Alguns efeitos ou consequências físicas, psíquicas, e clínicas do uso de maconha

Alguns efeitos ou consequências físicas, psíquicas, e clínicas do uso de maconha

Efeitos farmacológicos da maconha

Farmacologia
Apesar das pesquisas com maconha terem começado há cerca de 150 anos, só em 1964 foi isolada uma substância ativa chamada delta-9-tetrahidrocanabinóide (∆9-THC) e apenas em 1970 chegou-se à conclusão de que este é o principal componente psicoativo da maconha, sendo alguns outros canabinóides também ativos - menos potentes - e até mesmo agonistas do THC


Alguns efeitos ou consequências físicas, psíquicas, e clínicas do uso de maconha
A distribuição do THC, que é solúvel em gorduras, é rápida e completa. Os efeitos farmacológicos ocorrem cerca de 10 a 15 minutos após o uso do cigarro, permanecendo por cerca de 3 a 4 horas, se outra dose não for administrada. A substancia pode ser detectada no corpo até 12 horas após o uso de um único cigarro. A absorção oral é lenta e incompleta e os efeitos surgem em % a 1 hora, podendo persistir por até 5 horas.

Sabe-se que o efeito da Cannabis é três vezes mais potente quando fumado que quando ingerido pela boca, mesmo na forma natural (chá ou resina), embora a absorção gastrointestinal seja satisfatória.
Um cigarro médio de maconha tem cerca de 0,5 a 1 grama da planta. Se considerarmos como 5% o percentual de THC, teremos aproximadamente 50 mg de THC por cigarro. Em geral, cerca de 1,4 a 1,2 do THC presente no cigarro é disponível na fumaça. Então, em um cigarro com 50 mg de THC, cerca de 12 a 25 mg são disponíveis na fumaça. Na prática, a quantidade de THC na corrente sangüínea após o uso de 1 cigarro de maconha está entre 0,4 a 10 mg.

Uma vez absorvido, o THC é distribuído aos vários órgãos do corpo, principalmente aqueles ricos em gordura. Portanto, penetra rapidamente no cérebro - rico em gorduras - sem ser bloqueado pela barreira hemato-encefálica. O THC também atravessa a barreira placentária e alcança o feto rapidamente. É quase completamente metabolizado no fígado a um metabólito ativo (1l-hidroxi-delta-9-TEIC) que é subseqüentemente convertido em metabólitos inativos e então excretado_ pela urina e fezes. O metabolismo do THC é bastante lento: uma meia vida de 30 horas é aceita pela maior parte dos pesquisadores, mas alguns reportam uma meia vida de 4 dias. Portanto, o THC pode permanecer no corpo por vários dias ou semanas e o uso subseqüente de novas doses de maconha podem ser intensificados ou prolongados.

Pelo fato de apenas mínimas quantidades de THC serem encontradas na urino de usuários, os testes isolam principalmente seus metabólitos. Em usuários agu dos ou ocasionais os metabólitos podem ser identificados por 1 a 3 dias na urina. Já em usuários crônicos (mesmo 2 ou 3 vezes por semana) os testes permanecem constantemente positivos. Um usuário pesado que para de fumar pode ter testes de urina positivos por cerca de 30 dias. Portanto, um único exame positivo não esclarece se o usuário é agudo ou crônico. Múltiplas amostras podem ser necessárias para diferenciar os resultados.

A maconha pode se tornar extremamente tóxica quando está intoxicada com paraquat, um herbicida químico muito venenoso usado para matar plantas indesejáveis. Ele afeta os pulmões e outros órgãos. O pior problema é que muitas vezes este herbicida é dificilmente identificado na maconha (WEIL e ROSEN, 1993).

Fonte - http://qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/maconha/thc.html
 
Outros efeitos no organismo


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Cirrose Hepática:
(...) Os sintomas da hepatite C, portanto, são causados pelo desenvolvimento de cirrose e consequente falência hepática. O restantes 50 a 70% que não evoluem para cirrose mantém-se com hepatite C crônica assintomática por mais de 30 anos. O porquê dessa evolução distinta, não se sabe.

 

Alguns fatores parecem favorecer a evolução para cirrose, entre eles:

- Alcoolismo (leia:
EFEITOS DO ÁLCOOL E ALCOOLISMO)
- Contaminação após os 40 anos de idade
- Co-infecção pelo HIV (leia: SINTOMAS DO HIV E AIDS (SIDA))
- Co-infecção pela hepatite B
- Presença de esteatose hepática (leia: O QUE É ESTEATOSE HEPÁTICA?)
- Obesidade (leia: OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA)
- Fumar maconha (leia: EFEITOS DA MACONHA) (...)

Pneumotórax:
(...) Cabe ressaltar que o vilão do pneumotórax não é só o cigarro. Fumar maconha também está relacionado a episódios de pneumotórax, principalmente o ato de inalar profundamente a fumaça e soltá-la bem lentamente com os lábios semi fechados, mantendo a fumaça mais tempo presa dentro dos pulmões (leia: EFEITOS DA MACONHA).(...)

Efeitos no SNC ou psicológicos:

(...) Outros sinais psicológicos que podem ocorrer durante a intoxicação são:

Euforia e/ou bem estar geral
Risos sem motivo
Aumento da sociabilidade e comunicação verbal
Aumento da percepção de cores, sons, texturas, paladar
Aumento da energia mental e criatividade
Mudanças de consciência
Distorção do tempo e espaço
Aumento do apetite ("larica")
Prejuízo da concentração e memória
Paranóia
Ansiedade e confusão
Letargia e sonolência 
Pensamentos míticos
Sentimento de grandiosidade
Despersonalização (...)


Outros 

(...) Além dos efeitos psicológicos, o consumo de maconha também desencadeia uma série de efeitos físicos que incluem:

- Taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos)

- Aumento de pressão arterial (em doses muito elevadas pode causar queda da pressão)
- Aumento da frequência respiratória
- Hiperemia conjuntival (olhos vermelhos)
- Boca seca
- Aumento do apetite
- Letargia e redução dos reflexos
- Redução dos níveis de testosterona
- Diminuição da motilidade dos espermatozóides e infertilidade
- Redução da libido
- Impotência (leia: IMPOTÊNCIA SEXUAL | Causas e tratamento)
- Alterações do ciclo menstrual
- Ginecomastia (crescimento de mamas em homens) (leia: GINECOMASTIA (mama masculina))
- Galactorréia (secreção anormal de leite pelas mamas)
- Alterações de memória
- Aumento da incidência de periodontites (...)


Fonte - MDSaúde - Dr Pedro Pinheiro
Assim como no artigo original, abaixo estão as referências
Referência Bibliográfica dos Trechos do Artigo
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