• Maconha faz mal?

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DROGAS – Realidade da fronteira do Brasil com o Peru

DROGAS – Realidade da fronteira do Brasil com o Peru expõe a estupidez e até a crueldade da militância em favor da descriminação das drogas. Ou: A mão que sustenta o lobby


Blog do Reinaldo Azevedo

A Folha publica uma reportagem de Lucas Reis sobre a produção de cocaína na fronteira do Peru com o Brasil que traz números impressionantes. Ela dá conta do despropósito em que incorrem aqueles que defendem a chamada “descriminação do porte de drogas”, especialmente quando essa defesa vem ancorada em realidades que nada têm a ver com o Brasil — e, ainda assim, falsas. Já chego lá. Vamos ver.

DROGAS – Realidade da fronteira do Brasil com o Peru
Segundo o texto, as plantações de folha de coca do Peru avançam rumo à fronteira com o Brasil, e a estratégia da Polícia Federal brasileira, em parceira com forças policiais peruanas, tem sido a destruição dos laboratórios. Informa a reportagem: “A Operação Trapézio 3, em andamento desde o dia 13 pela Polícia Federal em conjunto com a polícia do país vizinho, já destruiu 24 desses laboratórios próximos ao município de Tabatinga (AM) e apreendeu mais de 70 toneladas de produtos químicos usados na produção da droga.” Mais: “Em 2011, a PF realizou a primeira operação Trapézio, cuja meta era a erradicação dos pés de coca. 

‘Erradicamos 90 hectares de coca, mas estimamos que ficaram, de pé, 10 mil hectares’, afirma o delegado [Mauro Sposito]. ‘A dificuldade para arrancar as plantas é grande. Além disso, você arranca e eles plantam de novo. Perde-se muito tempo.’”
Os dados não poderiam ser mais preocupantes: “Segundo estudo divulgado nesta terça-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU), nenhuma região do Peru multiplicou tanto sua produção de coca como na fronteira com o Estado do Amazonas. Em 2011, eram 1.700 hectares de plantação; no ano passado deu um salto de 73% e chegou a 2.900 hectares. Em relação a 2008, o crescimento da área plantada nessa região é de 471%. A Polícia Federal, porém, estima que esses números sejam modestos. ‘Nós calculamos que há mais de 10 mil hectares de plantação de coca na fronteira do Peru com o Brasil’, afirma Sposito. ‘Até 2004 não existia um pé de coca na fronteira. Essa droga não tem outro destino que não seja o Brasil’, disse o delegado.”

Retomo
Vamos ver. O país usado como referência de suposto sucesso da descriminação do porte de qualquer droga é Portugal. Mente-se de forma descarada ao se sustentar que o consumo de substâncias entorpecentes caiu. Ao contrário! Subiu! Aumentou enormemente o número de pessoas que entraram em contato com elas pela primeira vez. Também a violência cresceu, embora, antes como agora, exiba números abissalmente menores do que os de Banânia. 

Ainda não foi dessa vez que se conseguiu diminuir o consumo de uma substância facilitando a exposição das pessoas à dita-cuja. Como  observei nesta página no dia 22 de abril, ainda que fosse verdade tudo o que se diz sobre Portugal, estaríamos diante de uma mentira ao se tentar usar aquele país como parâmetro. A parte continental de Portugal, com o mar a oeste e ao sul, tem uma costa de 1.230 km apenas; ao norte e ao leste, um único vizinho: a Espanha. Banânia tem 9.230 km de litoral a serem vigiados e faz fronteira com nove países. Quatro deles são produtores de cocaína: Colômbia, Venezuela, Peru e Bolívia. E o Paraguai é origem de parte considerável na maconha que circula no Brasil. A população de Portugal inteiro é menor do que a da cidade de São Paulo: pouco mais de 10 milhões. Somos, por aqui, 200 milhões, divididos por uma desigualdade social estúpida.

Então voltemos à reportagem da Folha Online. Faz sentido falar em descriminação da posse de drogas diante do que se lê ali? O que vocês acham que aconteceria com a economia das regiões fronteiriças do Brasil — e, a rigor, com a do país? Os mais ousados querem ir ainda mais longe: defendem também o que chamam de descriminação do “pequeno tráfico”. Neste ano, o governo federal financiou um seminário em que se defendeu até a liberação da produção, da venda e do consumo de qualquer droga. Pois é… O Brasil poderia, assim, desistir das riquezas do pré-sal. Trocaríamos o ouro negro pelo outro branco — em pó.
O grande financiador dos lobbies em favor da descriminação de todas as drogas no mundo — INCLUSIVE NO BRASIL — é o multibilionário George Soros, por intermédio dos muitos braços da fundação Open Society. O que ele quer com isso? Não sei. Pode ser só uma convicção aloprada — e não creio que tenha se tornado um multibilionário porque meio maluco. Acho que não… 

Pode ser também um troço bem mais corriqueiro, banal até. Imaginem quanto dinheiro sairia das sombras para entrar no mercado, onde Soros é rei, caso houvesse um liberou-geral. Não se trata de nenhuma teoria conspiratória, mas de matéria de fato, objetiva. Façam vocês mesmos a pesquisa e chegarão às evidências. Não custa lembrar à margem: Soros é um dos fundadores do site de petições Avaaz, comandado, no Brasil, por Pedro Abramovay, um dos mais ativos prosélitos em favor da descriminação das drogas.
Não é raro que num embate qualquer sobre o assunto, fanáticos da causa indaguem, como se guardassem na manga um argumento mortal, pronto a disparar contra o oponente, quais seriam os interesses secretos e inconfessáveis por trás da proibição. Pois é… 

Encerro
 
O que se passa na fronteira do Brasil com o Peru indica o que aconteceria caso todas as drogas fossem realmente descriminadas, como querem os financiados de Soros mundo afora. É evidente que os desastres se distribuiriam desigualmente no mundo, ficando a pior parte, como de hábito, para os países pobres. Ou vocês conhecem país rico que pode produzir droga em escala industrial?
A militância em favor da descriminação das drogas é, acima de qualquer equívoco ou postura que se queira libertária, uma militância em favor da pobreza dos países que já são pobres.

Por Reinaldo Azevedo

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ATENÇÃO! DADOS SOBRE DROGAS DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ AFRONTAM A ARITMÉTICA ELEMENTAR OU: PARA A FIOCRUZ, MACONHA NÃO É MAIS DROGA?

ATENÇÃO! DADOS SOBRE DROGAS DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ AFRONTAM A ARITMÉTICA ELEMENTAR OU: PARA A FIOCRUZ, MACONHA NÃO É MAIS DROGA?

Blog do Reinaldo Azevedo
maconhaO desastre da política federal de combate ao crack está evidenciado de várias maneiras. O levantamento do site Contas Abertas ilustra com números inquestionáveis o que se percebe nas ruas. Nesta quinta, vieram a público dados de uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Eles já me pareceram escandalosos o suficiente como demonstração da incúria oficial. Escrevi a respeito. Lembrei as promessas jamais cumpridas de Dilma Rousseff também nesse particular e apontei, em face dos números, a irresponsabilidade daqueles que advogam a descriminação das drogas, a começar de Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz, um verdadeiro fanático da causa. ATENÇÃO, LEITOR, PARA O QUE VEM AGORA. Ainda que os números da Fiocruz já sejam, por si, devastadores, ESTOU COM A DESAGRADÁVEL DESCONFIANÇA DE QUE FOMOS ENGANADOS. Li a respeito, conversei com especialistas, e a equação não fecha. Parece que a Fiocruz está tentando fazer com que diabo pareça menos feio do que é.
Vamos ver.
A primeira restrição importante parte do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que é médico. Ele é demonizado pelas hostes favoráveis à descriminação das drogas por ser um duro crítico da proposta. A Fiocruz, por meio de um dos coordenadores da pesquisa, estimou em 700 mil o número de usuários de crack no Brasil — 370 mil deles estariam nas capitais e no Distrito Federal. Fato: o crack está disseminado em todo o país. Fato: não há cidade, por menor que seja, aonde não tenha chegado essa praga. Fato: consome-se crack até em aldeias indígenas. Fato: o crack, há muito tempo, não é mais um problema de áreas marginais de grandes centros urbanos.
Ora, ora… As capitais brasileiras, lembra o deputado, somam 44,7 milhões de habitantes. No país, somos 200 milhões. Uma regra de três simples apontaria, então, mantida a proporção, para algo em torno de 1,6 milhão de usuários em todo o país — e não os escandalosos em si, mas modestos, 700 mil, como estima representante da fundação. Ainda que se possa considerar que o crack se distribui desigualmente país afora, a desproporção seria gigantesca.
Vou aqui fazer uma continha. Segundo o Censo de 2010, a população das capitais está um pouco acima dos 44,7 milhões: 45.940.041. Arredondo para 46 milhões. Se é verdade que os usuários de crack nessas cidades somam 370 mil, temos uma taxa de 804,34 usuários por 100 mil habitantes, certo? Segundo os mesmos dados de 2010, a população brasileira somava 190.755.799 — arredondo para 191 milhões. Desse total, então, 145.000.000 viviam fora das capitais. A Fiocruz sustenta que o total de usuários de crack em todo o país chega a 700 mil. Se 370 mil estão nas capitais, os outros 330 mil se espalham nos demais municípios (é mesmo, é?), nesse caso, então, a taxa de usuários por 100 mil habitantes seria de 227,58. A Fiocruz pretende, assim, que acreditemos que a taxa de usuários de crack por 100 mil habitantes do resto do Brasil corresponde a apenas 28,29% do que se registra nas capitais.

Mas não é só isso, não! Prestem atenção ao que vem agora.

A pesquisa da Fiocruz utiliza uma metodologia segundo a qual “usuário regular” é aquele que utilizou crack por pelo menos 25 dias nos últimos seis meses. Na apresentação dos resultados, diz-se explicitamente que não se trata de 25 vezes, e sim de dias de utilização, “pois usuários de algumas substâncias (como cocaína em pó e crack), frequentemente, fazem uso das mesmas de forma repetida, num curto espaço de tempo, no contexto de um mesmo dia”.
Cabe, então, perguntar: dadas as características da droga e a relação dos consumidores com ela, não seriam estes “usuários regulares”, na verdade, DEPENDENTES? Afinal, numa continha simples, trata-se de indivíduos que utilizaram a droga AO MENOS um dia por semana nos últimos seis meses, em média!
Os dados divulgados, de 370 mil “usuários regulares” de crack nas capitais, tudo indica, esconde uma realidade bem mais perigosa: eles são mesmo é dependentes. Os usuários podem atingir um número dramaticamente maior.
Não por acaso, Ilona Szabó, tratada por setores da imprensa como uma espécie de Schopenhauer da descriminação das drogas, aproveita os números mais do que inconsistentes da Fundação Oswaldo Cruz para negar a epidemia, indagando em O Globo: “Por que o crack incomoda tanto?”. Ah, sei lá, vai ver se trata de uma conspiração de reacionários capitalistas contra esses revolucionários…

A hipótese sociológica

Como afirmei aqui, tudo o que é ruim nas sociedades é pior para os pobres, incluindo fenômenos e catástrofes naturais, como tempestades ou terremotos. Com o crack não é diferente. Estão tentando emprestar um viés sociológico meio vagabundo ao fato de que a pesquisa constatou que há mais consumidores da droga no Nordeste e ao fato de que os mais pobres são as maiores vítimas.
A tese sub-reptícia é a de que estamos diante de um problema de luta de classes. Se corrigidas as desigualdades, haveria menos consumo da droga — o que, por sua vez, dispensaria outras políticas públicas como repressão ao tráfico, intimidação do consumo e internação de dependentes.
O Lenad (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas), coordenado pelo psiquiatra Ronaldo Laranjeira, também evidencia um aumento do consumo no Nordeste, sinal de que o tráfico ganhou capilaridade e, numa estratégia típica de negociantes, foi buscar mercados menos hostis ao produto que vende — vale dizer, onde a repressão é menor.
Uma nova frente de estudos, aliás, se abre com essa evidência. Segundo o Mapa da Violência, enquanto o número de homicídios caiu bastante na região Sudeste nos últimos anos, atingiu índices alarmantes no Nordeste. Fica cada vez mais evidente a associação entre o uso de drogas, especialmente o crack, e os crimes violentos, outra realidade que a nossa Schopenhauer da descriminação pretende ignorar. O sujeito parte do assalto para o latrocínio não porque esteja sendo perseguido pela polícia em razão de seu vício. Mata, dona Ilona, porque está doidão e já não sabe distinguir um crime menor de um crime maior. E já não sabe a diferença entre a vida de um ser humano e a de um rato.
Ultima observação

A pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz também mede o percentual de consumidores de drogas ilícitas das capitais que consomem crack: seria de 35%. Por alguma razão que não consegui descobrir, a maconha foi excluída da conta. Ou por outra: não se sabe quantos dos consumidores de maconha também consomem crack.

Vai ver maconha deixou de ser droga…

Fonte - Por Reinaldo Azevedo

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Bebês abandonados por adolescentes viciadas em crack preocupam autoridades do Rio

Bebês abandonados por adolescentes viciadas em crack preocupam autoridades do Rio

DA AGÊNCIA BRASIL

A quantidade de bebês recém-nascidos abandonados por mães dependentes de crack preocupa autoridades e especialistas no Rio de Janeiro. Mensalmente a 1ª. Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da capital fluminense recebe ao menos 80 pedidos de audiência para medida protetiva de abrigamento a recém-nascidos.
"É uma coisa terrível e seríssima" lamentou a titular da vara, Ivone Caetano. "Tenho agendados, no mínimo, três a quatro bebês saídos dos hospitais, por dia, na minha vara. Fora os casos não agendados. E o crack contribuiu muito para isso", disse a juíza.

A chefe-geral do Serviço de Assistência Social do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), na zona norte, Dayse Carvalho, contou que a maternidade envia semanalmente para a Vara da Infância e da Adolescência da região até três recém-nascidos. Algumas mães passam mais de uma vez pelo hospital.

"Desde 2002 temos visto um crescente dessas mães usuárias de drogas. Naquela época levávamos um bebê para a vara a cada três meses ou mais. De 2010 para cá, esse número tem variado entre dois e três bebês semanalmente", contou a médica. Dayse Carvalho ressaltou que as mães não abandonam efetivamente os bebês mas se mostram, na maioria das vezes, incapazes de cuidar da criança. "Muitas choram quando perdem a guarda", lamentou ela.
Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgada na quinta-feira (19), aponta que cerca de 10% das mulheres usuárias de crack relataram aos entrevistadores estar grávidas e mais da metade já haviam engravidado ao menos uma vez depois que começaram a usar a droga. 

Bebês abandonados por adolescentes viciadas em crack preocupam autoridades do Rio
Dayse disse que a nova realidade da maternidade e da pediatria do hospital demandou a busca de parcerias. Uma das medidas tomadas foi o trabalho Amar, de acompanhamento pediátrico dessas crianças, além de uma parceria que está sendo costurada com o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), também da Uerj.

A diretora do Nepad, Ivone Ponczek, explicou que a ideia do projeto é tentar atrair essas mães para que façam pré-natal e trabalhar o vínculo da mãe com o bebê para que as mulheres não desistam da criança. "São, em geral, meninas completamente despreparadas para a maternidade, que não tiveram mães, então a questão do vínculo e da maternidade é muito complicado para elas", explicou a psicanalista.

"Algumas não têm o menor conhecimento do corpo, não sabem o que é pulmão, não sabem nem a relação de causa e efeito entre o relacionamento sexual e a gravidez", explicou ela, que defendeu ações socioeducativas e doação de preservativos para esse público como medida preventiva de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez.

O Nepad desenvolve há 28 anos pesquisas e trabalhos terapêuticos voltados para dependentes de todos os tipos de droga, com exceção do álcool. Entretanto, segundo Ponczec, o crack é a principal droga entre os dependentes atendidos no local.
"Estamos muito impactados, pois nunca pensamos que teríamos que lidar com bebês, crianças, essa relação da mãe com o bebê. Estamos, inclusive, criando um setor com espaço para a amamentação e para brinquedos. Recebemos grávidas, mães com bebês, mesmo crianças, com 6, 7 anos, já usuárias de crack", lamentou a especialista.

A especialista alertou que a situação é grave e pede atenção e esforços por parte das autoridades e da sociedade. "Se não houver intervenção, há o risco de uma continuação do quadro, de mais bebês na rua, abandonados, reproduzindo a mesma história", avaliou Ponzcek.
O psiquiatra do Nepad, Paulo Telles, explicou que o crack estimula o sexo para a obtenção de drogas, além de ser consumido em grande parte por adolescentes e pessoas muito jovens. "Quanto mais drogas se usa, menos prevenção se faz durante o sexo. São pessoas que não se cuidam e, provavelmente, não vão cuidar de filhos", lamentou ele. O médico informou que no Nepad, que o percentual de mulheres entre os usuários de crack é maior do que entre os usuários de outras drogas. 

Fonte - Folha de São Paulo


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Análise: Se tiver alternativa, viciado é capaz de preterir a droga

Análise: Se tiver alternativa, viciado é capaz de preterir a droga

 
FERNANDA MENA
DE SÃO PAULO


Análise: Se tiver alternativa, viciado é capaz de preterir a droga
A pesquisa da Fiocruz sobre o consumo do crack contesta algumas premissas do atual PLC 37/2013, projeto de lei de autoria do deputado Osmar Terra (PMDB-RS) que altera a lei de drogas no país.
A primeira diz respeito ao número de usuários no país: os autores estimam em pouco mais de 700 mil, contra estimativas anteriores de mais de 1 milhão, o que justificaria medidas urgentes.

O segundo toca a proposta de internação compulsória: pelo estudo, 78,9% dos usuários já desejam o tratamento. 

Mas há ainda uma pesquisa do neurocientista americano Carl Hart, da Universidade Columbia, em Nova York, que quebra outros paradigmas sobre usuários da droga.
Hart recrutou dependentes com anúncios no periódico "Village Voice" e selecionou quem topasse viver num hospital por algumas semanas.
Toda manhã, os voluntários recebiam uma dose --ora farta, ora modesta-- da droga. E, ao longo do dia, a mesma dose era ofertada ao lado de alternativas como dinheiro ou cupons de compras.

Quando a dose era farta, eles tendiam a escolher a droga. Quando a dose era menor, a tendência se invertia e eles escolhiam dinheiro ou cupom.
Ou seja, quando havia alternativas ao crack, usuários faziam escolhas economicamente racionais, não impulsivas. O experimento sugere que dependentes de crack não perdem a capacidade de fazer escolhas nem veem a droga como algo irresistível.
Para Hart, que analisa esses dados no livro "High Price" (Harper Collins), crucial é o papel do ambiente no uso do crack: sem alternativas, a droga seria muito atraente. 

O estudo da Fiocruz aponta que 40% dos usuários brasileiros estavam em situação de rua, 30% começou a usar a droga após problemas familiares e 9% porque tinha uma vida sem perspectivas.
Se as evidências de Hart estiverem certas, a chave para tratá-los pode estar aí.

Fonte - Folha de São Paulo

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O uso de drogas em centros de reabilitação - USA

O uso de drogas em centros de reabilitação é um problema crônico, e os membros da equipe se esforçam para manter fora as drogas de criativos, engenhosos e desesperados pacientes por elas.


O uso de drogas em centros de reabilitação - USA
Quando Betânia Ehrhart , 23, queria abandonar seu vício em analgésicos , sua mãe, Darlene , arranjou o dinheiro para o tratamento top-of-the-line no mundialmente famoso Betty Ford Center. Uma semana depois de sua chegada ao Celebrity Rehab , em Rancho Mirage , na Califórnia, diz Ehrhart , um paciente companheiro deu-lhe heroína contrabandeada no dia dos visitantes .
Ehrhart , apenas há alguns dias na desintoxicação, diz que foi impotente para resistir ao apelo de seu vício , levou a heroína e mergulhou em uma recaída, rodeada pelos conselheiros altamente bem pagos para ajudá-la .
Ehrhart diz que testemunhou uma transação de drogas no centro de reabilitação e disse que um membro da equipe insistiu não para denunciá-la . Em um e -mail para a mãe de Ehrhart , o ex CEO (diretor) John Schwarzlose de Betty Ford , que deixou o cargo em julho, prometeu uma investigação, ofereceu os serviços gratuitos para os familiares e o tratamento de Ehrhart reembolsado. Ehrhart foi transferida para outro centro de reabilitação .
"Nós levamos muito a sério as suas preocupações ", escreveu ele . 
O porta-voz do Betty Ford, Russ Patrick se recusou a comentar alegações específicas de Ehrhart , citando o anonimato para os pacientes em um programa de recuperação de 12 passos e as leis de confidencialidade para os prestadores de cuidados de saúde, mas Patrick disse em um comunicado que o centro " tem tolerância zero para o consumo de drogas no campus " .
"Durante nossa história de 31 anos de tratar milhares de pacientes viciados , um número muito pequeno deles têm tentado obter drogas no campus", disse Patrick.
A experiência de Ehrhart ressalta um problema crônico para os centros de reabilitação de drogas que lutam para manter as drogas longe de criativos, e engenhosos pacientes que estão desesperados por elas.
Toxicodependências são notoriamente difíceis de abandonar. Estudos do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas (NIDA) descobriram que 40% a 60% das pessoas tratadas por dependência de drogas, sofrem recaídas, uma taxa semelhante a outras doenças crônicas, como hipertensão , asma e diabetes.
" Os dependentes químicos empenham-se em grandes manobras para obter drogas ", disse Carol Falkowski , ex-diretora da Divisão de Drogas Abuso do Álcool e do Departamento de Serviços Humanos , que também trabalhou por uma década na Fundação Hazelden de Minnesota. Os membros da equipe sabem que os dependentes em tratamento, muitas vezes irão seduzir os amigos , a família ou os seus antigos fornecedores para contrabandear drogas para dentro da reabilitação, disse ela.
Exemplos recentes incluem:
• Os promotores em Nova Jersey prenderam sete homens , incluindo cinco funcionários, em julho sob a acusação de distribuição de heroína , crack e analgésicos para pacientes em instalações para tratamento de veteranos. "Esses sete homens abusaram de seu acesso às instalações médicas para vender drogas perigosas para outros veteranos em tratamento ", disse o procurador dos EUA Paul Fishman .
• Em março, uma paciente de um centro de tratamento de drogas foi preso em Fergus Falls, Minnesota, e condenado a quatro anos de prisão depois que ela e dois outros pacientes fizeram uso de heroína e outras drogas que tinham sido contrabandeadas para a instalação , disse Otter Tail assistente da promotora Michelle Eldien . Um cúmplice fora do centro, enviava as drogas para o centro de reabilitação em frascos de xampu e bolsos das calças jeans , disse ela.
O fato levou a uma revisão interna e auditoria de segurança , disse Karen Schmitz, porta voz do
Departamento de Serviços Humanos de Minnesota. A instalação tem novos procedimentos, inclusive fazendo os clientes se despiem na admissão para a busca de contrabando, disse ela.
Falkowski , agora presidente da Fundação de Diálogos sobre o Abuso de Drogas, uma organização educacional sobre abuso de drogas e álcool em Minnesota, ouviu histórias de viciados desesperados tentando destilar fruto roubado da lanchonete em álcool . Em um centro de tratamento onde Falkowski trabalhou na década de 1970, os trabalhadores encontraram seringas de drogas escondidos em uma secadora de roupas.
" Isso acontece o tempo todo ", disse Falkowski . " Historicamente, é algo que cada centro de tratamento tem de lidar com eles. "
Pacientes usam Internet salas de chat para discutir planos para a obtenção de drogas. Em um fórum de discussão sobre reabilitação que durou cinco anos 2004-2009 no site Bluelight.ru Internet , os pacientes contaram dezenas de casos de uso de drogas na reabilitação. Um ex- paciente descreveu um traficante que iria entregar drogas dentro de uma bola de tênis que ele jogava para cima de uma uma janela do terceiro andar .
" Você poderia colocar seu dinheiro na bola, jogá-la, que em seguida ele iria jogá-la de volta com a quantidade de droga que você queria ", um usuário com o nome de tela " blahblahblah ", escreveu .
Centros de Reabilitação de drogas podem tomar medidas concretas para manter as drogas fora e devem antecipar os riscos e as maneiras possíveis que os internos se utilizarão para  alimentar os seus vícios, disse Ben Levenson , CEO das Origens - Centros de Recuperação, que tem duas unidades de reabilitação de drogas  em South Padre Island , no Texas.
" Esses são os sobreviventes de um mundo mortal . Eles são super engenhosos. Muitos deles são super brilhantes . Eles tentam de tudo. Eu os vi esconder comprimidos nas costuras de suas camisas ", disse ele .
" Em Origens existe uma longa lista de políticas e procedimentos para manter o contrabando para fora, incluindo pesquisas completas dos pacientes e testes duas vezes por semana de drogas ", disse Levenson. A instalação de telas cuidadosamente seus funcionários com profundas verificação de antecedentes e testes regulares de drogas
Origens trata 40 homens e 32 mulheres em um tempo em modalidade de internato e residência, com dois funcionários para cada paciente , Levensen disse .
"Eles não podem se esconder ", disse ele . " As pessoas vão perceber se o interno fizer uso de drogas, e sua condição seria absolutamente desconfortável ante os demais. "
A Betty Ford Center conta com uma equipe de segurança altamente treinada que inclui um cão treinado para detectar drogas , protocolos rígidos para todos os visitantes e testes aleatórios de drogas dos pacientes , Patrick , o porta-voz, disse .
" Sempre que o uso de drogas for descoberto, apesar de nossas precauções , agimos imediatamente , e fazemos mais do que parar o uso específico descoberto ", disse ele . "Nós iremos investigar o porquê de tal uso ocorreu e atualizar nossos protocolos de segurança como garantia. "
A segurança é agora mais apertada do que foi no ano passado , disse ele. Até o momento em que Ehrhart chegou a Betty Ford, em 28 de maio para um programa de tratamento de 90 dias, seu vício tinha ultrapassado a sua vida. Ela disse que gastava de US $ 200 a US $ 300 por dia para comprar oxicodona, um analgésico narcótico.
Ela tinha ouvido dizer que Betty Ford é " realmente uma profunda reabilitação. É incrível  viver e mudar lá. É realmente alto nível . "
A poucos dias de início no programa de tratamento de US $ 62,000 , Darlene Ehrhart disse que sua filha chamou chorando, pedindo para voltar para casa. Ela disse que tinha testemunhado um outro paciente comprar drogas.
Darlene Ehrhart encolheu os ombros, imaginando sua filha estaria inventando situações imaginárias para que pudesse escapara ao tratamento.

" Eu tenho a vibração que este era um vale-tudo facilidade ", disse Ehrhart . Depois de mais de uma chamada de Ehrhart , sua mãe chamou o conselheiro da filha. O conselheiro prometeu cuidar dela. Mas em um dia de visita no domingo, no início de junho , Ehrhart usou uma agulha para atirar heroína que ela disse que foi trazida para a clínica de reabilitação por um visitante .
"Eu não me importo , porque estava lá. Eu queria. Eu estava pronta para isso ", disse Ehrhart . "Eu estava esperando por isso há dias. "
Quatro dias após o incidente, Ehrhart transferida para outro programa de tratamento, onde ela concluiu com êxito em 03 de agosto. Agora ela diz que está limpa, trabalhando como atendente em uma loja de café e planejando voltar para a escola em janeiro.
Relatórios McCarren para WUSA - TV em Washington , DC
Fonte - USA Today 
 
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Especialista avalia que pais querem "terceirizar" filhos usuários de drogas

Especialista avalia que pais querem "terceirizar" filhos usuários de drogas

Flávia Villela - Agência Brasil 

Usuários de crack são levados por instituição que promove a acolhida dos dependentes em SP (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
 
Especialista avalia que pais querem "terceirizar" filhos usuários de drogas
Rio de Janeiro – O crack é um sintoma e não o problema em si. A opinião é da presidenta da Associação de Conselhos Tutelares do Município do Rio de Janeiro, Liliane Lo Bianco. “Claro que precisamos enfrentar o crack, mas os casos de dependência química estão relacionados à ausência de políticas integradas para o fortalecimento do núcleo familiar de pessoas em situação de vulnerabilidade”, avaliou.
Há mais de dez anos trabalhando com crianças e adolescentes em situação de risco, ela acredita que os vínculos familiares estão em um ponto de fragilidade que muitos pais querem se isentar das responsabilidades legais e sociais sobre os filhos. “A mãe sai, deixa a criança em casa para ir ao baile e o pai não quer saber. São pais que têm os vínculos familiares já esgarçados e não têm essa relação de zelo e proteção com os próprios filhos”, avaliou.
A presidenta da Associação de Conselhos Tutelares ressaltou que a situação é de tal gravidade que os pais, hoje, “querem terceirizar o poder familiar”. Segundo ela, ao tentarem delegar a criação de seus filhos, essas pessoas mostram que a relação de proteção familiar e de autoridade “diluiu-se”.

A própria realidade dos conselhos é um exemplo da falta de estrutura da sociedade para lidar com o problema. Liliane Lo Bianco destacou que na área em que atua o conselho na zona oeste, abrangendo Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio e Vargem Grande, com mais de 1,5 milhão de habitantes, deveria haver outros 12 de acordo com o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). A realidade, no entanto, é outra: são apenas dois conselheiros para 30 atendimentos por dia.

Especialista avalia que pais querem "terceirizar" filhos usuários de drogas
“A cada 100 mil habitantes é preciso ter um conselho tutelar para que haja um serviço de qualidade. É humanamente impossível atender a todos”, relatou. “Além disso a rede [de assistência] não é integrada e as casas de abrigamento não têm projeto terapêutico. Nós não temos o retorno dos casos que enviamos, então não sabemos como é a dinâmica. Só sabemos o que aconteceu com essas crianças quando eles voltam para nós”, ressaltou a presidenta da associação. A falta de dados e de números sobre crianças e jovens dependentes de drogas impossibilita, segundo ela, a criação de políticas públicas eficazes.
Além dos atendimentos espontâneos, o conselho recebe chamadas de delegacias, escolas, hospitais e casos relatados ao Ligue 100, entre outras fontes de denúncias. Liliane explicou que a maioria dos problemas estão relacionados à violência doméstica, sobretudo a falta de afetividade. “O que leva à droga, à compulsão, à prostituição é a ausência de afetividade. Nosso maior problema hoje em dia, nos conselhos, é o grande índice de abandono, seja por pais usuários de drogas ou não”, explicou ela.
“Tem um caso emblemático. O rapaz [filho] começou a usar droga e a mãe não quer mais saber dele. Mas o menino havia largado a escola há mais de um ano. Se ele tivesse tido uma escola em que fosse estimulado, com horário complementar, pais que pudessem acompanhar esse processo, a droga não teria entrado na vida dele”, lamentou Liliane.
Os investimentos no combate ao uso do crack, segundo ela, devem ser voltados principalmente para a prevenção. Na sua opinião, depois que a pessoa se vicia o tratamento torna-se muito mais difícil. “Não acreditamos na internação compulsória pois, sem adesão, o menino volta para rua e vai se drogar de novo”, disse Liliane. O necessário é ter um espaço para as crianças que pedem para ser tratadas, defendeu.

Apesar da situação problemática, Liliane Lo Bianco comemora a criação de mais quatro conselhos, em 2013, e outros quatro no ano que vem, além da previsão de aumento do número de conselheiros de 60, atualmente, para 100 até 2014.
O Conselho Tutelar é um órgão não jurisdicional, composto por cinco membros eleitos pela sociedade. Os conselheiros atendem crianças e adolescentes que sofrem algum tipo de violência ou abuso e são responsáveis pela proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes. Os conselhos fiscalizam os entes de proteção - Estado, comunidade e família - e requisitam serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança. Além disso, o conselho contribui com o Executivo na formulação de ações e políticas públicas a esse público.

Fonte - EBC
Edição - Marcos Chagas

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Fumar aumenta riscos de hemorragia cerebral em mulheres hipertensas

Fumar aumenta riscos de hemorragia cerebral em mulheres hipertensas
Mais um dado comprova malefícios à saúde causados pelo fumo. Segundo um estudo realizado em conjunto pelo Hospital Central da Universidade de Helsinki, na Finlândia, e pela Faculdade de Medicina Avançada Australiana, mulheres que fumam e sofrem de pressão arterial alta têm 20 vezes mais chances de sofrer uma hemorragia cerebral.

Segundo o jornal Daily Mail, trata-se do mais abrangente estudo já feito sobre o assunto e que ajudará médicos a decidir o melhor tratamento para o aneurisma, a dilatação de um vaso sanguíneo causada pelo enfraquecimento das paredes do mesmo.

A causa mais comum de uma hemorragia é a ruptura de um aneurisma, mas médicos ainda desconhecem o que motiva o problema. O estudo ainda identificou outros fatores de risco, como ataques cardíacos anteriores, mãe com histórico de derrame e também altos índices de colesterol. Essas últimas características se aplicam tanto a homens quanto a mulheres.

Estudos anteriores haviam provado ligação entre pessoas com diabetes do tipo 1 e hemorragias cerebrais não relacionadas com aneurismas. Metade dos pacientes que sofrem um episódio de hemorragia na região não sobrevive.

Fonte - Terra


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Pessoas com transtorno bipolar são mais dependentes de álcool, diz estudo

Pessoas com transtorno bipolar são mais dependentes de álcool, diz estudo
Pessoas com transtorno bipolar, principalmente homens, têm mais chances de desenvolver uso abusivo e dependência de drogas. É o que conta a presidente da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, Ângela Scippa. Ela explica que na fase eufórica as pessoas tendem a não avaliar riscos e ficam propensas a experimentar coisas novas.

Essa fase também pode trazer compulsões, como por sexo e por compras. "Existe, também, aumento da libido na fase de mania e hipomania [conhecidas como fase de euforia], o que pode gerar aumento da atividade sexual e falta de prevenção em relação à gravidez e a doenças sexualmente transmissíveis. No caso das compras excessivas, ela ocorre devido à hiperatividade, na qual o controle inibitório fica perdido: posso ou não? Devo ou não comprar? Tenho dinheiro para pagar?", diz Ângela.

Fernando Carvalho, professor de educação física, relata que desistiu de usar cartão de crédito depois de ultrapassar o limite de compras por algumas vezes. "Não tenho mais cartão de crédito para evitar maiores dores de cabeça. Você acha que pode tudo, que é inatingível, desse jeito é fácil ultrapassar o limite do cartão", conta.

Quando os sintomas da bipolaridade aparecem de maneira brusca, fica mais fácil identificar e tratar. Mas, quando esses sintomas se "arrastam" por anos e surgem aos poucos, fica mais difícil descobrir a doença. Assim, em muitos casos as pessoas adquirem fama de "encrenqueiras" ou de "briguentas", quando, na verdade, são portadoras da doença.

Ângela explicou que as consequências da doença podem ser diferentes em homens e mulheres. "Embora a prevalência seja igual em homens e mulheres, as mulheres têm maior associação do transtorno bipolar com outros transtornos de ansiedade, como o transtorno do pânico e as fobias e podem apresentar piora significativa dos sintomas durante o período pré-menstrual e puerpério (que se segue ao parto]. Já os homens têm maior tendência ao consumo de drogas ilícitas e de álcool".

Fonte - Terra


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Nova droga na África do Sul mistura heroína, maconha e veneno para rato

Em um espaço aberto próximo à estação de trem na cidade de Soweto, na África do Sul, vários jovens em seus 20 e poucos anos fumam nyaope, um novo coquetel de drogas.


Alguns deles parecem mortos-vivos de tão alterados. "Estava estudando, mas abandonei por causa das drogas. Deixei a escola aos 14 anos", diz Thuli, com os olhos vidrados. Ela diz não ver futuro para si própria.

Thuli tem apenas 16 anos e está dependente de uma droga extremamente viciante que está se espalhando pelo país, fazendo novas vítimas diariamente.

Nova droga na África do Sul mistura heroína, maconha e veneno para rato
O nyaope é um pó esbranquiçado - heroína de baixa concentração misturada com ingredientes como veneno para rato e, em alguns casos, até mesmo farelos de remédios para pacientes com HIV.
Polvilhado sobre maconha, faz um coquetel altamente viciante e destrutivo. "Eu preciso fumar esta coisa. É nosso remédio. Não podemos viver sem. Se eu não fumar, fico doente", diz outro usuário, que prefere não dar seu nome, entre baforadas da droga.
Aprisionados

Apesar de estarem trastornados, esses dependentes dizem que querem largar o nyaope porque percebem que foram aprisionados por uma droga que os está levando para um caminho sem volta.

"Quando éramos jovens, fumamos maconha primeiro, no colégio, antes de começar com as coisas mais pesadas", diz Kabelo, um depedente de 32 anos.

"Agora a juventude está começando com o nyaope - direto com as coisas pesadas", observa.
Enquanto enrola outro cigarro da droga com seus dedos de unhas pintadas de rosa, Nomyula, de 23 anos, comenta o futuro: "Minha família quer me ajudar. Eles acham que a prisão será boa para mim como uma reabilitação".

Ao custo de cerca de R$ 4,50 a dose, a droga é relativamente barata.

Mas conforme ela vai afetando a vida dos usuários, muitos deles logo começam a roubar para sustentar o vício. Eles fazem inimigos em suas próprias famílias e na comunidade.

Recuperação

Ephraim Radebe, um dependente em fase de recuperação, diz que foi agredido por pessoas da rua de cima de sua casa. "Eles me perseguiram, ma bateram com tijolos, dizendo que eu precisava morrer. Um homem trouxe gasolina e eles queriam me queimar", conta.

Radebe diz que ficou "doente e cansado de estar doente e cansado" o tempo todo, e agora já está livre das drogas há dois meses - para alívio de sua mãe, cuja vida havia se transformado em um inferno. "Quando eu voltava para casa, tirava meus brincos e os colocava na bolsa", lembra a mãe de Ephraim, Rose Radebe. "Na manhã seguinte, eles tinham sumido. Ele roubava de mim e até mesmo da casa da minha mãe ou dos vizinhos."

"Essa coisa está destruindo os pais ainda mais que os filhos, porque todos os dias você se pergunta: 'Onde eu errei?", afirma.

Apesar de conter heroína, o nyaope ainda está em processo de ser qualificado como substância ilegal. O governo diz que isso prejudica os esforços de levar à Justiça os casos envolvendo a droga.

Também há denúncias sobre policiais trabalhando em conjunto com os traficantes.

O nyaope é principalmente encontrado na província de Gauteng, onde estão Johannesburgo e Soweto. Mas um coquetel semelhante, conhecido como whoongais, também é encontrado nas ruas de Durban, na costa leste do país, enquanto comunidades na província do Cabo Ocidental, no sudoeste, sofrem com a droga Crystal Meth, conhecida localmente como tik.

Acompanhando o rápido aumento na dependência de drogas, o governo prometeu estabelecer um centro de reabilitação em cada uma das nove províncias sul-africanas e investir em campanhas educacionais.

A julgar pela velocidade na qual o nyaope está se espalhando, parece claro que a estratégia do governo não está funcionando. Percebendo que a ajuda disponível não é suficiente, Radebe e outro dependente em recuperação, Anwar Jones, estão ajudando outros viciados a parar de fumar nyaope.

Eles os encontram quando estão fumando ou em lixões nos quais procuram coisas para vender e financiar a próxima dose. "Eu não me vejo como um ser humano", diz um jovem ao retirar fios de cobre de um equipamento elétrico.

"Mas você é", responde Jones, que passou por um treinamento gratuito para oferecer terapia a dependentes. "E a mudança pode acontecer. A mudança vai acontecer", diz ele. "Queremos ajudar você a ficar limpo, a se reconciliar com sua família e ter uma vida melhor."
 
Fonte - UOL
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Brasil tem 370 mil usuários regulares de crack nas capitais, aponta Fiocruz

Estudo indireto com 25 mil pessoas mediu consumo por 6 meses em 2012.Nordeste lidera lista em números absolutos, e 14% do total são menores.

Um levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça, revela que cerca de 370 mil brasileiros de todas as idades usaram regularmente crack e similares (pasta base, merla e óxi) nas capitais ao longo de pelo menos seis meses em 2012.
Por "uso regular", foi considerado um consumo de pelo menos 25 dias nos seis meses anteriores ao estudo, de acordo com definição da Organização Panamericana de Saúde (Opas).
Esse número de 370 mil pessoas corresponde a 0,8% da população das capitais do país e a 35% dos consumidores de drogas ilícitas nessas cidades. Além disso, 14% do total são crianças e adolescentes, o que equivale a mais de 50 mil usuários.
O crack em números:
 
370 mil usam a droga nas capitais
80% dos usuários são homens
80% usam droga em local público
80% são não brancos
65% fazem 'bicos' para sobreviver
60% são solteiros
40% vivem nas ruas
40% estão no Nordeste
30% das usuárias já fizeram sexo para obter a droga
10% das usuárias ouvidas estavam grávidas
Usuários têm 8 vezes mais HIV
Tempo médio de uso é de 8 anos
16 é a média de pedras por dia

O estudo foi realizado com 25 mil pessoas de forma domiciliar e indireta, ou seja, cada indivíduo respondeu a questões sobre suas redes sociais (familiares, amigos e colegas de trabalho residentes no mesmo município) de forma geral e também especificamente sobre o uso de crack e outras drogas.
crackO resultado, portanto, é uma estimativa do que ocorre nas 26 capitais e no Distrito Federal – em outra pesquisa da Fiocruz, por exemplo, feita de forma direta com 7 mil entrevistados em 112 municípios (incluindo capitais e regiões metropolitanas) entre o fim de 2011 e junho de 2013, o total não passou de 48 mil usuários de crack e similares. Segundo os autores, a metodologia indireta, chamada Network Scale-up Method (NSUM), permite que populações de difícil acesso (como presos, hospitalizados, estudantes, militares, religiosos, fugitivos e vítimas de catástrofes) também entrem nessa conta.
De acordo com o secretário da Senad, Vitore Maximiano, essas duas pesquisas são as maiores já feitas sobre crack no mundo, pelo número de entrevistados e pelo volume de dados gerados.
"Somando-se os dois estudos, são 32 mil questionários produzidos. Estamos investigando uma população oculta, que tem dificuldade de revelar seu uso, suas prevalências, porque há a questão criminal, a discriminação", destaca.
Maximiano diz que o usuário de crack, conforme os resultados, é alguém que vive uma forte exclusão social, tem baixa escolaridade e dificuldade de inserção no mercado de trabalho, com predominância de indivíduos não brancos (80%) e em situação de rua.

Nordeste lidera ranking

Entre as regiões do Brasil, o Nordeste lidera o uso regular de crack e similares, com 40% do total, seguido do Sudeste, do Centro-Oeste, do Sul e do Norte (veja o gráfico acima). Além disso, cerca de 80% dos usuários dessas substâncias fazem isso em lugares públicos e de grande circulação, como as ruas.
Estamos investigando uma população oculta, que tem dificuldade de revelar seu uso, suas prevalências, porque há a questão criminal, a discriminação"
Vitore Maximiano, secretário da Senad.
Nas capitais do Sudeste e do Centro-Oeste, o crack e similares correspondem a 52% e 47%, respectivamente, de todas as drogas ilícitas (com exceção de maconha) consumidas nessas cidades. Já no Norte, o crack tem uma participação menor no total: cerca de 20%.

Além disso, as capitais do Nordeste são as que concentram mais crianças e adolescentes usuários de crack e similares, com 28 mil pessoas. No Sul e no Norte, esse número é de cerca de 3 mil indivíduos em cada região.
Segundo Maximiano, o alto uso de crack no Nordeste está ligado ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) local, onde há uma população mais carente. Essa droga acaba sendo, portanto, uma alternativa barata. Já no Sul, a relação é de ordem sociológica, pois lá as pessoas tradicionalmente consomem mais drogas (sobretudo injetáveis) que a média nacional. Nas mesmas cidades analisadas, estima-se que 1 milhão de pessoas usem drogas ilícitas em geral (cocaína, heroína, ecstasy, LSD, etc), com exceção de maconha. De acordo com os autores, ainda não é possível fazer um estudo em todo o país porque não há bancos de dados nacionais com informações suficientes sobre grupos específicos da população.

Usuário difícil de encontrar

Na opinião do pesquisador da Fiocruz Francisco Inácio Bastos, um dos coordenadores dos levantamentos, em estudos tradicionais com perguntas diretas não é possível identificar os usuários de crack e similares em casa, pois eles estão nas ruas. Para ter acesso a essas pessoas, então, é preciso ir em busca de suas redes de contatos.
Além de estarem fora de casa, os indivíduos que consomem drogas como o crack são mais estigmatizados que aqueles que usam maconha ou álcool, na opinião de Bastos. Por isso, a maioria dos usuários não assume o vício.

Entre as perguntas feitas pelo método indireto, incluídas em uma lista com cerca de 100 questões, estavam: "Você conhece alguém que usa crack? Quantas pessoas?" Além disso, o levantamento reuniu perguntas sobre o programa Bolsa Família e outros assuntos que, depois, foram confirmados em cadastros oficiais das capitais.

Sobre as "cracolândias", Bastos diz que esse não é um fenômeno comum e está mais restrito a São Paulo e ao Rio de Janeiro, pois para esses locais existirem é preciso de alguns pré-requisitos, como grande densidade urbana, ausência do poder público naquele determinado lugar e uma cadeia de distribuição de drogas de grande porte.

O relatório da Fiocruz conclui que o estudo indireto pode servir de base para futuras pesquisas sobre crack com essa mesma metodologia, a fim de gerar uma série histórica confiável. A partir dele, na visão dos autores, também é possível pensar em políticas públicas e estratégias voltadas principalmente para crianças e adolescentes.

Homem jovem, solteiro e de rua

O outro levantamento da Fiocruz, feito de forma direta com 7 mil pessoas de 18 anos ou mais em 112 municípios, entre 2011 e 2013, envolveu cerca de 400 perguntas e teve como base o método Time-Location Sampling (TLS), para analisar o perfil dos usuários e o cenário de consumo.
usuarios crackAs cidades pesquisadas foram as 26 capitais, o Distrito Federal, nove regiões metropolitanas e municípios de médio e pequeno porte. Os locais de estudo foram as próprias cenas de uso de crack e serviços de saúde próximos. A média de idade dos entrevistados era de 30 anos. Por sexo, os usuários se mostraram predominantemente homens, representando quase 80% do total. Em levantamentos anteriores sobre crack e cocaína, essa proporção era menor: cerca de 60%, contra 40% de mulheres. Esse índice encontrado agora, segundo a Fiocruz, tem relação com uma maior presença masculina no tráfico e em cenários abertos de uso de drogas.
Entre as mulheres usuárias de crack ouvidas, 10% estavam grávidas naquele momento e mais da metade já havia engravidado pelo menos uma vez desde o começo do vício.

Além disso, a maioria (60%) dos usuários de crack declarou ser solteira, 40% vivem nas ruas, 65% fazem trabalhos esporádicos ou autônomos e muitos não chegaram a concluir o ensino médio ou entrar no ensino superior. Atividades ilícitas, como tráfico de drogas e furtos/roubos, foram admitidas por apenas 6,4% e 9% dos entrevistados, respectivamente.

A principal motivação para usar crack e similares foi curiosidade/vontade, apontada por mais da metade dos entrevistados. Em seguida, vieram pressão dos amigos (26,7%) e problemas familiares ou perdas afetivas (29,2%). O baixo preço da droga também seria um fator contribuinte para a manutenção do vício ao longo do tempo, mas não determinante para o início da experimentação.

O tempo médio de uso foi de 8 anos nas capitais, contra 5 anos nos demais municípios. O número médio de pedras utilizadas por pessoa nas capitais foi de 16 ao dia, contra 11 nas outras cidades. O consumo dos homens foi mais prolongado, mas as mulheres usaram mais pedras por dia – até 21, contra 13 dos homens.

Além desses dados, quase 30% das usuárias de crack ouvidas admitiram trocar dinheiro ou drogas por sexo, contra 1,3% dos homens. Elas também foram maioria nos casos de violência sexual prévia: 44,5%, contra 7% no sexo masculino.
Mais de um terço de todos os usuários entrevistados admitiu, ainda, não ter utilizado preservativo em nenhuma das relações sexuais ocorridas naquele mês. E mais da metade (53,9%) nunca havia feito um teste de HIV, o que é algo preocupante, pois os usuários analisados apresentaram prevalência do vírus da Aids oito vezes maior que a da população geral.
cachimbo crackA maioria (quase 75%) fumava crack em cachimbos, seguidos de latas (51,8%) e copos plásticos com tampa de alumínio (28,3%). Além disso, mais de 70% compartilhavam esses apetrechos, o que a Fiocruz chama atenção pelo risco de transmissões virais como hepatites.
Dos entrevistados que já tiveram alguma situação de overdose nos 30 dias anteriores à pesquisa, 44,7% passaram por isso pelo uso de crack e 22,4% sofreram intoxicação aguda em decorrência do abuso de álcool. E, ao todo, 41,6% relataram terem sido detidos no último ano, por motivos como posse de drogas (quase 14%), assalto/roubo (9,2%), furto/fraude/invasão de domicílio (8,5%) e tráfico ou produção de drogas (5,5%).
Resposta do governo
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta quinta-feira (19), durante entrevista coletiva em Brasília, que será feito um plano de três eixos para enfrentar o crack no país: um de prevenção, um de cuidados e outro de autoridade.

"(O primeiro) exige um conjunto de medidas de orientação social, que possa esclarecer os malefícios do uso do crack", explicou. Já o eixo de cuidados inclui tratar os usuários, contratar bons profissionais e manter um número suficiente de unidades de tratamento.

"O eixo autoridade tem a ver com medidas de segurança pública e o enfrentamento rigoroso das organizações de narcotraficantes", destacou.
O ministro afirmou também que os usuários de crack devem ser considerados dependentes químicos e, portanto, passíveis de tratamento, e não tratados com sanções penais.
"A maior parte dos usuários são pessoas de extrema vulnerabilidade social. Quando você vai ouvi-las, ao contrário do que muitos pensam, 80% querem tratamento e 92% querem apoio para conseguir emprego ou ensino para se reinserir socialmente", disse Cardozo.

Ações

Em dezembro de 2011, a presidente Dilma Rousseff lançou um conjunto de ações integradas para o combate ao crack com orçamento de R$ 4 bilhões do governo federal. Na ocasião, a presidente anunciou a criação de 2.462 leitos destinados ao tratamento de usuários de drogas.
Segundo o ministério, foi investido desde então R$ 1,5 bilhão em ações de implementação e custeio de serviços que atendem aos usuários de crack, e 85 das 308 unidades de rua previstas foram construídas. De acordo com o ministro, o programa segue "estritamente" o cronograma para usar os recursos.
"Desde o início do programa isso passa por uma pactuação com estados e municípios com a definição de uma matriz de responsabilidade, para que a partir daí você consiga fazer a alocação dos recursos", disse o ministro. "Você tem o tempo de articulação do programa, que é exatamente o que foi feito para fazer acordos e negociar com estados e municípios."
Segundo o governo, desde o início do programa foram criados 1.885 novos leitos em 37 Centros de Álcool e Drogas, 60 Unidades de Acolhimento, 85 Consultórios na Rua e enfermarias especializadas em álcool e drogas.

Fonte - G1

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