• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

Combate às drogas - Por Dráuzio Varella

Combate às drogas

No combate às drogas ilícitas vamos de mal a bem pior. Até quando insistiremos nesse autoengano policialesco-repressivo-ridículo que corrompe a sociedade e abarrota as cadeias do país?
Faço essa observação, leitor, porque será votado na Câmara um projeto de lei que endurece ainda mais as penas impostas a usuários e traficantes.

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Em primeiro lugar, não sejamos ingênuos, a linha que separa essas duas categorias é para lá de nebulosa: quem usa, trafica. O universitário de família privilegiada compra droga só para ele? O menino da periferia resiste à tentação de vender uma parcela da encomenda, para diminuir o custo de sua parte? Como amealha recursos o craqueiro da sarjeta que tem por princípio não roubar nem pedir esmola?
Nas ruas, quem decide como enquadrar o portador de droga apanhado em flagrante é o policial. Entre o universitário branco de boas posses e o mulato do Capão Redondo você consegue adivinhar quem irá preso como traficante?
Embora considerada tolerante, a legislação vigente desde 2006 agravou a situação das cadeias. Naquele ano, foram presos por tráfico 47 mil pessoas, que correspondiam a 14% do total de presos no país. Em 2010, esse número saltou para 106 mil, ou 21% do total.
O projeto a ser votado propõe várias ações controversas, para dizer o mínimo.
Entre elas, a ênfase descabida na internação compulsória, enquanto os estudos mostram que o acompanhamento ambulatorial é a estratégia mais importante para a reinserção familiar e social dos dependentes. Isolá-los só se justifica nos casos extremos em que existe risco de morte.

O projeto propõe uma classificação surrealista das drogas de acordo com sua capacidade de causar dependência, segundo a qual alguém surpreendido com crack seria condenado a pena mais longa do que se carregasse maconha.
No passado, os americanos adotaram lei semelhante, que condenava o vendedor de crack a passar mais tempo na cadeia do que o traficante de cocaína em pó. As contestações judiciais e os problemas práticos foram de tal ordem que a lei foi revogada, há mais de dez anos.
O projeto reserva atenção especial à criação de um incrível "cadastro nacional de usuários". 

No artigo 16, afirma que "instituições de ensino deverão preencher ficha de notificação, suspeita ou confirmação de uso e dependência de drogas e substâncias entorpecentes para fins de registro, estudo de caso e adoção de medidas legais".
Nossos professores serão recrutados como delatores dos alunos para os quais deveriam servir de exemplo? Os colégios mais caros entregarão os meninos que fumam maconha para inclusão no cadastro nacional e "adoção de medidas legais"?
O mais grave, entretanto, é o endurecimento das penas. Segundo a lei atual, a pena mínima para o fornecedor clássico é de cinco anos; o novo projeto propõe oito anos. Os que forem apanhados com equipamento utilizado no preparo de drogas, apenados com três a dez anos na legislação de hoje, passariam a cumprir de oito a 20 anos. As penas atuais de dois a seis anos dos informantes que trabalham para grupos de traficantes, seriam ampliadas para seis a dez anos. E por aí vai.

Enquanto um assassino covarde responde ao processo em liberdade, quem é preso com droga o faz em regime fechado.
Não quero entrar na discussão de quanto tempo um traficante merece passar na cadeia, estou interessado em saber quanto vamos gastar para enjaulá-los.
Vejam o exemplo do Estado de São Paulo, que conta com 150 penitenciárias e 171 cadeias públicas. Apenas para reduzir a absurda superlotação atual deveríamos construir mais 93 penitenciárias.
Se levarmos em conta que são efetuadas cerca de 120 prisões por dia, enquanto o número de libertações diárias é de apenas cem, concluímos que é necessário construir dois presídios novos a cada três meses. 
Drauzio Varella é médico cancerologista. Por 20 anos dirigiu o serviço de Imunologia do Hospital do Câncer. Foi um dos pioneiros no tratamento da Aids no Brasil e do trabalho em presídios, ao qual se dedica ainda hoje. É autor do livro "Estação Carandiru" (Companhia das Letras). 

Fonte - Folha de São Paulo
 

Consumo de álcool pode desencadear agressividade, revela pesquisa

Consumo de álcool pode desencadear agressividade, revela pesquisa



Consumo de álcool pode desencadear agressividade, revela pesquisa - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
Estudo demonstrou que metade dos atendimentos feitos na rede pública por agressão está relacionada com ingestão de bebidas alcoólicas

Um estudo da Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), do Ministério da Saúde, apontou que metade dos atendimentos feitos na rede pública de saúde por agressão está relacionada ao álcool. O levantamento ainda mostrou que uma em cada cinco vítimas de acidentes consumiram bebida alcoólica.

“O álcool pode alterar muitas áreas cerebrais que vão modificar nosso comportamento. Pode ir desde a leve euforia até uma irritabilidade, podendo gerar brigas e agressões. O sujeito perde o senso crítico e se sente grandioso e pode acabar se metendo em brigas, discussões, sendo agredido e agredindo, podendo culminar até mesmo em homicídios”, explica a médica psiquiatra Gilmara Peixoto Rister.

Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam ainda que 22% dos motoristas são os que mais precisam de atendimento hospitalar e 40% têm entre 20 e 39 anos.
“[Com o consumo de álcool] o sistema locomotor vai estar mais desorganizado. A marcha e a fala vão estar mais lentas. O individuo tende a ter menores reflexos. Isso fica preocupante quando a pessoa vai operar uma máquina ou dirigir”, salienta a médica.

Para evitar que os efeitos da mistura álcool, agressividade e direção façam novas vítimas, a Polícia Militar promete agir com rigor em caso de descumprimento da lei.

“Hoje a lei está bem rígida. Os policiais militares receberam orientações de como proceder. Então, realmente a fiscalização está sendo feita nesse sentido, para prevenir que acidentes graves acontecem e vidas sejam perdidas”, informa a capitão da Polícia Militar, Silvia Andéia Mantoani Pinto.
Fonte - Abead


O verdadeiro significado da Páscoa

 O verdadeiro significado da Páscoa


A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes do nosso calendário. Atualmente, tornou-se uma data tão comercial, que poucos lembram ou conhecem seu verdadeiro significado. Para além dos chocolates e presentes, a CPAD - editora cristã - reforça a origem do termo, que remonta a aproximadamente 1.445 anos antes de Cristo.
Para contextualizarmos, neste período, de acordo com a Bíblia, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó viviam como escravos há mais de quatrocentos anos no Egito. A fim de libertá-los, Deus designou Moisés como líder do povo hebreu (Êxodo 3-4).

Em obediência ao Senhor, Moisés dirigiu-se a Faraó a fim de transmitir-lhe a ordem divina: “Deixa ir o meu povo”. Para conscientizar o rei da seriedade da mensagem, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra o Egito.

No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava deixar o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas: Deus mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar “todo primogênito... desde os homens até aos animais” (Êx.12.12).

A primeira Páscoa
Como os israelitas também habitavam no Egito, o Senhor emitiu uma ordem específica a seu povo. A obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tomaria um cordeiro macho, de um ano de idade, sem defeito e o sacrificaria. Famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (Êx. 12.4).

Os israelitas deviam aspergir parte do sangue do cordeiro sacrificado nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele não mataria os primogênitos das casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas. Daí o termo Páscoa, do hebreu pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”.

Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro de Deus,” Jesus Cristo, que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo. 1.29).

De acordo com a Bíblia, no livro de Êxodo, capítulo 12, versículo 31, naquela mesma noite Faraó, permitiu que o povo de Deus partisse, encerrando assim, séculos de escravidão e inaugurando uma viagem que duraria quarenta anos, até Canaã, a terra prometida.

A partir daquele momento da história, os judeus celebrariam a Páscoa toda primavera, obedecendo as instruções divinas de que aquela celebração seria “estatuto perpétuo” (Êx. 12.14). Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz.

Libertação
Assim sendo, lembremos, não somente nesta data, mas em todos os dias, o verdadeiro significado da Páscoa. Assim como o Todo Poderoso libertou os hebreus da escravidão no Egito, Deus quer nos libertar da escravidão do pecado e por isso, enviou seu Filho, Jesus Cristo, para que “todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo. 3.16) Vida esta conquistada com sangue “porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós.” (I Co 5.7) 

Fonte - CEPAD

Mais 24 Hrs - Feliz Páscoa !


Certa vez, escutei uma pregação, ou depoimento, por assim dizer, de uma figura da música, que havia se convertido. Então, ele falou algo interessante, dizendo, que em algumas de suas viagens, e passagens por lugares famosos, (se me recordo bem do trecho), numa destas viagens, passaram pela tumba onde, segundo a história, estariam os restos mortais de Buda. Havia uma placa no local com os dizeres: "Aqui, jazem os restos mortais de Buda" (Buda, é considerado um Deus, por muitos daqueles que seguem o budismo).

Então, numa viagem posterior, a Jerusalém, esta figura, visitou o que, segundo a história, comprovada, foi o lugar, onde havia sido sepultado, o corpo de Jesus Cristo. Bem, nesta, havia uma placa também, com os dizeres: "Aqui foi sepultado o corpo de Jesus Cristo. Não está mais aqui, ressucitou ao terceiro dia."
Ressucitou ao terceiro dia ! Nenhum outro, não há outro maior...Jesus Cristo, Filho de Deus, do Deus vivo.

Então podemos perceber, a importância. Enquanto uns adoram deuses, que morreram, cujos restos mortais jazem em lugares conhecidos, e outros adoram profetas, também com seus restos mortais sepultados em lugares conhecidos, podemos perceber que Cristo, e somente Ele, ressucitou. Porque é o Deus verdadeiro, e a salvação, o Deus que é Amor, em toda a sua essência e plenitude.

O significado da Páscoa, faz lembrar, do Poder de Deus, Poder este que renova à nós mesmos. Que nos dá, a oportunidade, de "ressucitar"..., porque, não é preciso morrer, para se estar "morto" em vida. Mas é preciso "morrer" pra certas coisas, para poder estar "vivo".
Desejamos, uma Feliz Páscoa ! Talvez não farta de bens, ou de presentes. Talvez com uma mesa singela e simples. E ainda que, saibamos que as dificuldades, as contas a pagar, e o dia a dia injusto e pertubador, estarão lá, na segunda feira, mas ainda assim, se Jesus verdadeiramente estiver presente, nada faltará...nada.

 

Estudo revela ingestão precoce de álcool entre jovens

Estudo revela ingestão precoce de álcool entre jovens


Estudo revela ingestão precoce de álcool entre jovens - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
Um levantamento feito pelo Hospital Universitário da USP revela que os jovens e adolescentes de 13 a 22 anos são os que mais procuram atendimento médico por causa de intoxicação aguda por ingestão de álcool.

De acordo com o estudo, o levantamento foi realizado com dados entre 2002 e 2010, onde foram feitos 1.370 atendimentos no Hospital da USP, e apontou que 35% dos casos apresenta ingestão do álcool entre os 14 e 18 anos, onde apresentou-se um aumento expressivo nesta faixa etária fato que mais preocupa os pesquisadores.

Segundo o pediatra João Paulo Becker Lotufo, a ingestão de álcool nesta idade faz com que o jovem tenha mais chance de se tornar um dependente e vir até perda de memória e dificuldade de aprendizado no futuro.

"Preocupa porque é uma ingestão de álcool muito precoce. Em um país que o álcool é proibido para menores de 18 anos, a gente está encontrando intoxicação e comas alcoólicos em adolescentes dessa idade. E acontece isso porque é da nossa cultura, em uma festa de 15 anos por exemplo você encontra bebidas já no esquenta e com a moda de misturar com energéticos, que mascara o álcool, o sujeito não percebe quanto bebeu", disse o médico á TV Brasil.

O médico também comentou que quanto mais cedo o jovem começa a beber maiores as chances de se tornar um dependente. "Recomenda-se que comece a beber a partir dos 21 anos, quando o cérebro já está formado, antes disso, as bebedeiras podem causar lesão de neurônios, falta de memória e dificuldade de aprendizado", concluiu Lotufo.

Autor - Fonte: TV Brasil

Médicos americanos pedem redução da cafeína em energéticos

Médicos americanos pedem redução da cafeína em energéticos


DO "NEW YORK TIMES"


Médicos americanos pedem redução da cafeína em energéticos - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
Um grupo de 18 médicos, pesquisadores e especialistas em saúde pública estão pedindo à FDA (vigilância sanitária dos EUA) para agir contra os riscos da ingestão de altos teores de cafeína em energéticos para crianças e adolescentes.

"Há evidências na literatura científica de que os níveis de cafeína em energéticos traz riscos sérios à saúde", afirma o grupo.

Em carta à comissária da FDA, Margaret Hamburg, os médicos argumentam que os fabricantes não conseguiram seguir as exigências de segurança requeridas, especialmente no que toca a crianças e jovens. O grupo pede que a agência reguladora restrinja o conteúdo de cafeína nos produtos e exija que a embalagem dos produtos tenha o conteúdo da substância.

Os fabricantes insistem que seus produtos são seguros e que os níveis de cafeína, um estimulante, são equivalentes aos de outras bebidas muito consumidas, como o próprio café.

A FDA afirma que é seguro o consumo de cerca de 400 mg de cafeína por dia, ainda que muitos especialistas afirmam que a maioria dos adultos pode consumidor 600 mg ou mais sem prejuízos. Uma xícara de café Starbucks com 470 ml tem 330 mg de cafeína, quase o dobro de energéticos com o mesmo volume.

Mas ainda não se tem certeza do nível seguro de cafeína para adolescentes, dizem os especialistas. Em geral, considera-se que o consumo máximo seguro por dia deve ser menor do que para um adulto.

Na carta à FDA, o grupo de pesquisadores também destacou que os fabricantes anunciam os produtos de forma agressiva aos jovens.

Nos últimos anos, o número de visitas a hospitais ligadas ao consumo de energéticos cresceu muito nos EUA. Em 2011, houve 20.783 visitas à emergência hospitalar nas quais o energético era a causa do problema de saúde ou fator contribuinte. Em 2007, foram 10.068. Os problemas tipicamente ligados ao excesso de consumo de cafeína incluem ansiedade, dores de cabeça, batimentos cardíacos irregulares e infartos. 
Fonte - Folha de São Paulo
 

Alguns efeitos ou consequências físicas, psíquicas, e clínicas do uso de maconha

Alguns efeitos ou consequências físicas, psíquicas, e clínicas do uso de maconha

Efeitos farmacológicos da maconha

Farmacologia
Apesar das pesquisas com maconha terem começado há cerca de 150 anos, só em 1964 foi isolada uma substância ativa chamada delta-9-tetrahidrocanabinóide (∆9-THC) e apenas em 1970 chegou-se à conclusão de que este é o principal componente psicoativo da maconha, sendo alguns outros canabinóides também ativos - menos potentes - e até mesmo agonistas do THC


Alguns efeitos ou consequências físicas, psíquicas, e clínicas do uso de maconha
A distribuição do THC, que é solúvel em gorduras, é rápida e completa. Os efeitos farmacológicos ocorrem cerca de 10 a 15 minutos após o uso do cigarro, permanecendo por cerca de 3 a 4 horas, se outra dose não for administrada. A substancia pode ser detectada no corpo até 12 horas após o uso de um único cigarro. A absorção oral é lenta e incompleta e os efeitos surgem em % a 1 hora, podendo persistir por até 5 horas.

Sabe-se que o efeito da Cannabis é três vezes mais potente quando fumado que quando ingerido pela boca, mesmo na forma natural (chá ou resina), embora a absorção gastrointestinal seja satisfatória.
Um cigarro médio de maconha tem cerca de 0,5 a 1 grama da planta. Se considerarmos como 5% o percentual de THC, teremos aproximadamente 50 mg de THC por cigarro. Em geral, cerca de 1,4 a 1,2 do THC presente no cigarro é disponível na fumaça. Então, em um cigarro com 50 mg de THC, cerca de 12 a 25 mg são disponíveis na fumaça. Na prática, a quantidade de THC na corrente sangüínea após o uso de 1 cigarro de maconha está entre 0,4 a 10 mg.

Uma vez absorvido, o THC é distribuído aos vários órgãos do corpo, principalmente aqueles ricos em gordura. Portanto, penetra rapidamente no cérebro - rico em gorduras - sem ser bloqueado pela barreira hemato-encefálica. O THC também atravessa a barreira placentária e alcança o feto rapidamente. É quase completamente metabolizado no fígado a um metabólito ativo (1l-hidroxi-delta-9-TEIC) que é subseqüentemente convertido em metabólitos inativos e então excretado_ pela urina e fezes. O metabolismo do THC é bastante lento: uma meia vida de 30 horas é aceita pela maior parte dos pesquisadores, mas alguns reportam uma meia vida de 4 dias. Portanto, o THC pode permanecer no corpo por vários dias ou semanas e o uso subseqüente de novas doses de maconha podem ser intensificados ou prolongados.

Pelo fato de apenas mínimas quantidades de THC serem encontradas na urino de usuários, os testes isolam principalmente seus metabólitos. Em usuários agu dos ou ocasionais os metabólitos podem ser identificados por 1 a 3 dias na urina. Já em usuários crônicos (mesmo 2 ou 3 vezes por semana) os testes permanecem constantemente positivos. Um usuário pesado que para de fumar pode ter testes de urina positivos por cerca de 30 dias. Portanto, um único exame positivo não esclarece se o usuário é agudo ou crônico. Múltiplas amostras podem ser necessárias para diferenciar os resultados.

A maconha pode se tornar extremamente tóxica quando está intoxicada com paraquat, um herbicida químico muito venenoso usado para matar plantas indesejáveis. Ele afeta os pulmões e outros órgãos. O pior problema é que muitas vezes este herbicida é dificilmente identificado na maconha (WEIL e ROSEN, 1993).

Fonte - http://qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/maconha/thc.html
 
Outros efeitos no organismo


Alguns efeitos ou consequências físico-clínicas do uso de maconha - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
Cirrose Hepática:
(...) Os sintomas da hepatite C, portanto, são causados pelo desenvolvimento de cirrose e consequente falência hepática. O restantes 50 a 70% que não evoluem para cirrose mantém-se com hepatite C crônica assintomática por mais de 30 anos. O porquê dessa evolução distinta, não se sabe.

 

Alguns fatores parecem favorecer a evolução para cirrose, entre eles:

- Alcoolismo (leia:
EFEITOS DO ÁLCOOL E ALCOOLISMO)
- Contaminação após os 40 anos de idade
- Co-infecção pelo HIV (leia: SINTOMAS DO HIV E AIDS (SIDA))
- Co-infecção pela hepatite B
- Presença de esteatose hepática (leia: O QUE É ESTEATOSE HEPÁTICA?)
- Obesidade (leia: OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA)
- Fumar maconha (leia: EFEITOS DA MACONHA) (...)

Pneumotórax:
(...) Cabe ressaltar que o vilão do pneumotórax não é só o cigarro. Fumar maconha também está relacionado a episódios de pneumotórax, principalmente o ato de inalar profundamente a fumaça e soltá-la bem lentamente com os lábios semi fechados, mantendo a fumaça mais tempo presa dentro dos pulmões (leia: EFEITOS DA MACONHA).(...)

Efeitos no SNC ou psicológicos:

(...) Outros sinais psicológicos que podem ocorrer durante a intoxicação são:

Euforia e/ou bem estar geral
Risos sem motivo
Aumento da sociabilidade e comunicação verbal
Aumento da percepção de cores, sons, texturas, paladar
Aumento da energia mental e criatividade
Mudanças de consciência
Distorção do tempo e espaço
Aumento do apetite ("larica")
Prejuízo da concentração e memória
Paranóia
Ansiedade e confusão
Letargia e sonolência 
Pensamentos míticos
Sentimento de grandiosidade
Despersonalização (...)


Outros 

(...) Além dos efeitos psicológicos, o consumo de maconha também desencadeia uma série de efeitos físicos que incluem:

- Taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos)

- Aumento de pressão arterial (em doses muito elevadas pode causar queda da pressão)
- Aumento da frequência respiratória
- Hiperemia conjuntival (olhos vermelhos)
- Boca seca
- Aumento do apetite
- Letargia e redução dos reflexos
- Redução dos níveis de testosterona
- Diminuição da motilidade dos espermatozóides e infertilidade
- Redução da libido
- Impotência (leia: IMPOTÊNCIA SEXUAL | Causas e tratamento)
- Alterações do ciclo menstrual
- Ginecomastia (crescimento de mamas em homens) (leia: GINECOMASTIA (mama masculina))
- Galactorréia (secreção anormal de leite pelas mamas)
- Alterações de memória
- Aumento da incidência de periodontites (...)


Fonte - MDSaúde - Dr Pedro Pinheiro
Assim como no artigo original, abaixo estão as referências
Referência Bibliográfica dos Trechos do Artigo
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Usuários de maconha, tem maiores chances de desenvolver também, a dependência da nicotina

Usuários de maconha, tem maiores chances de desenvolver também, a dependência da nicotina


Pesquisa:
Leigh V Panlilio, Claudio Zanettini, Chanel Barnes, Marcelo Solinas and Steven R Goldberg
  1. 1Preclinical Pharmacology Section, Behavioral Neuroscience Research Branch, Intramural Research Program, Department of Health and Human Services, National Institute on Drug Abuse, National Institutes of Health, Baltimore, MD, USA
  2. 2Department of Pharmacology, University of Texas Health Science Center, San Antonio, Texas, USA
  3. 3Experimental and Clinical Neurosciences Laboratory, INSERM U-1084, Poitiers, France
  4. 4University of Poitiers, Poitiers, France
Correspondence: Dr SR Goldberg, Preclinical Pharmacology Section, Biomedical Research Center, National Institute on Drug Abuse, 251 Bayview Boulevard, Baltimore, MD 21224, USA, Tel: +1 443 740 2519, Fax: +1 443 740 2733, E-mail: sgoldber@mail.nih.gov
Received 7 September 2012; Revised 20 November 2012; Accepted 9 January 2013
Advance online publication 6 February 2013

Fonte - Neuropsychopharmacology - nature.com

Publicação:

Embora seja mais comum no uso de drogas, o progresso do tabaco para a cannabis, em muitos casos, o uso de cannabis se desenvolve antes do uso do tabaco. 

Usuários de maconha, tem maiores chances de desenvolver também, a dependência da nicotina - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
A evidência epidemiológica indica que o consumo de cannabis aumenta a probabilidade de se tornar dependente do tabaco. Para determinar se este efeito pode ser devido à exposição à cannabis em si, além de quaisquer fatores genéticos, sociais ou ambientais que poderiam contribuir, estendemos nossa série de estudos sobre os efeitos 'porta de entrada' em modelos de animais, induzidos ao abuso de drogas.  
Ratos foram expostos ao THC, o principal componente psicoativo da maconha, durante 3 dias (duas injeções intraperitoneais / dia). Em seguida, a partir de 1 semana mais tarde, foi-lhes permitido auto-administrar a nicotina por via intravenosa. A exposição ao  THC aumentou a probabilidade de adquirir a resposta, da auto-administração de nicotina, de 65% em ratos que receberam  "placebo", contra 94% aos expostos com THC. Quando o teor de nicotina foi manipulada através do aumento do requisito de resposta, o ratos expostos ao THC mantiveram níveis mais altos, do que os ratos do consumo de "placebo", indicando que a exposição THC aumentou o "valor" da recompensa da nicotina, ou a busca por ela.  

Estes resultados contrastam nitidamente com as nossas descobertas anteriores de que a exposição prévia de THC não podia aumentar a probabilidade de os ratos adquirem maior predisposição para uso de heroína ou cocaína, por auto-administração, nem aumentar o valor de recompensa pelo uso de drogas.  

Os resultados obtidos sugerem que uma história de exposição à cannabis pode ter efeitos duradouros que aumentam o risco de se tornar dependente da nicotina.  

Tradução GT - Revisão Mais 24 Hrs

Esta publicação, foi alvo de artigo pelo NIDA, onde:

" (...) Embora as doses de THC utilizados neste estudo foram elevados, esta investigação sugere que o uso de marijuana pode aumentar o risco de dependência de nicotina, que - por meio do uso de tabaco - é a principal causa de morte evitável nos Estados Unidos. (...) 

Trecho do artigo-Fonte NIDA
Tradução GT - Revisão Mais 24 Hrs
 


Apoio à maconha se espalha nos EUA; já são 18 os Estados em que droga é liberada

Apoio à maconha se espalha nos EUA; já são 18 os Estados em que droga é liberada

 
RAUL JUSTE LORES
DE NOVA YORK 


Apoio à maconha se espalha nos EUA; já são 18 os Estados em que droga é liberada - Diga Não à Legalização ! - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anunciou que a partir do mês que vem nenhum usuário de maconha vai passar a noite na delegacia, como acontece até agora. "Será registrado, como uma infração no trânsito." "Nossos policiais poderão ser remanejados para atividades mais prioritárias", afirmou.
Há dois meses, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou em seu discurso anual sobre o Estado que apresentaria projeto para legalizar a maconha.
Ambos anúncios foram acompanhados de polêmica quase zero, sem protestos, como tem acontecido nos últimos tempos nos cantos mais liberais dos Estados Unidos.
Segundo o instituto Gallup, 49% dos americanos aprovam a legalização da maconha, quase o dobro do que em 1995 (25%). Assim como o casamento gay, já aprovado por 53% dos americanos, a aprovação cresce a cada ano.
Em novembro, os eleitores do Colorado e de Washington aprovaram em plebiscito o uso da maconha em caráter "recreativo". Os governos estaduais têm até o final deste ano para regulamentar o cultivo, a produção, a venda e a distribuição da erva.
Apesar de a lei federal americana considerar a maconha ilegal, o presidente Barack Obama falou à TV em dezembro que não era "prioridade" perseguir usuários de maconha nos dois Estados.
Em 18 Estados e no Distrito de Columbia, onde fica a capital, Washington, a maconha para uso medicinal já é legalmente liberada.
Por enquanto, só a DEA, a agência de combate às drogas, pediu ao secretário de Justiça e procurador-geral, Eric Holder, para que não deixe de cumprir as leis federais por cima das estaduais recém-aprovadas. Holder ainda não se pronunciou, mas poucos acham que ele contrarie Obama. 

APOIO REPUBLICANO
Já há quem pense em faturar com o novo momento da maconha no país. Denver, capital do Colorado, ganhou seu primeiro clube para degustadores da erva, o Club 64, que usa o número da emenda 64, a da legalização, e pode ser frequentado por maiores de 21 anos.
O setor turístico do Estado, que abriga a famosa estação de esqui de Aspen, já imagina um "maconha-tour" de simpatizantes ao Colorado.
Uma associação local começou um curso prático de plantio de maconha na União dos Estudantes de Tivoli, na mesma cidade.
Também há um componente econômico na virada de um grande opositor à erva. O líder republicano no Senado, o senador Mitch McConnell, do Kentucky, juntou-se a dois senadores democratas e a outro republicano para apresentar uma emenda que legaliza o plantio de maconha.
Até recentemente, McConnell dizia que a "maconha pode matar".
Na semana retrasada, ao apresentar sua proposta, disse que "os agricultores do Kentucky podem se beneficiar enormemente das possibilidades da produção de canabis." Em Oregon, uma lei estadual já permite plantações que servirão para a demanda do vizinho Estado de Washington, onde o consumo foi liberado. 

AJUDA POP
Também como no casamento gay, a cultura pop teve seu papel em ampliar a aceitação.
Depois do sucesso do seriado "Weeds", onde uma dona de casa vendia a erva, em um dos filmes de maior bilheteria do ano passado no país, "Ted", o protagonista e seu amigo ursinho de pelúcia passavam fumando maconha em boa parte da história, chapados, sem julgamento. Sinal de prestígio, o diretor, Seth McFarlane, foi o apresentador do último Oscar.
"Estamos vivendo enorme mudança de costumes e muita gente que jamais fumou maconha acha injusto prender milhares de pessoas que fumavam um baseado. Acabaremos tratando como álcool: taxando, regulando e impedindo o acesso a menores", diz Ethan Nadelmann, diretor-executivo da Aliança para Políticas de Drogas. 


Como falar sobre drogas com os filhos

Como falar sobre drogas com os filhos

Como falar sobre drogas com os filhos  - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
A partir dos 7 anos os pais podem introduzir o assunto

Muitos pais sentem dificuldade em falar com os filhos sobre drogas e a falta de diálogo pode ser prejudicial ao desenvolvimento ético e psicológica da criança. Crianças a partir de 7 anos normalmente já possuem amadurecimento intelectual suficiente para conversar sobre o assunto, mas é importante que os pais estejam bem informados sobre o assunto.

Dr. MarceloReibscheid, pediatra do Hospital São Luiz, explica que o exemplo é o primeiro passo para o sucesso na formação da criança. “A influência dos pais desde cedo pode poupar o filho de experiências negativas associadas ao uso de drogas e pode até mesmo salvar a sua vida. Fazer uso de drogas, mesmo que cigarro ou álcool pode despertar o interesse da criança, entre outros malefícios”.

Uma das principais dificuldades dos pais está no diálogo. Ainda de acordo com o pediatra, antes da conversa os pais precisam se educar, se inteirar sobre as drogas mais comuns, os efeitos no cérebro e no corpo, os sintomas que provocam, as gírias e como são utilizadas.

“É importante lembrar os filhos que o perigo não está somente no uso constante de álcool e drogas. O ocasional também pode trazer consequências, como perder uma prova ou trabalhos escolares. Os conceitos de responsabilidade e a orientação para lidar com situações complicadas também ajudam no desenvolvimento ético do adolescente ou da criança e os afasta das más companhias e escolhas”, alerta o especialista.
Para Reibscheid, quando os pais agem pautados por essas instruções, aprendem a usar melhor sua força, seu amor e sua preocupação para ajudar o filho a se situar bem no mundo, promovendo seu bem-estar e o mantendo distante das drogas.
Fonte - Brasileiros Humanitários em Ação

Prevenção contra as drogas: desafio de pais e educadores - Andrea Amaral

Prevenção contra as drogas: desafio de pais e educadores


Prevenção contra as drogas: desafio de pais e educadores - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
O risco do consumo de drogas lícitas ou ilícitas ronda todas as famílias. Qualquer jovem pode vir a se envolver com elas, e os adolescentes são os mais vulneráveis. Afinal, essa é uma fase de crise e descoberta da própria identidade, na qual muitos contestam os modelos vigentes e se distanciam da família. Surge a insegurança, a timidez, a curiosidade pelo que é proibido... E tudo isso pode acabar levando ao uso de drogas – na ilusão equivocada de diminuir a timidez, ser aceito nos grupos, ganhar status.
 
Muitas vezes, o jovem entra nas drogas por falta de perspectiva, pelas incertezas sobre o seu ser/estar no mundo. Por isso, o tratamento deste tema vai além de palestras eventuais. Juntas, escola e família podem ajudar o adolescente a desenhar o seu projeto de vida, construído a partir da sua identidade e valores, definindo seus objetivos e missão. E  podem, ainda, fornecer-lhe instrumentos, conhecimentos e recursos para que ele seja capaz de levar esse projeto adiante com autonomia e responsabilidade.
 

Como a escola pode ajudar na prevenção

 
A Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (IBGE, 2009) traz dados que preocupam: 71,4% dos estudantes de 9o ano do ensino fundamental das capitais brasileiras já experimentaram bebidas alcoólicas; 22,1% já se embriagaram e 9% já tiveram problemas ocasionados pela bebida, como brigas ou perda de aulas. No mesmo nível de ensino, 8,7% dos estudantes já consumiram alguma droga ilícita, como por exemplo maconha, cocaína ou crack.
 
A escola pode e deve ajudar na prevenção deste problema. Afinal, ela é um espaço privilegiado que reúne diariamente crianças e jovens, num ambiente seguro e confiável.
 
Em primeiro lugar, é preciso agir nas causas, naquilo que pode levar um jovem a recorrer a um entorpecente. As preocupações com a aparência, as exigências da sociedade de consumo, pelas quais muitos jovens querem ter cada vez mais coisas da moda para se sentir valorizados, os padrões de beleza muitas vezes inviáveis, a influência de modelos da mídia, tudo isso pode ser trabalhado e questionado na escola. Trazer essas questões para dentro da sala de aula ajuda a formar o espírito crítico, ensina a pensar por si mesmo e fazer as próprias opções, promove a autonomia intelectual.
 
Além disso, há que envolver as famílias, fornecendo informação sobre o assunto e orientação sobre prevenção e diagnóstico. Não basta uma reunião ocasional. A formação da família deve ser contínua, e o diálogo, aberto e permanente. Detectando um problema de consumo de drogas por parte de um aluno, mesmo que seja fora do ambiente escolar, há que convocar a família imediatamente.
 
Ao abordar o tema na sala de aula, é preciso habilidade, conhecimento e cuidado. Pode haver alunos com casos graves de dependência de drogas na família, e o professor não deveria fazer referências que viessem a desmerecer os parentes ou causar pânico. Pode-se imaginar, por exemplo, a tristeza de estudantes filhos de alcoólatras ou de fumantes ouvindo frases como: “Pobre da família que tem um alcoólatra, isso é o pior dos castigos”; ou “Quem fuma está com os dias contados”.
 
Por tudo isso, a formação dos professores para trabalhar este tema é urgente. Preocupa a ausência de um projeto consistente e ousado, na maior parte das redes públicas de ensino do país. Distribuir cartilhas é pouco. É necessário um trabalho que atinja e mobilize toda a rede, deixando claro: 1) quem lidera, gerencia e avalia o projeto na escola; 2) qual é a política comum para a abordagem do tema; 3) o que devem fazer professores e gestores escolares se detectarem que um aluno começou a consumir drogas. É essencial, ainda, que os projetos se realizem em articulação com as secretarias de saúde de cada estado e município.

O que fazer em casa

Cabe à família a responsabilidade primordial de educar, e isso inclui a questão das drogas. Em primeiro lugar, há que criar espaços de diálogo franco e transparente. Não uma única vez: falar sobre o tema sempre, aproveitando as oportunidades cotidianas para educar. Um filme, uma história, uma notícia de jornal, um personagem de novela ou um anúncio de TV podem ser disparadores interessantes de conversas esclarecedoras sobre o tema.
 
Os pais não deveriam fugir do assunto nem tratá-lo como um tabu, com ameaças, proibições e punições. Mais vale oferecer informação: explicar quais são as consequências do uso de entorpecentes para o organismo, para a família, para a vida social.
 
O ambiente familiar deve contribuir para promover valores: de respeito ao próprio corpo, de liberdade com responsabilidade, de cuidado de si mesmo e dos demais. O clima da casa deveria transmitir equilíbrio, afeto, bem estar; ser promotor da autoestima de todos aqueles que lá convivem. Para tudo isso, o exemplo é fundamental. Pais que consomem drogas lícitas ou ilícitas perderão a autoridade ao conversar com os filhos sobre seus malefícios.
 
Os amigos podem exercer certa influência sobre os adolescentes, mas não é por isso que os pais devem controlar todos os relacionamentos. Ficar atentos, conhecer o grupo e até mesmo os outros pais é aconselhável; mas será impossível construir uma redoma para preservar os adolescentes. Patrulhamento em excesso acabará passando a ideia de que os pais não têm confiança no filho. É bem melhor, em vez de proibir coisas “porque sim”, conversar e conscientizar, explicar os motivos, formar o pensamento crítico, ensinar a dizer não aos colegas quando algo não interessa. Mostrar que, se um amigo quer levar o outro para um vício, no fundo ele não é amigo de verdade.
 
Estas dicas finais podem ajudar os pais na prevenção do consumo de drogas:
 

  • Em vez de fazer patrulhamento, converse e oriente.
  • Ofereça atividades saudáveis, ligadas a esportes e cultura.
  • Reforce a autoestima, com afeto e confiança no seu filho.
  • Nunca fuja do tema: ele precisa ser encarado.
  • Fique atento aos sinais e, detectando os problemas, busque ajuda especializada. Com apoio da família, o tratamento tem mais chances de alcançar bons resultados.
Fonte - Andrea Ramal - Educadora e Escritora (andreaamaral.com.br)