos bairros da capital também aumentou, o que fez com que o atendimento agora seja diário, sempre das 13h às 22h.

Na prática, o CAPS AD acolhe em sua sede usuários e familiares de dependentes químicos. No local, eles têm acesso a uma equipe multidisciplinar, que oferece alimentação, tratamento psicoterápico, assistência médica, atividades esportivas, oficinas de artesanato e, agora também, cursos profissionalizantes.

“De fevereiro deste ano para cá, triplicamos nosso atendimento. Se o pessoal não estivesse aqui, estaria na rua se drogando”, comemora a coordenadora do CAPS AD, Tereza Cristina Tenório.

Esta semana, o CAPS AD contabilizou mais uma vitória: a primeira turma do curso de eletricista (uma parceria com o Senai) tem 24 alunos, que demonstram otimismo com a perspectiva de mudança de vida. Para ter acesso às aulas, eles ganharam uniforme e material de trabalho.

Em paralelo, as equipes do Consultório na Rua continuam à todo vapor, acompanhando e encaminhando os usuários de crack, álcool e demais drogas à rede de atenção do município. Seis equipes – três à tarde e três à noite – se dividem diariamente entre os bairros de Vergel do Lago, Centro, Jaraguá e Benedito Bentes.

“Nossas equipes seguem os fundamentos e as diretrizes definidas na Política Nacional da Atenção Básica, atuando frente aos diferentes problemas e necessidades de saúde da população em situação de rua”, explicou a coordenadora do Consultório na Rua, Renata Guerda.

Além de palestras educativas, oficinas de música, pinturas e jogos, as atividades têm como objetivo realizar curativos, fazer visitas domiciliares, garantir o acesso da população às unidades de saúde, entrega de insumos, entre outras ações.
Os Consultórios na Rua estão vinculados às seguintes unidades de saúde: Roland Simon, Hamilton Falcão, Osvaldo Brandão e Durval Cortez.

Ações
O CAPS AD e o Consultório na Rua são ações que estão sendo implementadas pela SMS, que coordena o Comitê Local de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas. O comitê – criado em fevereiro deste ano, através de decreto municipal – nasceu do termo de adesão assinado pelo governo do Estado e a Prefeitura de Maceió, através do programa do Governo Federal “Crack, é Possível Vencer”.

Para enfrentar as drogas, o programa federal estabeleceu três eixos de atuação: Prevenção, Cuidado e Autoridade. O eixo Prevenção tem como meta principal implementar ações educativas. Por isso, a prioridade do secretário municipal de saúde , João Marcelo Lyra, está sendo desenvolver ações nas escolas da rede municipal de Maceió.

Já o eixo Cuidado tem como objetivo estabelecer metas que visem estruturar a rede de atenção à saúde e acolher usuários e seus familiares, o que, na prática, acontece em Maceió através das ações CAPS AD e Consultório na Rua. Em relação ao eixo Autoridade, uma das prioridades é incorporar iniciativas voltadas para a segurança pública, como bases comunitárias e câmeras de monitoramento.


Fonte - Alagoas 24 horas 
 
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69% dos homicídios em Salvador tem alguma relação com tráfico de drogas

69% dos homicídios em Salvador tem alguma relação com tráfico de drogas

69% dos homicídios em Salvador tem alguma relação com tráfico de drogas
Estudo feito pela Polícia Civil da Bahia revelou que, dos 199 homicídios com motivação já identificada, ocorridos em Salvador no primeiro trimestre deste ano, 137 tiveram como autores, e boa parte das vítimas, envolvidos com o tráfico de drogas, representando 69% dos casos.

Elaborado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com base em inquéritos instaurados em suas delegacias, o estudo confirma a estreita relação entre tráfico e assassinato, crimes cujo combate e prevenção vêm sendo intensificados por meio de operações conjuntas do DHPP e do Departamento de Narcóticos (Denarc).

A estatística sobre a motivação de homicídios em Salvador foi apresentada pelo diretor do DHPP, delegado Jorge Figueiredo, na mais recente reunião do Comitê Executivo do Programa Pacto pela Vida. Iniciativa do Governo do Estado, o programa concentra esforços das secretarias estaduais e de outras instituições públicas, objetivando a interação com a sociedade civil, com vista a reduzir os índices de violência na Bahia.

O estudo revela que aconteceram, nos três primeiros meses do ano, em Salvador, 451 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), 252 dos quais sem motivação preliminar (56%). Sessenta e dois desses homicídios tiveram motivos diversos, como passionalidade, violência doméstica, rixa, cobrança de dívida (agiotagem), briga de trânsito, dentre outros, correspondendo a 31% dos casos.

A Região Integrada de Segurança Pública/Baía de Todos os Santos (RISP/BTS) concentrou, no primeiro trimestre de 2013, a maioria dos casos de homicídios decorrentes do tráfico de drogas em Salvador (72,5% das 203 ocorrências anotadas), sendo o subúrbio de Paripe a área de maior incidência. Na RISP/Central ocorreu, no mesmo período, 68,8% dos Crimes Violentos Letais Intencionais relacionados ao tráfico, havendo naquela região 135 casos, grande parte destes no bairro Tancredo Neves.

Fonte -Tribuna da Bahia
 
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Cigarros mentolados são mais prejudiciais que os convencionais, diz estudo

Cigarros mentolados são mais prejudiciais que os convencionais, diz estudo


Cigarros mentolados são mais prejudiciais que os convencionais, diz estudoOs cigarros mentolados são mais prejudiciais para a saúde que os convencionais e com eles é mais fácil começar a fumar e mais difícil deixar o hábito, segundo um estudo preliminar da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) divulgado nesta terça-feira.

A avaliação preliminar da FDA indica que os cigarros mentolados "estão provavelmente associados com um aumento na iniciação do hábito de fumar e na dependência à nicotina, assim como com uma diminuição do êxito para deixar de fumar", de acordo com um comunicado dessa agência.

A FDA sustenta que nos EUA cerca de 30% dos fumantes adultos e mais de 40% dos jovens consomem cigarros com sabor de mentol.

A expectativa é que o estudo da FDA assente as bases para regulações mais estritas no futuro sobre o mentol nos cigarros.

A agência antecipou que "tem a intenção de explorar a possibilidade de acrescentar o mentol à lista de componentes nocivos e potencialmente nocivos (HPHC, em inglês)".

Enquanto isso, a FDA prevê realizar novas pesquisas para avançar na compreensão dos efeitos do mentol nos cigarros e abordar essa questão em suas campanhas de prevenção do tabagismo entre os jovens.

Já em 2011 um painel de médicos, cientistas e especialistas em saúde pública convocado pela FDA elaborou um relatório no qual destacava que o mentol nos cigarros faz com que seja mais fácil seguir viciado em tabaco e mais complicado deixar o hábito.

Na época esse painel chegou à conclusão que a eliminação dos cigarros mentolados do mercado beneficiaria à saúde pública nos Estados Unidos.

Fonte - UOL Saúde

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Empresários estão investindo alto no comércio legalizado de maconha, nos Estados Unidos

Empresários estão investindo alto no comércio legalizado de maconha, nos Estados Unidos. 

A porta de entrada para esse novo negócio foi a liberação do uso recreativo da droga em dois estados americanos, no fim de 2012. Neles, o consumo é permitido para maiores de 21 anos.

Empresários estão investindo alto no comércio legalizado de maconha, nos Estados Unidos - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
Dezenove estados autorizam médicos a receitar no apoio de tratamento de doenças. O repórter Felipe Santana mostra como funciona essa indústria que, no futuro próximo, poderá se tornar bilionária.

Só tem um assunto sobre o qual Sandy gosta de falar mais do que das suas invenções culinárias: “Essas são minhas gêmeas, de 25 anos. Uma é enfermeira e a outra ainda está na faculdade. A mais velha tem 32 anos e é chefe de cozinha”, ela conta.

Ela criou as três filhas sozinha e adiou os planos para ela mesma. Só aos 60 anos conseguiu realizar o que sempre foi seu sonho. Em casa, mesmo, ela gravou um DVD de receitas e escreveu um livro para contar todos os segredos da sua cozinha.

E é no quintal de casa que ela planta o tempero que é sua arma secreta. “O jeito como as pessoas enxergam a maconha está mudando. Agora, elas a veem como um remédio”, conta.

Sandy e o irmão dela plantam 99 pés de maconha permitidos por lei. Eles têm autorização de um médico para cultivar a erva como remédio.

Sandy pesquisa técnicas para fazer comida à base de maconha. “A primeira receita que eu fiz foram brownies, mas ficaram horríveis, com folha saindo para todo lado. Aí eu resolvi me aperfeiçoar. Você precisa deixar cozinhando por três horas e, nesse tempo, vai sair o gosto da erva”, lembra.

Com a manteiga, ela frita e faz bolo. “Eu faço essas receitas principalmente para pessoas mais velhas, que gostam de tomar uma xícara de chá e comer um dos meus docinhos”, conta.

“Eu também aceito encomendas. Uma vez, para uma festa, fiz salgadinhos e o molho. Todos ficaram muito felizes”, diz.

A lei no estado da Califórnia permite que Sandy forneça as refeições para quem têm autorização médica para consumir maconha.

Mas muita gente tem essa permissão por lá e começa a surgir a indústria da maconha. “É a primeira vez na história do capitalismo que você tem um mercado de US$ 100 bilhões formado, isso só nos Estados Unidos, sem nenhuma marca que atue nessa área. Isso não vai continuar assim”, explica o empresário Jamen Shively.

Essa história começou no maior estado dos Estados Unidos. Há mais de 15 anos, a Califórnia legalizou o uso medicinal da maconha. No começo, a droga era prescrita para portadores de HIV e pacientes terminais de câncer. Mas, hoje em dia, a lei foi se flexibilizando e é muito fácil conseguir uma prescrição médica.

Cientistas já comprovaram a eficácia do THC, o principio ativo da maconha, no tratamento de náuseas e vômitos provocados pela quimioterapia, para pacientes que sofrem de glaucoma e de falta de apetite.

Mas os médicos nos Estados Unidos se baseiam em mais de 20 mil pesquisas, de menor repercussão, para receitar maconha para até 190 enfermidades diferentes. Entre elas, estresse, insônia, ansiedade, cólicas menstruais, dores nas costas, convulsões e epilepsia.

Como muita gente sofre de pelos menos um desses males, apareceu muito médico especializado só em receitar maconha.

Em um dos maiores jornais californianos, há uma seção de anúncios de clínicas especializadas só em dar receitas para pacientes que querem comprar maconha legalmente. Uma delas fica em Venice Beach, um distrito de Los Angeles.

Um lugar onde tudo é original, as pessoas são sempre um pouco diferentes, com gostos parecidos.

Na beira da praia, o anúncio da clínica: US$ 40, mais ou menos R$ 90, pela consulta. Nenhum funcionário quis gravar entrevista. Eles anunciam na rua e muitos turistas param para se consultar com um médico.

Acontece que, pela lei, apenas residentes na Califórnia podem conseguir uma autorização pra comprar a droga.

O repórter pergunta ao funcionário se mesmo quem não mora no local pode conseguir a prescrição. Ele diz que sim, desde que tenha um documento com foto.

O Fantástico foi testar. Enquanto o repórter preenchia a ficha cadastral, ele explica como pratica a fraude. No campo do endereço, ele instrui o repórter a colocar o do hotel. Ele diz que isso configura que o repórter é um residente temporário do estado.

O repórter entra no consultório médico e fica por lá durante cinco minutos. Depois de examiná-lo, o médico perguntou o que ele tinha. O repórter disse que tem insônia e recebeu um papel com a prescrição que o deixa comprar maconha medicinal em qualquer estabelecimento na Califórnia.

Além dos US$ 40 da consulta, são mais US$ 160 para fazer uma carteirinha, que é usada para identificação na hora da compra. Com cerca de R$ 460, e pouco esforço, o repórter virou um consumidor autorizado de maconha na Califórnia.

O Fantástico foi, então, testar a validade da carteirinha em uma loja perto dali. Ao entrar lá, um homem sentado atrás de uma mesa com o computador pegou a prescrição médica, a carteira de identidade e mandou o repórter subir. No segundo andar, havia mais de 30 tipos de maconha. E não foi difícil comprar um grama da que chamam de ‘old school’.

Foram US$ 18, cerca de R$ 40, por um grama de maconha. Na verdade, todo mundo pode ter acesso à maconha na Califórnia.

A pequena quantidade de maconha comprada durante esta reportagem foi jogada no lixo.

O médico William não se espanta com a facilidade com que a prescrição foi conseguida. “Eu sempre dou a prescrição para quem vem aqui, para que as pessoas possam usar enquanto estiverem na região”, ele conta.

Ele foi o primeiro médico nos Estados Unidos a prescrever maconha abertamente. Por isso, teve o registro profissional cassado. Mas conseguiu reverter a situação na Justiça. “Eu provei, no tribunal, que a maconha funciona como remédio para uma infinidade de problemas, talvez até problemas demais”, lembra.

Para o fundador de uma das principais organizações antidrogas dos Estados Unidos, falta comprovar os resultados positivos do consumo de maconha para a saúde: “Maconha vicia, tanto a cabeça quanto o corpo. E há estudos que mostram que a droga está relacionada a vários tipos de câncer e problemas mentais”, avalia Robert Dupont.

A prescrição dada por William ou por qualquer outro médico permite que o paciente, além de comprar, possa plantar de 6 a 99 pés de maconha em casa

De olho nos novatos no mercado da cannabis, o nome científico da maconha, surgiu a Oaksterdam - a universidade da maconha.

Carrie é a diretora da escola. “Já passaram por aqui mais de 15 mil alunos, de todas as partes, inclusive brasileiros. A gente ensina as pessoas a plantar, cozinhar e trabalhar nas lojas legalizadas que vendem o produto”.

Ela mostra os trabalhos feitos em aula. Alguns alunos vivem só da receita do comércio legal de maconha. É permitido que os fornecedores cobrem pelo trabalho que tiveram para cultivar a planta. Cada vez que floresce, eles vendem o excedente, o que não vão consumir.

Steve é o dono da maior loja de maconha do mundo. O produto fica exposto com rótulos que indicam a quantidade de THC, o princípio ativo da planta. Dá também para comprar a muda para cultivar no quintal.

Os compradores têm que ter a carteirinha médica para entrar no local. Kymberly é executiva em um grande banco e diz que usa maconha para aliviar cólicas menstruais. Ela diz que adora o local porque é grande e ela se sente segura.

Robert é escritor e diz que, indo à loja, não se sente financiando o tráfico de drogas. A namorada dele, que é designer, conta que os dois também usam o serviço de tele-entrega.

A loja atendeu 55 mil clientes em 2012. As vendas totalizaram US$ 30 milhões, mais de R$ 70 milhões. O dinheiro gerado, segundo o dono da loja, é usado para pagar impostos para o governo e é revertido em serviços para os clientes.

Mas Steve vê um futuro mais rentável. Ele diz que o estado da Califórnia está muito próximo de legalizar totalmente os negócios relacionados à maconha. “O livre comércio vai incentivar a economia, a inovação, a eficiência, a competição. E vai permitir que os preços sejam menores e o produto, de mais qualidade”, avalia.

“Um milhão de pacientes usam maconha medicinal na Califórnia. É uma indústria que já movimenta US$ 1 bilhão por ano só no estado e gera mais de US$ 100 milhões em impostos para o governo”, disse um morador.

A estratégia da Califórnia se espalhou pelos Estados Unidos. Nos últimos anos, outros 18 estados legalizaram o uso medicinal da erva. Essas iniciativas colocam em lados opostos os governos estaduais e o governo federal. Isso porque a legislação nacional proíbe o uso de maconha em qualquer situação. Mas os estados, nos Estados Unidos, têm o poder de estabelecer as próprias leis.

"Esse conflito está sendo discutido no Congresso, mas não está avançando. Enquanto isso, o governo federal reforça a atuação nesses estados, fechando estabelecimentos”, diz Robert Dupont.

Mas os estados continuam a aprovar as leis, cada vez com mais ousadia. No final de 2012, os estados de Washington e Colorado resolveram legalizar totalmente a maconha para uso recreativo da droga. E os investidores estão apostando todas as fichas nesse mercado, que dá os primeiros passos na cidade de Seattle.

Foi lá que surgiu uma pequena cafeteria que se transformou no que é hoje a maior rede de café gourmet do mundo. E foi inspirado nela que um empresário da cidade resolveu elaborar um plano de negócios parecido, só que para um produto bem diferente.

Jamen nunca tinha fumado maconha até dois anos atrás. Era alto executivo de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, a Microsoft. Responsável por encontrar novas áreas de negócios em que a empresa pudesse atuar.

Com a legalização da maconha, Jamen largou o emprego e já investiu US$ 10 milhões no que ele acredita que vai ser sua jogada de mestre: a primeira marca de maconha do mundo.

“Nós temos um plano de negócio detalhado, desde o jeito como vamos plantar, as variedades de maconha que vamos oferecer e até como vão funcionar nossas lojas”, ele explica.

Ele quer abrir sua primeira loja dentro de um ano. "A gente espera que, no futuro, exista uma lei federal para que possamos abrir uma rede de lojas funcionando em esquema de franquia em todo o país”, diz.

Ele está trabalhando para conseguir o máximo de apoio possível. Em junho, organizou uma grande reunião com a presença do ex-presidente mexicano e grande empresário Vicente Fox, que é a favor da legalização da maconha.

O empresário marcou esse encontro para mostrar que tem interesse em expandir a indústria internacionalmente. “Nós conversamos sobre o futuro da cannabis, uma possível legalização internacional. Se isso acontecer, como vai funcionar?”, ele conta.

Mas ele já tem fortes concorrentes. Brendan estudou administração em Yale, uma das maiores universidades do mundo. Ele trabalhava em um banco de investimentos até que percebeu que na maconha havia um mercado pouquíssimo explorado. “Nós começamos a contatar todos os investidores que conhecíamos. As pessoas nem sempre respondiam com investimento, mas todos respondiam positivamente”, lembra.

Assim como Jamen, Brendan largou o emprego e abriu a própria empresa, ao lado de dois sócios. Hoje, dois anos depois, o grupo já captou US$ 7 milhões, cerca de R$ 15 milhões, para investir em pequenas empresas relacionadas ao comércio de maconha.

A mais promissora, até agora, é um site. É uma página com mais de 500 variedades de maconha cadastradas e com mais de 60 mil comentários de usuários sobre os efeitos de cada tipo de cannabis no corpo humano.

O consumidor entra no site para descobrir qual tipo de maconha deseja. Por exemplo, se o usuário quer uma variedade que combata enxaqueca, estimule a criatividade, deixe feliz e combata o estresse, o resultado são sete tipos diferentes da planta.

Clicando em cada uma delas, o site informa a loja mais próxima que tem aquela variedade no estoque.

“A maior parte dos produtos relacionados à maconha usa clichês, desenhos de folhas, do Bob Marley, de mulheres nuas. Isso não é legal se quisermos mudar o status quo”, destaca Brendan.

“Nós queremos criar produtos comerciais, para pessoas normais, não maconheiros. Todo mundo com quem conversamos já fumou ou conhece alguém que fuma maconha. Nossos dois últimos presidentes e o atual admitiram que fumara maconha”, lembra Brendan.

Bill Clinton disse que fumou e não tragou. Depois, disse que não gostou. George W. Bush disse que fumou na adolescência. Barack Obama, em sua autobiografia, também disse que usou.

Nos últimos anos, muitas celebridades influentes nos Estados Unidos também admitiram o uso de maconha. O nadador Michael Phelps, o ex-vice presidente Al Gore, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, a candidata à vice-presidência, Sarah Palin, o ex-governador e ator Arnold Schwarzenegger e os atores Brad Pitt, Angelina Jolie, Jack Nicholson, Morgan Freeman, Robert Downey Jr., Jennifer Anniston.

Os empresários acham que falar sobre o assunto é um indício de que daqui um tempo os americanos verão pelas ruas uma máquina muito parecida com aquelas de refrigerante. Com umas moedas, a maconha está na mão.

O Vince inventou e patenteou o Medbox, que quer dizer "a caixa médica". “Nós vendemos as máquinas e lucramos ajudando as pessoas a abrir clínicas para vender a maconha legalmente. Nós corremos atrás da papelada e a pessoa já compra a máquina. É um pacote”, explica.

Ele investiu do próprio bolso cerca de US$ 500 mil. Em três anos, a companhia já está na bolsa de valores e o preço das ações só sobe. A empresa está avaliada hoje em US$ 400 milhões, quase US$ 1 bilhão.

“Há muito dinheiro por trás da legalização da maconha. E as pessoas estão fazendo de tudo para permitir o consumo da droga sem quaisquer restrições”, avalia o médico antilegalização Robert Dupont.

Um mercado bilionário que funciona ilegalmente está achando seus donos. No país onde nasceu a proibição da maconha, há 76 anos, hoje a erva virou negócio. Quem vai conseguir parar a vontade de ganhar dinheiro?
Fonte - Fantástico - G1

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Nova York acabou com cracolândias com o aumento do policiamento

Nova York acabou com cracolândias com o aumento do policiamento

 

Nova York acabou com cracolândias com o aumento do policiamento Policiais à paisana compravam drogas para identificar os criminosos. Na década de 80, NY era dominada por traficantes, usuários e mendigos.

Nova York também já teve suas cracolândias e conseguiu acabar com elas. Veja na reportagem de Hélter Duarte, Sérgios Telles e Anna Camaducaia, como a epidemia do crack surgiu na cidade, nos anos 80, e como a sociedade e as autoridades enfrentaram o problema. Júlia é uma sobrevivente. Aos 47 anos, ela valoriza as coisas mais simples da vida, como o ato de respirar.

Uma nova-iorquina conheceu o inferno muito cedo. "Eu comecei a usar drogas quando eu tinha dez anos. Aos 17 já estava usando o crack. Era uma droga barata. Fiquei no crack até os 25". Oito anos de vício fizeram Júlia perder quase tudo. "Eu perdi todos os meus amigos, perdi meu emprego, fiquei sem dinheiro, sem lugar para morar. Mas eu tinha uma filha pequena que eu amava”, diz.

Essa era a realidade de milhares de moradores de Nova York na metade da década de 80. Quem vê hoje áreas super valorizadas da cidade, como o Bryant Park, no coração de Manhattan, e bairros como Hells Kitchen, cheios de prédios de luxo, ou o West Village não imagina que já foram grandes cracolândias, muito parecidas com as que existem hoje em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.

Um mercadão de drogas. Territórios dominados por traficantes, usuários e mendigos, em plena luz do dia, para quem quisesse ver.

Dados do governo revelam que no ano de 87, 60% de todos homicídios em Nova York estavam relacionados ao uso de drogas. Mais da metade desse total (32%) tinha relação específica com o crack.

Robert Stutman era o chefe do DEA em Nova York, o órgão federal responsável pelo combate às drogas. Em entrevista pela internet ele diz: "Agosto de 85, foi quando vi crack pela primeira vez no nosso escritório. Um policial entrou na sala e falou: chefe, estamos encontrando essa droga por todo o Harlem e estão chamando de crack e a gente não sabe nada sobre ela".

O jornalista Richard Behar se lembra bem daquela época. "Parecia uma zona de guerra quando você andava à noite. Não havia tiroteio, era raro. Mas havia violência física, principalmente quando a gente tentava denunciar os traficantes para a polícia. E havia também prédios e apartamentos que eram ocupados para o uso da droga. Você poderia levar uma facada”.

Vinte e oito anos atrás, seria muito difícil imaginar essa cena: o Bryan Park completamente livre do crack, e as pessoas aproveitando a tarde com toda segurança. A droga, claro, ainda existe em Nova York e em outras cidades americanas. A diferença é que ela deixou de ser um problema fora de controle. Agora, essa mudança só aconteceu depois que o governo a sociedade e o governo passaram a trabalhar juntos.

Na década de 90, a quantidade de policiais em Nova York aumentou 45%. Homens à paisana compravam drogas para prender traficantes. E a lei era dura: no mínimo 15 anos de cadeia para quem fosse preso com 110 gramas de qualquer tipo de droga.

E houve ainda a política de tolerância zero do então prefeito Rudolph Giuliani, com punição automática para infrações como pichação.

Mas a maior mudança veio da mentalidade dos moradores. Richard vivia no East Village, onde existia uma cracolândia.

Um dia, ao sair de casa, ele disse: ‘basta!’. "Eu convoquei os vizinhos para uma reunião. Para minha surpresa todo mundo apareceu, até os bombeiros vieram com os caminhões da corporação, e começamos a exigir que a polícia tirasse os traficantes da área", conta.

Fonte - Bom Dia Brasil

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Projeto promove inclusão social de usuários de drogas

Projeto promove inclusão social de usuários de drogas

 

Projeto promove inclusão social de usuários de drogas
Cerca de 80 pessoas - entre usuários de crack e outras drogas - em situação de rua vão participar de atividades de educação, cultura e capacitação profissional por meio do projeto Corra pro Abraço, lançado nesta segunda-feira, 22, pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH)

Inicialmente, serão atendidos crianças, adolescentes e jovens do Centro Antigo de Salvador. Para desenvolver o projeto, que faz parte da Política Estadual sobre Drogas, do Pacto pela Vida, foi assinado convênio com o Centro de Referência Integral de Adolescentes (Cria).

De acordo com a superintendente de Prevenção e Acolhimento ao Usuário de Drogas e Apoio Familiar, da SJDH, Denise Tourinho, equipe formada por sociólogos, psicólogos, assistentes sociais e um agente de redução de dano estará nas ruas identificando os usuários de substâncias psicoativos.

Após a identificação, eles serão encaminhados à rede de Atenção Psicossocial e a programas do governo na área de educação, saúde, esporte, cultura e qualificação profissional. Projeto prevê ainda a participação deles em oficinas de teatro, pintura, capoeira, música, dança, artes marciais na rua, no primeiro momento. As atividades serão realizadas em praça pública.

Suporte

Os usuários que necessitarem de um tratamento mais especializado também serão encaminhados ao Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (CAPs- AD), localizado na Escola de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Terreiro de Jesus, no Centro Histórico de Salvador. O Caps presta suporte aos usuários de drogas e aos seus familiares, por meio de atendimentos psicológicos e clínicos.

Outro espaço é o Centro de Convivência Ponto de Encontro, localizado no Santo Antonio Além do Carmo, destinado à atenção dos dependentes químicos e um ponto de apoio social aos usuários de drogas. No local, eles podem tomar banho e fazer refeições, além de participar de oficinas de pintura e música.

Interior

Segundo o secretário da Justiça, Almiro Sena, o Projeto Corra pro Abraço não funcionará apenas na capital baiana. A ação vai ser estendida a outros municípios baianos. "Após a experiência em Salvador, vamos começar a trabalhar no interior. Hoje, temos 10 unidades terapêuticas que já atuam nas cidades com a recuperação de usuários de crack e outras drogas", informou, em nota.

Sena diz ainda que o trabalho é voltado à prevenção e o combate a droga, por intermédio de projetos com outras secretarias do estado. Na ocasião, foi lançado o Guia Intersetorial da Rede Álcool, Crack e outras drogas do Centro Antigo. O manual informa a relação das unidades que atendem usuários de substâncias psicoativas.
 
Fonte - Portal a Tarde

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Especialistas alertam para danos emocionais que hábito de fumar pode trazer

Especialistas alertam para danos emocionais que hábito de fumar pode trazer

Especialistas alertam para danos emocionais que hábito de fumar pode trazer
Uma pesquisa mostrou que emoções negativas como preocupação, stress, depressão e raiva são mais comuns entre fumantes que entre não-fumantes. Como você se sentiu durante boa parte do dia de ontem? Irritado? Estressado? Feliz? Satisfeito com a vida? Respeitado? Triste? Foram esses alguns dos questionamentos que uma empresa de consultoria norte-americana fez a cerca de 83 mil entrevistados como parte de um índice da saúde emocional.

O projeto separou fumantes de não fumantes e revelou que os amantes do cigarro relatam mais queixas sobre o cotidiano e a vida que pessoas sem o mesmo hábito.

Os dados do Gallup Healthways Well-Being Index são de 2012. De acordo com eles, cerca de 50% dos fumantes disseram ter sofrido com estresse no dia anterior, contra 37% dos não-fumantes. A diferença continua entre as outras emoções negativas.
Questionados sobre momentos de preocupação, 40% dos fumantes confirmaram ter experimentado o sentimento recentemente, assim como 28% dos não-fumantes. Outros 26% dos entrevistados que fumam também afirmaram sofrer de depressão, sendo que somente 15% do outro grupo relatou o mesmo.

A associação não é uma surpresa para especialistas. Além de ser, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o maior responsável por mortes evitáveis no mundo, o hábito de fumar também é um dos principais causadores de dependência química e, como consequência, um grande inimigo da saúde emocional.

“Se a nicotina é capaz ou não de causar diretamente depressão e sentimentos como esses eu não sei, mas ela está relacionada a várias questões que diminuem a qualidade de vida. E falta de qualidade de vida causa depressão”, afirma o psiquiatra do Ambulatório de Dependência Química do Hospital das Clínicas, Gustavo Coutinho.

O médico ressalta que é importante entender que a questão é complexa. Segundo ele, a dependência é uma forma do indivíduo lidar com situações corriqueiras da vida. “A maioria das pessoas que a gente atende passa por situações estressantes, estão passando por depressão ou ansiedade e associam esses sentimentos ao cigarro, porque ele está perto na hora difícil. Então, quando a gente vai tratar o tabagismo, sempre temos que tratar eles de alguma forma a estimulá-los a melhorar sua qualidade de vida”, relata.

O psicólogo e coordenador do Programa de Controle do Tabagismo de Sabará, região metropolitana de BH, Wagner Prazeres dos Santos, acredita que o cigarro é um mantenedor do status de depressão e stress de seus usuários. "Como ele associou tudo ao alívio que o cigarro dá, quando aparece o estresse, ele fuma. Passa a ser a maneira dele enfrentar o problema. Ele se alivia no cigarro e é dependente psicologicamente do que o cigarro traz para ele. É como um afeto que a pessoa passa a ter", diz.

No entanto, ainda não é claro se o ato de fumar causa problemas, como a depressão ou o estresse, ou se pessoas com esse tipo de problemas emocionais têm uma tendência maior de buscar o cigarro. "Na minha experiência prática vejo que quase 100% das pessoas que têm essa dependência são ansiogênicas, deprimidas ou têm depressão mascarada. Se isso deve-se exclusivamente ao tabagismo é difícil dizer", pontua Santos.

Falso alívio

O cigarro também traz consigo uma falsa impressão de alívio, o que faz seus usuários acharem que fumar ajuda a diminuir o estresse - quando, na verdade, o efeito pode ser o contrário. Um estudo britânico, publicado em 2010 pela revista Addiction, acompanhou 469 fumantes que foram hospitalizadas por problemas cardíacos e constatou que aqueles que decidiram parar de fumar tiveram quedas no nível de estresse.

Um grupo de 41% dos entrevistados conseguiu manter a abstinência durante um ano após as internações. Essas pessoas apresentaram uma redução de 20% nos níveis de estresse em relação aos registrados anteriormente, enquanto que para os participantes que voltaram a fumar os índices de tensão mudaram pouco. O estudo ainda afirma que, para algumas pessoas, fumar acaba contribuindo para o estresse crônico.

Sensação de prazer causada pela nicotina é associada ao ato de fumar e cria a ideia de alívio. Para especialistas, isso mascara a dependência. "O cigarro passa a ser para a pessoa um grande auxílio nos seus problemas diários. O fumante acha que o cigarro o acalma mas, na verdade, ele acelera o metabolismo. Ele é um excitante, que causa reações neuroquímicas no cérebro e dá a sensação de alívio e bem estar porque produz dopamina, um neurotransmissor ligado ao prazer", explica Santos.

O psicólogo ainda explica que por essa sensação de prazer ser tão frequente, o fumante passa a associar o hábito a uma espécie de "lugar seguro". "Ele causa uma dependência comportamental que é extremamente nociva", destaca.

O psiquiatra do HC Gustavo Coutinho ainda acrescenta: “A gente tem o costume de dizer que o tabagismo é mais que uma dependência química. Ele também uma dependência psicológica e um hábito aprendido pela repetição”.

Essa complexidade que envolve a dependência criada pela nicotina faz com que o tratamento envolva também o acompanhamento psicológico. Em Belo Horizonte, o Hospital das Clínicas ajuda pessoas abandonarem o hábito por meio de trabalhos em grupo, medicamentos e acompanhamento terapêutico. “A gente não pode simplesmente querer tirar o que causa a dependência sem que a pessoa aprenda a lidar com seus problemas de forma saudável”, explica o psiquiatra.

Evitar as coisas que a pessoa associa ao cigarro é uma atitude que ajuda quem quer parar. Se a hora de fumar é associada ao álcool, por exemplo, a sugestão para o começo do período de abstinência é evitar beber também.

Fonte - Correio Braziliense

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